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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Não existe “racismo do bem” - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.


Racismo é quando uma característica do indivíduo, no caso a "raça" - ou a cor da pele, para ser mais preciso - acaba tendo predominância sobre todo o resto. Formam-se, assim, grupos monolíticos com base nesse único quesito estético, como se todos os brancos ou todos os negros fossem iguais. Absurdo total, claro.

Martin Luther King Jr. tinha um sonho: o de viver num mundo em que as pessoas fossem julgadas por seu caráter, não pela cor de sua pele. Um nobre ideal, sem dúvida. Por algum motivo bizarro, os movimentos raciais passaram a acreditar que reforçar o conceito da raça e, pior ainda, segregar as pessoas com base nisso seria um método inteligente para combater o racismo. O tiro saio pela culatra, óbvio.

Hoje vemos gente desses movimentos destilando normalmente o ódio racial, demonizando pessoas apenas por serem de outra cor. E com o apoio da mídia mainstream! 
]É por isso que celebridades ridicularizam colegas brancos e fica tudo bem. 
É por isso que o Project 1619, do NYT, retrata a América como uma nação racista e clama por "reparação", ou vingança, sendo mais claro.
 
Scott Adams, cartunista e autor do famoso Dilbert, fez uma declaração totalmente infeliz e, sim, racista
Com base numa pesquisa da Rasmussen, que aponta que quase metade dos negros não consideram okay alguém ser branco, Adams declarou que isso era estrutural (questionável) e assustador (correto) e que a única saída para um branco seria não andar mais com negros (absurdo e racista).

Adams foi cancelado, perdeu espaço em todos os jornais que ainda publicavam suas tiras, e mergulhou no inferno. A fala foi abjeta mesmo, ainda que muita gente esteja tirando do contexto e ignorando a pesquisa que ele menciona antes. Agora podemos fazer um exercício hipotético: imaginar um negro dizendo a mesma coisa com base numa pesquisa invertida.

Qual seria a reação se um negro, com base numa pesquisa que apontasse que cerca de metade dos brancos não consideram okay ser negro, afirmasse que a única possibilidade é se afastar de brancos? Ele provavelmente receberia destaque positivo no NYT, seria entrevistado por vários canais como um corajoso herói. E é esse duplo padrão que tem sido o grande responsável pelo aumento do racismo no país.

Não dá para achar normal ou legal alguém se referir a uma pessoa como "demônio branco" só por sua cor da pele. Não é aceitável rotular todo um grupo de pessoas como desprezível só por serem brancos. A The Cut, publicação da New York Magazine, fez um vídeo entrevistando negros e perguntando em que brancos são superiores. A lista é abominável: em opressão, em mentiras, em violência, em roubar etc. Imaginem se um grupo de brancos se referisse assim a negros só por serem negros...

Passou da hora de dar um basta a isso e admitir que não existe "racismo do bem", que quando negros destilam ódio a brancos só por serem brancos, isso é tão condenável quanto o inverso. Vamos julgar o caráter das pessoas, enxergar indivíduos com inúmeras características, não grupos estanques e monolíticos de "raças".


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

O tiro que Lula deu no próprio pé ao reacender polêmica sobre ‘golpe’

PT tem direito a seus argumentos sobre motivos do impeachment de Dilma, mas o tema só abastece o discurso bolsonarista [lembrando que foi Lewandowski, indicado pelo atual presidente para ministro do STF, quem presidiu o julgamento da presidente 'escarrada'; Lewandowski foi golpista?]

O primeiro mês de governo de Luiz Inácio Lula da Silva veio permeado de acontecimentos. O ataque aos prédios dos Três Poderes em Brasília, o embate com as Forças Armadas, a dramática crise humanitária vivida pelos povos ianomâmi. [o que a jornalista afirma adiante é conclusão  da cabeça dela - não existe nenhuma prova de que os fatos que aponta foram praticados por bolsonaristas = muitos aspectos apontam para uma ação de esquerdistas infiltrados.] Esses fatos têm algo em comum: jogam contra o bolsonarismo. O que torna ainda menos compreensível Lula agora dar munição ao adversário ao reacender a tese de que Dilma Rousseff foi vítima de um “golpe”.

Este é e vai continuar sendo um lema do PT. O partido tem direito a seus argumentos sobre os motivos que embasaram o processo de impeachment. Mas, daí para isso entrar no centro do discurso do novo governo, é outra história. Primeiro, a tese passou a figurar em comunicações oficiais. Depois, foi mencionada pelo próprio Lula durante a viagem oficial que fez à Argentina nesta semana.

Na manhã desta quinta-feira, Carlos Bolsonaro já sapateava nas redes sociais. Tomou por base prints de posts de aliados de Lula defendendo que houve sim golpe contra Dilma, como Érica Kokay (PT) e Ivan Valente (PSOL). Parlamentares e blogueiros bolsonaristas se esbaldaram ao falar em “ataque às instituições”, atentado contra a Constituição e crime de responsabilidade, pedindo que ele seja incluído no inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre atos antidemocráticos.[CONFIRA EM VEJA: Deputado bolsonarista diz que pedirá impeachment de Lula.]

Clarissa Oliveira - Coluna Revista VEJA


domingo, 8 de janeiro de 2023

E agora, o que fazer? - Percival Puggina

O grande Carlos Drummond de Andrade abre o inesgotável poema “E agora José?” com estes versos que parecem dirigidos a nós:

E agora, José?
A festa acabou
A luz apagou
O povo sumiu
A noite esfriou
E agora, José?
E agora, você?
Você que é sem nome
Que zomba dos outros
Você que faz versos
Que ama, protesta?
E agora, José?

É assim que estamos, no desconsolo dos que se sentem abandonados. Contudo, não. Tenho pensado muito nestes primeiros dias de 2023 sobre a pergunta do poeta. Algumas respostas já tenho.

O PT conta com nossa resignação. Alguns de nós cometem o grave erro de propagar narrativas enganosas que postergam e tornam ainda mais difícil a adoção das atitudes adequadas ao momento político. É urgente restaurar nossas liberdades, o estado de direito e a democracia. É preciso acabar com a censura. Instituir o voto impresso é indispensável à legitimidade dos mandatos.

Prestei muita atenção à fala de Lula quando se reuniu com o polifônico e despreparado primeiro escalão de seu governo. Lula montou um governo tecnicamente frágil porque precisava contar votos no Congresso Nacional. Ele sabe que ali está exposto o tendão de aquiles de seu governo. Então, ele falou em prestigiar, atender, ouvir, agradar, servir água e cafezinho, “mesmo que o parlamentar seja um adversário ideológico”.

Ficou clara a preocupação do malfeitor? Ele tem plena consciência sobre onde residirão suas dificuldades. Ele falou aos que se tornaram ministros como parte de acordos políticos (ou seja, “de vocês, eu espero votos no Congresso”), deixando implícito que se não representarem votos, esses ministros dançam.

Diante desse discurso eu me deparo com o imenso erro cometido por aqueles que por pessimismo habitual ou analogias precipitadas, equiparam o futuro Congresso com o atual. Erro terrível! Tiro no pé!  
O futuro Congresso está no foco das nossas esperanças. 
Ali está a maioria que nós elegemos, ali está a vitória que tivemos. Desconhecê-la, ou fazê-la equivaler a esse pano de chão sujo e inservível que foi a legislatura que findou em 31 de dezembro, é atirar nossos congressistas aos braços de nossos adversários. Rematada tolice!
 
Temos que mostrar a eles o caminho talvez difícil, mas necessário, da volta ao estado de direito, à democracia, às liberdades. Lula afirmou aos seus ministros a obviedade duramente aprendida por Bolsonaro: o governo só fará o que o Congresso deixar. Então é aí que vamos trabalhar no sentido oposto àquele que Lula deseja.

Ao petismo servem os abusos do STF. O petismo vibra com os atos de censura. O petismo se sente protegido com nossa desproteção. E os congressistas que elegemos, a maioria que formamos, deve ser motivada, inflamada a cumprir seu papel com determinação.

Se errarmos, se nos omitirmos, se pensarmos que os girassóis secaram ao sol destes primeiros dias, se desprezarmos aqueles de quem necessitaremos para o jogo da democracia, ficaremos como José do poema de Drummond, com a chave não mão, querendo abrir a porta, mas a porta, por precipitação e incompetência, não mais existirá.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Um AI-5 de toga - Revista Oeste

Moraes lidera outra reedição da marcha da insensatez. Nenhuma acabou bem 

“Seja mais Andrada e menos Zezinho!”, gritou no plenário o deputado mineiro Celso Passos. Naquele 13 de dezembro de 1968, a exortação pretendia animar o presidente da Câmara José Bonifácio Lafayette de Andrada, o “Zezinho Bonifácio”a resistir à decretação do Ato Institucional nº 5
Em resposta aos parlamentares que haviam rejeitado na véspera o pedido de licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves, o general-presidente Artur da Costa e Silva oficializara o nascimento de uma genuína ditadura
O descendente do Patriarca da Independência foi mais Zezinho do que nunca: cruzando os braços, respondeu ao apelo de Passos com uma histórica “banana”. O Congresso foi fechado horas depois. 
Só muito tempo mais tarde se saberia que naquela mesma sexta-feira 13, junto com o AI-5, nasceu Alexandre de Moraes.

 Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação

 Foto: Montagem Revista Oeste/Divulgação 

O destino pode ser determinado pela data de nascimento, sugerem os capítulos recentes da biografia do advogado que virou promotor público e professor de Direito Constitucional que virou secretário municipal e depois estadual que virou ministro da Justiça e acabou virando ministro do Supremo Tribunal Federal por indicação do presidente Michel Temer. 
Aos 50 anos, Moraes ainda atravessava a infância no Pretório Excelso quando o presidente Dias Toffoli resolveu encarregá-lo, em 2019, de tratar a tiro, porrada e bomba qualquer vivente insatisfeito com o Timão da Toga
Três anos depois da declaração de guerra a fabricantes de fake news e parteiros de “atos antidemocráticos”, o protagonista do mais audacioso faroeste à brasileira juntou dois inquéritos obscenamente ilegais, fez da mistura um AI-5 de toga e, com o autorização dos parceiros hostis ao presidente da República, proclamou a ditadura do Judiciário.
 
Em 12 de dezembro de 1968, 216 deputados federais rejeitaram uma exigência do governo militar que feria mortalmente as imunidades parlamentares e a liberdade de expressão.  
Além dos 12 que se abstiveram, 141 supostos representantes do povo mandaram às favas tais garantias constitucionais. 
Em fevereiro de 2021, quando a prisão do deputado Daniel Silveira foi avalizada por 364 votos contra 130, a bancada suprapartidária dos covardes mostrou-se amplamente majoritária — e deixou claro que a Câmara acompanharia de cócoras o desfile de abusos.  
O balanço de 2022 informa que os zezinhos bonifácios que infestam e dominam o Congresso engoliram sem engasgos o AI-5 de toga.

Embora a Constituição estabeleça a igualdade dos três Poderes, Moraes decidiu que o Judiciário é mais igual que os outros

No Senado, dezenas de pedidos de impeachment sustentados por pilhas de provas contundentes cruzaram o ano ressonando no fundo do baú de iniquidades niveladas pela grife Rodrigo Pacheco.  
No fim de novembro, para que futuros presidentes nem ousem sonhar com a antecipação de supremas aposentadorias, Renan Calheiros concebeu uma proposta de emenda constitucional que torna a demissão de um juiz do STF tão provável quanto a canonização de Frei Betto.  
Faz tempo que o líder perpétuo da bancada do cangaço lidera o ranking dos campeões de processos em tramitação no STF
Como o ministro Edson Fachin acaba de arquivar mais um, tornou-se recordista também na modalidade não olímpica reservada a especialistas no sepultamento de casos de polícia encaminhados ao Egrégio Plenário. No peito do delinquente alagoano bate um coração agradecido a quem o trata como bandido de estimação.
Aos olhos de Moraes, o fim da campanha eleitoral foi a senha para a abertura de uma frente de guerra ainda mais abrangente
Alternando as fantasias de Pai da Democracia e Mãe da Verdade, o ministro que desempenha simultaneamente os papeis de vítima, detetive, delegado, promotor e juiz ampliou o acervo de proezas. Numa única semana, por exemplo, prendeu um empresário, encurtou o mandato de um prefeito, proibiu a entrada na internet de parlamentares eleitos ou no exercício do cargo e suspendeu a censura imposta a dois deputados, fora o resto. Colérico com uma respeitosa mensagem da OAB, que apenas queria saber se o destinatário poderia revelar aos advogados dos perseguidos quais teriam sido os crimes cometidos pelos clientes, Moraes dispensou-se de repassar o pedido a um assessor mais gentil com o idioma
Redigida por ele mesmo, a resposta só serviu para confirmar que, caso fosse submetido a uma prova de redação, o autor não escaparia de um zero com louvor.
 
Embora a Constituição estabeleça a igualdade dos três Poderes, Moraes decidiu que o Judiciário é mais igual que os outros. Sem interromper a sequência de confiscos de atribuições do Executivo, ele deu de invadir territórios do Legislativo com a insolência de quem sabe que não haverá resistência
Os presidentes do Senado e da Câmara fingiram nem ter notado a série de estupros da imunidade parlamentar. 
O deputado Arthur Lira limitou-se a pedir-lhe que fosse suspensa a censura imposta aos representantes do povo. (Até um Zezinho Bonifácio, confrontado com tamanha arrogância, seria mais Andrada e, em vez de pedir, exigiria.) Também por isso, Moraes parece ter esquecido que toda determinação do Supremo se ampara no poder moral da instituição.
As decisões dos juízes são obedecidas graças a essa força invisível, que pode ser reduzida a zero se afrontarem artigos dos códigos em vigor ou normas constitucionais. 
 O que fará Alexandre de Moraes caso um delegado de Polícia Federal se rebele ao receber uma ordem ilegal? 
No Tribunal de Nuremberg, chefes nazistas tentaram driblar o castigo invocando a teoria da obediência devida: quem cumpre ordens vindas de instâncias superiores não pode ser responsabilizado por suas consequências. 
Quem faz o que a lei proíbe é cúmplice, reafirmaram os juízes. 
Todos os réus acabaram no patíbulo ou envelheceram na cadeia.
E o que fará o STF se um general determinar que sejam acomodados no quartel brasileiros acuados por policiais designados para dissolver a manifestação de protesto? [em nossa opinião, ainda que de forma sutil, essa ordem já foi dada e está sendo cumprida - as manifestações em áreas contiguas aos quartéis continuam de forma lega,ordeira e pacífica; também,  ao que  pensamos, uma ordem dessa natureza caiu na vala do conveniente esquecimento, quando o presidente Bolsonaro decidiu ignorar uma determinação do ministro Moraes e não compareceu a uma delegacia da PF para depor. 
Ao que pensamos, se o presidente Bolsonaro tivesse decidido ignorar uma ordem do ministro Moraes que proibia o presidente de nomear um diretor da PF, e efetuado a nomeação,  o nomeado teria sido empossado sem problemas.] 
 
Nessa hipótese, os super doutores vão encarregar a ministra Cármen Lúcia de comunicar aos desobedientes que decisão judicial é para ser cumprida? Eis aí uma ideia perigosa. A emissária poderá ouvir que quem cumpre ordem ilegal é cúmplice de um crime
Alguém provavelmente lembrará que é do povo que emana todo o poder, exercido por representantes eleitos ou diretamente.  
E outra voz anônima haverá de dizer que, como ensinava a antiga Cármen Lúcia, cala a boca já morreu.

Melhor deter enquanto é tempo a ofensiva do ministro municiado com o AI-5 de toga. O que se vê no Brasil é mais uma reedição da marcha da insensatez. Nenhuma acabou bem.

Leia também “Randolph Scott não merecia”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste

 

quinta-feira, 7 de julho de 2022

O novo tiro de Cármen Lúcia contra Bolsonaro - VEJA

Ministra manda investigação sobre suposta interferência para PGR. Rapidamente...

A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigação que apura uma suposta interferência de Jair Bolsonaro na operação da PF que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o pastor do presidente acusado de tráfico de influência.

A celeridade com que a ministra deu andamento ao processo mostra que Cármen não vai deixar passar batida a suspeita de que Bolsonaro pode ter tentado favorecer Milton Ribeiro com informações privilegiadas da PF. [a ministra tem o direito, o dever, de ser célere na condução dos processos que estão ao seu cargo, só que ela não tem o poder de criar fatos.
Aliás, o maior desespero dos inimigos do presidente, que também são inimigos do Brasil, é que nada cola em Bolsonaro pela mais simples das razões = ELE É INOCENTE,  não cometeu nenhum crime, nenhum ilícito. 
Lembram da CPI Covidão? os tagarelas dos seus integrantes, tentaram acusar o presidente de quase uma centena de crimes e nada conseguiram. 
Até acusado de PREVARICAÇÃO, em uma compra que não ocorreu, ele foi e nada conseguiram.
 O processo que a ministra cuida com rapidez será mais um tiro não contra Bolsonaro e sim n'água.]

Essa é a segunda vez que Bolsonaro é suspeito de interferir em uma investigação da PF e, em um ano eleitoral, as consequências podem ser diferentes – com ainda mais desgaste político. O presidente já deu muitas provas de que é um intervencionista em instituições do Estado, mas parece estar mais preocupado com os impactos da atual investigação do que quando Sérgio Moro o acusou de interferir na Polícia Federal.

A prova disso foi a rápida reação do governo a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes depois de um pedido de Randolfe Rodrigues para investigar o presidente no caso do MEC. [os pedidos do senador Rodrigues possuem um grave defeito: fazem apenas barulhos, tem muita pólvora e nenhum prova. Vão sempre para o arquivo.]

Quando Sérgio Moro acusou Bolsonaro de interferência na PF, o presidente era praticamente um “réu confesso”. Admitia publicamente que estava mudando chefes estratégicos na instituição. Naquela época, o processo não deu em nada. Por questões burocráticas, a investigação ainda não pôde ser arquivada, mas deve seguir esse caminho por falta de provas contra o presidente.

Agora, o próprio delegado que investiga o caso de corrupção no MEC denunciou que Milton Ribeiro estava “ciente” de que seria alvo de buscas. Também afirmou que sua investigação foi atrapalhada. Vai ser mais difícil para Bolsonaro escapar dessa vez? Abertamente a favor de mudar chefias estratégicas quando os ocupantes não agradam o governo, o presidente terá que explicar não só sobre o grampo em que Milton Ribeiro diz ter recebido uma ligação dele com informações sobre uma eventual operação. [o problema é que não há provas contra o presidente - é praticamente impossível provar o que não ocorreu - pelo simples fato de que a palavra do pastor precisa ser suportada por provas. Assim, o rapidamente ...]

O resultado dessa investigação pode atrapalhar o cenário eleitoral para Bolsonaro, que já está, até o momento, desfavorável a ele.Os brasileiros merecem saber tudo o que for relevante para tomar uma decisão no dia 2 de outubro. Isso vale para todos os candidatos e Cármen Lúcia certamente buscará colaborar com isso.[mais uma vez o ilustra articulista produz uma matéria que quando lida por alguém desatento, até demonstra ter suporte.
Mas, o tempo passa e logo se comprova que é apenas uma narrativa ... mais uma, da mídia militante.]

Matheus Leitão, jornalista - Blog em VEJA


segunda-feira, 20 de junho de 2022

'Se há um mandante é um comerciante da área', diz Mourão sobre mortes de Bruno e Dom - O Globo

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira que caso haja um mandante no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips deve ser um "comerciante da área que estava se sentindo prejudicado" pelas ações do Bruno. Disse, também, que a morte do jornalista foi "efeito colateral" e que Dom "entrou de gaiato nessa história".

Não sei se há um mandante. Se há um mandante é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom, o Dom entrou de gaiato nessa história. Foi efeito colateral

Na sexta-feira, a Polícia Federal afirmou por nota que os suspeitos agiram sozinhos, sem 'mandante nem organização criminosa por trás do delito', segundo indicam as investigações. A PF diz também, no entanto, que mais prisões devem acontecer, dado existirem indícios da participação de outras pessoas no crime.

O vice-presidente também afirmou que os dois suspeitos, provavelmente, são ribeirinhos e vivem no limite "de ter acesso à melhores condições de vida". Disse também que a comunidade local, incluindo os suspeitos, tem "uma vida dura".

— Essas pessoas aí que assassinaram, provavelmente, os dois são ribeirinhos, gente que vive também ali no limite de, vamos dizer, ter acesso à melhores condições de vida. Vivem da pesca. [...] Essa é a vida do cara. Mora numa comunidade que não tem luz elétrica 24h por dia, é gerador. Quando tem combustível, o gerador funciona, quando não tem, não funciona. Então é uma vida dura.[enquanto os ribeirinhos, tão brasileiros quanto os índios, passam por grandes necessidades, privações, são concedidas  para 900.000 indígenas - menos de 0,5% da população do Brasil - uma área total um pouco acima de 14% do território nacional. 
E, ainda pretendem aumentar essa área, via interpretação do marco temporal,  deturpando o texto constitucional vigente.]

Mourão ainda avaliou que os assassinatos de Bruno e Dom "devem ter acontecido no domingo" que, para o vice, é um dia em que "a turma bebe, se embriaga". Ele comparou o assassinato do jornalista e do indigenista com crimes que acontecem na periferia das grandes cidades aos finais de semana, apontados por Mourão como "fruto" da bebida.[ocasião em que morrem mais pessoas e a repercussão é ZERO.]

— Isso é um crime, foi o que aconteceu num momento, vamos dizer assim, quase que uma emboscada. Um assunto que vinha se arrastando, vamos dizer. Na minha avaliação deve ter acontecido no domingo, domingo a turma bebe, se embriaga, mesma coisa que acontece aqui na periferia das grandes cidades. Aqui em Brasília a gente sabe, todo final de semana tem gente que é morta aí a facada, tiro, das maneiras mais covardes, normalmente fruto de que? Da bebida. Então mesma coisa deve ter acontecido lá.

Brasil - O  Globo 

 

terça-feira, 15 de março de 2022

O novo tiro de Alexandre de Moraes contra Bolsonaro - Blog - VEJA

Entenda

A nova cacetada do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no governo – já foram tantas – ocorreu na cobrança, mais que merecida, ao Ministério da Justiça sobre a extradição  do youtuber bolsonarista Allan dos Santos.

Isso porque, como todos lembram, Moraes determinou, ano passado, a prisão preventiva do youtuber, além, claro, de mandar a imediata extradição de Allan,o fake jornalista que espalha mentiras na internet.

[comentando: é com surpresa que lemos a presente matéria; 
temos o jornalista Matheus Leitão na conta de excelente profissional, verdadeiro, bem informado, firme em suas posições.
Mas, nessa agora,  ou ele tem uma bronca imensa do Allan dos Santos ou está meio desorientado.  
A determinação do ministro Moraes, determinando a prisão do blogueiro, tem validade total desde que para ser cumprida em solo brasileiro - em outro país, só pode ser cumprida pela Interpol ou pelas autoridades policiais do país onde Allan for localizado.
O youtuber se encontra fora do território nacional  em tal condição,  a ordem de prisão contra ele, expedida pelo ministro Moraes tem o mesmo valor de um papel expedido por qualquer cidadão brasileiro: NENHUM. 
O mesmo se aplica ao ministro "mandar a imediata extradição de Allan" - cabe ao país onde ele for localizado decidir, recebido o pedido de extradição, soberanamente, se procede a extradição ou não.
As autoridades do Ministério da Justiça, fizeram o que lhes cabia: enviar a ordem de prisão para a Polícia Federal e encaminhar o pedido de extradição, cumpridas as formalidades de praxe, para a Justiça dos Estados Unidos.
Tudo isso foi feito.]

Nada foi feito até agora. “Oficie-se ao Secretário Nacional de Justiça para que, no prazo de 5 (cinco) dias, informe acerca do andamento do pedido de extradição de Allan dos Santos, investigado nestes autos”, disse Moraes à pasta nesta segunda, 15.

Allan é, na verdade [sic] , um foragido da justiça brasileira nos Estados Unidos, com a ajuda do governo Bolsonaro, que ele tanto tanto tanto mente sobre, obviamente louvando a administração que tem sido um fiasco.

O xerife do STF investiga o youtuber no bojo do inquérito das fake news e na investigação dos atos antidemocráticos – ele, Allan, está em quase todos os casos abertos pelo ministro contra este governo.

Alexandre de Moraes não alivia.  E Bolsonaro pode ser acossado por suas hostes a atacar o ministro… de novo. [a conferir.] Aguardem, Allan faz um papel importantíssimo na religião bolsonarista.
Lembram de Alexandre Ramagem, chefe da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que Moraes não deixou ser nomeado para a chefia da Polícia Federal, como o presidente tanto queria? Pois bem, desistiu mesmo do trabalho “policial” e vai se candidatar, segundo Juliana Dal Piva, a deputado pelo Rio. Para isso, Ramagem deve deixar a direção da agência e a carreira na PF, de tantos anos, para se filiar ao PL de Bolsonaro. [a propósito: o convênio Brasil x Estados Unidos que trata de extradição, estabelece que a mesma só será concedida se o fato que a motiva for crime no Brasil e nos EUA - no caso do Allan dos Santos nada do que é acusado constitui crime naquele país. A bem da verdade, também no Brasil. 

O ilustre repórter ao escrever essa matéria parece ter esquecido o que 'profetizou' na matéria de sua autoria:  Alexandre de Moraes fala grosso com Bolsonaro .]

Sugerimos ler: Como explicar aos EUA o pedido de extradição de Allan dos Santos

A cacetada contra o governo, em abril de 2020, gerou um dos piores contra-ataques do presidente contra o STF. Allan dos Santos também é outro do xadrez ultradireitista que foi escanteado pelo ministro.

Esse Moraes… 

Blog Matheus Leitão - Revista VEJA


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Quem planta inflação não colhe crescimento - Revista Oeste

Ubiratan Jorge Lorio

A terapia da Escola Austríaca é antipática, mas é a única que funciona. Enquanto as cadeias de produção estiverem se reorganizando, é preciso subir as taxas de juros e cortar despesas

O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, depois de muitos meses afirmando que a atual inflação nos Estados Unidos era transitória, teve de admitir a realidade. Provocado há poucos dias pelo senador republicano Pat Toomey sobre até quando duraria o fenômeno, reconheceu que a situação não é temporária.

                          Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Cá entre nós, para surpresa de ninguém, já era mais do que tempo de o ilustre banqueiro saborear um chá de simancol e deixar de tentar iludir quem não é bobo com discursos políticos ilusórios pendurados em teorias monetárias estapafúrdias de economistas intervencionistas. Powell não fez mais do que reconhecer o que todo o mercado financeiro já sabia, e os economistas austríacos avisam há séculos: um governo que semeia inflação, que é o aumento da quantidade de moeda sem lastro, não pode pretender colher crescimento, mas somente a desvalorização do poder de compra da moeda e o desemprego. Isso não é ideologia, é simples resultado da ação humana, testada e comprovada centenas de vezes ao longo da história; é batata, é tiro e queda.

Do ponto de vista prático, são muito importantes as implicações sobre a vida das pessoas do debate teórico entre os que defendem e os que negam a transitoriedade da atual inflação. Quem acredita que é temporária argumenta que ela decorre do choque de oferta provocado pela pandemia: faltam bens e serviços para um nível — agora maior — de demanda. Assim que as linhas de produção e a logística de transportes voltarem ao normal, a produção se ajustará a esse nível e a pressão sobre os preços terminará. Sendo assim, sustentam que o Fed não precisa subir as taxas de juros e, se subir, que o faça modesta e gradualmente, mesmo no ambiente inflacionário que hoje prevalece, semelhante ao dos anos 1970. Já quem defende que a inflação não é transitória argumenta que aumentos de preços generalizados, mesmo quando são temporários, têm impactos permanentes, especialmente quando a economia está artificialmente “bombada” pelos anabolizantes keynesianos vendidos nas bancas de camelôs como elixir da juventude.

Na verdade, os americanos não estavam engolindo nem a pau a narrativa de que a inflação de preços que explodiu nos Estados Unidos e no mundo no primeiro semestre deste ano era transitória. O discurso foi sustentado pelas diretorias do Fed e do Banco Central Europeu mesmo durante os vários meses com registros consecutivos de crescimento de preços ao consumidor acima de 5% ao ano. O argumento, equivocado, sustentava que as contínuas elevações de preços seriam resultantes de “problemas da cadeia de abastecimento” provocados pelo vírus sino-global. A comprovar a rejeição à falsa hipótese de transitoriedade, as expectativas dos consumidores americanos já estavam beirando 6% para cima até o fim deste ano e 4,2% nos próximos três anos — taxas extremamente altas para os padrões americanos.

Registre-se que o FOMC (Federal Open Market Committee, órgão equivalente ao Copom) vinha admitindo aumentos generalizados de preços acima de 2% ao ano, para em seguida atingir essa meta em alguns meses. Em poucas palavras: optou pelo velho e fracassado gradualismo, agravado pela ausência de qualquer âncora. O fato é que as expectativas inflacionárias para 2022, que no início deste ano eram de 3,2%, foram seguidamente revistas para cima.

Existe um fato que não pode deixar de ser levado em conta. A partir do momento que os agentes econômicos imaginam que a inflação permanecerá alta, eles mudam seu comportamento e fazem com que ela se torne ainda mais alta, ao anteciparem as compras na tentativa de evitar preços mais altos posteriormente, tornando-se propensos a aceitar preços maiores em vez de adiarem as compras. Essa resposta defensiva de comportamento tende a ampliar a pressão inflacionária no futuro.

Do lado fiscal, observa-se uma verdadeira esbórnia

A inflação de preços americana está alta e as expectativas mostram que ela vai continuar a crescer. A causa desse desastre anunciado é uma só, límpida, cristalina, inequívoca: a verdadeira orgia fiscal e monetária que o governo dos democratas vem promovendo. Nessas condições, a formação dos preços hoje depende de dois fenômenos: o primeiro — passageiro — é a inegável desarrumação na estrutura de oferta causada pela pandemia; o segundo, permanente, tem dois componentes: o impacto do que o Fed está fazendo na área monetária e a influência das expectativas quanto ao que venha a fazer no futuro. Esse último efeito, por sua vez, depende do estado atual das contas públicas e do que se espera quanto a seu estado no futuro.

Há, portanto, uma ligação entre o que políticos e economistas do governo estão fazendo em termos de gastos e impostos e as decisões dos economistas do Fed. Essa dependência entre os regimes monetário e fiscal pode ser conduzida de duas maneiras, mutuamente excludentes: (a) com coordenação ou no mesmo sentido, quando existe austeridade ou frouxidão dos dois lados; (b) sem coordenação ou em sentidos opostos, quando a política fiscal é frouxa e a monetária é austera, ou vice-versa.

A péssima notícia é que está acontecendo há tempos nos Estados Unidos, especialmente a partir da pandemia e, principalmente, desde o início do governo Biden, uma coordenação do mal, caracterizada por dupla irresponsabilidade, fiscal e monetária. E, quando as duas cigarras — a fiscal e a monetária — fazem a festa, quem paga a conta são sempre as formigas: os indivíduos, os trabalhadores, os empresários e as empresas, os pagadores de impostos.

Do lado fiscal, observa-se uma verdadeira esbórnia com a liberação de mais de US$ 5 trilhões em gastos deficitários, o que levou o total de estímulos a quase US$ 10 trilhões. Ao justificar a gandaia, o mesmo bode expiatório que se tornou o preferido dos economistas de esquerda: a ideia de que “é preciso combater a pandemia e seus efeitos”. Sim, é preciso zelar pela saúde, mas com responsabilidade, remanejando gastos, como de certa forma foi feito no Brasil, e não criando despesas ex nihilo (a partir do nada).

No front monetário, o Fed recusa-se a assumir qualquer responsabilidade pela pressão inflacionária, negando, com base teórica no engodo da “teoria monetária moderna”, que os trilhões de dólares postos em circulação estejam contribuindo para o aumento dos preços. A atitude é comparável às afirmativas de que a chuva não molha e o gato não mia — assim como de que certo ex-presidente do Brasil é inocente. Só para apresentar uma pálida ideia do bacanal monetário que o Fed vem bancando, desde março de 2020 os ativos do seu balanço aumentaram em US$ 4,2 trilhões e os ativos totais chegaram a US$ 8,6 trilhões.

Esbanjamento
Os americanos, então, estão com mais dinheiro e gastando mais, mas, além de fazerem isso como defesa contra preços maiores no futuro, a demanda crescente por bens de consumo significa também maior pressão sobre as cadeias de produção, a infraestrutura logística. Isso significa que o argumento de que a inflação está sendo causada pelos problemas da cadeia de suprimentos inverte causa e efeito: é a inflação de moeda que está causando muitos dos problemas da cadeia de abastecimento, por estimular a compra de bens de consumo, e não o contrário.

Quando a demanda continua forte mesmo com aumentos de preços, os agentes econômicos subliminarmente aceitam que a economia tem condições de condescender com preços cada vez maiores. Forma-se, então, um círculo vicioso, em que a alta de preços cria pressões para salários nominais mais altos, fazendo surgir a famosa espiral inflacionária, alimentada pela expectativa de preços crescentes e pela “coordenação do mal”. Os brasileiros que acompanham a economia desde os anos 1980 sabem disso muito bem.

É evidente que a economia mundial sofreu um choque de oferta violento com a pandemia, mas acontece que houve um choque maior, que foi a resposta dos governos: um aumento gigantesco da quantidade de moeda em circulação. Basta observar o comportamento do M2 nos Estados Unidos, retratado no gráfico (acima).

A inflação de preços que acontece hoje é filha do concubinato do choque de oferta com a inflação monetária promovida pelo Fed. É importante ter em mente que, sem a segunda, a primeira seria transitória, ou seja, os preços parariam de subir ou até mesmo cairiam, mas, na presença da total irresponsabilidade monetária que significa a segunda, a criança vai crescer e em pouco tempo terá altura para participar da NBA League.

É impopular, mas é preciso afirmar isso: enquanto os fenômenos que causam a inflação de preços (expansão de moeda e crédito) e as loucuras fiscais estiverem presentes, os preços vão continuar subindo cada vez mais. A terapia da Escola Austríaca é antipática, mas é a única que funciona: é bobagem esperar que a inflação de preços vá fazer as malas, pegar o primeiro trem e sumir por encanto. Enquanto as cadeias de produção estiverem se reorganizando, o melhor a fazer é acabar com a orgia, reduzindo imediata e resolutamente os estímulos monetários e fiscais: subindo as taxas de juros e cortando despesas. Isso exige dois requisitos: dos economistas do Banco Central e do governo, seguir a teoria comprovadamente eficaz; dos políticos, ter coragem para aprovar as medidas de austeridade fiscal, o que sempre é difícil em qualquer país.

Nos Estados Unidos e na Zona do Euro, infelizmente, nenhum desses requisitos está presente. No Brasil, contudo, o Banco Central vem fazendo a sua parte desde março de 2020, aumentando a taxa básica de juros, medida indispensável que ainda não foi adotada no Hemisfério Norte. Infelizmente, embora a equipe econômica e o governo tenham plena convicção da importância da aprovação das reformas estruturais que permitiriam tornar o processo de ajuste menos doloroso, os políticos, especialmente em períodos eleitorais, não admitem que qualquer ser que respire cometa o desplante de mexer nos vespeiros em que se refugiam.

O Banco Central do Brasil, então, ao se preocupar com o resgate da estabilidade da moeda, está mostrando o caminho das pedras aos bancos centrais das economias desenvolvidas. Para alguns analistas, nossas autoridades monetárias começaram a agir com certo atraso, mas é preciso atentar para o fato de que, até o segundo semestre do ano passado, praticamente tudo o que se dizia a respeito dos efeitos da pandemia era tratado com receio e cautela. E talvez o mais importante: elas foram as primeiras — e até agora estão sendo as únicas — a adotar o procedimento recomendado pela boa teoria econômica. 

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor. Instagram: @ubiratanjorgeiorio

Leia também “Insegurança jurídica, a outra pandemia”

Revista Oeste - Ubiratan Jorge Lorio

 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Bolsonaro dá mais um tiro em Alexandre de Moraes - VEJA

Bolsonaro mandou recado para Moraes durante evento de filiação ao PL

'Alguns extrapolam aqui na região da Praça dos Três Poderes, mas essa pessoa vai ser reenquadrada', disse o presidente na filiação ao PL

Jair Bolsonaro fez um discurso cheio de recados na terça, ao se filiar ao partido de Valdemar Costa Neto. Uma das mensagens cifradas do capitão, dizem aliados, foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Disse Bolsonaro: “Tiramos o Brasil da esquerda. Olhem pra onde estávamos indo. Não queremos isso. Temos um bem. Está na nossa frente. Não podemos desprezá-lo, achar que ele não vai acabar nunca, que é a nossa liberdade. Alguns extrapolam aqui na região da Praça dos Três Poderes, mas essa pessoa vai ser reenquadrada, vai se enquadrando, vai vendo que a maioria somos nós. Nós aqui, que temos voto em especial, é que devemos conduzir o destino da nossa nação”.

Radar - VEJA