Ex-colega quer dinheiro para contar ação de Bolsonaro em plano de atentado
Fábio Passos da Silva, capitão do Exército em 1987, diz que tem o que falar sobre ideia de usar bombas para pressionar o governo a ceder em negociações
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL),
que lidera as pesquisas nos cenários que excluem o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), ainda tem contas a acertar com seu passado.
Em 1987, VEJA noticiou que ele e um colega pretendiam explodir bombas em
quartéis do Exército para pressionar a cúpula do governo a conceder
reajustes salariais para os militares. O colega é coronel reformado Fábio Passos da Silva,
que jamais falou publicamente sobre o episódio. VEJA o localizou em
Fortaleza (CE). Silva disse à reportagem que, em troca de 250 000 reais,
falaria “sobre o que está nos autos e sobre o que ficou de fora”. A
revista não paga por informações.
[o mais irônico e que avilta mais ainda o candidato a delator é o pouco valor que ele dá ao que se chama honra e dignidade;
óbvio que ao se vender por valor tão insignificante - dignidade e honra, claro que entre os que as possuem, não tem preço - o elemento mostra o quanto é insignificante.
Se possui tais informações qual o motivo de não as ter apresentados na época da apuração dos fatos? qual o motivo de ter negado - reportagem de Veja informa sobre sua negativa;
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O que o elemento pretende vender foi exaustivamente investigado e nada foi provado - é impossível provar o que não ocorreu.
Já a família de Passos da Silva não desiste de conseguir uma boa
recompensa pelo segredo que mantém guardado. A mulher de Passos da
Silva procurou recentemente Jair Bolsonaro, um de seus filhos, Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), e o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), aliado do
presidenciável na Câmara. Bolsonaro admite que ela falou em dinheiro,
mas assegura que encurtou a conversa porque notou que o pedido cheirava a
extorsão. Leia a íntegra da reportagem na edição de VEJA desta semana.