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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Na rota do Atlântico

Em ofensiva com Suíça e França, Portugal prende diretor e devassa negócios suspeitos da brasileira Asperbras com a cleptocracia do Congo, país cuja dívida Dilma perdoou

Quinta-feira passada houve um pequeno alvoroço na sede do Banco Carregosa, na cidade do Porto (Portugal), quando policiais exibiram um mandado de busca. A casa bancária mais antiga da Península Ibérica entrou no mapa das investigações de corrupção e lavagem de dinheiro conduzidas de forma coordenada em Portugal, Suíça e França.

No alvo está o português Antonio José da Silva Veiga, diretor da Asperbras, empresa paulista percebida na Europa e na África como um dos braços financeiros da cleptocracia comandada por Denis Sassou Nguesso, que há 47 anos domina o poder na República do Congo. Veiga foi preso na semana do carnaval, em Lisboa, junto com o sócio Paulo Santana Lopes, horas depois de oferecer 11 milhões de euros (R$ 48,9 milhões) pelo controle do Banco Internacional de Cabo Verde, espólio do falido Grupo Espírito Santo.

O diretor da empresa brasileira não declara bens em Portugal, onde enfrenta atribulações fiscais desde a época em que intermediava contratos de jogadores de futebol como Luis Figo e Jardel, entre outros. No entanto, foram apreendidos oito milhões de euros (R$ 35,5 milhões) em espécie, mais quatro Porsches, Mercedes e um Bentley, além de congelados saldos bancários de dez milhões de euros (R$ 44,4 milhões).

Veiga atuava como agente plenipotenciário de José Roberto e Francisco Carlos Jorge Colnaghi, de Penápolis (SP) — sócios mais visíveis do grupo Asperbras. Sua intimidade com o clã Nguesso, em especial com Claudia, filha do ditador, assegurou aos Colnaghi um bilhão de dólares (R$ 4 bilhões) em contratos públicos no Congo. A devassa interrompeu novos projetos, para uma rede bancária e hospitalar.

A Asperbras foi grande beneficiária do perdão concedido dois anos atrás por Dilma Rousseff para uma dívida de US$ 280 milhões que o Congo mantinha com o Brasil. Nessa anistia, chancelada em tempo recorde e sem debate no Senado, ficou perceptível a influência de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma. Palocci tem relações fluidas com os Colnaghi. Chefe das campanhas de Lula (2002) e Dilma (2010), Palocci era usuário dos aviões da Asperbras. Um dos Colnaghi, José Roberto, foi personagem do inquérito do mensalão sobre pagamentos realizados (via Angola) ao publicitário Duda Mendonça, na campanha de Lula em 2002. Ano passado, em outra investigação, a Justiça identificou remessas da Asperbras, no Congo, para a agência Pepper, que atende ao PT desde a campanha de Dilma em 2010.

Alto risco é um derivativo natural dos laços com a cleptocracia Nguesso
, hegemônica no país produtor de petróleo e de diamantes sem origem certificada “de sangue", moeda corrente na lavagem de lucros do tráfico. No poder, os Nguesso construíram uma das maiores fortunas da África. Suas propriedades incluem 66 imóveis de luxo no eixo Paris-Provence-Riviera, segundo o Tribunal de Paris. A família cultua ostentação: Antoinette, primeira-dama, gastou um milhão de euros na celebração dos seus 70 anos em Saint-Tropez. Carla Bruni Sarkozy foi o destaque.

A ação europeia que levou à prisão do diretor do grupo brasileiro Asperbras, sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, desenvolve-se sob um sugestivo codinome policial: “Rota do Atlântico”.

Fonte: O Globo - José Casado, jornalista 

 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Supremo chapa branca



Ao dizer o que disse na portaria publicada, ontem, Lewandowski apenas ajuda Dilma a pressionar o Congresso para que aprove logo mais a meta fiscal proposta pelo governo

Onde você leu: “Portaria do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, adverte que o contingenciamento de gastos inviabilizará as eleições do próximo ano por meio de urnas eletrônicas”; leia: "Mais uma vez, Lewandowski se comporta no cargo como linha auxiliar do governo da presidente Dilma Rousseff."

Sairia mais caro a volta de urnas de pano e de células eleitorais em substituição ao processo eletrônico.  Ao dizer o que disse na portaria publicada, ontem, no Diário Oficial, Lewandowski apenas ajuda Dilma a pressionar o Congresso para que aprove logo mais a meta fiscal proposta pelo governo.

Ele já chamou impeachment de “golpe institucional”. E já se encontrou secretamente com Dilma na cidade do Porto, em Portugal, para tratar sabe-se lá do quê.

Faltam oito meses para Lewandowski ser substituído pela ministra Carmem Lúcia na presidência do Supremo.


Fonte: Blog do Noblat – Vale a pena ler de novo

sábado, 11 de julho de 2015

Quem quer bacalhau conspira em Portugal

O encontro, "por acaso", entre a Presidente Dilma Rousseff, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na cidade do Porto, em Portugal, foi apenas mais um capítulo da completa desmoralização institucional tupiniquim. A inocência de um acontecimento como estes só pode ser comparável à estratégia de defesa jurídica da Petrobras, no bilionário processo movido por investidores na Corte do Distrito Sul de Nova York. Alegar que a Petrobras foi vítima de um cartel de empreiteiras e de quatro ex-diretores confessadamente corruptos merece o título de piada jurídica do século 21.
 

Nem os mais crédulos lusitanos, craques em piadas de brasileiro, querem acreditar que Lewandowski pediu a Cardozo para aproveitar a escala do avião presidencial na cidade do Porto, para encontrar Dilma e tratar, apenas e tão somente, do "aumento salarial do Judiciário". No entanto, a Velhinha de Taubaté tem plena fé de que eles não trataram de assuntos polêmicos, tipo "operação Lava Jato" e muito menos do "risco de impeachment, se Dilma tomar no TCU por causa das pedaladas fiscais fora da lei".

Lá em NY, o juiz Jed Rakoff, que tem fama de mão pesada, determinou que a Petrobras e o escritório de advocacia norte-americano Pomerantz, que representa os investidores, apresentem, até quarta-feira que vem, as provas que usarão no processo - que deve ficar pronto para julgamento até 1o de fevereiro de 2016. Um dos maiores medos de Dilma Rousseff, ex-Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, é que seu nome entrasse nesta ação. Águias do mercado financeiro apostam que, depois da recente visita ao presidente Barack Obama, a Presidenta do Brasil ficará de fora da encrenca.

A defesa da Petrobras tentará provar a lenda de que o comando da empresa “não tinha conhecimento do esquema", excetuando-se quatro funcionários: Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento), Renato de Souza Duque (ex-diretor de Engenharia e Serviços), Nestor Cerveró (ex-diretor Internacional) e Pedro Barusco (ex-gerente de Serviços). Além de pregar que foi vítima do "cartel criminoso", a estatal de economia mista garante que "nunca pagou propina a ninguém" - o que formalmente teria ares de veracidade, não fossem as diversas "colaborações premiadas" nos processos da Lava Jato, comprovando como a grana de negociatas era paga de forma indireta, e não direta, pela máfia que atuava na empresa, de forma dolosa ou culposa.

O advogado Jeremy Lieberman, da Pomeranz, pretende provar o contrário. Investidores reclamam que a Petrobras infringiu as normas da Securities and Exchange Commission (SEC, o xerife do mercado de capitais dos EUA) ao divulgar balanços inflados por corrupção. Também denunciam a estatal por não ter criado um eficiente sistema de compliance (de governança corporativa) capaz de identificar os esquemas de suborno e corrupção em várias diretorias. Além disso, sustentam que o alto comando da companhia sabia dos esquemas e não faz nenhuma ação para mitigar os desvios.

PTs da vida ficaram os investidores brasileiros. Só os norte-americanos terão direito à indenização. Quem não for dono local de ADRs precisará arranjar uma melhor utilidade para seus papéis... Os brazucas terão de brigar por aqui. Se quiserem ver a cor de algum dinheiro perdido, terão de recorrer ao tribunal arbitral da BM&F Bovespa. Pelo menos é o que está escrito no Estatuto da petrolífera... Aquele mesmo que determina que diretores e conselheiros de administração são responsáveis por todos os atos da empresa.

A Velhinha de Taubaté acredita, piamente, que, na bolsa, terá uma vitória retumbante como a que a seleção brasileira obteve, na Copa de 2014, contra a seleção da Alemanha. Minorotário não aprende a lição...

Enfim, a regra é clara: Quem prefere Bacalhau conspira em Portugal. Já quem só tem Pirarucu aguarda a fritura no TCU...

Releia o artigo: Vamos de Sérgio Moro ou seguimos de Al Capone?


Fonte: Blog Alerta Total - Blog do Jorge Serrão