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sábado, 18 de agosto de 2018

Lula é apenas um presodenciável

Desde o final dos anos 1970, Luiz Inácio Lula da Silva está presente na cena política. 

Como presidente de sindicato liderou três grandes greves. Todas fracassadas. Porém, aparecia como vitorioso, o dirigente autêntico dos metalúrgicos, mesmo derrotado. [pela manhã, no Vila Euclides,  insuflava com discursos inflamados a turma de babacas do 'sindicato dos metalúrgicos'  a fazer e acontecer.
No final da tarde ia para a sede da FIESP encher a cara com uísque escocês - ao lado dos patrões.
Após, antes de ir para casa, ainda alcaguetava os companheiros metalúrgicos para o delegado Romeu Tuma.]
Em 1982, ficou em quarto lugar, na eleição para o governo do estado de São Paulo. Mesmo assim, foi considerado o vencedor moral. Tinha na imprensa e na universidade devotos que o transformaram em símbolo maior do novo Brasil que surgia em pleno processo de redemocratização. Candidatou-se à Assembleia Constituinte. Foi eleito com uma grande votação — o PT fez campanha quase que exclusivamente para ele. Era uma forma de registrar que não aceitava qualquer tipo de concorrência, especialmente no “seu” partido. Teve uma atuação pífia na Constituinte. Notabilizou-se pelas noitadas acompanhado de parlamentares, um deles teve papel central na confecção da nova Constituição. Desiludiu-se do Parlamento. Lá tinha de apresentar qualidades que não possuía. Odiava ler, debater e encontrar saídas para as divergências. Desejava — e não conseguia — ser idolatrado. Desprezava ser “apenas” um constituinte.

Candidato à Presidência da República, surpreendentemente foi ao segundo turno, porém não conseguiu enfrentar as tensões daquele momento. No debate final que antecedeu à eleição, foi derrotado pelo seu oponente, Fernando Collor. Mas logo seus seguidores apresentaram outra versão: Lula estava abalado emocionalmente e foi prejudicado pela edição do debate, no dia seguinte, realizado pela emissora que promoveu o evento — o que é uma falácia.

Concorreu e perdeu duas vezes enfrentando Fernando Henrique Cardoso. Como de hábito, as derrotas — as duas no primeiro turno! — foram transformadas em vitórias. Na quarta tentativa, em 2002, apresentou-se com novo figurino. O ídolo tinha descido à terra. Era — momentaneamente — um simples mortal. Venceu. Contou com a ajuda indireta do seu opositor nas duas eleições anteriores que fez corpo mole, desinteressando-se em eleger seu sucessor. Governou despoticamente. Organizou o maior esquema de corrupção da história. Teve como princípio não ter princípio. Cooptou por meio do uso de recursos públicos grande parte da elite política e econômica. Elegeu duas vezes Dilma Rousseff. Graças à Lava Jato acabou na cadeia. Deve por lá permanecer. Hoje é um presodenciável, nada mais.
Graças à Lava Jato, Lula acabou na cadeia. Deve por lá permanecer. Hoje é um presodenciável, nada mais


 

domingo, 15 de abril de 2018

Uma liquefação política - Rua Professora Sandália Monzon, Bairro Santa Cândida, Curitiba

Prisão de Lula é marco da dissolução de toda sua geração política

Termina em liquefação um longo ciclo político, e com o personagem central vivo.
O prelúdio foi no 7 de abril de 1978. Naquela sexta-feira, Claudio Hummes, bispo de Santo André (SP), peregrinou por sua diocese coletando doações comida e dinheiropara os operários metalúrgicos do cinturão industrial do ABC paulista. Completavam a primeira semana de uma greve inédita, em desafio ao confisco salarial sustentado pelo regime militar. Na liderança emergia um ex-torneiro mecânico que migrara para a burocracia sindical, Luiz Inácio da Silva. [durante o dia, especialmente período matutino, insuflava os metalúrgicos pela manutenção da greve, pelo tudo ou nada e mesmo pelo confronto com os militares;
ao final do dia, entrava em contato com o diretor-geral do DOPS paulista, delegado Romeu Tuma,  e entregava os companheiros;
mais ao final da noite, se encontrava com os patrões na FIESP, entregava mais uma vez os companheiros enquanto enchia a pança com excelente comida e uísque importado;
NOME DA HIENA: Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido na cúpula do DOPS como 'boi''; 
ironicamente,  logo que for transferido para o endereço citado no título usará como vaso sanitário um buraco no chão, chamado de 'boi'.] 
Na sexta-feira à noite, quatro décadas depois, Lula insistia em reescrever o epílogo policialesco da sua biografia política. Refugiou-se no berço sindical que o embalou à Presidência da República, dramatizando a resistência à mudança de endereço imposta pela Justiça do quarteirão edificado do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, para uma cela de 15 metros quadrados na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

No decreto de prisão de Lula tem-se o marco da dissolução não apenas do projeto que ele encarnou, mas de toda a geração política que o acompanhou, no mesmo palanque ou na oposição.  Sinaliza uma inflexão à impunidade, com reflexos diretos no modo de fazer política, nas relações das empresas com o governo e o Congresso, e também do Judiciário com a sociedade. O centro da resistência às mudanças continua instalado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Ex-presidente e sem foro especial, Lula viu o desfecho do caso em velocidade recorde, se comparado aos processos de políticos privilegiados com o remanso do foro no Supremo.

Ainda não houve julgamento de nenhum dos 78 senadores, deputados ou ministros denunciados no STF desde março de 2015 por envolvimento nas roubalheiras reveladas pela Lava-Jato. Porém, há seis meses os juízes desse tribunal discutem em público e no plenário formas de lustrar seu poder sobre o desfecho desses processos — desde a validação das delações premiadas até o significado conceitual de "trânsito em julgado" e a instância de sua resolução.

O drama construído na prisão de Lula contém outro aspecto relevante: a fragilidade das forças autodenominadas de esquerda, que se mantêm reféns do velho líder e não conseguem vislumbrar o futuro além do horizonte da Rua Professora Sandália Monzon, Bairro Santa Cândida, Curitiba — endereço da cela reservada para Lula.

José Casado,  jornalista - O Globo

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Se quiser, Lula já pode fugir


Sucessivas condenações desmancharão o discurso de vítima de um golpe

A Polícia Federal devolveu o passaporte de Lula que havia sido confiscado pela Justiça. E excluiu o nome dele do sistema de procurados e impedidos. Se quiser, pois, Lula está liberado para viajar o exterior e por lá permanecer até que sua sorte por aqui fique clara. Ou em definitivo caso não goste da sorte que venha a ter. Em entrevista, ontem, a uma emissora de rádio do Recife, Lula desmentiu que pretenda fugir do país. E repetiu que será candidato à sucessão do presidente Michel Temer a não ser que acabe barrado injustamente. Disse não acreditar que será preso e nem temer a prisão. Quando nada porque foi preso na época da ditadura militar. [inclusive durante sua prisão 'furou' uma greve de fome; enquanto a companheirada tentava resistir a pão e água, Lula recebia à escondidas chocolate em barra.]

Há aí uma diferença que Lula jamais admitirá. Ele pode se vangloriar de ter sido preso político quando em 1980 ficou retido por 30 dias em uma cela da Delegacia de Ordem Política e Social, em São Paulo. Foi bem tratado por seu carcereiro, o delegado Romeu Tuma, depois senador e seu aliado político. E até driblou uma greve de fome chupando balinhas. [Lula também foi informante do delegado Romeu Tuma e tinha o codinome de 'boi'.]

Uma vez que seja preso agora, ele ostentará a condição de político preso, acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá. Nada haverá de glamoroso nisso, pelo contrário. Terá sido apenas mais um, embora o mais ilustre, dos políticos e empresários condenados e presos pela Lava Jato. Poderá encontrar abrigo no estrangeiro – na Bolívia, Venezuela ou Cuba com toda certeza, escapando assim de cumprir pena em Curitiba ou em São Paulo. Mas seu discurso de que foi vítima de perseguição no Brasil e de um golpe que começou com a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff, será corroído por futuras e prováveis novas condenações.

Sim, mesmo no exílio, Lula continuará sendo processado aqui. E os que lá fora o recepcionarão com entusiasmo e pena, por fim o abandonarão ao se convencer que se trata de um preso comum, condenado por crimes comuns como ocultação de patrimônio, enriquecimento ilícito e coisas assim. Um bandido comum como tantos outros.

O que leva as pessoas a se tornarem criminosas, salvo em casos passionais, é a certeza que têm de que escaparão impunes. O que a Lava Jato, pelo menos em Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro está mostrando, é que ricos e poderosos perderam o privilégio da impunidade. Claro, eles ainda poderão ser salvos pelo Supremo Tribunal Federal. A ver.



Ricardo Noblat - Veja


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

No desespero = hoje se materialiam todos os temores, pavores, medos = os desesperos da corja lulopetista

Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador 

É um claro sinal de desespero essa radicalização do PT à medida que se aproxima o julgamento de Lula no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre. Há um componente de agitação e propaganda nesse movimento — uma última tentativa de intimidar o Judiciário — mas tem aí uma questão pessoal. Trata-se do futuro profissional, do meio de vida mesmo, de grande parte dos quadros do PT. Estamos falando daqueles que só trabalham em três ambientes: no próprio partido, nos sindicatos e nos governos. São pessoas que praticamente largaram suas profissões para se dedicar inteiramente à atividade política.

Lula, claro, é o exemplo maior. [Lula não é problema; em alguns dias estará com alimentação garantida: a do presídio - que se espera seja a Penitenciária Federal de Brasília, cuja inauguração tenha como primeiro preso Lula, que durante seus dois desgovernos se especializou em lançar 'pedra fundamental' de universidades e que realmente não foram além da pedra fundamental.] Mas há outros milhares que descreveram a mesma trajetória de vida. São operários, advogados, médicos, engenheiros, técnicos de diversas áreas, jornalistas, que há muitos anos não têm qualquer atividade no setor privado da economia.

Podem reparar nos currículos. O sujeito é membro do partido, diretor do sindicato, depois aparece como secretário de alguma prefeitura, vai para um DAS no governo federal, assume um posto em governo estadual, uma bela assessoria em estatal — e assim vai, de administração em administração, de cidade em cidade, sempre acompanhando as vitórias do PT.  Os funcionários públicos concursados, como os professores, estão em parte protegidos pelas generosas regras do setor, entre as quais a estabilidade. O PT perde a eleição, o sujeito perde o cargo no governo e volta para a repartição. Mas como um simples peão. Tem um garantido mensal, mas perde gratificações, DAS, jetons por participação em conselhos de estatais, perde poder. [e o número de petista concursado, portanto, com direito à estabilidade, é pequeno = passar em concurso é dificil, imagine quando o sujeito é petista, indicador seguro em pelo menos 99,9% dos petistas, de atraso mental crônico, irreversível e progressivo.]

Eis um ponto pouco comentado, mas que está nas preocupações internas dos militantes.  Isso, aliás, explica grande parte dessa adesão cega a Lula. Tem o fervor político, claro, mas, convenhamos, é coisa de poucos. Os outros, inclusive por terem participado de campanhas e governos, sabem que é tudo verdade: caixa dois, desvio de dinheiro para o partido e para bolsos pessoais. Sabem que Lula se beneficiou pessoalmente desses esquemas e sabem que a Lava-Jato descobriu tudo isso, com provas, sim senhor. Os que não sabiam e ficaram chocados já deixaram o partido.

Os demais lutam pela sobrevivência. Já houve um primeiro desmoronamento nas eleições municipais de 2016. Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador. [esse cataclismo, a perda do emprego por petistas que conseguiram se equilibrar em empregos públicos, arranjados, desde as eleições municipais de 2016 e após Dilma  ser escarrada, continuará, implacável, ceifando o resto dos petistas que fizeram das repartições públicas 'cabides de empregos'.] Daí o desespero — condição que frequentemente leva a decisões equivocadas.  Ameaçar o Judiciário, por exemplo, é um baita erro. Mas o que fazer quando se sabe que não há saída jurídica? Na verdade, há uma alternativa — a delação premiada. Lógico: o sujeito é apanhado, sabe que a Lava-Jato tem provas, faz o quê? Colaboração.

Como Lula não pode fazer isso, sobra o quê? [o chefe da quadrilha, por óbvio, não pode se valer do recurso da delação premiada, já que um dos pressupostos da delação é a prisão dos chefões - portanto, não há vantagem nenhuma para a Justiça a delação do bandido mor, no caso Lula da Silva, quando este optar pela delação já preso.
Fiquem certos que não é por questões de caráter - algo que lhe falta - ou por não ter propensão a ser delator, a trair, que Lula não faz delação.

Lula foi delator e traidor - Sua carreira de delator começou ainda nos tempos do sindicato, quando de manhã insuflava os metalúrgicos nas assembleia e a noite se reunia com os patrões, tomando do bom whisky e entregava os companheiros. 
É também público e notório que Lula era informante do delegado Romeu Tuma, sendo conhecido como 'boi'.]

Ir para o confronto, o desafio ao Judiciário, a ameaça de incendiar as ruas. Esse confronto é politicamente ruim. Só agrada mesmo à militância cega. Assusta a maior parte da sociedade com a volta do PT radical, daquele Lula antes de fazer a barba, aparar o cabelo, vestir um terno Ricardo de Almeida com gravata Hermès e falar manso.
Quase um suicídio?  Aqui entra outra, digamos, convicção de Lula e seus mais próximos colaboradores. A de que ele consegue mudar o discurso a qualquer momento, de modo convincente. O radicalismo pré-julgamento seria só uma fase. Depois, na hipótese improvável da absolvição, volta-se para o paz e amor.

Na hipótese provável da condenação, vem agitação, mas a aposta maior será ganhar tempo com os recursos. Não será surpresa se aparecerem nessa fase declarações elogiosas aos tribunais superiores.
Veremos.
De todo modo, o que importa para Lula e seus militantes é salvar algum naco de poder. O que explica, por exemplo, as negociações partidárias nos estados com os golpistas do PMDB. Vale tudo pelos cargos e para estar no governo, qualquer governo.

[Hoje, 14 de janeiro, se decide o fim de Lula e o futuro do Brasil.
Quatro alternativas se apresentam:
 a) mais simples, um dos desembargadores pede vistas do processo, com isso se suspende a sessão, indo tudo para nova data - apesar de possível, não consideramos que ocorra; 
b) o TRF-4 absolve Lula - praticamente impossível - o MP recorre e Lula ganha algum tempo nesta condenação, já que virão outras;
c) o TRF-4 mantém a condenação de Lula, mantendo a pena por um placar de 2 a 1.
Com esse placar, o coisa ruim é favorecido com mais probabilidades de recursos junto ao próprio TRF, incluindo embargos infringentes, podendo retardar o trânsito em julgado da sentença condenatória;
d) além de manter a condenação de Lula o TRF-4 a retifica, aumentando a pena, sendo o placar 3 a 0, o que reduz substancialmente as alternativas de recurso àquela Corte, limitando apenas a embargos de declaração e o trânsito em julgado da condenação será mais rápido.
A retificação da sentença pode ser também reduzindo a pena.

Por confiança da Justiça do Brasil, por questões de entender que criminoso tem que ir para a cadeia - seja um vagabundo, seja um ex-presidente da República (este por ser mais bem informado merece sempre o dobro da pena aplicado a um vagabundo pelo mesmo crime), por considerar Lula, o PT, a esquerda e toda a corja lulopetista o que há de mais abominável sobre a face da terra e tendo que fazer um escolha, optamos pela D - confirmação da sentença e aumento da pena.

Em consonância com essa opção, fizemos comentários nesta matéria - do excelente Carlos Alberto Sardenberg - sempre considerando a melhor hipótese para o Brasil, para os brasileiros de BEM, para os trabalhadores honestos: a condenação de Lula e o seu encarceramento o mais rápido possivel.

Editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL.]


 
Carlos Alberto Sardenberg é jornalista

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Um novo (e velho) Lula irá a Moro

‘Nosso Guia’ acha que algum dia terá poder suficiente para mandar prender quem o acusa de corrupção

Só Lula e Sergio Moro sabem o que acontecerá durante a audiência de Curitiba. Se o depoimento anterior do ex-presidente a um juiz federal de Brasília puder ser tomado como referência, “Nosso Guia” transformará a cena num comício. Numa audiência em que se tratava da tentativa de obstrução da Justiça para impedir a colaboração de Nestor Cerveró, Lula informou que liderou “as greves mais importantes deste país”, fundou o “mais importante partido de esquerda da América Latina”, e “fez a maior política de inclusão social da história deste país”. Enfim, foi “o mais importante presidente da história deste país”. É improvável que lhe seja franqueado esse passeio, pois em depoimentos anteriores o juiz Moro cortou divagações semelhantes. Ele já chegou a bater boca com a defesa de Lula.

Na semana passada, dizendo-se “massacrado” pelas investigações da Lava-Jato e pelo noticiário da imprensa, Lula subiu o tom de sua retórica, levando-a a um patamar inédito. Num evento do PT disse que “se eles não me prenderem, quem sabe um dia eu mando prender eles por mentir”. Lula passou oito anos na cadeira de presidente da República e sabe que, mesmo voltando ao Planalto, jamais poderá mandar prender alguém. (A menos que sente praça no Exército venezuelano ou resolva fazer concurso para delegado, talvez para juiz.) [impossível sentar praça no Exército venezuelano; vários fatores impedem que a Força Terrestre da Venezuela sofra mais uma desmoralização tendo em seu efetivo um boquirroto estilo 'Nosso guia', sendo o principal a idade.
Quanto a concurso público para juiz ou delegado o 'palanqueiro do Agreste' sendo analfabeto, não conseguiria sequer preencher a ficha de inscrição.
Lula, devido sua ocmpleta ignorância, mesmo que faça concurso para catador de guimba de cigarro será sumariamente reprovado.]
 
O surto de onipotência prosseguiu quando ele disse que “não vou permitir que continuem mentindo como estão mentindo a meu respeito”. O melhor lugar para dirimir litígios desse tipo é a Justiça, mas num caso de apropriação indébita de foro, Lula julga-se investido do privilégio de negar ao Judiciário as prerrogativas que a Constituição lhe dá.

Para quem já se definiu como uma “metamorfose ambulante”, o Lula que responde à Lava-Jato dizendo que vai mandar prender seus acusadores parece estar descalibrado. Ele sempre foi um mestre na manipulação do radicalismo alheio em beneficio próprio. Desde os anos 70, quando comandava greves politicamente luminosas e salarialmente ruinosas. [a participação de Lula nas greves que alega ter comandado, o fez em um papel tão repugnante quanto o de Silvério dos Reis, já que logo após insuflar os 'inteligentes' companheiros a parar tudo, Lula ia para as luxuosas salas da CNI confabular com os patrões e receber as moedas pela traição.
Na passagem, ainda apresentava um relatório ao falecido delegado Romeu Tuma, de quem era informante sob o codinome 'boi'.] Mais tarde, foi da defesa da moratória da dívida externa à “Carta aos Brasileiros” como se sapeasse vitrines de um shopping.

As metamorfoses fazem parte da vida dos políticos e, às vezes, são virtuosas, mas as transmutações de Lula têm outra característica, exclusiva. Ela foi explicada em 2006 pelo marqueteiro João Santana, depois que ajudou a reelegê-lo. Trata-se de oscilar entre o “fortão” (que manda prender) e o “fraquinho” (que está sendo massacrado).

O Lula atormentado pela Lava-Jato é novo. É verdade que nunca foi tão áspero mas, no fundo, é o velho Lula. Desde que começaram as denúncias do Ministério Público o “fortão” ameaça “percorrer o país”. Nunca o fez. Sua última concentração popular deu-se em Monteiro, onde ele celebrou a transposição das águas do Rio São Francisco. Agora o comissariado informa que ele cogita fazer um périplo internacional para defender-se no circuito Elizabeth Arden: Nova York, Paris, Roma. A ideia é engenhosa, porque nessas cidades, a qualquer hora, há algumas dezenas de pessoas dispostas a defender o “fraquinho” e não há quem se disponha a sair de casa para vaiar o “fortão".

Fonte: Globo - Elio Gaspari, jornalista