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quarta-feira, 9 de junho de 2021

Os irmãos do Comando Vermelho que motivaram os ataques em Manaus

 Após a morte de Dadinho, seu irmão, também líder da facção criminosa, ordenou os ataques a delegacias e ônibus na capital amazonense

 Enquanto Manaus viveu dias de caos com duas ondas arrasadoras de Covid-19 em 2020 e no início de 2021, o crime organizado só se fortaleceu na capital do Amazonas, que nos últimos anos virou um entro posto na rota do narcotráfico internacional.

Numa batalha por territórios que se arrasta desde 2019, o Comando Vermelho acabou superando o Primeiro Comando da Capital (PCC), que tentou se instalar na região, e a facção local Família do Norte, que praticamente foi riscada do mapa. Com a consolidação do seu domínio, a organização criminosa nascida no Rio de Janeiro passou a entrar na mira da inteligência das polícias Civil e Federal e do sistema penitenciário. Os ataques em série ocorridos nos últimos dias a ônibus, ambulâncias, viaturas, delegacias e hospitais, com tiros e fogo, seriam uma forma de o Comando Vermelho amazonense se vingar de ações recentes do Estado.

A últimas delas ocorreu no último sábado, dia 5, quando o traficante Erick Costa, conhecido como Dadinho, foi morto em um confronto com policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva Cândido Mariano). Ele responde a dois processos na Justiça por homicídio qualificado e tráfico de drogas e é apontado como um dos 13 conselheiros do Comando Vermelho no Amazonas.

Conforme as investigações, um irmão de Dadinho, conhecido como Ton e que também é chefe do Comando Vermelho, teria conclamado os “soldados” da facção a revidar a ação policial – as ordens teriam partido do presídio onde ele está preso.  Além de atear fogo a dezenas de veículos públicos, os criminosos atiraram e lançaram uma granada contra uma delegacia do centro de Manaus, na madrugada deste domingo, dia 6. Devido aos ataques, as aulas chegaram a ser suspensas e o transporte coletivo ficou paralisado.

Dadinho é a terceira liderança do Comando Vermelho a cair desde o início do ano a diferença é que ele foi morto ao invés de ser preso.[esse não vai dar mais trabalho à policia ou à sociedade.]  Em maio, a Polícia Federal prendeu numa mansão de luxo no Rio de Janeiro outro conselheiro da facção amazonense, Ocimar Prado Júnior, conhecido como Coquinho. Segundo os investigadores, ele cuidava do braço financeiro da organização criminosa. Em fevereiro, foi a vez de Emmanuel da Silva Teles, o Ling, ser preso em Porto Alegre — ele era apontado como o responsável pelo arsenal de armas do bando. As prisões ocorreram no âmbito da Operação Nômade, nome referente ao fato de os chefões do crime estarem sempre mudando de estado, realizada pela PF com a parceria da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

Após as cenas de terror vistas nos últimos dias, Manaus começou a voltar ao normal nesta terça-feira,  8. Na segunda-feira, 7, a polícia chegou a prender 35 pessoas acusadas de envolvimento com os ataques, o que incluiu até a apreensão de uma criança de 11 anos. Cerca de 144 homens da Força Nacional chegaram nesta terça-feira à capital. E as visitas nos presídios, que estavam suspensas por receio de rebelião, devem ser retomadas a partir desta quarta-feira, 9.

Nos últimos anos, a Região Norte virou um importante corredor de cocaína no mapa do narcotráfico internacional — a droga é trazida das fronteiras com a Colômbia e Peru por meio dos rios amazônicos. Na época das cheias, surgem diversos afluentes nas florestas que dificultam o trabalho de fiscalização policial.

 Blog MAQUIAVEL - Revista VEJA


quinta-feira, 25 de junho de 2015

PM que atirou em dois suspeitos caídos no chão em SP é preso

Quem perdoa bandidos é Deus, nossa missão é promover o encontro


Um policial militar que atirou contra dois menores, acusados de roubar uma moto, durante uma perseguição na Zona Sul de São Paulo, foi preso nesta quarta-feira. A corporação vai apurar se houve excessos na ação, já que os disparos continuaram mesmo depois dos suspeitos estarem caídos no chão, com os braços erguidos.


(Foto: Reprodução / Record)

Os dois suspeitos, segundo informações da Polícia Militar, foram perseguidos da Avenida João Dias até a Avenida Maria Coelho Aguiar, no bairro Jardim São Luís.  O PM que fez a perseguição de moto faz parte da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam). Imagens feitas por cinegrafistas de TV em um helicóptero da TV Bandeirantes mostram que um dos suspeitos atirou um capacete em direção ao policial, que disparou em seguida.

A dupla perdeu o controle e a moto caiu no chão. Em seguida, o PM encosta, dispara quatro vezes, pega a arma do bandido e dispara mais duas vezes para o chão. Minutos depois, várias viaturas chegaram ao local.


Os feridos foram socorridos pelo Samu e levados a hospitais na região. A Polícia Civil também instaurou um inquérito. A vítima da dupla, um motoboy, contou que os dois menores estavam armados e foram violentos na hora do assalto. Um dos criminosos levou três tiros, dois deles nas pernas e um na região do quadril. Não há informações sobre o estado de saúde do outro menor.

VÍDEO: "Cidade Alerta" mostra execução de marginal ao vivo (23/06/2015)