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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Não existe “racismo do bem” - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.


Racismo é quando uma característica do indivíduo, no caso a "raça" - ou a cor da pele, para ser mais preciso - acaba tendo predominância sobre todo o resto. Formam-se, assim, grupos monolíticos com base nesse único quesito estético, como se todos os brancos ou todos os negros fossem iguais. Absurdo total, claro.

Martin Luther King Jr. tinha um sonho: o de viver num mundo em que as pessoas fossem julgadas por seu caráter, não pela cor de sua pele. Um nobre ideal, sem dúvida. Por algum motivo bizarro, os movimentos raciais passaram a acreditar que reforçar o conceito da raça e, pior ainda, segregar as pessoas com base nisso seria um método inteligente para combater o racismo. O tiro saio pela culatra, óbvio.

Hoje vemos gente desses movimentos destilando normalmente o ódio racial, demonizando pessoas apenas por serem de outra cor. E com o apoio da mídia mainstream! 
]É por isso que celebridades ridicularizam colegas brancos e fica tudo bem. 
É por isso que o Project 1619, do NYT, retrata a América como uma nação racista e clama por "reparação", ou vingança, sendo mais claro.
 
Scott Adams, cartunista e autor do famoso Dilbert, fez uma declaração totalmente infeliz e, sim, racista
Com base numa pesquisa da Rasmussen, que aponta que quase metade dos negros não consideram okay alguém ser branco, Adams declarou que isso era estrutural (questionável) e assustador (correto) e que a única saída para um branco seria não andar mais com negros (absurdo e racista).

Adams foi cancelado, perdeu espaço em todos os jornais que ainda publicavam suas tiras, e mergulhou no inferno. A fala foi abjeta mesmo, ainda que muita gente esteja tirando do contexto e ignorando a pesquisa que ele menciona antes. Agora podemos fazer um exercício hipotético: imaginar um negro dizendo a mesma coisa com base numa pesquisa invertida.

Qual seria a reação se um negro, com base numa pesquisa que apontasse que cerca de metade dos brancos não consideram okay ser negro, afirmasse que a única possibilidade é se afastar de brancos? Ele provavelmente receberia destaque positivo no NYT, seria entrevistado por vários canais como um corajoso herói. E é esse duplo padrão que tem sido o grande responsável pelo aumento do racismo no país.

Não dá para achar normal ou legal alguém se referir a uma pessoa como "demônio branco" só por sua cor da pele. Não é aceitável rotular todo um grupo de pessoas como desprezível só por serem brancos. A The Cut, publicação da New York Magazine, fez um vídeo entrevistando negros e perguntando em que brancos são superiores. A lista é abominável: em opressão, em mentiras, em violência, em roubar etc. Imaginem se um grupo de brancos se referisse assim a negros só por serem negros...

Passou da hora de dar um basta a isso e admitir que não existe "racismo do bem", que quando negros destilam ódio a brancos só por serem brancos, isso é tão condenável quanto o inverso. Vamos julgar o caráter das pessoas, enxergar indivíduos com inúmeras características, não grupos estanques e monolíticos de "raças".


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 19 de fevereiro de 2023

NYT vira alvo de militância trans - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Há anos o NYT se vende como jornal sério e imparcial, enquanto demonstra claro viés esquerdista em suas reportagens. O jornal contribuiu de certa forma para a cultura do cancelamento, ao retratar comentaristas conservadores como "extrema direita" responsáveis por "discursos de ódio".

Gente moderada como Ben Shapiro foi tratada dessa maneira absurda por vários comentaristas do NYT, alimentando o clima persecutório que levou aos "cancelamentos" de muitos direitistas.  
Mas como a direita sempre alegou, essa perseguição ideológica fanática não ficaria restrita aos conservadores, pois a visão totalitária sempre demanda mais.
 
Quem alimenta corvos acaba com os olhos arrancados. Quem planta vento colhe tempestade. 
 E é justamente o que está acontecendo agora com o próprio NYT. 
O jornal, milagrosamente, publicou uma matéria até razoável sobre cirurgias em transgêneros, mostrando o lado científico da coisa, o medo dos pais, os riscos de mutilar jovens etc. 
A turma woke não curtiu...

Cerca de 200 colaboradores e ex-colaboradores do New York Times assinaram uma carta aberta condenando o jornal por sua cobertura. Na carta endereçada ao editor do Times, os colaboradores dizem que têm "sérias preocupações sobre o viés editorial nas reportagens do jornal sobre pessoas transgênero, não-binárias e de gênero não conforme". O NYT tem viés?! Não creio!

A lista de signatários inclui alguns jornalistas proeminentes do Times, como a colaboradora de opinião Roxane Gay, o repórter cultural J. Wortham e o ex-repórter Dave Itzkoff. Contou com um número muito maior de escritores, como Ed Yong do The Atlantic e Jia Tolentino do The New Yorker, que contribuem apenas ocasionalmente, e outros como os atores Lena Dunham e Cynthia Nixon. Na carta, eles dizem que o Times tratou a cobertura da diversidade de gênero "com uma mistura assustadoramente familiar de pseudociência e linguagem eufemística e carregada", e reportagens recentes omitiram as associações de algumas fontes com grupos anti-trans.

A carta também se concentra em um artigo da revista do New York Times sobre crianças que estão questionando sua identidade de gênero, no qual a autora Emily Bazelon explorou o que chamou de "questões delicadas" que foram transformadas em "dinamite política" pela direita. 
A taxa de arrependimento de adultos no passado que tiveram mudança de gênero foi muito baixa, ela escreveu. Mas na sociedade de hoje, ela perguntou: "Quantos jovens, especialmente aqueles que lutam com sérios problemas de saúde mental, podem estar tentando se livrar de aspectos de si mesmos de que não gostam?"
 
Os críticos do NYT alegaram que sua reportagem poderia servir de combustível para o preconceito da "extrema direita" e para a intolerância. Mas enquanto o NYT trouxe dados científicos, a carta dos críticos traz apenas apelos emocionais e rótulos, tentando interditar o debate.  
Essa não tem sido a tática da esquerda radical faz tempo? 
A intimidação não tem surtido efeito, e o próprio NYT não tem sido instrumento disso no passado recente?

Ao menos o jornal rebateu com alguma coragem, alegando que faz jornalismo isento enquanto os críticos são militantes com uma causa. "Nosso jornalismo se esforça para explorar, interrogar e refletir as experiências, ideias e debates na sociedade – para ajudar os leitores a entendê-los. Nossas reportagens fizeram exatamente isso e estamos orgulhosos disso", disse o porta-voz do NYT.

Cada vez mais "progressistas" e democratas se dão conta do clima insuportável de censura na sociedade por pressão da "woke mob"
É o caso do comediante Bill Maher, que tem comparado essa turma com os comunistas soviéticos, com toda razão. 
O pêndulo extrapolou demais. A liberdade de expressão está ameaçada. A imprensa mal consegue reportar riscos ou problemas pessoais nessas questões identitárias. A asfixia é plena. Mas finalmente começa a haver reação, até mesmo de quem ajudou a alimentar o monstro. Menos mal...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES