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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

O MOURÃO FROUXO DE HOJE “VERSUS”O MOURÃO “MACHO”DE 64 - Sérgio Alves de Oliveira

Começou “enganando” muito bem o General Hamilton Mourão, que acaba de encerrar o  seu mandato como Vice-Presidente da República de Jair Bolsonaro, quando estava à frente do Comando Militar do Sul,em 16 de setembro de 2015, oportunidade em que  proferiu palestra em formatura do CPOR- Porto Alegre, propondo “despertar patriótico”, e fazendo declarações verdadeiras impactantes que causaram  um verdadeiro reboliço  nas “hostes” esquerdistas, ocasionando que  por interferência do então senador Aloysio Nunes, um ex-terrorista que servira de motorista de  Carlos Marighella, a “vingança” da esquerda acabou chegando e Mourão foi exonerado do seu comando, transferido para um cargo burocrático do Exército, em Brasilia.

Esse falso “cartaz” que acompanhou de perto o General Mourão durante o seu afastamento “político” do Comando Militar do Sul, certamente foi decisivo para que ele fosse escolhido para compor a chapa que disputaria as eleições presidenciais de outubro de 2018, que seria encabeçada pelo “capitão”Jair Bolsonaro, onde o general  concorreria a “vice”.

Essa “chapa” prosperou e venceu a eleição, derrotando a esquerda e o seu candidato Fernando Haddad, em segundo turno, principalmente em virtude do desgaste oriundo da  onda de corrupção que se abalara sobre os governos do PT,de 2003 a 2016,ou seja,de “rejeição” ao PT.

Mas a chapa vencedora das eleições de 2018 jamais teve a harmonia que seria desejável durante os 4 anos de governo. Além dessa dissintonia,o governo foi profundamente abalado por diversos fatores concomitantes. Enfrentou os terríveis efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, a guerra provocada pela invasão da Rússia à Ucrânia, e fundamentalmente pela sabotagem e boicote provocados no governo pelo Congresso Nacional e pela “dupla” de ataque  do STF e TSE, provocando uma (quase) ingovernabilidade do pais.

A estratégia da esquerda acabou dando certo. “Deram um jeito” para derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro de 2022,  por uma diferença “suspeita”na “totalização” dos votos de apenas 0.9%. Mas não se sabe ao certo se essa ”derrota” correspondeu, ou não, à vontade dos eleitores, ou teria sido alguma “manobra” diferente, devido às inúmeras interrogações que jamais foram esclarecidas.

“Atropelando” para que a posse de Lula se desse logo e sem problemas,todas as interrogações sobre a lisura dessas eleições ficaram a “ver navios”.

Mas Bolsonaro tinha todos os meios, inclusive expressamente previstos na Constituição, de reverter essa “safadeza” das eleições de 2022. Mas não o fez. Dois dias antes da posse de Lula, marcada para 1º de janeiro, pegou a avião presidencial e voou direto para Orlando, Flórida,tendo assumido a Presidência, na sua ausência, até a posse do novo Presidente eleito (???),o “vice” Hamilton Mourão.

Mas Mourão acabou dando uma “pegadinha” no povo brasileiro. Abaixo de “insinuações”que ocasionaram muito mistério e “suspense”, ordenou repentinamente a convocação da rede nacional de comunicações (rádio e TV), para as 20 horas do dia 31.12.22. 
Só disse “abobrinhas”, menosprezando a multidão de manifestantes acampada na frente do QG do Exército de Brasilia, que questionava as eleições, ignorando  totalmente o Presidente Bolsonaro, e se limitando a enviar um “Feliz Ano Novo 23” ,ao povo brasileiro. 
Tudo isso em “rede nacional”. Rede nacional do “deboche”. Pode? Mourão tinha tudo na mão para fazer o que o “fujão” Bolsonaro poderia ter feito, mas não fez,preferindo usufruir o  sol da Flórida, inclusive a caneta “bic” à disposição
Portanto Mourão tinha a “faca e o queijo” na mão. E também não usou.

Voltando um pouco no tempo, em 1964 tinha “outro” General Mourão comandando uma unidade do Exército,em Juiz de Fora/MG. Tratava-se da 4ª Região Militar/Divisão de Infantaria (4 RM/DI).

Contando exclusivamente  com o apoio do General Carlos Luis Guedes, da mesma unidade,  e do Governador mineiro Magalhães Pinto,no “peito e na raça", o General Olimpio Mourão Filho desencadeou a “Operação Popeye”,colocando as tropas na rua,na madrugada do dia 31 de março de 1964, finalizando  com a deposição do Governo João Goulart,e a instalação do Regime Militar que durou até 1985. 
“Rebelde” como era,o General Olimpio Mourão acabou não participando do Governo Militar que começava  com o Presidente Castelo Branco. Foi “escanteado”e “acomodado” no Superior Tribunal Militar-STM, que presidiu de 1967 a 1969.

Mas o “peso” da ameaça comunista que desencadeou o movimento cívico-militar de 1964 não chegava nem “aos pés” do comunismo já praticamente instalado no Brasil durante a gestão de Bolsonaro, só faltando a “formalização”, vendo-se o governo totalmente impotente para  travar o avanço comunista, incentivado pelo Congresso Nacional, pelo STF, e pelo TSE.

A “moral” de toda essa comparação  é só uma: o General Mourão de 64 não tinha os meios necessários, mas acabou impedindo o avanço do comunismo no Brasil, ao passo que o “novo” General Mourão,Vice-Presidente da República, de 2019 a 2022, tinha todos os meios à disposição, inclusive o Comando Supremo das Forças Armadas, no momento da “rede nacional”, e absolutamente nada fez. 

Poder-se-ia concluir que “não se faz mais generais como antigamente”?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Os diferentes “Mourões” de ontem e de hoje - Sérgio Alves de Oliveira


Se porventura  se comparar  as atitudes dos generais Olímpio Mourão Filho, na instalação do Regime Militar de 1964, e do atual vice-Presidente da República, o também general Antônio Hamilton Martins Mourão, no que pertine à quase total ingovernabilidade suportada pelo Presidente Jair Bolsonaro, em vista das sabotagens, boicotes e todo tipo de “sacanagem” contra o seu governo, provocados a partir  da esquerda, do Congresso Nacional (Câmara e Senado), e  do Supremo Tribunal Federal, dentre “outros”, somado ao irrestrito apoio “logístico” de  autoridades dos diversos órgãos públicos  “aparelhados”  desde a famigerada “Nova República”, implantada  em   1985, só   afastada, assim mesmo,“parcialmente”, do poder,em 1º de  janeiro de 2019, com a eleição e posse do Presidente  Bolsonaro, certamente conseguiremos “destrinchar” os diferentes “perfis” das Forças Armadas nessas duas fases históricas.


Com absoluta certeza podemos antecipar que “antes” a farda militar  era  privativa de “machos(evidente  que não no sentido sexual da palavra , ou mesmo de “gênero”,porém na concepção “figurada”,de “valentia” ,de  “patriotismo”, dedicação à pátria), e verdadeiros defensores da pátria.  Hoje essas principais características que marcaram os militares  “de  64” seriam  questionáveis. Os dois generais alvos dessa comparação  talvez possam ser o ponto de partida dessa discussão.

“Matando a cobra e mostrando o pau”!!!
O “Comício da Central”,ou “Das Reformas” (CGT),realizado em 13 de março de 1964,no Rio de Janeiro,com cerca de 150 mil participantes, para ouvirem  os discursos “agitadores” dos então  Presidente da República , João Goulart, e  do ex-Governador gaúcho, deputado federal Leonel Brizola,anunciando, sem “meias palavras”, as chamadas “reformas de base”, a instalação da “República Sindicalista”, o fechamento do Congresso, com imediata convocação de assembleia nacional  constituinte,e implantação de várias medidas flagrantemente “comunistas”, certamente foi a “gota d’água” que mobilizou as forças políticas conservadoras e as próprias Forças Armadas a reagirem contra  essas  propostas comunistas e agitadoras, que afrontavam a ordem, a lei, e a garantia dos poderes constitucionais, conforme autorizavam expressamente os artigos 176 e 177 da Constituição de 1946, vigente à época. E à semelhança de hoje, conforme previsão  do artigo 142 da CF de 1988,também autorizavam as Forças Armadas a “intervir”,nessas hipóteses.

Ora,se por um lado o “Comício da Central”, de 13 de março de 1964, teria sido o “estopim” da reação cívico-militar, de 31 de março de 1964, a “Circular Reservada do General Castello Branco, Chefe do Estado Maior do Exército, de 20 de março", convocando as FA para que  garantissem os poderes constitucionais e a aplicação da lei, acabou abrindo  as portas militares para essa reação. Em 28 de março, 15 dias após a “circular” de Castello Branco, os generais Olimpio Mourão Filho, Comandante da 4ª Divisão de Infantaria, sediada em Juiz de Fora/MG, e  Odílio Denys, ex-Ministro da Guerra, se reuniram com o governador mineiro  José de Magalhães Pinto, em Juiz de Fora, onde discutiram a derrubada do Governo Goulart, inicialmente programada para 4 de abril. E no dia 30 de março, houve nova reunião, em Belo Horizonte ,entre o governador mineiro  e  outros generais.
[Para saber mais, clique aqui.]

Mas o General Olimpio estava “apressado”.  Pressentiu que se esperassem mais a “revolução” poderia não prosperar. Deflagrou, então, na”marra”, no “peito”, e na “raça”,a “Operação Popeye”, na madrugada de 31 de março de 1964, colocando em marcha 6 mil militares,em direção ao Rio de Janeiro. Sabedores  desse “deslocamento”, o 1º Exército, do Rio de Janeiro, recebeu ordens de interceptar a marcha do General Olimpio, ordem essa que não foi atendida,com adesão dessas forças  à causa “revolucionária” de 1964. Jango foi deposto e fugiu direto para o exílio.

As diferenças, portanto, entre os generais Olimpio Mourão Filho, de 1964, e  Hamilton Mourão, de 2020, residem mais  nas atitude de ambos ante  as ameaças comunistas nas  duas épocas. O primeiro enfrentou-as.  Hamilton Mourão  acabou se aliando às forças comunistas “modernas”, especialmente “chinesas”, tornando-se  uma espécie de “garoto propaganda” (governamental)  dos interesses da empresa chinesa Hauwei,  no Brasil ,relativos à implantação da 5ª Geração ( 5 G) da telefonia móvel, apesar dos inúmeros riscos que essa “entrega” certamente  provocaria à própria segurança e soberania nacionais. [duas razões diferenciam o comportamento do general Hamilton Mourão e o general Olimpio Mourão: 
- o general Mourão detém grande prestigio junto as FF AA, é general-de-exército, mas exerce atualmente um cargo político, que o vincula estreitamente ao presidente Bolsonaro e não tem comando de tropas.
Já o general-de-divisão, Olímpio Mourão Filho, além de não exercer cargo político tinha o comando de tropas.] .
                                                                          
E lamentavelmente parece que os setores de inteligência das Forças Armadas  não enxergam e estão totalmente “alienados”, frente a essa iminente ameaça contra os interesses nacionais. Olimpio Mourão Filho,  era homem de atitudes, de ação, enquanto o “outro” é “bom”, mas  nas palavras, nos discursos, e nas palestras que dá, como fez antes no CPOR, de Porto Alegre, e mais recentemente na Maçonaria e diversas outras  entidades representativas da sociedade. Nisso, realmente, o general Hamilton é ”imbatível” !!!

Por último,há que se considerar que a “ameaça” comunista de 1964 pode ser considerada verdadeiro  brinquedinho de criança perto da que hoje está às nossas portas. Em 64 os planos  comunistas eram mais de ordem “interna”, ”artesanais”, ”amadores”, ao passo que hoje o comunismo, na versão do  ditador Xi Jinping, do Partido Comunista Chinês,  e da Nova Ordem Mundial, que  caminham “associados”, vindos de “fora”, penetram livremente  dentro das fronteiras brasileiras, não só sem qualquer restrição oficial, mas com muito mais ajuda interna do  que do  teve antes  na tentativa  frustrada de 1964.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo