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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Lula perde mais um recurso

TRF4 nega recursos da defesa de Lula em caso do terreno do instituto

O Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF4) negou ontem (7) dois recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação que investiga se houve irregularidades na compra de um terreno para a construção de uma sede do Instituto Lula. Os pedidos, denominados “agravos regimentais”, tinham como objetivo solicitar uma reavaliação de dois habeas corpus pedidos pela defesa e negados pelo desembargador João Pedro Gebran Neto. A decisão foi divulgada hoje (8).

Um dos habeas corpus tinha como objetivo suspender a ação em que Lula é investigado por supostas vantagens, como a compra de um terreno para o Instituto Lula, em troca de benefícios ao grupo Odebrecht em diversas contratações da Petrobrás. A defesa requereu que o processo só andasse após o pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.  A defesa também defendeu que a posição da defesa pudesse ser colocada depois das alegações dos réus que decidiram fazer delações e pediu que fosse retirado do processo o termo de colaboração do ex-ministro Antônio Palocci.

O desembargador João Pedro Gebran Neto avaliou que não havia precedente deste tipo de suspensão. O recurso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU deveria ocorrer após a defesa recorrer a todas as instâncias judiciárias, inclusive os tribunais superiores, o que ainda não ocorreu. Neto também não concedeu o pedido de apresentação das alegações depois dos colaboradores por considerar que não há ilegalidade na ordem definida.  Já a retirada dos autos do termo de colaboração de Palocci não seria necessária, uma vez que estes não são uma prova isolada. O desembargador acrescentou que o ex-ministro foi interrogado dentro da própria ação penal.

O segundo habeas corpus negado questionava perícia feita pela Polícia Federal sobre o esquema de pagamentos da Odebrecht que teria sido usado para repasse de propina. Segundo a defesa, o laudo possui problemas e erros. O desembargador baseou sua negativa no argumento de que o prazo para o questionamento já foi aberto e se encerrou, não cabendo mais tal revisão.

Ação
O caso foi motivado por denúncia do Ministério Público Federal apresentada em 2016. A apuração visa descobrir se teria havido irregularidades na compra de um terreno para a construção de uma sede do Instituto Lula. Eles alegam que o ex-presidente teria recebido, de forma ilícita, um imóvel ao lado do apartamento que o ex-presidente tem em São Bernardo do Campo, cidade da Região Metropolitana de São Paulo.

O Grupo Odebrecht teria repassado a propina em troca de contratações da construtora pela Petrobrás em diversos consórcios, como obras de terraplanagem na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e de construção e montagem de Terminal de Processamento de Condensado De Gás Natural do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, no Rio de Janeiro.  A defesa de Lula foi procurada pela reportagem, mas ainda não deu retorno.

IstoÉ
 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Menções a Lula disparam no Twitter – mas não é o que o PT queria

Hashtag #LulaNaCadeia é a mais popular

O julgamento do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região é o assunto mais popular no Twitter nesta quarta (24). Às 10h, a hashtag mais comentada, com 26 mil menções, é #LulaNaCadeia.


Sessão é aberta para o julgamento do ex-presidente Lula, no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS) - 24/01/2018 (YouTube/Reprodução)

Desembargador do TRF4 é grande decepção de Gleisi

Senadora trabalhou fortemente pela indicação de Gebran

Um dos três desembargadores responsáveis pelo julgamento de Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto converteu-se na maior decepção de Gleisi Hoffmann.

Isso porque Gebran foi nomeado em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff.
E foi justamente Gleisi Hoffmann quem mais trabalhou para concretizar a nomeação.
Gebran é do mesmo estado da senadora, o Paraná.

Veja

 

 

domingo, 14 de janeiro de 2018

Presidente do TRF4 alerta STF sobre ameaças

O TRF4 vai julgar os recursos de Lula e de outros seis réus no processo do famoso tríplex do Guarujá

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Thompson Flores, encaminhou ofício à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e à Procuradoria Geral da República, relatando que desembargadores da Corte têm recebido ameaças. Ele também relatou o ocorrido a deputados petistas durante reunião nesta sexta-feira. O TRF4 vai julgar os recursos de Lula, condenado pelo juiz Sergio Moro a uma pena de 9 anos e seis meses de prisão, e de outros seis réus no processo do famoso tríplex do Guarujá.
Thompson terá encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, nesta segunda-feira, 15, às 10h. As ameaças que a Corte tem recebido estão entre os assuntos da reunião.

O presidente do TRF4 já havia relatado as intimidações que magistrados têm sofrido em reunião com deputados petistas, nesta sexta-feira, 12. Os parlamentares trataram de questões de segurança relacionadas às manifestações que o partido convoca a favor do ex-presidente.  “Os senhores representam parcela da sociedade como membros do Poder Legislativo. Aceitamos prontamente a colaboração para assegurarmos a segurança de todos os envolvidos no julgamento do dia 24 e, também, pedimos que divulguem a mensagem por manifestações pacíficas”, afirmou Flores, aos deputados.

O ex-presidente terá seu recurso julgado pelos desembargadores da 8ª Turma do TRF4 no próximo dia 24. O julgamento é cercado de grandes expectativas. Porto Alegre poderá receber muitos manifestantes. Durante a reunião, o deputado Paulo Pimenta (PT) afirmou que o grupo que se reuniu com Flores representa ‘165 deputados do PT no país’. “Estamos trabalhando para que tudo transcorra dentro das normas da Constituição Federal e das garantias individuais”, afirmou.

Pimenta entregou ao desembargador um ofício pedindo para que o tribunal ‘viabilize um espaço destinado às autoridades para que assistam ao julgamento, no tribunal, via telão, já que a sala de sessão será somente para advogados e partes'. O presidente garantiu que o pedido será atendido.  Também participaram da reunião os deputados federais Marco Maia e Maria do Rosário e os estaduais Edegar Pretto, presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Stela Farias, líder da bancada estadual do PT no legislativo estadual, Tarcisio Zimmermann, além do advogado Ricardo Zamora.  “O que nós fazemos aqui é ser parte da resistência que a população brasileira está compondo com trabalhadores e trabalhadoras já que está muito claro que não existem provas neste processo contra Lula e que a condenação dele pelo juiz Moro foi uma decisão política”, afirmou Maria do Rosário, após deixar o encontro. [no comentário acima, a inestuprável Maria do Rosário escreveu  'ser parte da resistência que a população brasileira' quando o correto, a verdade seria escrever: ser parte da resistência que uma pequena parte da população brasileira'.]

Para a parlamentar, é preciso ter ‘confiança’ de que ‘o que está escrito no processo, se for lido, de fato pelos desembargadores, pelos que são responsáveis pelo julgamento, vai nos levar a um único resultado: absolver o presidente Lula.'
“Porque não há nada sobre esse tríplex que justifique… não há nada contra o presidente Lula que justifique uma interferência no processo eleitoral só para retirar Lula nas eleições”.

A Justiça chegou a proibir acampamento do MST em frente à Corte até três dias depois na região do Parque da Harmonia, aonde fica a Corte. A Justiça Federal, no entanto, informou que não foram proibidas manifestações nas proximidades do TRF4. “A determinação judicial é para controlar o acesso de modo a assegurar a normalidade do trânsito de pessoas e veículos no entorno do Tribunal, garantido o direito de manifestação no Parque da Harmonia”, destacou a Justiça, em nota.

O Estado de S. Paulo
 

 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Antevisão: Lula condenado, inelegível, solto e a fazer campanha em favor de um ungido. E isso nem é o pior!!!

O PT já tem um ativo eleitoral gigantesco nas mãos: a condenação de Lula em tempo recorde. E que se note: a esta altura, é de uma irrelevância danada denunciar que o partido foi financiado pelo capiroto… Os brasileiros já estão algo anestesiados e abestados pelo denuncismo doidivanas. Até Tiririca vira referência intelectual de certo colunismo hoje em dia. Santo Deus…


 Sim, leitores, isso aí acima é uma jararaca…

A vanguarda do atraso, como se nota, dá frutos. Ora, se ninguém presta, isso inclui Lula e o PT. Se inclui Lula e o PT e se ninguém presta, por que, então, dizer “não” a Lula e ao PT? Nesse caso, conclui o povão, faz mais sentido hostilizar aqueles que antes combatiam os petistas e que foram alvejados pelo MPF. Entenderam?  Antevejo: Lula será condenado pelo TRF4, vai se tornar inelegível, não será preso (e o antipetismo deveria rezar para que não seja) e vai se dedicar à campanha eleitoral do seu ungido, que tende a ir para o segundo turno.
Que tal?

Mandem aplausos, likes, curtidas e emojis de emocionada satisfação para Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Carlos Fernando, Rodrigo Janot e, agora, também para os desembargadores do TRF4, que tiveram a ideia genial de julgar o caso em tempo recorde, alimentando a fantasia de que tudo o que aí está não passa de um golpe contra o petismo.
Meu Deus! O Brasil vive a mais acirrada disputa de sua história pelo monopólio da burrice!

É claro que o TRF4 vai condenar Lula, e este se tornará inelegível. O revisor anuncia que seu voto está pronto, e a sessão está marcada para o dia 24 de janeiro. Se o prazo médio tivesse sido seguido, sabemos, isso só se daria em setembro. Assim, o partido acaba de ganhar o mais importante ativo dessa eleição até aqui: “forças poderosas estariam conspirando nas sombras para impedir a vitória de Lula. Se conseguiram interromper a trajetória do petista rumo ao Planalto, que ao menos não se interrompa a do PT”. Entenderam o jogo?

Uma vez condenado, ainda que o tribunal decida prender Lula, é possível que recursos adiem a execução da pena, até que o Supremo volte a se debruçar sobre a questão. E vai. A tendência, até onde enxergo, é que a execução da pena passe a ser dar, ao menos, depois de um exame do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Não custa lembrar à margem que, seguida a Constituição no que tem de explícita, a pena só pode ser aplicada quando não couber mais recurso. É o que vai estampado com clareza solar no Inciso LVII do Artigo 5º da Constituição.

Quem está feliz porque vê afastado um cenário ruim (a eleição de Lula se candidato fosse) deve estar preparado para dois outros, dado que a absolvição, que seria a quarta hipótese, está afastada: a: Lula condenado, inelegível e solto;
b: Lula condenado, inelegível e preso.
Acho que o STF vai rever a jurisprudência e que não será preso antes de eventual condenação por corte superior. Mas estará com a faca nos dentes, a fazer campanha para o seu ungido. Se alguma medida cautelar impedir que se movimente, falará de seu bunker. Se preso, vira mártir.  Não pensem que é fácil chegar a isso. É preciso praticar uma burrice determinada, metódica, implacável, precisa e muito satisfeita de si.

E esse pessoal é muito bom nisso. Ou os petistas não teriam vencido quatro eleições consecutivas, com chances efetivas de vencer a quinta, mesmo depois de todo mal que fizeram ao país.  Mas os conservadores e a dita “direita” aplaudem os roteiristas e diretores desse pastelão institucional e legal, certo?
Poderia chamá-los de “inocentes úteis”. Mas não há por que dourar as palavras a esta altura: são culpados e inúteis.

Blog do Reinaldo Azevedo