“A vida que professar será para benefício dos doentes e para o
meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.
Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não
darei pessário abortivo às mulheres’’.
Juramento de Hipócrates
Alfie Evans corre o risco de ter o mesmo destino trágico de Charlie Gard.
A pergunta que fazem: Por que tratar um doente dispendioso se é possível matá-lo?
Quantas vezes, no Brasil e no mundo, sob o jugo de um sistema unificado de Saúde,
nos deparamos com hospitais mal geridos e postos de saúde
burocratizados e sem estrutura, nos quais a medicina é colocada sob
provas extremas? Quantas vezes, nas últimas décadas, não nos defrontamos
com situações limítrofes, nas quais a dor causada pelo indiferença
criminosa e pelos e maus tratos, notórios pela evidente negligência do
Estado, se contrapoem aos princípios inspiradores de Hipócrates, o pai
da medicina ocidental? Quantas vezes, no decorrer destes sombrios anos
que marcam a escalada do socialismo, assistimos a morte ser exaltada em
detrimento da vida, por parte de defensores de supostos “direitos
humanos”, por meio de cânticos carregados de traição àqueles a quem
juram salvaguardar e proteger?
Densas razões estratégicas de longo prazo
“É a demografia, estúpido, a única questão importante. A
Europa no final do século será um continente depois da bomba de nêutron.
As grandes construções ainda estarão lá, mas as pessoas que as fizeram terão desaparecido”.
Mark Steyn, analista político canadense.
O National Health Service (NHS), o sistema
de saúde britânico, maior sistema público de saúde e o mais antigo do
mundo, é designado pelos globalistas como ‘’a solução da saúde para o
mundo’’. Implantado no Reino Unido, Inglaterra, Escócia, País de Gales e
Irlanda do Norte, chegou a ser homenageado de forma enigmática na
cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, no verão de 2012.
Ele forma a base dos cuidados médicos do Reino Unido. É interessante
observar que os NHS foram criados por legislações separadas e começaram a
funcionar em 5 de julho de 1948, logo após a Segunda Guerra Mundial.
Seu slogan é : “Somos o Número Um”. ( “NHS ranked ‘number one’ health system”).
Conforme o atual secretário de saúde da Inglaterra, Jeremy Hunt,
“é motivo de orgulho e seu modelo é “classificado como o melhor sistema
de saúde dentre 11 países ricos”. Para Hunt, “esse resultado excelente é
um testemunho da dedicação da equipe do NHS. ”
(...)
Doentes graves
acumulam-se em filas intermináveis sem receber tratamento. Em certa
ocasião, Paul Corriggnan, secretário do então primeiro-ministro da
Inglaterra, Tony Blair, declarou que para o NHS corrigir seus problemas
agudos no tratamento de doenças crônicas, teria que contratar serviços
externos, algo tão grandioso (ou seja impossível), segundo ele, e que
seria notado por todos. Sem recursos suficientes, os tratamentos não
estão sendo realizados. Uma suposta correção para o problema, que foi a
pauta de intensas discussões, e que parece ter sido implementada, foi
disposta por meio três ações necessárias. Primeira, financiamento;
segunda: hospitais eficientes e dedicados a tratar especialidades;
terceira, e a mais crítica: reduzir a procura de tratamentos
desnecessários, através de uma melhoria da saúde pública unida a
cuidados individuais.
Passados quase um ano das supostas soluções apresentadas e perante os
casos gritantes dos bebês ingleses (Charlie Gard e Alfie Evans, entre
outros, que foram abandonados em hospitais sem receber tratamento
algum), a verdade veio à tona.
Ao analisarmos o histórico ocorrido com Charlie Grad, torna-se
patente que o NHS optou por reduzir essa “terceira ação”. Sobretudo no
sentido de abandonar todo e qualquer investimento em pesquisa, medicina
experimental, e o caminho do progresso científico. Por motivos
econômicos, optou por designar todos seus doentes crônicos como
desnecessários.
Kate Andrews, do Instituto Economic Affairs, expressou, publicamente:
“O NHS está longe de ser a inveja do mundo”; “não são apenas aos
trabalhadores pobres que recebem cuidados precários; a provisão de
cuidados do NHS é igualmente precária para todos, independentemente da
renda”.
A verdade é que o Reino Unido tem uma das taxas mais elevadas de
mortes evitáveis na Europa Ocidental e dezenas de milhares de vidas
poderiam ser salvas a cada ano se os pacientes do NHS em condições
graves fossem tratados por sistemas de seguro social de saúde em outros
países, ou ainda em cooperação mútua.
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