Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Ministro,
para todos os efeitos práticos, vai ser juiz do incidente em Roma no
qual se diz vítima de uma agressão; história, que começou muito mal, se
torna da vez pior
O bate-boca do ministro Alexandre de Moraes no
aeroporto internacional de Roma, transformado durante os últimos três
meses e meio em “atentado contra o estado democrático de direito”, tem
tudo para se tornar um dos momentos mais exóticos no esforço permanente
do STF
em criar um Brasil sem lei.
A história começou muito mal, com acusações
sem qualquer prova de que Moraes tinha sofrido uma agressão física –
que também poderia ter sido verbal, ou ter envolvido o deslocamento de
um par de óculos, ou ter começado com uma “atitude hostil” em relação ao
ministro e o seu filho.
De lá para cá tornou-se cada vez pior –
principalmente porque as imagens gravadas pelo serviço de vigilância do
aeroporto não mostravam agressão nenhuma.
Foram anunciadas pela facção
pró-Moraes como a prova material e indiscutível do ataque que alega ter
sofrido. Viraram o contrário.
Em vez de serem divulgadas para o público e
provarem a versão do ministro, foram colocadas em sigilo pelo STF.
Mas
não deveria ser o contrário? Deveria ser, se a gravação mostrasse algum
tipo de agressão física. O problema é que ela não mostra nada.
É
uma lei da vida que um erro, se não for eliminado, tem dentro de si a
semente de outro erro, e daí de mais um, e assim por diante.
A decisão
inicial de condenarem o acusado a qualquer custo, como “exemplo” do
castigo que aguarda os desafetos do STF, é um clássico nesse tipo de
coisa.
Em vez de parar as perdas logo no começo, foram investindo mais e
mais num cavalo ruim; acabaram, é claro, dobrando o prejuízo.
O último
desastre é a decisão de se colocar o próprio Moraes como assistente de acusação no caso em que alega ser vítima –e do qual, para todos os efeitos
práticos, vai ser juiz. Isso simplesmente não existe na lei brasileira.
Não se admite o assistente de acusação na fase do inquérito. O inquérito
é trabalho da polícia, e não de quem é encarregado de acusar – o
Ministério Público.
No caso, passados 100 dias do incidente em Roma, a
Polícia Federal não conseguiu apurar nada; em consequência, ainda não há
nem sequer um processo contra os acusados, e nem acusação formal na
justiça. Como se pode ser assistente acusação, se a acusação não foi
feita?
“Não se tem notícia de precedente de admissão de assistência à acusação na fase inquisitorial”, diz a PGR no recurso que apresentou contra a decisão em favor de Moraes.
Segundo os procuradores, trata-se de um “privilégio pessoal” que não é
aceito para nenhuma outra autoridade – nem o presidente da República.
A
PGR pede também o fim do sigilo das imagens do aeroporto de Roma. “Não
se pode admitir a manutenção do sigilo fragmentado da prova”, afirma o
recurso. É obvio que não. Como o Ministério Público pode fazer o seu
trabalho corretamente, se há “provas secretas”?
E como o público vai
entender o que está acontecendo?
Mas é essa a situação que o STF criou
no Brasil.
Seus ministros deram a si próprios a autorização para violar a
lei e subverter o sistema de justiça, quantas vezes quiserem, em favor
do que consideram o “bem comum”. Estão construindo uma anarquia.
Tragédia deixou 154 mortos em 2006; Justiça brasileira decidiu que infrações dos americanos foram determinantes para acidente
Mesmo condenados pela Justiça por terem atingido ederrubado o avião da Gol, com 154 pessoas a bordo,
em 2006, os pilotos americanos do jato Legacy não serão extraditados
para cumprirem a pena no Brasil. Em maio deste ano, o governo dos
Estados Unidos confirmou às autoridades brasileiras a decisão de não dar
seguimento ao pedido de extradição por entender que os crimes não
encontram amparo no Tratado Bilateral de Extradição entre os dois
países.
Os americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino conseguiram fazer um
pouso de emergência e saíram ilesos do incidente. Anos depois, foram
condenados por "atentado contra a segurança de transporte aéreo". O
advogado e mestre em direito internacional Victor Del Vecchio explica
que este crime não está previsto entre os delitos regulados pelo
tratado, que é de 1965, o que dificulta a aplicação do instrumento
firmado entre Brasil e Estados Unidos.
Além disso, o documento estabelece condições para a entrega recíproca dos indivíduos condenados.
— São listados os crimes que são regulados pelo instrumento e, ainda,
consta a necessidade de que ambos os países reconheçam a conduta como
crime nas suas legislações internas, e que haja previsão de pena de
privação de liberdade com um ano ou mais de duração nas respectivas
regulações leis nacionais — detalha o especialista. — O tratado data de
1965, e o rol de crimes indicados pode ser considerado desatualizado,
sobretudo se levarmos em consideração que a regulação da aviação civil,
por exemplo, já evoluiu muito nesses quase 60 anos.
Del Vecchio destaca que outras áreas em que o tratado pode ser aplicado
também estão defasadas em relação às regulações que ocorreram em cada
país nos últimos anos. — Por exemplo, constam ainda crimes ou delitos contra as leis relativas
ao tráfico, uso, produção ou manufatura de narcóticos ou cannabis, algo
já descriminalizado em muitos estados americanos e, a depender da
finalidade de uso, também no Brasil. Crimes com recorte de gênero também
carregam regulações anacrônicas, já que em alguns casos só possibilitam
a extradição quando praticados contra menina que, portanto, ainda não
atingiu a idade adulta. O texto do instrumento deveria contemplar todas
as mulheres, independentemente da idade — avalia o advogado.
O governo americano confirmou a recusa em 5 de maio, conforme informou
ao GLOBO o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de
Justiça. "Embaixada dos EUA transmitiu informação de que o Governo
daquele país não deu seguimento ao pedido por entender que os crimes não
encontram amparo no Tratado Bilateral de Extradição entre Brasil e
EUA", diz o comunicado.
O pedido de extradição foi feito em 13 de novembro de 2019, em nome da
1ª Vara Federal de Sinop, em Mato Grosso. O juiz responsável pelo caso
já foi informado da decisão.
O voo 1907 da Gol fazia o trajeto Manaus-Brasília, tendo o Rio como
destino final. Atingido pelo Legacy, caiu no Norte do Mato Grosso, a 692
km de Cuiabá, na reserva indígena do Xingu, já na divisa com o Pará. A
Justiça Federal analisou que infrações cometidas por Lepore e Paladino
foram determinantes para o acidente e pediu a prisão dos dois,
condenados a três anos de prisão em regime aberto.
Não cabe recurso contra a condenação desde 2015. Na época, o Ministério
da Justiça brasileiro emitiu uma intimação, mas o Departamento de
Justiça americano afirmou não haver jurisdição para aplicar a sentença.
Relembre o caso Na maior tragédia da aviação brasileira até então, no fim da tarde de 29 de setembro de 2006, uma sexta-feira, o jato da empresa Excel Air pilotado por Paladino e Lepore bateu na asa esquerda do Boeing 737-800.
Após quase 24 horas de buscas, os destroços da aeronave foram
encontrados numa área de mata fechada da Floresta Amazônica. O Legacy
(fabricado pela Embraer) teve parte de uma das asas e a cauda
danificadas, mas conseguiu fazer um pouso de emergência num campo de
provas da Força Aérea Brasileira (FAB) na região de Alta Floresta.
Entre as vítimas da tragédia, estavam um bebê de 11 meses que viajava
com a mãe e outras quatro crianças, de até 12 anos, além de dois
cientistas da Fundação Oswaldo Cruz, médicos, funcionários do Inmetro e
um grupo de amigos capixabas que viajaram para pescar.
Noticiada por sites, jornais e TVs de todo o mundo, a tragédia ficou
quase cinco anos sem qualquer punição. Somente em maio de 2011, os
pilotos americanos foram condenados, pela Justiça de primeira instância,
a quatro anos e quatro meses de detenção, por crime culposo(sem a
intenção de matar) contra a segurança do transporte aéreo. O juiz
federal Murilo Mendes, de Mato Grosso, decidiu que a pena deveria ser
substituída por prestação de serviços comunitários em órgãos brasileiros
nos Estados Unidos.
O Ministério Público Federal e a Associação dos Familiares e Amigos das
Vítimas do Voo 1907 da Gol entraram com recurso contra a decisão. A
pena foi reduzida para três anos, um mês e dez dias, em regime aberto,
por decisão do Tribunal Regional Federal, em 15 de outubro de 2015.
O que causou o acidente Segundo o magistrado, os pilotos foram negligentes ao não observarem o funcionamento do transponder (equipamento que transmite dados como velocidade, direção e altitude do avião, alertando sobre possível choque com objetos, e altera automaticamente a rota da aeronave)e do TCAS (dá informações ao piloto sobre outros aviões nas proximidades). Relatório da Aeronáutica concluiu que a hipótese mais provável foi o desligamento do transponder pelos pilotos, de forma não intencional.O relatório também constatou várias falhas dos controladores de voo na tragédia.
Em 2010, a Justiça Militar condenou o sargento e controlador de voo
Jomarcelo Fernandes dos Santos a um ano e dois meses de detenção por
causa do acidente com o voo 1907 da Gol e o Legacy.
Ele respondeu por
homicídio culposo - sem intenção de matar.
Jomarcelo foi acusado de não
informar sobre o desligamento do sinal anticolisão do Legacy e por não
ter avisado o oficial que o substituiu no controle aéreo sobre a mudança
de altitude do jato.
Outros quatro controladores - João Batista da
Silva, Felipe Santos Reis, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José
Santos de Barros - foram absolvidos.
Está cada vez mais complicado escrever tendo que medir as
palavras, coisa que nunca pensei que fosse precisar fazer como jornalista
vivendo em uma democracia. Mas vamos lá.
Faca usada no atentado contra Bolsonaro em 2018, em Juiz de Fora| Foto: Reprodução
Salvo
engano, esta é a primeira vez desde o fim da ditadura militar que um
filme é censurado pela Justiça. O documentário “Quem mandou matar Jair
Bolsonaro?”, da Brasil Paralelo, teve sua exibição proibida pelo TSE até
o dia 31 de outubro, dia seguinte ao segundo turno da eleição para
presidente.
Além disso, o canal da produtora no
Youtube foi desmonetizado. Segundo foi noticiado, a proibição atendeu a
um pedido do PT – Partido dos Trabalhadores.
Mais detalhes no vídeo abaixo, postado pela Brasil Paralelo na forma de um comunicado aos seus assinantes:
A
justificativa da sentença que determinou a censura foi a seguinte:
evitar que “tema reiteradamente explorado pelo candidato Jair Bolsonaro
em sua campanha receba exponencial alcance, sob a roupagem de
documentário que foi objeto de estratégia publicitária custeada com
substanciais recursos da pessoa jurídica Brasil Paralelo”. O tema, no
caso, é o atentado a faca sofrido por Bolsonaro, na cidade de Juiz de
Fora, em 2018.
COMUNICADO
Eu nem acho que a facada seja um tema
reiteradamente explorado pela campanha do presidente. Mas, ainda que
fosse, por que diabos a Justiça Eleitoral deveria agir para evitar que
um tema explorado na campanha de um candidato recebesse exponencial
alcance?
Pelo fato de ser objeto de estratégia publicitária?
Pela
presunção antecipada de que o documentário contém fake news? Não seria recomendável assistir antes de proibir?
E
que relevância tem o fato de o documentário ter sido custeado com
substanciais recursos da pessoa jurídica Brasil Paralelo para embasar
uma decisão tão grave e, repito, inédita desde a redemocratização do
país?
Que
legislação proíbe que se produza um documentário com substanciais
recursos(privados, diga-se de passagem)?E que legislação se sobrepõe à
liberdade de expressão garantida pela Constituição, impondo censura
prévia a um filme que ninguém viu?
O estranho voto da ministra Por tudo isso, parece que estamos diante de uma interferência que, primeiro, fere a liberdade de expressão; segundo, prejudica um candidato e beneficia outro; terceiro, sinaliza para o cidadão comum parcialidade por parte do órgão que deveria ser o fiador da neutralidade do processo eleitoral.
“Ah, mas o documentário é baseado em uma teoria da
conspiração que contraria a investigação da Polícia Federal”, argumenta quem
defende a censura. Não
importa. Ainda que o documentário afirmasse que quem mandou matar
Bolsonaro foi o Papa Francisco ou a Beyoncé, seria justificável
censurá-lo previamente?
O problema é que sequer saberemos qual é a tese
do filme até depois de fechadas as urnas –pelo simples fato de que ele
está proibido.
Ninguém sabe, porque ninguém viu. Proibir depois de ver já seria algo controverso, no mínimo:o que dizer de proibir sem ver?
Mas esse documentário circula livremente em plataformas de streaming, sem que a Justiça Eleitoral demonstre qualquer incômodo ou preocupação.
Veja
bem, leitor, é justo e certo que o documentário que afirma ter sido a
facada uma farsa circule livremente, mesmo que a tese que ele defende
soe absurda – e também contrarie, aliás, a investigação da Polícia
Federal.
O que não parece certo nem justo é a liberdade de expressão só
valer para um lado, muito menos o órgão responsável pela lisura do
processo eleitoral passar a imagem de parcialidade.
Ou
bem o documentário viola alguma lei, e a proibição neste caso deve ser
permanente, ou ele não viola lei alguma – e não pode ser proibido em
momento algum
Pois bem, em seu voto ratificando a proibição do documentário, a ministra Carmen Lúcia declarou o seguinte:“O caso é extremamente grave. Não se pode permitir a volta
de censura sob qualquer argumento no Brasil. Esse é um caso específico. Estamos
na iminência de ter o segundo turno das eleições. A proposta é a inibição até o
dia 31 de outubro, dia subsequente ao segundo turno, para que não haja o
comprometimento da lisura, higidez e segurança do processo eleitoral e dos
direitos dos eleitores”.
Mas de que forma a livre
circulação de um documentário comprometeria a lisura, higidez e
segurança do processo eleitoral?Não fica claro no voto da ministra.
Se
ainda é permitido ter opinião, a mim parece que o que pode comprometer a
lisura da eleição é proibir a exibição de um documentário até que se
realize o segundo turno.
E, se não se pode permitir a volta da censura sob qualquer argumento no Brasil,
por que a ministra votou a favor da proibição?
Não parece uma
contradição?
Qual é o nexo lógico entre as palavras("Não se pode
permitir a volta da censura") e o voto (a favor da censura)? Sintoma de
uma época em que as narrativas perderam totalmente a conexão com a
realidade...
E por que o fato de a “inibição” ter
prazo de validade determinado pelo calendário eleitoral tornaria a
censura menos censura?
Ora, ou bem o documentário viola alguma lei, e a
proibição neste caso deve ser permanente, ou ele não viola lei alguma – e
portanto não deve ser proibido em momento algum.
Por
que algo seria ilegal até 31 de outubro e passaria a ser legal a partir
desta data?
O caso do governador de Alagoas A titulo de comparação: há pouco menos de duas semanas, a ministra do STJ – Superior Tribunal de Justiça Laurita Vaz determinou o afastamento do cargo do governador de Alagoas, Paulo Dantas, do MDB, que concorre à reeleição.
Aliado do senador Renan Calheiros e do candidato do PT à presidência, Dantas foi afastado em razão de um inquérito que apura um esquema de desvio de R$ 54 milhoes na Assembleia Legislativa do estado. A decisão da juíza, embasada em provas robustas, foi ratificada pelo plenário do STJ.
A ministra
Laurita foi acusada por aliados do candidato do PT à presidência de ter
agido com motivação política. Ela deveria, argumentaram, ter esperado
passar a eleição antes de determinar o afastamento do governador. O
argumento até pode fazer algum sentido na percepção do eleitor petista,
mas a resposta da ministra é exemplar e cristalina: “Se
eu tivesse me curvado a essa expectativa de retardo, se tivesse, como
se diz por aí, 'sentado em cima dos autos' em razão das eleições, aí sim estaria agindo com viés político
porque estaria esperando fato estranho aos autos de um inquérito em
regular andamento para adotar medidas cautelares necessárias e urgentes
para conclusão das investigações e ainda, mais ainda, para estancar a
sangria desatada do dinheiro dos cofres públicos do Estado de Alagoas".
Duas visões da Justiça De certa forma, o encaminhamento dos dois casos – a censura ao documentário e o afastamento do governador de Alagoas – traduz duas visões paralelas da Justiça.
Na primeira visão, a
Justiça deve agir de forma preventiva, proibindo a circulação de um
filme em função da avaliação de que ele poderia conter fake news
e beneficiar a campanha de um candidato.
Mas como, rigorosamente, tudo
em uma campanha é feito para beneficiar um candidato em detrimento do
outro - inclusive pesquisas com 15% de margem de erro, que seguramente
influenciaram muitos votos no primeiro turno -essa lógica cai por
terra:ou então se abre um precedente para se proibir literalmente
qualquer coisa.
Na segunda visão, o comportamento da
Justiça não pode ser afetado por elementos estranhos a ela, como a
contingência do calendário eleitoral. Inquéritos não devem ser adiados
em função do risco de beneficiar um candidato e prejudicar outro -
justamente porque esse adiamento, por si só, também beneficiaria um
candidato e prejudicaria outro.
E, na prática, a lógica da decisão do TSE ao proibir o filme foi:“Para que esse documentário, que pode conterfake news, não beneficie um candidato, vou proibir sua exibição".
O
problema é que, ao proibir, o orgão beneficia o outro candidato.
É este
o papel da justiça Eleitoral?
Tomar uma medida drástica em função de
uma hipótese?
Na segunda visão da Justiça, soa ainda
mais absurda a censura com prazo de validade, porque se explicita a
conexão entre a censura e a eleição.
Se um filme pode
circular depois do dia 31 de outubro,por que não poderia circular
antes? Se ele não pode circular antes do dia 31, por que poderá circular
depois?
O
problema está no conteúdo do documentário ou na possibilidade de
influenciar votos?
Mas desde quando é proibido um documentário, ou mesmo
uma peça de campanha, explorar temas polêmicos em busca de votos?
Ou a
facada não existiu e tudo não passa de uma alucinação coletiva que deve
ser apagada da memória?
Qual das duas visões da
Justiça irá prevalecer?
A que julga que a liberdade de expressão deve
ser condicionada ao calendário eleitoral?
A que determina que uma mesma
obra artística pode ser proibida antes da eleição e liberada depois?
A
que aparenta abrir mão do papel de fiadora da isenção para assumir um
lado no processo eleitoral?
Ou a que age da mesma maneira, com efetiva
neutralidade, independentemente do lado beneficiado e do calendário?
Um
fantasma ronda a democracia brasileira: o fantasma da censura.
É
assustador que muitas pessoas achem isso normal ou minimizem a gravidade
do episódio do documentário da Brasil Paralelo– ou, pior ainda, que
justifiquem a censura como uma forma de defender a democracia.
Boletim da Polícia Rodoviária Federal já alerta sobre bloqueios; em São Paulo, caminhoneiros tentam se mobilizar
A
Polícia Rodoviária Federal de pelo menos seis estados relatam pontos de
bloqueio por conta de paralisação decaminhoneiros. Segundo informações de
delegacias regionais da PRF, os bloqueios acontecem na Bahia, Espírito Santo,
Mato Grosso, Maranhão, Paraná e Santa Catarina. Caminhoneiros de São Paulo
conversaram com o Radar Econômico e dizem que estão se
organizando para fazer bloqueios nas regiões de Caçapava e Jacareí a partir da
noite desta quarta-feira.
O
ministério da Infraestrutura confirma que os bloqueios acontecem 4 estados e diz que “não há coordenação
de qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e a composição
das mobilizações é heterogênea, não se limitando a demandas ligadas à
categoria.” O ministério também acredita que até o fim do dia os movimentos
já terão terminado. A maior manifestação acontece em Santa Catarina. No
Maranhão, os manifestantes fecharam rodovias em Balsas e a pauta seria protesto
contra o Supremo Tribunal Federal, segundo informações da PRF no estado.
O
experiente gestor da Armor Capital e especialista em câmbio, Alfredo Menezes,
fez o alerta: “O foco agora para o mercado é o
movimento de caminhoneiros. Seria horrível para o PIB e o fiscal. Um tiro no
pé.” As ações da Petrobras caem mais de 4,7% nesta
quarta-feira, 08, com receio dos investidores que as paralisações possam ter a
ver com o preço dos combustíveis. O Ibovespa cai mais de 3% e o
dólar sobe quase 2,5%, aos 5,31 reais.
Desde os atentados às Torres Gêmeas, extremistas
supremacistas mataram mais americanos do que extremistas islâmicos
radicados no país
Os anos em queDonald Trumpocupou a presidência dosEstados Unidos ficaram marcados pelo avanço da extrema-direita no país. O comício de supremacistas brancos em Charlottesville, em 2017, e os eventos do Capitólio, em janeiro de 2021, são os grandes expoentes dessa crescente.
Ainda que haja uma tentativa de minimizar ou isolar esses incidentes por parte de simpatizantes, especialistas alertam que o crescimento desse movimento é uma forma de terrorismo que se tornou a maior ameaça à segurança doméstica dos Estados Unidos. Desde o 11 de setembro, os extremistas de direita foram mais responsáveis por mortes de americanos do que os fundamentalistas islâmicos radicados no país.
No início do ano, um relatório feito pela inteligência americana advertiu que os ataques por motivação racial representam uma ameaça de terrorismo doméstico mais letal do que em anos anteriores, sendo mais séria do que potenciais ataques vindos do exterior. A Casa Branca já tem, inclusive, uma estratégia para lidar com o problema.
O diretor do FBI — a polícia federal americana –, Christopher Wray, disse ao Congresso que os atos de 6 de janeiro não são um fato isolado, “mas uma demonstração de que o problema do terrorismo está se espalhando por todo o território americano há varios anos”. Ele acrescenta ainda que os ataques mais letais da última década foram causados por grupos supremacistas.
Apesar das inúmeras advertências, o assunto foi minimizado ao longo dos anos. A atenção e os recursos foram direcionados em sua maioria para ameaças exteriores, como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico, subestimando o nível de ameaça desses grupos. “É inegável que o governo federal subestimou a ameaça, principalmente após os eventos de 11 de setembro, quando o foco passou a ser muçulmanos, estrangeiros e pessoas de cor”, diz Hina Shamsi, diretora do projeto de segurança nacional da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) ao jornal The Guardian.
Muitos especialistas governamentais e não governamentais estudam o fenômeno do terrorismo doméstico, analisando ameaças deliberadas ou atos de violência motivados por questões ideológicas que intimidam a sociedade americana. A plataforma de pesquisa New America analisou os 251 assassinatos que se encaixam nessa categoria desde os atentados de 2001.
O relatório concluiu que membros da extrema-direita mataram 114 pessoas em mais de 30 ataques, enquanto os que seguem ideologias extremas do islamismo, mas sem ligação com o exterior, mataram 107 indivíduos em 14 ataques.
O Departamento de Justiça americano reprime duramente aqueles que ameaçam a vida da população em nome da Al-Qaeda ou do EI, trazendo acusações relacionadas ao terrorismo, resultando em grandes sentenças independente da realização ou não do ataque. Quando se trata de supremacistas brancos, a situação é diferente. Segundo levantamento feito pela Organização Centro Brennan para Justiça da escola de direito da Universidade de Nova York, ataques cometidos por esses grupos muitas vezes são minimizados a crimes de ódio ou violência de gangues, com os casos passando para legislações estaduais ou locais.
David Sterman, um dos autores do relatório da New America, diz que os atos de extremistas são mais difíceis de policiar, uma vez que há alinhamento de pensamento com a política dominante dos Estados Unidos, acrescentando que o racismo tem um grande papel na disparidade da fiscalização. O atentado de Oklahoma, quando um homem bombardeou um prédio federal matando 168 pessoas e ferindo 680 em 1995, colocou um holofote no terrorismo doméstico de extrema-direita, porém, após os atentados de 11 de setembro, o então presidente George W. Bush direcionou todos os esforços para combater a ameaça externa.
Durante seus dois mandatos, de 2001 a 2009, sete incidentes fatais que terminaram com 10 mortos e 11 feridos foram realizados por membros de extrema-direita, motivados por ideologia anti-gay, supremacia branca e retaliação pelo atentado às Torres Gêmeas, enquanto jihadistas foram responsáveis por dois ataques que terminaram com três mortos e nove feridos.
O terrorismo dentro do país se tornou ainda mais forte a partir de 2009, quando grupos motivados pela recessão econômica e pela eleição do primeiro presidente negro do país se tornaram mais agressivos. 56 pessoas morreram e 40 ficaram feridas durante os anos de governo de Barack Obama. A campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, foi pautada em cima de uma retórica nacionalista branca. Quando se elegeu, o discurso foi posto em prática, como a proibição de viagens de imigrantes de uma série de países muçulmanos e a redução da entrada de refugiados vindos da América. Esse encorajamento por parte do ex-presidente trouxe consequências: mais de 10 ataques causados por extremistas de direita mataram 48 pessoas e feriram outras 59.
Ainda não está claro qual a estratégia que será adotada pelos Estados Unidos para continuar lidando com a escalada do terrorismo doméstico. No entanto, o aumento do número de ataques — cada vez menos isolados — liga o alerta para que a situação receba a devida atenção.
A última lembrança que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) tem da noite de sábado é a de estar em sua cama, no apartamento funcional onde vive, em Brasília. Ela assistia um episódio da série "Ressurrection". Posteriormente, se corrigiu e falou que a atração na verdade era o “O Grande Guerreiro Otomano”. Depois, o que veio pela frente foi um lapso de memória de aproximadamente sete horas. Quando retomou os sentidos, a deputada disse ter acordado em meio a uma poça de sangue no chão de seu closet, com cinco fraturas no rosto e uma na costela. Estava ainda com um dente quebrado e queixo cortado.
[deputada! com o devido respeito, somos brasileiros e extremamente crédulos = acreditamos até em políticos... imagine. Só que a senhora pegou pesado, uma 'estória' sem pé, nem cabeça.....
- um ataque de esquecimento que durou sete horas?
- depois diz que sofreu um atentado?
- a senhora fez um exame de sangue, sem descuidar do toxicológico = levou muita porrada, por um longo tempo e não lembrar de nada???
- seu marido nao ouviu nada?
- a senhora fala que ele tem problema de ronco = no caso ele deve ser o causador, fosse a senhora ele não ouviria. capacidade auditiva dele deve ser mínima. Por favor, não conte para o relator Calheiros ou para qualquer um dos 'três donos...' da Covidão, eles vão dizer que foi o presidente Bolsonaro que lhe deu um corretivo pesado; - nem conte para o deputado Luis Miranda - é outro esqeucido = esquece até de gravar o que ouve.
Melhoras e cuide da memória e evite contato com substâncias estranhas.
EM TEMPO: a polícia legislativa cuidando desse caso? não era melhor entregar para uma polícia mais especializada?mais experiente? mais eficiente?]
Joice recebeu a coluna em sua casa na tarde desta quinta-feira. Ela estava de roupão e um curativo no rosto. Entre uma e outra colherada de sopa, Joice disse que acionou a Polícia Legislativa para investigar o caso e afirmou que acredita que foi “vítima de um atentado”. A parlamentar mostrou os exames à coluna. – Acordei em uma poça de sangue sem saber quanto tempo fiquei desacordada. A hipótese que eu mais acredito é que sofri um atentado – afirmou.
Vídeo gravado pela deputada federal Joice Hasselmann que mostra lesões em seu rosto
A parlamentar diz que, primeiramente, acreditou que tinha desmaiado e se machucado ao cair. Joice, porém, viu que tinha fraturas em muitos lugares do rosto e do corpo. A avaliação dela é que só poderia ter se machucado assim “se tivesse rolado de uma escada, o que não aconteceu”. Além das fraturas, ela mostrou à coluna lesões no joelho e tórax e um inchaço na cabeça. – É improvável que eu tenha conseguido cair de jeitos diferentes para lesionar tantas partes do meu corpo. Um dos médicos que me atendeu perguntou se eu levei chutes. Mas não posso acusar sem provas. Não me lembro de nada – disse ela.
Joice relata que quem a socorreu foi seu marido, o neurocirurgião Daniel França, que costuma passar os fins de semana em Brasília.A deputada ligou para o celular do marido às 7 horas da manhã, porque não conseguia se levantar (ela mostrou para a coluna o registro dos telefonemas no seu celular).Ele dormia em outro quarto da casa. Ao levar a reportagem ao local em que acordou ferida, a parlamentar mostrou o cômodo onde estava Daniel França naquela noite. Joice diz que o casal costuma dormir separado porque o marido tem problemas com ronco. A parlamentar afirma que França a levou para o quarto, fez curativos e ministrou os remédios.
Na terça-feira, Joice relatou que foi atendida por uma junta de dentistas e que também fez exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde as lesões foram constatadas. No mesmo dia, a deputada relatou o ocorrido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e falou sobre sua suspeita de agressão. – Já estou em contato com a Polícia Legislativa. Eles vão investigar o caso e solicitarão as imagens das câmeras do prédio para analisar a movimentação. Já fiz esse pedido aos policiais. Na sexta prestarei depoimento e indicarei testemunhas, como meu marido, funcionários da casa e porteiros do prédio – disse ela. O vigia do edifício da deputada afirmou à coluna que os vídeos foram pedidos pela Polícia Legislativa.
Desde o episódio, a deputada trouxe para Brasília seu segurança particular de São Paulo e não dorme mais sozinha no apartamento. Dois funcionários passaram a dormir na sua residência na capital federal. Ela também trocou todas as fechaduras de sua casa e diz que, agora, vai andar armada. – Só preciso fazer a prova de tiro para ter a minha posse de arma. Comprei uma pistola Glock e ela não vai sair do meu lado, nem na hora de dormir – afirma. [deputada, sugerimos o máximo de cuidado com essa pistola - somos favoráveis ao livre porte de armas, o que inclui a livre posse, mas vai que a senhora tem outra crise de esquecimento e esquece o que uma arma pode fazer? especialmente quando está na mão de uma pessoa que 'esqueceu' que o que segura é uma arma; ou esquece que o seu segurança é de sua confiança e atira nele?]