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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Distrital diz que colegas trabalham drogados ou alcoolizados na Câmara [CLDF... essa sigla]

[Com certeza a deputada deve saber o que diz ...]

A deputada distrital Júlia Lucy (UB) deixou os colegas na Câmara Legislativa do DF, enfurecidos ao dizer em evento que alguns deles iam trabalhar alcoolizados ou sob efeito de Venvanse, uma droga que estimula o sistema nervoso central usada, principalmente, no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. “Eu tenho, lá na Câmara, uns cinco colegas que é (estão) à base de Venvanse o dia inteiro”, disse. “Você vê que a pessoa está louca. Muitos chegam alcoolizados.”

Ana Maria Campos, jornalista - Correio Braziliense

 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

O ESTADO BRASILEIRO ESTÁ GRAVEMENTE ENFERMO - Percival Puggina

É dos bons parlamentares que vamos precisar, sempre, para apoiar os bons governos e obstar os maus.
Um mau sistema político adoece suas instituições e perturba a sociedade a que elas deveriam servir. Para compreender isso talvez nos sirva uma analogia. Responda: você acha que de uns anos para cá nascem mais bandidos no Brasil? 
O aumento da criminalidade nas últimas décadas decorre de algum bug genético que se infiltrou na sociedade brasileira? 
Claro que não. A criminalidade aumenta, estimulada por outros fatores, principalmente em virtude da impunidade.

Do mesmo modo, então: você crê que foi espontâneo o processo de degradação da política brasileira percebido de uns anos para cá? Claro que não. Há uma causa estrutural para isso, relacionada às características do modelo político vigente no país. Realmente espontânea, nessa realidade, é a tendência ao agravamento, pois o modelo estimula seus agentes a legislar, agir e julgar em favor da própria má conduta e de suas perversas motivações.

Certamente sem ter isto em conta, escreveu-me uma leitora discorrendo sobre a inutilidade de se pedir ao eleitor que vote bem, visto que ele só pode escolher entre aqueles que os partidos indicam e na cidade dela, os dois candidatos a prefeito etc. etc.. Pois essa mensagem expressa talvez o núcleo da dificuldade que se enfrenta para resolver gravíssimo problema estrutural da política em nosso país, dando causa aos malefícios que tanto nos atingem. Numa eleição, em qualquer eleição, seja municipal (como a recente), estadual, ou federal, toda a atenção e a esperança nacional converge para a escolha daquele que irá governar. E quase nenhuma preocupação com a qualidade da composição do respectivo parlamento, órgão mais importante do poder político em qualquer democracia.

Observe quanta frustração causou às expectativas nacionais a reação negativa do Congresso ao presidente eleito em 2018. As razões do voto presidencial vencedor não foram as mesmas dos votos parlamentares vitoriosos, e foi a partir daí que as raposas retomaram o comando do galinheiro
As medidas provisórias passaram a falecer nas gavetas, os projetos do governo começaram a ser desfigurados, não raro, transformados no seu inverso, a pressão pelo aumento do gasto público disparou e os partidos robusteceram seu caixa. A grave enfermidade institucional do Estado brasileiro tende a se acentuar e não serão os homens de governo que o irão sarar com a varinha de condão da “vontade política”, quer sejam prefeitos, governadores ou presidentes. Os que o conseguirem, nos seus âmbitos de gestão, só o farão se e quando suas virtudes pessoais encontrarem ecos majoritários igualmente virtuosos nos respectivos parlamentos. Ou seja, é dos bons parlamentares que vamos precisar para apoiar os bons governos e para obstar os maus governos. Fácil de entender.

Mas difícil de fazer, não? Claro. Quem disse que a democracia é fácil? Ela ficaria menos enrolada mediante um conjunto de reformas que incluam pelo menos, no caso brasileiro, voto impresso, distrital e facultativo e separação entre as funções de estado, governo e administração. Enquanto isso não ganhar urgência na pauta do eleitor, continuaremos a soprar contra o vento e a comemorar vitórias de Pirro.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Entenda as modalidades de voto


Distrital puro
Adotado principalmente em países anglo-saxões, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá e Austrália, o modelo consiste em dividir o Estado e as cidades em sub-unidades, mais conhecidas como distritos, dependendo do número de eleitores. Os deputados e vereadores de cada distrito são escolhidos por eleições majoritárias, assim como acontece nos pleitos para prefeito, governador e presidente.

Proporcional com lista aberta
Modelo vigente no Brasil, o sistema é fundamentado no coeficiente eleitoral, cujo resultado é apontado pela divisão entre os votos válidos e as cadeiras disponíveis no Parlamento. Assim, ganha a disputa quem recebeu mais votos dentro do partido.

Distrital misto
Conhecido como modelo alemão, por ter se consolidado no país após a II Guerra Mundial, o sistema combina o proporcional com o distrital. Desta forma, o eleitor vota duas vezes: uma no partido e a outra, no candidato de seu distrito. No Brasil, este modelo é encampado pelo PSDB.

"Distritão"
Defendido pelos caciques do PMDB, como o vice-presidente Michel Temer, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o modelo se baseia na eleição majoritária para deputados federais. Ou seja, ganha a eleição quem receber mais voto, independente de quantos votos o partido obteve. A diferença para o distrital é que o espaço circunscrito pelo sistema é o Estado inteiro - por isso, 'distritão'.

Proporcional com lista fechada
Bandeira antiga do PT, a proposta prevê que o voto seja dado ao partido e não ao candidato. A legenda é responsável por listar em ordem os políticos que serão eleitos segundo o quociente eleitoral. [fica por conta da legenda - termo mais adequado os 'caciques partidários - a disposição na ordem.
É uma decisão só deles a ordem na lista (por isso chamada de fechada, que realmente é) e os primeiros na lista serão necessariamente eleitos.
Imagine o estrupício do Lula, que conseguiu produzir a criatura Dilma Rousseff, ao exercer o direito de ordenar os nomes na lista = vai ser eleito cada m... .

Quanto ao distrital por regionalizar a disputa, permitindo que cada candidato seja próximo ao eleitor e tendo em conta a mania do brasileiro de sempre procurar puxar a sardinha pra sua brasa, cada eleitor vai exigir que o 'seu' deputado trabalhe para ele e não para o distrito.]