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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O Brasil vai acordar? - Revista IstoÉ

Marco Antonio Villa

O governo Jair Bolsonaro é marcado por uma sucessão de crises. A oposição assistiu, até agora, passivamente o desenrolar dos acontecimentos. Inúmeras vezes, o presidente atacou os princípios da Constituição de 1988 e somente recebeu tímidas respostas. Na ação administrativa tem solapado a estrutura de Estado construída nos últimos trinta anos, e o seu objetivo é destruir todas as conquistas democráticas. As reações não foram à altura das consequências dos atos. O País ainda está anestesiado ou cansado de enfrentar medidas presidenciais lesivas aos interesses nacionais e públicos.

Pode ser – estamos neste processo desde 2014 – que o enfado tenha tomado conta do sentimento popular. Como se fosse infrutífera qualquer forma de reação, de mobilização, é como se todas as alternativas políticas não contemplassem o anseio de mudança efetiva, real. E a sucessão dos três últimos presidentes reforça esta convicção. O impeachment de Dilma Rousseff trouxe ao poder Michel Temer e depois abriu caminho para Jair Bolsonaro, em um processo de degeneração da política nunca visto na história do Brasil republicano. Sendo assim, o povo deve pensar: adianta protestar? O que pode vir, ainda pior do que o pífio deputado que passou 28 anos no Parlamento sem sequer relatar um projeto? [o presidente Bolsonaro, passo a passo, apesar da oposição dos adeptos do quanto pior, melhor - a eles importa sabotar o governo Bolsonaro, nem que com isso prejudiquem o Brasil - vai colecionando resultados favoráveis.
Não fosse a oposição antipatriótica, inimiga do Brasil e do Presidente da República, os feitos seriam maiores.
Mas, já se contabiliza queda do desemprego, juros baixos - nesse aspecto falta passar a baixa para os tomadores dos empréstimos - que ajudam na redução da dívida pública, acordos internacionais importantes, etc.]

O desânimo tomou conta daqueles mais interessados em acompanhar a política nacional. O noticiário das sucessivas crises, a falta de alternativas concretas à barbárie bolsonarista, a estagnação econômica, a ausência de um debate nacional sobre os rumos do país, a pobreza da elite política — uma das piores, se não for a pior, do último meio século – produzem um sentimento de apatia. Não adianta participar, ter esperança, pois tudo acaba inalterado, como se a roda da história não se movimentasse. Parece que ela só se mexe para agravar os enormes problemas nacionais.

A ação diária de Jair Bolsonaro atacando as instituições, o Estado Democrático de Direito e a Constituição, poderá despertar a população deste clima de abulia. Teremos um final de ano agitado. A inevitável libertação de Lula vai, inicialmente, favorecer o jogo de Bolsonaro. Ele necessita da polarização com o PT. Vive disso. Contudo, juntamente com a reação da sociedade civil frente aos desmandos governamentais, o Brasil poderá acordar, reagir, romper com os extremismos de petistas e bolsonaristas. Assim, vai caminhar para construir uma alternativa democrática, moderna, popular e nacional. [a Lula não interessa sair da cadeia; além da confortável situação em  que se encontra, com segurança eficiente e gratuita, alimentação a sua escolha, permanecendo sob os cuidados do Estado ele se livra de ter que enfrentar Bolsonaro, sabe que vai perder, e com isso acaba a farsa de uma suposta liderança de Lula.]
Marco Antonio Villa, professor, escritor - IstoÉ
 
 
 

domingo, 10 de setembro de 2017

Governo vai reduzir juros de consignado para servidores

[impossível, estabilidade financeira usando dinheiro emprestado para complementar salário.]

Diante dos consecutivos cortes na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central, o governo federal decidiu reduzir, pela segunda vez neste ano, os juros máximos cobrados dos servidores federais nos empréstimos consignados.


Portaria do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão que sairá nos próximos baixará o teto dos juros  nas operações de crédito com desconto em folha de 2,20% ao mês para 2,05% mensais. Ao ano, as taxas cairão de até 29,8% para 27,6%, uma baixa de 2,2 pontos percentuais. Na média, segundo o Banco Central, as instituições estão cobrando 25,8% de juros ao ano em tal modalidade de crédito.
Desde 2008, o teto dos juros era de 2,50% ao mês ou de 34,5% ao ano. Em março de 2017, o limite máximo de cobrança permitido aos bancos nos empréstimos cedeu para 2,20% mensais. (29,8% ao ano). A redução para 2,05% ao mês (27,6% ao ano) representa, em termos anualizados, queda de quase sete pontos percentuais.
Endividamento recorde
Pelos dados do Banco Central, os servidores encerraram julho deste ano com endividamento recorde no crédito consignado. São R$ 173 bilhões em débitos com os bancos. Somente neste ano, as dívidas cresceram R$ 5 bilhões, ou seja, R$ 715,6 milhões, em média, por mês.  O Banco Central ressalta, porém, que o ritmo de crescimento das dívidas de servidores por meio do consignado é o menor em muitos anos, de apenas 3%. Até bem pouco tempo, os débitos aumentavam a dois dígitos. Isso mostra que o funcionalismo público também botou o pé no freio nas dívidas ante as incertezas da economia.
A tendência é de que os bancos também sejam mais conservadores, uma vez que os servidores não terão os mesmos reajustes salariais do passado, devido à crise fiscal que atormenta todas as unidades da Federal. União, estados e municípios não comportam mais a ampliação da folha com pessoal no Orçamento.  Desde que estouraram as crises fiscais no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, os bancos ficaram reticentes em ampliar a oferta de consignado aos servidores. Em vários momentos, os repasses das prestações foi suspenso. Houve muitos servidores que entraram na lista de maus pagadores porque os governos não honraram os compromissos com os credores.

Fonte: Blog do Vicente - Correio Braziliense



Brasília, 11h15min

domingo, 14 de maio de 2017

Carne podre no Brasil Grande do PT

A polícia bateu nas portas do BNDES e de Luciano Coutinho, ex-presidente do banco e um mentor intelectual do "Brasil Grande" de Lula 2 e de Dilma 1. Foi quando o bancão estatal se transformou na mãe de grandes fusões e aquisições ou fez muito empréstimo a juros de pai para filhos, entre eles a JBS, ora sob suspeita.  Sabe-se lá se a Polícia Federal atirou no que viu e acertou o que não enxergou ou se está vendo coisas. Depois da Operação Carne Fraca, a gente se pergunta se não tem mais papelão nessa linguiça.

No entanto, a JBS já discute a possibilidade de um acordo judicial, conversa que envolve delações e também o relacionamento da empresa com o BNDES. As tratativas não provam nada, mas sugerem que não é possível descartar a ação da polícia como barbeiragem, como tanta gente dizia indignada no BNDES, na sexta-feira (12).  Tudo é preliminar. Não se sabe para quais autoridades o frigorífico entregaria suas denúncias; se dispõe de material de interesse para a Justiça. Não se sabe quais de seus executivos ou proprietários falariam.

Parece muito difícil ensaboar empréstimos no BNDES. As operações envolvem muita gente de áreas e hierarquias diversas, em procedimentos diferentes de checagem e liberação do negócio. Numa hipótese benigna, que nos dias que correm passa por ingênua, uma autoridade do governo, de fora do banco, poderia vender uma facilitação inexistente e faturar um capilé em operação de resto adequada. Tampouco é indício de rolo o fato de o banco ter ganhado dimensões exorbitantes, política do período final de Lula 2 e dos anos Dilma.
No entanto, já estão sob suspeita empréstimos do banco para a Odebrecht e para a JBS. Caso se puxe uma pena e venha uma galinha, a granja inteira fica na mira de polícia e procuradores.  Em particular depois de 2008, o BNDES se tornou credor ou sócio de empresas escolhidas para se transformarem em conglomerados, oligopólios ou parceiras vitaminadas do Estado, embora a mamata estatal viesse desde as privatizações dos anos FHC. Até firmas que em 2008 se arrebentaram em operações tão estúpidas quanto gananciosas com derivativos cambiais foram salvas pelo governo.

Bancos públicos e estatais forraram a cama de fusões, aquisições, salvações ou expansões nos setores de telefonia, carnes, celulose, petroquímica, bancos, construção civil, biocombustíveis, farmácia, software e calçados. Petrobras, Banco do Brasil e fundos de pensão de estatais por vezes entravam também na ciranda. Das 50 maiores companhias do país, o Estado é sócio ou dono de pelo menos 22. Empresas grandes, com acesso razoável ao mercado de capitais, receberam empréstimos subsidiados às centenas de bilhões. Mas firmas que levantaram dinheiro em outras fontes investiram tanto ou mais.

Nos anos Dilma, o aumento da despesa do governo com subsídios foi quase equivalente ao crescimento do gasto social. Porém, na soma, no agregado, não se notou aumento do investimento produtivo no país. O governo muita vez apenas barateou o custo do capital privado, sem benefícios sociais, gerais, palpáveis. Foi um fracasso desastroso. Agora, só falta ter rolo.


 Fonte: Vinicius Torres Freire - Folha de S. Paulo