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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

E se fosse o Alexandre? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

Tudo que é preciso fazer para se ter noção do incrível duplo padrão vigente em nosso país hoje é o exercício hipotético de trocar a vítima, aquilo que o advogado faz no filme “Tempo de Matar”, substituindo a menina negra estuprada por uma loira, para demonstrar o racismo existente naquela sociedade. Hoje, o que devemos fazer é substituir Bolsonaro, o “pária”, por Alexandre de Moraes, a “muralha da democracia”, e esperar para ver a mágica acontecer.

Bolsonaro fazia mais uma motociata no Paraná quando um sujeito chegou bem perto de sua moto e lançou um objeto. Falha grave da segurança, claro, em que pese o enorme desafio de proteger um presidente que se mistura o tempo todo com o povo, pois não tem medo dele como seu adversário, que vive escondido. [Bolsonaro é aplaudido, chamado de o mito, já ser adversário é vaiado, ovado, chamado de ladrão, corrupto, etc...]A imprensa está tratando a coisa de forma banal, ignorando até que o mesmo Bolsonaro já sofreu atentado de um militante esquerdista que quase lhe tirou a vida.

Seu filho Carlos, paranoico com a segurança do pai com toda razão, desabafou: “Mais uma tentativa covarde de atingir fisicamente o chefe do Poder Executivo. Algum daqueles clássicos vagabundos dando opiniões em suas redes sociais, inquérito, manifestação pela democracia, lisura do processo eleitoral? Nada! Não é difícil enxergar o que querem desde o início!”

A narrativa sobre polarização e risco de violência vem sempre associada ao bolsonarismo, enquanto na prática as ameaças concretas partem muito mais da esquerda contra bolsonaristas. Mas como eles foram demonizados, então parece que tudo bem. 
Podemos, então, fazer o exercício hipotético: e se fosse Alexandre o alvo de uma agressão dessas? [COMENTÁRIO: no mínimo,  Bolsonaro e algumas dezenas de apoiadores seriam incluídos no 'inquérito do fim do mundo', sob acusação de terem realizado a motociata visando atrair Moraes e permitir o atentado contra o 'estado democrático de direito', à 'democracia', à Constituição, às instituições e tudo o mais que o ministro, por atos e ações,  se declara defensor perpétuo.]
O que aconteceria com o meliante? 
Qual seria a reação da mídia?
 
Quando Bolsonaro critica as urnas eletrônicas, postura coerente desde sempre no seu caso, a imprensa e os ministros supremos chamam isso de “ataque”, como se o presidente estivesse quebrando os objetos inanimados com marretas por aí. 
Mas quando um sujeito consegue o domínio Bolsonaro.com.br e transforma a página numa chuva de ataques e ofensas pessoais, colocando o presidente como se fosse Hitler, a imprensa chama isso de... crítica!

Vamos apenas imaginar qual seria a reação se fosse uma página com o ministro Alexandre sendo retratado da mesma forma. Sabemos que quase toda a imprensa estaria dando enorme visibilidade ao fato e constatando que se trata de um inaceitável ataque às instituições democráticas do país.

Empresários “bolsonaristas” foram alvos de abusos a pedido do senador petista que convocou o MST para “derrubar o governo”. 
E se fossem empresários petistas tratados desta forma? 
E se vazassem conversas do ministro Alexandre? 
Quem seria investigado, no caso, seria o autor do vazamento, com certeza.
 
Dementes jogaram bola com uma réplica da cabeça de Bolsonaro à guisa de pelota. E se fosse o Alexandre? Jornalista da Folha desejou a morte do presidente abertamente, com "justificativa" pseudo-filosófica. [outro, não recordo o nome, foi jornalista do Correio e da VEJA - atualmente parece estar desempregado, sugeriu que o presidente se suicidasse.]  
E se fosse o Alexandre? 
Atriz global quis esfregar a cara de Bolsonaro no asfalto quente. 
E se fosse o Alexandre?

A conclusão salta aos olhos: no Brasil de hoje, há um salvo-conduto para quem falar qualquer coisa que seja contra Bolsonaro, enquanto jamais seria tolerado o mesmo comportamento se o alvo fosse o ministro supremo. A reação da imprensa e da "Justiça" muda completamente dependendo que quem é a vítima.

Isso expõe o preconceito existente em nossa sociedade. Aqueles que tanto falam em "diversidade" e "tolerância" não aceitam a existência dos bolsonaristas

Eles assinam cartinhas patéticas "pela democracia" ao lado de petistas bajuladores de ditaduras comunistas, mas não dão um pio para protestar contra as agressões sofridas pelo Presidente da República eleito com quase 58 milhões de votos.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Perguntem ao José Dirceu - Percival Puggina

A preocupação maior de José Dirceu

Falando em Belo Horizonte, no dia 13 de novembro de 2018, durante reunião com militantes de seu partido, José Dirceu apontou o foco em que se deveria concentrar a ação dos companheiros. Sob aplausos, mencionou a importância da Cultura e da Educação. No dizer do principal estrategista do petismo, seus adversários não têm o controle dessas áreas. E encerrou com uma lisa e franca confissão: “A pior ameaça que nós vamos viver é a Escola Sem Partido porque a Cultura e a Educação é onde estão as mentes e os corações”.

Ganha sentido, então a pergunta a nós mesmos: é bom o resultado obtido pela nação com essa apropriação política da Educação e da Cultura em um país pluralista para ali ser exercido o domínio de corações e mentes?

STF e ministro Roberto Barroso
Há cinco meses, mais uma vez o STF fez José Dirceu sorrir. Por 9 a 1 declarou inconstitucional o projeto de escola sem partido aprovado em Alagoas. Extinguiu a preocupação do guru petista! Em seu voto, combateu a neutralidade política e ideológica pretendida pela lei estadual. Alegou nada haver na Constituição sobre essa neutralidade e, lá pelas tantas afirmou: “Quanto maior é o contato do aluno com visões de mundo diferentes, mais amplo tende a ser o universo de ideias a partir do qual pode desenvolver uma visão crítica, e mais confortável tende a ser o trânsito em ambientes diferentes dos seus”.

Fez de conta não ver a realidade para manter tudo como está. Aliás, não é exatamente essa única visão de mundo que a folgada maioria do STF impõe à nação?  E não é o que acontece na maior parte das federais, para ficar apenas com estas porque nós as custeamos?

Listas Tríplices
Listas tríplices, como se sabe, não havendo burlas nem golpes, apresentam os nomes por ordem de votação. Em vista disso, entendem alguns que não escolher o primeiro é desconhecer o resultado de uma eleição democrática travada no corpo funcional que promove as três indicações.

Um amigo magistrado alertou-me esta semana para o problema de fundo com uma frase singela. Disse ele: “Escolher o primeiro nada tem a ver com democracia”. E não tem mesmo. Dê-se razão ao sábio jurista. Pode até ter efeito contrário.

Corporativismo
Impor a escolha do primeiro tem muito mais a ver com espírito de corpo, com corporativismo, com defesa de interesses particulares ou de grupo do que com democracia. Como escrevi em artigo anterior, a escolha de qualquer um dos três pelo governante permite a alternância no poder porque o governante que procede a escolha é parte de um sistema político e eleitoral que permite a alternância. E essa é uma condição essencial ao pluralismo e às democracias. Todo o coro dos inconformados tem a ver com o resultado da eleição presidencial de 2018 e com a alternância que determinou.

Há pessoas para as quais pluralismo, liberdade, democracia e estado de direito são rótulos de gaveta no maquiavélico laboratório educacional e cultural em que manipulam corações e mentes. Não lhes interessam Cultura e Educação, mas o poder que delas emana. Perguntem ao José Dirceu...

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.