Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador cavalo-de-pau. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cavalo-de-pau. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 9 de março de 2023

“Padrão moral Lula”: governo usa máquina estatal para evitar CPI do dia 8 de janeiro - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

[Temos um novo MENSALÃO? Tudo indica que SIM; só que mais individualizado, seletivo e pagando mais.]

Pelo que determinam a lei, a lógica e a decência comum, é obrigação do governo administrar o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, que custa uma fortuna para os pagadores de impostos, de forma a executar obras contra a seca. Pelas mesmas razões, tem de dirigir a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba com o objetivo de atender as necessidades da população que vive em volta dos rios São Francisco e Parnaíba. Deve, enfim, gerir o Banco de Nordeste para cuidar das carências e problemas do Nordeste. Mas o governo Lula não respeita a lei, nem a lógica e nem a decência.

No caso, está utilizando pelo menos esses três órgãos para dar empregos e outras vantagens materiais a parlamentares que votarem contra a abertura de uma CPI para investigar o que de fato aconteceu nas depredações do dia 8 de janeiro em Brasília. É assim: fica contra a CPI e a gente te descola uma boa boca no DNOCS, na CODEVASF e no Banco do Nordeste.  
Que diabo uma CPI sobre atos de vandalismo em Brasília poderia ter a ver com o combate à seca no Nordeste? 
Não tem nada a ver, é claro – mas o Brasil vive num regime de vale-tudo, onde o governo faz uso desaforado da máquina pública para atender a seus interesses políticos particulares.

    O padrão moral para o brasileiro comum é uma coisa. Para o governo Lula é outra, que não tem nada a ver.

O mesmo furor anti-CPI estaria levando Lula a manter no emprego o absurdo ministro das Comunicações – esse que usou um avião da Força Aérea para ir à uma exposição de cavalos de raça em São Paulo, e recebeu diárias do erário para levar no seu passeio. 
O homem pertence a uma das gangues partidárias do Centrão, que está casada hoje com o PT; sua turma não aceita que ele seja posto no olho da rua, como teria de fazer qualquer governo que exigisse um mínimo de integridade de seus ministros.
 
É mais um retrato perfeito do naufrágio moral desses dois meses e pouco de governo Lula. 
Não há escrúpulo nenhum para se fazer nada: o uso da máquina do Estado como propriedade privada do PT e seus cúmplices, tal qual está acontecendo no caso da CPI, tornou-se uma estratégia aberta e declarada do governo Lula.
    Hoje o governo exige, com desespero, que toda a questão do 8 de janeiro fique restrita à punição dos que estão na cadeia; fora disso, ninguém pode abrir a boca para perguntar nada. [se a CPMI em discussão for instalada ainda este mês, Março, Lula sai do governo por impedimento e preso ainda neste semestre. 
Uma CPMI para funcionar não depende da boa vontade do omisso Pacheco.]

Da mesma forma, abusam das atribuições que têm na área econômica para aumentar o preço dos combustíveis, na obsessão de ter mais dinheiro para gastar, ou para inventar impostos sobre a exportação – uma aberração típica de governos que não têm competência para ampliar sua arrecadação através de crescimento econômico e do aumento da produção.

Resta o enigma da CPI. Ela está sendo solicitada para tentar apurar o que aconteceu realmente nos ataques aos edifícios-sede dos Três Poderes.  
Não há dúvida de que o governo Lula é uma vítima direta dessa agressão; o próprio presidente da República exigiu aos gritos a abertura da CPI, junto com os militantes mais irados do PT e da situação.
Festejam os 900 presos políticos enfiados na Papuda por conta das depredações – mesmo os que não fizeram nada
Exigem punição “exemplar”, denunciam o “terrorismo” praticado contra eles e quem cobrar multas de 100 milhões de reais, ou outra estupidez do mesmo porte, de quem está preso.

Veja Também:

    Lula não sabe lidar com os problemas reais do Brasil, por isso inventa inimigos


Mas, por um súbito mistério, o governo Lula fez um cavalo-de-pau na sua fúria repressiva: na medida em que foram sendo divulgadas mais informações sobre o episódio, eles foram ficando quietos, depois preocupados. Hoje são histericamente contrários à investigação do episódio pelo Congresso Nacional. Por que será?

O governo exige, com desespero, que toda a questão do 8 de janeiro fique restrita à punição dos que estão na cadeia; fora disso, ninguém pode abrir a boca para perguntar nada. 

É preciso dar emprego público, e outras vantagens físicas, para esconder os fatos?  
Podem dar à vontade; é exatamente o que estão fazendo. 
O padrão moral para o brasileiro comum é uma coisa. 
Para o governo Lula é outra, que não tem nada a ver. É essa que está valendo.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O navio fantasma - Percival Puggina

Passei quatro anos apontando a coesão da velha imprensa na oposição ao governo Bolsonaro
Durante todo o período, de modo ininterrupto, essa mídia, o STF e o TSE protagonizaram a oposição. 
Sempre vi nisso um descomunal favorecimento a quem chegasse contra o governo na eleição presidencial. 
Em 15 de abril de 2021, por 8 votos a 3, o Supremo proporcionou a zebra e – surpresa! – em outubro, deu Lula.
 
Transcorrido apenas um mês de governo, o que assistimos é um cavalo-de-pau e a volta ao passado.  
Quem falar pelo governo – seja Lula, qualquer de seus ministros ou parlamentar, personagens do segundo escalão ou dirigentes do partido gasta mais tempo atacando o governo que saiu do que promovendo o governo que entrou. 
No petismo isso é genético. Por definição, seu adversário não presta, tem que ser permanentemente atacado e ter sua reputação assassinada a sangue frio. Contudo, sublinhe-se a bem da inverdade: o PT é contra discurso de ódio e seus sucessos são vitórias do amor... Lula, Lula! De algum lugar Deus está te vendo.
 
Quando falam sobre temas de gestão, trabalhos de casa, tarefas a cumprir, daquilo, enfim, para o que são pagos, a situação fica ainda pior. As manifestações soam como estertores do passado: controle social da mídia, desarmamento, favorecimento do aborto, revogação da Lei do Teto de Gastos e ruptura com princípios básicos da estabilidade monetária, volta dos lesivos e escandalosos empréstimos internacionais pelo BNDES. Chegou? Não, tem mais.  
Fim da autonomia do Banco Central, guerra às privatizações, revogação dos preceitos da Lei das Estatais que impedem seu aproveitamento para fins políticos e partidários (o que barrou a corrupção e representou o retorno à lucratividade dessas instituições). 
E por aí vai o navio fantasma que, como um zumbi, emergiu de funduras abissais e estacionou, tenebroso, na Praça dos Três Poderes.
 
A mídia, mesmo a ativista, não está tão comprometida com a sandice como para passar recibo a esse futuro totalmente comprometido com o pretérito.  Pudera! 
Mesmo quem viaja nas cabines de luxo sabe que vai beber água salgada se o navio bater num iceberg ou nos rochedos de um arquipélago tropical. Então, em meio à intensa replicação das narrativas, começam as críticas feitas como se quem critica não tivesse qualquer responsabilidade com a escolha do comandante Lula para jogar o Brasil contra os rochedos, como o comandante Schettino fez com o navio de cruzeiro Costa Concórdia.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 19 de maio de 2021

A NOVA TRAPALHADA DE FACHIN - Edson Fachin é chamado de trapalhão por seus colegas do STF - Ricardo Noblat

Metrópoles 

Primeiro, Fachin mandou investigar Dias Toffoli por suspeita de ter vendido uma decisão judicial. Depois, deu o dito pelo não dito

O mínimo pelo que é chamado o ministro Edson Fachin por seus colegas do Supremo Tribunal Federal é de “trapalhão” depois que autorizou a Polícia Federal a usar dados de operações da Lava Jato em apuração que resultou no pedido de inquérito contra o ministro Dias Toffoli, suspeito de vender uma decisão judicial.

O juiz Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, havia negado o pedido da Polícia Federal para investigar Toffoli. A Procuradoria Geral da República foi contra investigar. Na última sexta-feira, diante do barulho criado em torno do caso, Fachin recuou e proibiu a Polícia Federal de investigar o ministro. Por ora, pelo menos, nenhum portador de toga no Supremo sente-se à vontade para sentar-se à mesma mesa com Fachin. 
A imagem do tribunal foi arranhada com a primeira e a segunda decisão que ele tomou. 
Ficou parecendo que, diante de pressões, ele preferiu dar o dito pelo não dito. Toffoli está bastante amuado.
 
Saber mais, clique aqui ou aqui

 Comentário de Percival Puggina

Comento
A composição majoritária e dominante do STF é uma construção petista e corresponde a uma estratégia desse partido, tornando inútil qualquer expectativa de que pudesse ser diferente ou melhor do que é. Sem chance.

O ministro Fachin se tem revelado um mostruário dessa impossibilidade. Sempre que faz algo bem feito, ele recua e muda de opinião num ruidoso e vistoso cavalo-de-pau. Foi o que aconteceu ao invalidar a condenação de Lula e volta a ocorrer agora.

Fachin é uma alma sensível. A pressões.O episódio e a descrição feita pelo jornalista levanta a ponta de um tapete que merece passar alguns dias pendurado no varal.   

 

Percival Puggina, com conteúdo de Metrópoles