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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

"Chega de bravata"



Já se tornou marca registrada de Luiz Inácio Lula da Silva recorrer a bravatas populistas sempre que se encontra acuado. Foi assim durante o tempo em que ocupou o Palácio do Planalto. Diante de qualquer turbulência, lá ia o presidente aos palanques declarar que “nunca antes na história desse País...”. Com o Mensalão não foi diferente. Bastava um companheiro se ver atingido pelo escândalo e Lula entoava o discurso de pai dos carentes, vítima de uma armação das elites.  

Agora, com o Petrolão, o ex-presidente recorre aos mesmos métodos. Define-se como alvo de uma ação orquestrada e se autoproclama portador da alma mais honesta entre os cidadãos brasileiros. O problema é que os fatos vêm repetidamente insistindo em desmentir aquilo que Lula apregoa, o que ao longo do tempo parece comprometer sua capacidade de iludir.

Do estouro do Mensalão até aqui, o ex-presidente conseguiu se esconder atrás do discurso do “eu não sabia”, “eu não vi”. Agora, com o avanço das investigações sobre o propinoduto da Petrobras, as bravatas de Lula ficam cada vez mais insustentáveis e até militantes do PT começam a questionar o líder até então inviolável. Procuradores da República e membros do Ministério Público de São Paulo, depois de analisarem centenas de documentos, ouvirem testemunhas e delatores premiados e cruzarem dados bancários e fiscais, concluíram que apartamentos do edifício no Guarujá, onde está uma cobertura tríplex reservada a Lula, serviram como propinas, pagas aos agentes que favoreceram o caminho da OAS pelos contratos superfaturados da Petrobras.  

Nunca o ex-presidente esteve tão vulnerável como agora. Pode ser que a cobertura de frente para o mar tenha para Lula um significado próximo ao da reforma dos jardins da Casa da Dinda para o ex-presidente Fernando Collor.

Uma leitura um pouco mais atenta sobre os mais recentes escândalos envolvendo políticos brasileiros mostra que a popularidade e o carisma dos envolvidos sofrem fortes abalos quando as investigações conseguem chegar a uma relação direta entre os mecanismos da corrupção e o patrimônio da autoridade. Diante das novas descobertas da Lava Jato, Lula precisará muito mais que frases de efeito ou discursos inflamados para fazer com que os brasileiros endossem a tese de que o ex-líder sindical passou pelo poder sem se envolver com os esquemas subterrâneos que tanto maculam a imagem e as finanças do País. 

Fonte: Editorial Isto É, Mário Simas Filho, diretor de redação 


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Imóvel da mulher de Vaccari está em nome de funcionária da OAS



A força-tarefa da Operação Lava Jato diz que a descoberta sobre a mulher de Vaccari "causou espanto" e suspeita que o imóvel tenha sido usado para lavagem de dinheiro que o ex-tesoureiro teria recebido como suborno da empreiteira.
 
"Esse indício de ocultação de patrimônio (...) reforçou a hipótese de o empreendimento ser utilizado para a lavagem de capitais", escreveram os procuradores

A mulher de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT que já foi condenado a 15 anos de prisão, declarou em seu Imposto de Renda que é dona de um apartamento no Guarujá (SP) que está registrado em nome de uma funcionária da OAS. O imóvel fica na praia de Astúrias, no mesmo prédio em que a mulher do ex-presidente Lula teve a opção de compra de um triplex que foi construído e reformado pela OAS. No final do ano passado, após a Operação Lava Jato começar a investigar o edifício, dona Marisa desistiu da compra.

A força-tarefa da Operação Lava Jato diz que a descoberta sobre a mulher de Vaccari “causou espanto” e suspeita que o imóvel tenha sido usado para lavagem de dinheiro que o ex-tesoureiro teria recebido como suborno da empreiteira. “Esse indício de ocultação de patrimônio (…) reforçou a hipótese de o empreendimento ser utilizado para a lavagem de capitais”, escreveram os procuradores em peça que foi encaminhada à Justiça e serviu de base para a 22ª fase da Lava Jato.

A mulher de Vaccari, Gilselda Rousie de Lima, declarou à Receita Federal que era dona no apartamento 43A do edifício Navia, que faz parte do condomínio Solaris. No cartório de registro de imóveis do Guarujá, no entanto, o imóvel aparece como sendo de Sueli Falsoni Cavalcanti, funcionária da OAS. 

Dez apartamentos do edifício seguem em nome da empreiteira e o triplex que seria da família da Lula está registrado em nome de uma empresa criada em Nevada, nos Estados Unidos. Há ainda um apartamento em nome de Freud Godoy, que foi assessor especial de Lula quando ele era presidente.

Uma cunhada de Vaccari também é investigada sob suspeita de ter recebido um imóvel no Guarujá para receber propina da OAS no mesmo condomínio.

Fonte: Blog  Reinaldo de Azevedo

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Lula e a Dinda do Guarujá - mais um Fiat Elba surge contra Lula

A reforma do apartamento tríplex do ex-presidente — que incluiu a instalação de um elevador privativo — foi paga por uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras

Bancar melhorias na Casa da Dinda, a residência de Fernando Collor, no Lago Norte, em Brasília, era uma das muitas maneiras de agradar ao então presidente, deposto do cargo por corrupção em 1992. A mesma tática foi e está sendo usada por empreiteiras para demonstrar afeição ao ex-presidente Lula. Em meados de 2014, depois de quase dez anos de espera, a ex-primeira-­dama Marisa Letícia viajou à Praia das Astúrias, no Guarujá, para buscar as chaves do apartamento dos sonhos da família. O refúgio dos Lula da Silva no litoral é um tríplex de 297 metros quadrados. São três quartos, suíte, cinco banheiros, dependência de empregada, sala de estar, sala de TV e área de festas com sauna e piscina na cobertura. 

Ah, sim, para um eventual panelaço das elites, o tríplex tem varanda gourmet no 1º andar. O plano de comemorar o réveillon no imóvel foi adiado pela decisão de fazer ali uma reforma. O porcelanato e os acabamentos de gesso foram refeitos, a planta interna foi modificada para abrigar um escritório e um elevador privativo, interligando os ambientes do 1º andar com a ala dos quartos, no 2º nível, e a área de festas, na cobertura. Acompanhada de perto por dona Marisa, a obra não custou um centavo à família do ex-presidente. Do primeiro parafuso ao último azulejo, tudo foi pago pela OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras.

VEJA teve acesso a documentos e a fotos (em VEJA.com) que detalham a reforma do tríplex presidencial e mostram que os serviços foram contratados pela empreiteira. O trabalho foi feito pela Tallento Inteligência em Engenharia, uma empresa conhecida no mercado por executar obras de alto padrão em prazos curtos - duas exigências dos contratantes, mas não as principais. A exigência maior era a discrição. As investigações da Lava-Jato revelariam meses depois as razões disso. Iniciada em 1º de julho de 2014, a reforma transcorreu sob medidas de segurança incomuns. A fechadura da porta de acesso era trocada toda semana. A reforma da cobertura tríplex chamou a atenção dos moradores do prédio.

"Nos dias em que eles marcavam para visitar a obra, a gente tinha de parar o trabalho e ir embora. Ninguém era autorizado a permanecer no apartamento. Só ficamos sabendo quem era o dono muito tempo depois, pelos vizinhos e funcionários do prédio, que reconheceram dona Marisa e o Lulinha (Fábio Luís Lula da Silva, o filho mais velho do ex-presidente)", disse a VEJA um dos profissionais que colaboraram na reforma. O ex-presidente Lula esteve no tríplex algumas vezes. O segredo durou até dezembro do ano passado, quando o jornal O Globo publicou detalhes de uma investigação sobre a Coo­pe­rativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Controlada pelo PT, a entidade faliu e deixou 3 000 famílias sem receber seus imóveis.  

O tríplex destinado a Lula, com uma das melhores vistas do Guarujá, avaliado em 2,5 milhões de reais, foi um dos poucos a ser entregues. VEJA revelou em abril passado que, depois de um pedido feito pelo próprio ex-presidente a Léo Pinheiro, executivo da OAS, seu amigo, preso na Operação Lava-­Jato, a OAS assumiu a construção do prédio, que estava parada. Além de Lula, parentes do tesoureiro petista João Vaccari Neto, também preso, sindicalistas e familiares de Rosemary Noronha, a amiga íntima de Lula, foram contemplados com apartamentos em outros prédios da Bancoop assumidos pela OAS. Revelado o privilégio, e diante da repercussão negativa, desapareceu o entusiasmo da família Lula pelo imóvel.

O ex-presidente passou a negar ser o proprietário do tríplex, embora admita que sua esposa seja dona das cotas de um apartamento no mesmo edifício, o Solaris. Não é mentira. É apenas uma meia verdade. No papel, o tríplex ainda está em nome da OAS. Funcionários da empreiteira procurados por VEJA confirmaram que o apartamento pertence aos Lula da Silva, está parcialmente mobiliado, permanece fechado e está à venda por 2,3 milhões de reais. "Para entrar aí, só com autorização da cúpula da construtora. Só eles e o Lula têm a chave", disse a VEJA, na semana passada, um funcionário da própria OAS.

Fonte: Revista VEJA