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domingo, 11 de setembro de 2022

Sem margem de erro - Revista Oeste

Redação

Em manifestações pacíficas e portentosas, multidões de brasileiros celebram o Bicentenário da Independência, apoiam a reeleição de Bolsonaro e exigem respeito às normas impostas pela Constituição 

As comemorações do Bicentenário da Independência na quarta-feira, 7 de Setembro, deixaram claro que é impossível falsificar no Brasil ao menos uma coisa: o povo nas ruas. Multidões jamais vistas cobriram o país de verde e amarelo em uma grande festa cívica, democrática e, sobretudo, pacífica. Foi também o dia em que a esquerda e o consórcio de imprensa entraram em pane.

Manifestações que ocorreram no Dia da Independência do Brasil (7/9/22) em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução

 Manifestações que ocorreram no Dia da Independência do Brasil (7/9/22) em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução 

Duas conclusões podem ser extraídas do 7 de Setembro. A primeira é que as multidões, que incluíram famílias e crianças, não têm nenhum parentesco com ajuntamentos de golpistas, como fantasiou durante meses a velha mídia. Segunda conclusão: ficou muito complicada para os institutos de pesquisa a fabricação de mais porcentagens assegurando a eleição de Lula em outubro.

A menos de um mês das eleições, milhares de pessoas foram às ruas em dezenas de cidades, com destaque para São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Quem não saiu de casa por causa da chuva exibiu a bandeira do Brasil nas janelas. No Centro-Oeste, houve passeio de tratores do agronegócio.

Tradicional palco de manifestações históricas, a Avenida Paulista teve 13 carros de som espalhados por toda sua extensão. Os nomes mais lembrados foram o de Lula e o do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito perpétuo de caçada aos conservadores no STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mesmo com o tempo nublado, garoa e momentos de chuva forte, pais, mães, avós e crianças compareceram em peso. Embora grande parte das fotografias publicadas pela imprensa focalize cartazes pedindo o golpe militar ou o fechamento do STF, a verdade é que a palavra de ordem que mais ecoou foi outra: liberdade.

“Estou aqui para que o povo brasileiro tenha mais liberdade”, disse Fernando Ataide, 73 anos. “Olhando para trás me sinto envergonhado de tanta roubalheira que houve neste país.”

O clima de tensão e perigo inventado pelo noticiário não existiu. No evento realizado no coração de São Paulo, não aconteceu sequer uma briga ou ato de desrespeito ao próximo. Até para atravessar a multidão que se amontoava todos pediam licença e esperavam a vez.

“Milhões de brasileiros estão defendendo a liberdade”, observou o médico Roberto Zeballos, trajando verde e amarelo. “Na rua, não existe o controle das redes sociais nem a censura. Há o poder da escolha, a liberdade de ir e vir, para sonhar e encontrar soluções. Não ficamos presos a regras ditatoriais.”

Outras palavras de ordem exigiam o fim da impunidade e eleições limpas. “Uma pessoa não pode ser ‘descondenada’ para poder concorrer à Presidência da República”, indignou-se o segurança Sérgio Henrique Gonçalves da Silva. Com 44 anos, ele trouxe o filho David, 5 anos, e a irmã Maria Marlene Farinilque, 53 anos, para participarem do ato. “O STF solta bandido e prende deputado, não consigo entender isso.”

A oposição grita
A reação dos adversários de Bolsonaro foi imediata. Antes mesmo do encerramento dos atos, partidos lançaram uma ofensiva no TSE. União Brasil, PT e Rede bateram à porta da Corte, acusando o presidente de ter feito comício em eventos que receberam recursos públicos.

Essa também foi a tônica dos protestos estridentes dos analistas na mídia, que não disfarçam suas preferências políticas. Alguns defenderam abertamente a impugnação da candidatura de Jair de Bolsonaro. “O presidente pode ter cometido crimes em série no 7 de Setembro, e Lula vai acionar TSE”, publicou a Folha, às 21 horas do dia 7.

O pano de fundo da gritaria, contudo, esbarra num ponto incontestável. O presidente separou sua agenda de chefe de Estado do roteiro de candidato. Isso ocorreu em Brasília e no Rio, as duas cidades que tiveram apresentações de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), dos blindados do Exército e o show dos paraquedistas cortando os céus com a bandeira brasileira. 
As imagens da Esplanada dos Ministérios tomada em toda a sua extensão e da orla de Copacabana lotada rodaram o mundo.

Em Brasília, Bolsonaro acompanhou a parada militar, como todos os antecessores sempre fizeram, e desfilou no Rolls-Royce usando a faixa presidencial. Depois, subiu num palanque montado nas proximidades da mesma avenida e falou o que quis — como candidato.

Após desfile, Bolsonaro exalta Pátria cristã e luta do bem contra o mal
Jair e Michele Bolsonaro desfilam em um Rolls-Royce, 
no Dia da Independência | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Ao lado da primeira-dama, Michelle, Jair Bolsonaro puxou com a multidão o coro “imbrochável” e disse que “homens solteiros deveriam procurar uma mulher, uma princesa para se casar”. Beijou Michelle, que aderiu à brincadeira. A fala incendiou os plantonistas nas redações do consórcio. O presidente voltou a ser acusado de machismo e misoginia, a bola da vez das manchetes histéricas. Em editorial, O Estado de S. Paulo afirmou que o presidente apelou para obscenidades. “Eis o nível daquele que diz defender a família brasileira. Entende-se bem por que é tão alta sua taxa de rejeição entre as mulheres. Jair Bolsonaro simplesmente provoca asco”, diz o artigo.[se o discurso de Bolsonar foi obscfeno, que dizer da matéria de uma jornalista de O Globo - um tratado sobre desempenho sexual.]

A Folha de S.Paulo publicou uma reportagem afirmando que “na idade de Bolsonaro, 67 anos, o índice de indivíduos do gênero masculino com disfunção erétil é próximo a 70%”. [nada impede que o 'capitão do povo' esteja nos 30%]

O número de manifestantes presente nos atos também foi motivo de controvérsia. Em Brasília ninguém foi capaz de dizer que havia menos de 1 milhão de pessoas no gigantesco vão que abrange a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes. Em São Paulo, contudo, o jornal Folha de S.Paulo chegou ao ponto de cravar um número exato: 50.443 pessoas nem uma a mais ou a menos.

Foto: Reprodução/Instagram

Ao ver a multidão nas ruas, uma colunista afirmou, com voz embargada, que aquele era um dia triste, porque Bolsonaro colocou milhões de pessoas nas ruas. “Isso foi bom para ele, mas foi péssimo para o Brasil.” Num tuíte, outro jornalista afirmou que “o clima de violência política recomendava que eleitores de outros candidatos evitassem a orla de Copacabana”. Um terceira acusou “os discursos do presidente” de roubarem “a possibilidade dos brasileiros de comemorarem a Independência do Brasil”.

A verdade é que nunca se viram multidões semelhantes, simultaneamente, em tantas cidades brasileiras. “O sentimento é de patriotismo. Esse vai ser o combustível da reeleição, disse Fabio Wajngarten, coordenador de comunicação da campanha de Bolsonaro. “Multidão nas ruas de verde e amarelo”, comemorou Fábio Faria, ministro das Comunicações. “Nunca ninguém viu tanta gente. O presidente faz um discurso propositivo. O que sobra para a mídia? Falar que essa quantidade de gente de graça nas ruas é um ‘abuso’.”

Flávio Bolsonaro, filho do presidente, usou suas redes sociais para agradecer aos apoiadores do pai. “Um milhão de pessoas? Mar de gente em Brasília? Obrigado a cada brasileiro que compareceu à Esplanada dos Ministérios. Provamos, mais uma vez, que é possível fazer manifestação pacífica, visando a um único objetivo: a liberdade de nossa nação.”

“Falo palavrão, mas não sou ladrão”
De Brasília, Bolsonaro seguiu para o Rio de Janeiro, onde pilotou uma moto até a orla de Copacabana. Ali, havia gente de todo tipo: homens, mulheres, idosos, crianças, adultos, negros, brancos, ricos e pobres. A quantidade de gente fez com que os manifestantes ocupassem também as ruas paralelas e perpendiculares à Avenida Atlântica.

“O que faltava para nós? Faltava acordar da letargia, da mentira, das palavras bonitas e de muita enganação”, discursou Bolsonaro. “Não sou educado, falo palavrões, mas não sou ladrão. Nosso governo respeita a Carta da democracia, que é a nossa Constituição. O outro lado que assina cartinhas não respeita a nossa Constituição.”

Na contramão do que apareceu na maioria dos jornais, sites e emissoras de televisão, o espírito dominante neste 7 de Setembro foi menos de protesto e mais de exaltação da liberdade

Esse trecho da fala também despertou a ira dos articulistas na velha mídia. Como o presidente ousou atacar a tal “carta pela democracia”? Ele se referia ao texto lido na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) [a cartinha.] em agosto. O ato teve a participação de sindicalistas, do Movimento Sem Terra (MST), dos sem-teto, da juventude grisalha dos centros acadêmicos e de dezenas de “intelectuais progressistas”.

Na contramão do que apareceu na maioria dos jornais, sites e emissoras de televisão, o espírito dominante neste 7 de Setembro foi menos de protesto e mais de exaltação da liberdade e do orgulho de ser brasileiro. Mais uma vez, repetiu-se o que tem ocorrido em todos os eventos promovidos por aliados do presidente Jair Bolsonaro.​​ Nem uma única vidraça foi depredada. Não houve registros de quebra-quebra. Ninguém queimou pneus. Ninguém viu black blocs empunhando coquetéis Molotov. Na dispersão da Avenida Paulista, ouviu-se várias vezes o Hino Nacional.

No dia seguinte, os jornais acusaram o presidente de ter “capturado” o 7 de Setembro — assim como fez com a camisa da Seleção e as cores da bandeira nacional —, transformando a data numa “arma contra a democracia”. A alucinação foi compartilhada por ministros do STF e pela linha de frente do consórcio da imprensa. O povo avisou nas ruas que pensa de maneira bem diferente.


*Com reportagens de Artur Piva, Cristyan Costa, Iara Lemos, Rute Moraes e Silvio Navarro

Leia também “Pior que eleições é não realizar eleições”

Redação - Revista Oeste


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Que socialismo, presidente?

O discurso no parlatório, Bolsonaro parecia um candidato em campanha e exagerou no tom 

[aos que não gostaram do discurso do presidente Bolsonaro, lembramos;

- vão ter que engolir, ter que se habituar, pois Bolsonaro é o presidente da República Federativa do Brasil, até, com as bençãos de Deus,  o dia 1º jan 2023;

Uma alternativa é se adaptarem, mudar de profissão ou mesmo de país;

Um comentário para deixar os desgostosos um pouco mais tristes: Bolsonaro vai realizar um excelente Governo, com boas chances de reeleição -  existe o compromisso público  do presidente de apoiar o fim da reeleição, mas, nada impede que a proposta acabando com a reeleição não seja aprovada ou que seja reapresentada por qualquer parlamentar.

E, Bolsonaro, na ocasião adequada siga a legislação vigente.]

Jair Bolsonaro fez um discurso mais político e popular no Parlatório. Parecia um candidato em campanha. E, como sempre ocorre nesses casos, exagerou no tom e no conteúdo. Dizer que estava ali para libertar o Brasil do socialismo não foi apenas retórica, foi discurso para quem queria ouvir isso mesmo. Mas era bobagem. Primeiro, de que socialismo falava Bolsonaro? Do herdado de Michel Temer? Se fazia referência aos governos petistas, chegou atrasado, seu antecessor já havia mudado a direção do governo para a linha que o empossado escolheu seguir. E mesmo os governos dos ex-presidentes Lula e Dilma nunca foram socialistas. Foram sociais democratas com foco na distribuição de renda. Ponto final.
No tom, foi além do ponto ao fazer fora do script a referência à bandeira brasileira. Nem tanto ao repetir o mantra de que a bandeira brasileira jamais será vermelha, mas ao dizer que só ficaria vermelha com o seu sangue na defesa das cores verde e amarela. Exagerou e a plateia adorou. Aliás, público como aquele não queria um discurso que não fosse nesse tom. Bolsonaro entendeu isso e falou da família brasileira que vai defender de nefastas ideologias. Usou e abusou de ataques à esquerda, afinal por que mesmo ele estava ali?

No ponto em que falou de libertar o Brasil do socialismo, citou ainda o gigantismo estatal e o politicamente correto. Ponto polêmico que seria bom explicar melhor. Porque o politicamente correto é uma evolução e significa evitar o uso de linguagens ou ações que sejam excludentes. E Bolsonaro disse no Congresso que governaria sem discriminação. Em outros pontos do discurso, o presidente repetiu com palavras diferentes, mais inflamadas e de maneira mais direta, o que já havia dito ao tomar posse.
Bonito mesmo fez a primeira dama, com um discurso não previsto em linguagem de sinais. Foi elegante, simpática e emocionou até mesmo a moça que ao seu lado fazia a leitura dos discurso de libras de Michele. Agradou ao público e ao marido, que agradeceu com uma bitoca. Escorregou uma única vez, ao citar apenas um dos três filhos do marido, o vereador Carlos. Pode gerar ciúmes, e esse é o tipo de sentimento insondável que é melhor não provocar.
 
Ascânio Seleme - O Globo