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sábado, 4 de junho de 2022

Uma vitória contra os hipócritas - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

Johnny Depp na entrada do Tribunal de Justiça, durante o julgamento que condenou Amber Heard | Foto: Michael Reynolds/EPA-EFE/Shutterstock
Johnny Depp na entrada do Tribunal de Justiça, durante o julgamento que condenou Amber Heard  - Foto: Michael Reynolds/EPA-EFE/Shutterstock
 
Vários anos atrás, a atriz norte-americana Amber Heard escreveu sobre uma experiência angustiante em que, sem citar nomes, relatava ter sido abusada pelo ex-marido e ator Johnny Depp. Ela alegou graves abusos físicos e emocionais durante todo o casamento, incluindo alegações de que ele havia chutado e espancado seu rosto. Quando eles se divorciaram, após menos de dois anos de casamento, ela se tornou uma voz importante no movimento feminista Me Too, quando as mulheres das indústrias do entretenimento, música e mídia resolveram denunciar tratamentos abusivos, quase sempre de natureza sexual, que sofreram de homens poderosos. Amber protocolou um pedido de medida protetiva contra ele, e, em decorrência disso, Depp foi prontamente excluído de todas as produções das quais participava, assim como teve todos os contratos cancelados de produções pré-agendadas para o futuro. Seu milionário contrato em Piratas do Caribe foi cancelado, e o ator foi excluído da sociedade, da mídia e de eventos da indústria do entretenimento. A imprensa não poupou esforços para seguir alimentando a demonização de Depp acerca da suposta violência doméstica que havia cometido.

Nesta semana, a história de Amber contra Depp desmoronou e expôs, mais uma vez, a perigosa espinha dorsal do movimento. Ainda em 2018, Johnny Depp processou Heard, dizendo que ela o difamou ao acusá-lo de abuso doméstico e, com as falsas alegações, fez com que ele perdesse contratos importantes e, principalmente, seu nome. No julgamento, iniciado há seis semanas, ele precisou provar não apenas que nunca agrediu Heard, mas que o artigo que a atriz escreveu para o Washington Post o difamava. Também teve de comprovar que Heard escreveu o artigo com malícia real, e, para reivindicar danos, Depp afirmou que o texto causou severos prejuízos à sua reputação.

A batalha judicial acalorada e televisionada entre Johnny Depp e Amber Heard finalmente acabou na última quarta-feira, e um júri de sete membros no veredito afirmou que Heard o difamou e que prevaleceu a vitória do ator nas três reivindicações do processo. A atriz terá de pagar ao ex-marido a quantia de US$ 10 milhões em danos compensatórios, além de danos punitivos de US$ 5 milhões. O caso, no entanto, vai além do que mais um mero show hollywoodiano comentado enfaticamente pelos fãs de ambos. O episódio mostra as vísceras do vil movimento atual feminista, que não está interessado em pautas pertinentes e justas para as mulheres, mas no ganho político e financeiro à custa das reais vítimas de abusos e da demonização de todos os homens.

Como pessoas de diferentes esferas, experiências diversas e pontos de vista variados convivem pacificamente dentro de uma sociedade civil?  
Qual é o principal ingrediente necessário para a democracia prosperar? 
É claro que nada se resume a um ponto apenas, mas acredito que podemos resumir em uma palavra: confiança. Uma sociedade civil saudável é construída sobre relacionamentos, amizades e associações que promovem a confiança no próximo. A liberdade e uma comunidade forte florescem em uma cultura de confiança, e, infelizmente, estamos perdendo isso há algum tempo. Vemos esse cenário não apenas na paisagem norte-americana em vários graus, mas no mundo de forma geral.

O politicamente correto, instaurado no Ocidente pelos globalistas fãs de Marx, prega que os pobres não devem confiar nos ricos, os negros nos brancos, os filhos nos pais. Na vida real, atualmente os eleitores não confiam nos políticos e os cidadãos não confiam na mídia. Sentimos tanta desconfiança que ficamos insensíveis a ela. Por muitas vezes, alimentamos esse sentimento sem pensar. Afinal, não achamos que a desconfiança gerada “lá fora” na política e nas mídias sociais pode afetar nossa vida diária. Mas afeta e está se expandindo. Como uma doença, essa desconfiança está infectando nosso relacionamento mais fundamental, o alicerce de uma sociedade civil livre — o relacionamento entre homens e mulheres.

Guerra dos sexos
 
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Em tempos de totalitarismo social e político, o sexo era severamente regulamentado e relacionamentos amorosos entre homens e mulheres proibidos

Tudo o que envolve a dinâmica sexual saudável é essencial para o relacionamento entre homens e mulheres. Para que a confiança floresça, essa realidade não pode ser negada e deve ser tratada com respeito, cuidado e honestidade, e não simplesmente apagados da vida moderna. Não pode haver abuso nessa relação, e uma parte da polaridade — seja masculina seja feminina — não pode ser rotulada como tóxica, brutal ou maligna, inclusive como foi feito no passado por certas religiões totalitárias em relação à sexualidade feminina. Uma vez que esse rótulo é colado, a desconfiança é gerada em detrimento de todos. Se as mulheres acreditam que todos os homens são perigosos, não pode haver confiança entre os sexos. Os homens não vão se tornar eunucos, mudar e se tornar como as mulheres, abandonando sua masculinidade natural. Essa é a identidade e a natureza dos homens, e ela não pode ser expurgada sem destruir quem eles são como indivíduos livres, como homens e protetores.

A destruição da liberdade
O movimento feminista Me Too concedeu uma exceção perigosíssima ao princípio justo de qualquer devido processo legal de inocência até que provem o contrário. O problema, não apreciado pela gritaria das atuais feministas, é que, se todos os homens são vis, tóxicos e abusadores, ninguém é. Se toda masculinidade é apenas o compartimento de um estuprador em potencial, os reais abusadores conseguem se dissipar na multidão e seus crimes passam a não ter o peso que merecem. Quando nossos relacionamentos mais íntimos e fundamentais são governados pelo medo e pela desconfiança, a liberdade que constrói relações sólidas e saudáveis entra em colapso. Quando você não confia mais em outras pessoas e elas precisam ser monitoradas, controladas e incansavelmente investigadas ou observadas, como o atual feminismo prega com todos os homens, a própria liberdade é destruída. É por isso que o totalitarismo prospera na desconfiança.

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Leia também “Luz em tempos de escuridão”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste- MATÉRIA COMPLETA


quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Mesmo sem acordo com Ministério Público, Lira quer votar PEC que ameaça autonomia de procuradores - O Globo

Evandro Éboli e Aguirre Talento

Arthur Lira fala em avanços nas negociações, mas entidades do MP afirmam que problemas na proposta permanecem e se posicionam contra aprovação 

Leia também:Bolsonaro autoriza entrada de militares dos EUA no Brasil para treinamento com o Exército

Lira afirmou nesta manhã que o texto foi negociado com todos os setores do Ministério Público e que o substitutivo foi "amadurecido". Mas esta não é a versão dos dirigentes dessas entidades, que afirmam que os pontos prejudiciais à autonomia do MP permanecem no texto da proposta. Em negociações ontem, o presidente da Câmara chegou a pedir às entidades que soltassem manifestações públicas de apoio à PEC, mas não houve concordância.

O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Manoel Murrieta, a "espinha dorsal" do projeto, e que os desagrada, foi mantida. Murrieta se refere a manutenção no texto da escolha do corregedor pelo Congresso Nacional, que também acumularia a vice-presidência do conselho, e do aumento de cadeiras do conselho escolhidas por órgãos externos, com composição alterada de 14 para 15 vagas. Câmara e Senado ficariam com a escolha de quatro membros do conselho, e não apenas dois, como ocorre atualmente. - Não houve avanço nenhum na espinha dorsal do projeto. Ofereceram avanços em alguns pontos, mas em relação do corregedor e ao número de cadeiras não houve qualquer avanço. E esses pontos são muito caro para nós. Não aceitamos - disse Manoel Murrieta ao GLOBO. [cabe uma única resposta ao não aceitamos: E DAÍ? é uma resposta pergunta muito usada pelo nosso presidente e perfeitamente cabível;
O Poder Legislativo é o único dos 3 Poderes da República que tem a competência de modificar a Constituição; o MP tem pretensões a ser o 'quarto poder', mas não é - portanto, não está coberto pelas Cláusulas Pétreas da Constituição Federal, podendo ser modificado pelo Poder Legislativo.
                                                         Tal situação torna irrelevante a aceitação ou rejeição pelos dignos representantes do MP, de qualquer modificação efetuada no texto constitucional pelo Poder Legislativo.                                                    Vale o mesmo tratamento dispensado aos servidores públicos (os NÃO MEMBROS dos TRÊS PODERES) e ao contribuinte. ACEITAR - que dói menos.]

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que representa os membros do Ministério Público Federal, divulgou nova nota contra a PEC nesta quinta-feira reiterando o posicionamento "pela rejeição" da proposta. A nota diz que o assunto está sendo discutido "de forma açodada", afirma que houve avanços na negociação, mas que "os problemas centrais já mencionados em nota técnica continuam presentes".

Merval Pereira:Alcolumbre faz pequena política ao barrar sabatina de Mendonça

Arthur Lira, entretanto, afirmou em entrevista nesta manhã que a PEC, de autoria de Paulo Teixeira (PT-SP), já foi discutida por quatro meses na comissão especial e que o texto foi amadurecido e negociado ontem com todos os segmentos do Ministério Público. E confirmou que coloca para votar hoje ainda no plenário. - Toda legislação carece de aperfeiçoamento. Assim como a Câmara tem seu Código e seu Conselho de Ética, assim como o Senado e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o Ministério Público não tem o seu. E precisam fazer esse regramento e foi dado um prazo para confeccionar. Se não, a partir daí o Congresso faria. E a mudança na composição visa dar mais espaço a sociedade civil. E controle externo, todo Executivo, Legislativo e Judiciário tem, menos o MP - disse Lira, em entrevista a Rádio Bandeirantes.

O presidente da Câmara, que foi alvo de investigações na Lava-Jato, voltou a criticar o Ministério Público e reafirmou que o CNMP protege procuradores e promotores. - O Ministério Público sempre foi muito paternalista. Dificilmente você vê ações de improbidade contra procuradores e promotores. Não vê julgamento mais célere, e tem esses prazos prescricionais.

Lira disse ainda que a legislação proposta, ao contrário das críticas do Ministério Público, não irá interferir na autonomia de investigação contra corrupção.

O Globo - Política 

 


segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Começa a recuperação da malha ferroviária – Editorial - O Globo

Projetos corroboram avanço da participação chinesa em infraestrutura no Brasil

[além das inúmeras e incontestáveis vantagens elencadas na matéria abaixo, sempre bom salientar que é também o passo inicial para reduzir a dependência do Brasil ao transporte rodoviário, que hoje está nas mãos de irresponsáveis que não hesitam em prejudicar o Brasil para auferir vantagens criminosas.]

Em 24 meses, preveem o governo e concessionários, estará em operação o trecho ferroviário de 1.537 quilômetros ligando as cidades de Estrela D’Oeste, em São Paulo, e Porto Nacional, no Tocantins, com fluxo de 22,7 milhões de toneladas de carga por ano. É ótima notícia porque sinaliza a conclusão de dois terços da Ferrovia Norte-Sul, espinha dorsal da projetada malha ferroviária brasileira. Deve-se aos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro o desembaraço desse empreendimento relevante à integração nacional, iniciado há 35 anos na administração José Sarney.

Significa que a partir de 2022 haverá interconexão ferroviária efetiva entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Maranhão. Ou seja, será possível o trânsito de cargas num arco ferroviário de pouco mais de três mil quilômetros ligando os portos de Santos (SP) e de Itaqui (MA). O custo logístico de exportação tende a cair significativamente para o agronegócio nesses cinco estados. No porto de São Luís avança a construção de um terminal de uso misto, voltado para a Ferrovia Norte–Sul/Carajás, liderada por um consórcio do qual participam a maior corporação chinesa de infraestrutura e dois grupos privados.

A China já confirmou, também, interesse no empreendimento ferroviário para ligar Tocantins à Bahia (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e na conexão sobre trilhos entre Mato Grosso e Pará (Ferrogrão). Nos dois casos, as licenças para construção serão leiloadas este ano. Há evidências de que está sendo intensificada a prospecção chinesa em infraestrutura no Brasil. No alvo, confirmou recentemente a China Communications Construction Company, estão duas dezenas de projetos de energia, portos, ferrovias, desenvolvimento de mobiliário urbano e agroindústria, com investimento potencial de R$ 102 bilhões.

Não é casual que o Brasil tenha se tornado o quarto destino global de investimentos diretos chineses entre 2010 e 2017. Recebeu 40% do capital aplicado na América do Sul, nesse período, porque apresenta oportunidades em energia e infraestrutura, tem mercado atraente e as relações comerciais fazem da China o maior cliente de 14 estados exportadores e o segundo dos demais. A expansão chinesa objetiva garantir suprimento de matérias-primas e alimentos básicos, além de desenvolver mercados para os produtos industriais nos quais se especializou, com alto nível de tecnologia embutida.

Governo e Congresso precisam refletir estrategicamente sobre a arquitetura dessa nova fase na parceria. É evidente a carência de capital em setores críticos, mas é necessário preparar a base de um relacionamento mais sofisticado com a China, assentado no desenvolvimento tecnológico, para desenhar um futuro muito além da dependência de investimentos em energia e infraestrutura e das exportações de commodities.

Editorial  - O Globo