Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Síria e Iraque. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Síria e Iraque. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de maio de 2018

A hora da sabatina

Amanhã será um lindo dia da mais louca alegria que se possa imaginar (…) Amanhã, mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar (…) Amanhã, ódios aplacados, temores abrandados. Será pleno”. Com a canção de Guilherme Arantes gravada em 1977, em meio à ditadura militar, o marqueteiro Duda Mendonça encerrava – magistralmente – a vitoriosa campanha do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Para quem acreditava, foi de arrepiar. Também pudera. 

Àquela altura, havia no ar o combustível que nos move toda vez que precisamos sair de uma situação de aparente adversidade irremediável: esperança. A esperança triunfou, mas degenerou em alianças espúrias, projeto de perpetuação no poder à base de mensalões, populismo político-econômico, corrupção institucionalizada – e o decantado mito revelou-se uma fraude. O resto já é história. A tragédia petista, somada ao avanço da Lava Jato sobre podres poderes, sem distinguir ideologias e colorações partidárias, aprofundou o desalento com a política. Os números são eloquentes. Nas mais recentes pesquisas de intenções de voto, brancos, nulos e indecisos somaram alarmantes 45,7%.

Para tentar clarear o debate, munir o eleitor de informações essenciais à definição do voto e contribuir de maneira significativa para essa que será a eleição mais importante desde a redemocratização do Brasil, ISTOÉ inicia na segunda-feira 21 sua sabatina com os presidenciáveis. A rodada de entrevistas com os aspirantes ao Planalto, promovida por ISTOÉ, é a oportunidade de o eleitor conhecer mais de perto o candidato, suas propostas e o que ele pensa para o País. Os convidados não devem esperar vida fácil: eles serão confrontados com questões fundamentais do escrutínio democrático – uma liturgia a qual devem se submeter todos os postulantes a ocupar a cadeira de presidente.

O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) puxará a fila dos candidatos entrevistados pelos jornalistas da Editora Três. Em nome da transparência e da independência, as quais ISTOÉ sempre perseguiu ao longo de seus 42 anos de história, a já tradicional sabatina do corpo editorial da Três embute uma novidade: a transmissão ao vivo via site e redes sociais. Do ponto de vista político, a entrevista ao vivo é a melhor maneira de o eleitor aferir, sem cortes e em tempo real, a performance e a reação dos candidatos ao principal cargo executivo do País. Da perspectiva jornalística, o ao vivo amplia a credibilidade, limitando os enquadramentos inerentes a materiais gravados e editados. Dessa forma, ISTOÉ acredita fornecer expressivo subsídio para que a escolha do futuro presidente seja a mais adequada.

Na eleição que se avizinha há pouca margem para erro. O momento é grave e exige equilíbrio, senso ético e responsabilidade pública. Desde 1822, nossa cultura política reconhece duas tradições ideológicas: o nacional-estatismo e o cosmopolitismo liberal – dicotomia estabelecida de maneira mais nítida quando se consolidou no Império a oposição entre Saquaremas e Luzias. Atualmente, a maioria da população ainda não consegue distingui-las com precisão, o que confere à corrida eleitoral ares de imprevisibilidade. Para além da economia, da geração de empregos e de temas como saúde e educação surge no cenário um fator capaz de desequilibrar o pleito: a segurança. Não há como fugir da pauta diante da chocante realidade. Entre 2001 e 2015 houve 786.870 homicídios. Se comparados com guerras internacionais deste século, os números da violência no Brasil assumem dimensões ainda mais assustadoras. No conflito sírio, por exemplo, morreram 330.000 pessoas, ao passo que a guerra no Iraque fez 268.000 vítimas. Como lidar com o bárbaro quadro é o desafio imposto aos candidatos ao Planalto em outubro. [a soma dos dois conflitos internacionais atinge 598.000 vítimas, número superado em mais de 25% pelo de mortes havidas no Brasil - País  em que só bandidos e policiais podem possuir/portar armas livremente.]

Independentemente do tema, não podemos incorrer de novo na armadilha messiânica – um jogo que até pode ser jogado sem pudores por alguns, mas cujo desenlace seria um País dividido. Aristóteles estabelecia que o spoudaios (o “homem maduro”) era o indivíduo capaz de conhecer a profundidade da sua alma e da de seus governados, porque submergiu ao inferno do autoconhecimento e de lá saiu com o desvelamento da própria alma. Por não ser apenas alguém que ordena, mas que encarna os anseios da população, o spoudaios torna-se um líder autêntico, íntegro, dotado de liderança existencial. Algo semelhante ao que o Brasil precisa nesse momento: um governante amadurecido, conhecedor das mazelas do País, que toque a alma do povo, esteja atento às suas angústias e tenha condições de compreender o Zeitgeist, expressão alemã usada para designar o “espírito do tempo”. Às sabatinas, pois.


Editorial - Sérgio Pardellas - IstoÉ

 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O ISIS chega a Gaza


Informes indicam que, nos últimos anos, um número cada vez maior de milicianos do Hamas fugiu da Faixa de Gaza para se juntar ao ISIS no Sinai, na Síria e no Iraque. 

Na foto acima: imagem de agosto de 2014 de terroristas do Estado Islâmico no Sinai (naquela época conhecido como Ansar Bayt al-Maqdis), se preparando para decapitar quatro egípcios acusados de espionarem a favor de Israel.

Hamas nega hesitantemente. Não obstante, crescem os indícios de que o movimento islamista, baseado na Faixa de Gaza, continua cooperando com outros grupos terroristas jihadistas filiados ao Estado Islâmico (ISIS), especialmente aqueles que operam, nos últimos anos, na península egípcia do Sinai.

Esta cooperação, de acordo com fontes de segurança da Autoridade Palestina, é a principal razão por trás das atuais tensões entre as autoridades egípcias e o Hamas. Essas tensões levaram os egípcios a manterem o posto de fronteira de Rafah fechado desde 2013, encurralando milhares de palestinos dentro da Faixa de Gaza. Em 2015 os egípcios abriram o posto fronteiriço de Rafah por 21 dias para permitirem que casos de necessidade de ajuda humanitária e que estrangeiros pudessem sair ou entrar na Faixa de Gaza.

No corrente ano, até agora, o posto de Rafah ficou aberto num total de 28 dias. Fontes na Faixa de Gaza salientam que há cerca de 30.000 casos de necessidade de ajuda humanitária que precisam atravessar imediatamente a fronteira. Estão incluídos aí dezenas de estudantes universitários que ainda não conseguiram voltar para suas universidades no exterior e aproximadamente 4.000 pacientes que necessitam de tratamento médico urgente. Surpreendentemente, na semana passada os egípcios abriram o posto fronteiriço de Rafah por cinco dias seguidos, permitindo que mais de 4.500 palestinos saíssem e entrassem na Faixa de Gaza. O gesto incomum veio na véspera da festa muçulmana de Eid al-Fitr. Contudo, o posto foi fechado novamente quando do início da festa em 6 de julho.

Continuar lendo

sábado, 4 de abril de 2015

Esquerda brasileira se prepara para a guerra de guerrilhas - Serão vencidos ... sempre perdem

Quem são os brasileiros em guerra

Atraídos por questões ideológicas ou pela excitação de estar em uma zona de conflito, PMs, motoboys, estudantes e ativistas políticos se transformam em combatentes na distante Ucrânia

Rafael Miranda não sabe ao certo se foram dois, quatro ou seis metros. Só tem certeza de que voou. O deslocamento de ar provocado pelo morteiro que explodiu a poucos metros de onde ele estava arremessou seu corpo com violência. Rafael caiu batendo com a cabeça sobre o cabo do rifle AK-74. “Não desmaiei, não senti dor, não ouvi nada”, conta ele. “Só percebi que algo estava errado quando tentei correr para me jogar na trincheira”. Apesar do esforço, ele não conseguia se movimentar. Não sentia qualquer coisa da cintura para baixo. “Achei que os estilhaços do morteiro tinham me partido ao meio, que eu estava sem as pernas”. Rafael já havia visto cenas semelhantes: pessoas com ferimentos graves, estraçalhadas, mas sem dor por conta da brutal descarga de adrenalina. “Fiquei com medo de olhar para minhas pernas”, diz. “Coloquei a cabeça sobre o rifle, fechei os olhos e esperei que uma bomba me acertasse. Tinha certeza que ia morrer ali”. 

 Planos de trair o Brasil - ser um guerrilheiro de esquerda. Tão aloprado que pretende ser guerrilheiro participando de combates nos quais a artilharia predomina

A Guerra da Ucrânia é um conflito local com implicações mundiais e tem atraído uma miríade de combatentes de todo o mundo. A despeito dos detalhes regionais, para muitos, este é um combate entre Leste e Oeste. Uma espécie de batalha final da Guerra Fria que foi prorrogada por três décadas. “A Rússia ainda é um elemento importante no equilíbrio geopolítico mundial e os Estados Unidos e a União Europeia querem enfraquecê-la o máximo possível para serem hegemônicos”, diz o soldado da Polícia Militar do Amazonas que também luta ao lado dos rebeldes e não quer se identificar. Pede apenas para ser chamado de Al Hassan. [atenção PM do Amazonas... CUIDADO... identifiquem o Al Hassam, ele pode ser o 'lamarca', traidor nojento, a traí-los.]

Ex-estudante de história, vivendo na Ucrânia há pouco mais de um mês, Hassan tem um perfil distinto do tradicional PM brasileiro. “É difícil ser policial militar, a PM é uma instituição reacionária, mas é um emprego”, diz. Ele foi para a Ucrânia em busca de experiência em combate militar. Acredita que, em algum momento, grupos armados de extrema esquerda possam ressurgir no Brasil e na América Latina em face à guinada à direita que muitos países ameaçam tomar. “Quero estar preparado para fazer parte deles”. Mas Hassan, assim como outros brasileiros do grupo na Ucrânia, está decepcionado. “Não há combate direto, é só artilharia. Você raramente vê o inimigo”, reclama.

Quando começou, a Guerra da Ucrânia parecia destinada a seguir as características dos conflitos atuais, como ocorre na Síria e no Iraque: forças assimétricas combatendo em ambiente urbano, utilizando táticas de guerrilha. No entanto, o farto equipamento militar disponível tanto para as forças armadas ucranianas quanto para os rebeldes fez com que rapidamente as batalhas ganhassem cores muito semelhantes às da 1º Guerra Mundial, com front definido e batalhas travadas basicamente por artilharia.