Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador
É um claro
sinal de desespero essa radicalização do PT à medida que se aproxima o
julgamento de Lula no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre. Há um
componente de agitação e propaganda nesse movimento — uma última
tentativa de intimidar o Judiciário — mas tem aí uma questão pessoal. Trata-se
do futuro profissional, do meio de vida mesmo, de grande parte dos
quadros do PT. Estamos falando daqueles que só trabalham em três
ambientes: no próprio partido, nos sindicatos e nos governos. São
pessoas que praticamente largaram suas profissões para se dedicar
inteiramente à atividade política.
Lula, claro, é o exemplo maior. [Lula não é problema; em alguns dias estará com alimentação garantida: a do presídio - que se espera seja a Penitenciária Federal de Brasília, cuja inauguração tenha como primeiro preso Lula, que durante seus dois desgovernos se especializou em lançar 'pedra fundamental' de universidades e que realmente não foram além da pedra fundamental.] Mas há outros milhares que descreveram a mesma trajetória de vida. São operários, advogados, médicos, engenheiros, técnicos de diversas áreas, jornalistas, que há muitos anos não têm qualquer atividade no setor privado da economia.
Podem reparar nos currículos. O sujeito é membro do partido, diretor do sindicato, depois aparece como secretário de alguma prefeitura, vai para um DAS no governo federal, assume um posto em governo estadual, uma bela assessoria em estatal — e assim vai, de administração em administração, de cidade em cidade, sempre acompanhando as vitórias do PT. Os funcionários públicos concursados, como os professores, estão em parte protegidos pelas generosas regras do setor, entre as quais a estabilidade. O PT perde a eleição, o sujeito perde o cargo no governo e volta para a repartição. Mas como um simples peão. Tem um garantido mensal, mas perde gratificações, DAS, jetons por participação em conselhos de estatais, perde poder. [e o número de petista concursado, portanto, com direito à estabilidade, é pequeno = passar em concurso é dificil, imagine quando o sujeito é petista, indicador seguro em pelo menos 99,9% dos petistas, de atraso mental crônico, irreversível e progressivo.]
Eis um ponto pouco comentado, mas que está nas preocupações internas dos militantes. Isso, aliás, explica grande parte dessa adesão cega a Lula. Tem o fervor político, claro, mas, convenhamos, é coisa de poucos. Os outros, inclusive por terem participado de campanhas e governos, sabem que é tudo verdade: caixa dois, desvio de dinheiro para o partido e para bolsos pessoais. Sabem que Lula se beneficiou pessoalmente desses esquemas — e sabem que a Lava-Jato descobriu tudo isso, com provas, sim senhor. Os que não sabiam e ficaram chocados já deixaram o partido.
Os demais lutam pela sobrevivência. Já houve um primeiro desmoronamento nas eleições municipais de 2016. Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador. [esse cataclismo, a perda do emprego por petistas que conseguiram se equilibrar em empregos públicos, arranjados, desde as eleições municipais de 2016 e após Dilma ser escarrada, continuará, implacável, ceifando o resto dos petistas que fizeram das repartições públicas 'cabides de empregos'.] Daí o desespero — condição que frequentemente leva a decisões equivocadas. Ameaçar o Judiciário, por exemplo, é um baita erro. Mas o que fazer quando se sabe que não há saída jurídica? Na verdade, há uma alternativa — a delação premiada. Lógico: o sujeito é apanhado, sabe que a Lava-Jato tem provas, faz o quê? Colaboração.
Como Lula não pode fazer isso, sobra o quê? [o chefe da quadrilha, por óbvio, não pode se valer do recurso da delação premiada, já que um dos pressupostos da delação é a prisão dos chefões - portanto, não há vantagem nenhuma para a Justiça a delação do bandido mor, no caso Lula da Silva, quando este optar pela delação já preso.
Fiquem certos que não é por questões de caráter - algo que lhe falta - ou por não ter propensão a ser delator, a trair, que Lula não faz delação.
Lula foi delator e traidor - Sua carreira de delator começou ainda nos tempos do sindicato, quando de manhã insuflava os metalúrgicos nas assembleia e a noite se reunia com os patrões, tomando do bom whisky e entregava os companheiros.
É também público e notório que Lula era informante do delegado Romeu Tuma, sendo conhecido como 'boi'.]
Ir para o confronto, o desafio ao Judiciário, a ameaça de incendiar as ruas. Esse confronto é politicamente ruim. Só agrada mesmo à militância cega. Assusta a maior parte da sociedade com a volta do PT radical, daquele Lula antes de fazer a barba, aparar o cabelo, vestir um terno Ricardo de Almeida com gravata Hermès e falar manso.
Quase um suicídio? Aqui entra outra, digamos, convicção de Lula e seus mais próximos colaboradores. A de que ele consegue mudar o discurso a qualquer momento, de modo convincente. O radicalismo pré-julgamento seria só uma fase. Depois, na hipótese improvável da absolvição, volta-se para o paz e amor.
Na hipótese provável da condenação, vem agitação, mas a aposta maior será ganhar tempo com os recursos. Não será surpresa se aparecerem nessa fase declarações elogiosas aos tribunais superiores.
Veremos.
De todo modo, o que importa para Lula e seus militantes é salvar algum naco de poder. O que explica, por exemplo, as negociações partidárias nos estados com os golpistas do PMDB. Vale tudo pelos cargos e para estar no governo, qualquer governo.
[Hoje, 14 de janeiro, se decide o fim de Lula e o futuro do Brasil.
Quatro alternativas se apresentam:
a) mais simples, um dos desembargadores pede vistas do processo, com isso se suspende a sessão, indo tudo para nova data - apesar de possível, não consideramos que ocorra;
b) o TRF-4 absolve Lula - praticamente impossível - o MP recorre e Lula ganha algum tempo nesta condenação, já que virão outras;
c) o TRF-4 mantém a condenação de Lula, mantendo a pena por um placar de 2 a 1.
Com esse placar, o coisa ruim é favorecido com mais probabilidades de recursos junto ao próprio TRF, incluindo embargos infringentes, podendo retardar o trânsito em julgado da sentença condenatória;
d) além de manter a condenação de Lula o TRF-4 a retifica, aumentando a pena, sendo o placar 3 a 0, o que reduz substancialmente as alternativas de recurso àquela Corte, limitando apenas a embargos de declaração e o trânsito em julgado da condenação será mais rápido.
A retificação da sentença pode ser também reduzindo a pena.
Por confiança da Justiça do Brasil, por questões de entender que criminoso tem que ir para a cadeia - seja um vagabundo, seja um ex-presidente da República (este por ser mais bem informado merece sempre o dobro da pena aplicado a um vagabundo pelo mesmo crime), por considerar Lula, o PT, a esquerda e toda a corja lulopetista o que há de mais abominável sobre a face da terra e tendo que fazer um escolha, optamos pela D - confirmação da sentença e aumento da pena.
Em consonância com essa opção, fizemos comentários nesta matéria - do excelente Carlos Alberto Sardenberg - sempre considerando a melhor hipótese para o Brasil, para os brasileiros de BEM, para os trabalhadores honestos: a condenação de Lula e o seu encarceramento o mais rápido possivel.
Editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL.]
Carlos Alberto Sardenberg é jornalista
Lula, claro, é o exemplo maior. [Lula não é problema; em alguns dias estará com alimentação garantida: a do presídio - que se espera seja a Penitenciária Federal de Brasília, cuja inauguração tenha como primeiro preso Lula, que durante seus dois desgovernos se especializou em lançar 'pedra fundamental' de universidades e que realmente não foram além da pedra fundamental.] Mas há outros milhares que descreveram a mesma trajetória de vida. São operários, advogados, médicos, engenheiros, técnicos de diversas áreas, jornalistas, que há muitos anos não têm qualquer atividade no setor privado da economia.
Podem reparar nos currículos. O sujeito é membro do partido, diretor do sindicato, depois aparece como secretário de alguma prefeitura, vai para um DAS no governo federal, assume um posto em governo estadual, uma bela assessoria em estatal — e assim vai, de administração em administração, de cidade em cidade, sempre acompanhando as vitórias do PT. Os funcionários públicos concursados, como os professores, estão em parte protegidos pelas generosas regras do setor, entre as quais a estabilidade. O PT perde a eleição, o sujeito perde o cargo no governo e volta para a repartição. Mas como um simples peão. Tem um garantido mensal, mas perde gratificações, DAS, jetons por participação em conselhos de estatais, perde poder. [e o número de petista concursado, portanto, com direito à estabilidade, é pequeno = passar em concurso é dificil, imagine quando o sujeito é petista, indicador seguro em pelo menos 99,9% dos petistas, de atraso mental crônico, irreversível e progressivo.]
Eis um ponto pouco comentado, mas que está nas preocupações internas dos militantes. Isso, aliás, explica grande parte dessa adesão cega a Lula. Tem o fervor político, claro, mas, convenhamos, é coisa de poucos. Os outros, inclusive por terem participado de campanhas e governos, sabem que é tudo verdade: caixa dois, desvio de dinheiro para o partido e para bolsos pessoais. Sabem que Lula se beneficiou pessoalmente desses esquemas — e sabem que a Lava-Jato descobriu tudo isso, com provas, sim senhor. Os que não sabiam e ficaram chocados já deixaram o partido.
Os demais lutam pela sobrevivência. Já houve um primeiro desmoronamento nas eleições municipais de 2016. Milhares de cargos foram perdidos pelo PT e associados. Um segundo cataclismo, nas eleições deste ano, seria devastador. [esse cataclismo, a perda do emprego por petistas que conseguiram se equilibrar em empregos públicos, arranjados, desde as eleições municipais de 2016 e após Dilma ser escarrada, continuará, implacável, ceifando o resto dos petistas que fizeram das repartições públicas 'cabides de empregos'.] Daí o desespero — condição que frequentemente leva a decisões equivocadas. Ameaçar o Judiciário, por exemplo, é um baita erro. Mas o que fazer quando se sabe que não há saída jurídica? Na verdade, há uma alternativa — a delação premiada. Lógico: o sujeito é apanhado, sabe que a Lava-Jato tem provas, faz o quê? Colaboração.
Como Lula não pode fazer isso, sobra o quê? [o chefe da quadrilha, por óbvio, não pode se valer do recurso da delação premiada, já que um dos pressupostos da delação é a prisão dos chefões - portanto, não há vantagem nenhuma para a Justiça a delação do bandido mor, no caso Lula da Silva, quando este optar pela delação já preso.
Fiquem certos que não é por questões de caráter - algo que lhe falta - ou por não ter propensão a ser delator, a trair, que Lula não faz delação.
Lula foi delator e traidor - Sua carreira de delator começou ainda nos tempos do sindicato, quando de manhã insuflava os metalúrgicos nas assembleia e a noite se reunia com os patrões, tomando do bom whisky e entregava os companheiros.
É também público e notório que Lula era informante do delegado Romeu Tuma, sendo conhecido como 'boi'.]
Ir para o confronto, o desafio ao Judiciário, a ameaça de incendiar as ruas. Esse confronto é politicamente ruim. Só agrada mesmo à militância cega. Assusta a maior parte da sociedade com a volta do PT radical, daquele Lula antes de fazer a barba, aparar o cabelo, vestir um terno Ricardo de Almeida com gravata Hermès e falar manso.
Quase um suicídio? Aqui entra outra, digamos, convicção de Lula e seus mais próximos colaboradores. A de que ele consegue mudar o discurso a qualquer momento, de modo convincente. O radicalismo pré-julgamento seria só uma fase. Depois, na hipótese improvável da absolvição, volta-se para o paz e amor.
Na hipótese provável da condenação, vem agitação, mas a aposta maior será ganhar tempo com os recursos. Não será surpresa se aparecerem nessa fase declarações elogiosas aos tribunais superiores.
Veremos.
De todo modo, o que importa para Lula e seus militantes é salvar algum naco de poder. O que explica, por exemplo, as negociações partidárias nos estados com os golpistas do PMDB. Vale tudo pelos cargos e para estar no governo, qualquer governo.
[Hoje, 14 de janeiro, se decide o fim de Lula e o futuro do Brasil.
Quatro alternativas se apresentam:
a) mais simples, um dos desembargadores pede vistas do processo, com isso se suspende a sessão, indo tudo para nova data - apesar de possível, não consideramos que ocorra;
b) o TRF-4 absolve Lula - praticamente impossível - o MP recorre e Lula ganha algum tempo nesta condenação, já que virão outras;
c) o TRF-4 mantém a condenação de Lula, mantendo a pena por um placar de 2 a 1.
Com esse placar, o coisa ruim é favorecido com mais probabilidades de recursos junto ao próprio TRF, incluindo embargos infringentes, podendo retardar o trânsito em julgado da sentença condenatória;
d) além de manter a condenação de Lula o TRF-4 a retifica, aumentando a pena, sendo o placar 3 a 0, o que reduz substancialmente as alternativas de recurso àquela Corte, limitando apenas a embargos de declaração e o trânsito em julgado da condenação será mais rápido.
A retificação da sentença pode ser também reduzindo a pena.
Por confiança da Justiça do Brasil, por questões de entender que criminoso tem que ir para a cadeia - seja um vagabundo, seja um ex-presidente da República (este por ser mais bem informado merece sempre o dobro da pena aplicado a um vagabundo pelo mesmo crime), por considerar Lula, o PT, a esquerda e toda a corja lulopetista o que há de mais abominável sobre a face da terra e tendo que fazer um escolha, optamos pela D - confirmação da sentença e aumento da pena.
Em consonância com essa opção, fizemos comentários nesta matéria - do excelente Carlos Alberto Sardenberg - sempre considerando a melhor hipótese para o Brasil, para os brasileiros de BEM, para os trabalhadores honestos: a condenação de Lula e o seu encarceramento o mais rápido possivel.
Editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL.]
Carlos Alberto Sardenberg é jornalista
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