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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Conselheiro Dr. Michel, do Tribunal de Contas do DF, é denunciado por peculato

O conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal Márcio Michel Alves de Oliveira foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por peculato. O processo tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob a relatoria do ministro Mauro Campbell Marques. O Ministério Público acusa o ex-distrital de desviar recursos da verba indenizatória entre 2012 e 2014, quando ocupava um mandato na Câmara Legislativa. A denúncia, datada do último dia 10 e assinada pelo procurador-geral da República em exercício, José Bonifácio Borges de Andrada, pede, ainda, que Márcio Michel perca o cargo em caso de condenação. Márcio Michel foi deputado distrital e é delegado aposentado da Polícia Civil do DF.

O ex-assessor da Administração Regional da Fercal Fernando Augusto de Oliveira, nomeado em 2012 por indicação de Michel, também foi denunciado pelos mesmos crimes. Ele aparece como proprietário da empresa Oliveira Locação de Veículos Ltda. O então deputado distrital Dr. Michel, como era conhecido na Casa, alugou uma Toyota Hilux dessa firma. Mas, segundo a Procuradoria-Geral da República, “a empresa não possuía atividade, constituindo-se em meio fraudulento para que o primeiro denunciado (Dr. Michel) obtivesse ressarcimento dos valores dos aluguéis em prejuízo da administração pública”.


Além da companhia supostamente contratada pelo gabinete do então distrital, o empresário Fernando Augusto Oliveira era dono de outra empresa de nome semelhante, a Oliveira Comércio de Veículos Ltda. O veículo alugado por Dr. Michel estava registrado em nome dessa firma. Ambas tinham somente um automóvel nos registros. Para a PGR, as duas empresas teriam sido constituídas “com o fim de possibilitar que o denunciado Márcio Michel Alves de Oliveira obtivesse o ressarcimento dos valores”. Ao todo, a Procuradoria-Geral da República aponta pagamentos que somam R$ 76 mil.


O Ministério Público pediu ao STJ a quebra de sigilo bancário das duas companhias, o que foi determinado pela Corte. Com isso, a PGR constatou que os pedidos de indenização de gastos apresentados por Dr. Michel não correspondiam aos valores depositados na conta bancária de uma das firmas. A contratada pelo gabinete para alugar a caminhonete “não possui conta em instituição bancária, comprovando mais uma vez que a empresa não possui atividade regular”. 


A Oliveira Comércio de Veículos Ltda., embora não tenha emitido as notas fiscais, recebeu depósito de R$ 23,6 mil de Márcio Michel. “Extrai-se da análise do extrato bancário que os valores e as datas não guardam correspondência com as datas e os valores das notas fiscais emitidas”, argumenta a PGR. Por último, o Ministério Público afirma que “as notas fiscais possuem datas posteriores aos depósitos bancários”.

Dessa forma, a Procuradoria-Geral da República indica a existência de 19 condutas criminosas, uma para cada requerimento de devolução de gastos com a verba indenizatória. “Nesse panorama, verificou-se que o denunciado Márcio Michel Alves de Oliveira, mediante meio fraudulento, consistente em simular aluguel de veículo, obteve vantagem ilícita de R$ 76 mil”. O advogado de Márcio Michel, Bruno Franco Lacerda Martins, diz que o conselheiro desconhece as acusações e não foi oficialmente notificado. “Vamos nos manifestar depois de ter conhecimento da denúncia apresentada”, disse.


Tortura
Outra denúncia foi protocolada no STJ pela PGR contra Márcio Michel, em 22 de fevereiro. O MPDFT acusa o conselheiro, que também é ex-delegado da Polícia Civil, de ter praticado tortura durante um interrogatório, em 2009. O caso ocorreu na 35ª Delegacia de Polícia, em dezembro de 2009. Dois homens que haviam sido presos suspeitos do roubo de uma agência dos Correios em Sobradinho 2 acusaram Dr. Michel de ter desferido socos e chutes na cabeça, no peito e nas costas deles para que indicassem onde estava a arma supostamente usada durante o roubo.

De acordo com o Ministério Público, o laudo de lesões corporais das vítimas mostra a “existência de lesões compatíveis com as agressões relatadas, configurando crime de tortura”. O advogado de Márcio Michel, Bruno Martins, alega que a defesa ainda não foi notificada para apresentar argumentação. “A gente acredita no arquivamento por falta de elementos de materialidade”, concluiu Bruno.


Fonte: Correio Braziliense



sexta-feira, 3 de junho de 2016

Zé Edmar, ex-deputado distrital e ex-presidiário, cansado do ostracismo tenta reaparecer levando alimentos para bandidos invasores do Torre Palace e é detido

Segundo a polícia, José considerou desumana a situação das pessoas que estão há três dias sem comida no local e por isso, tentou levar mantimentos


O ex-deputado José Edmar foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), nesta sexta-feira (3/6), após ser autuado por desobediência. Durante a carreira como parlamentar, ele sempre esteve envolvido com questões fundiárias, sendo um dos maiores incentivadores de invasões como a Estrutural e o Itapuã.  Edmar tentou levar caixas com mantimentos, como água e sardinha, para os invasores do Torre Palace Hotel, no Eixo Monumental. Segundo a polícia, José considerou desumana a situação das pessoas que estão há três dias sem comida no local e por isso, tentou levar alimentos.

A operação para a retirada de pelo menos 12 pessoas que se recusam a deixar o hotel, entra no terceiro dia, causando mais transtornos no coração da capital do país. O plano das forças de segurança era retirá-las na quarta-feira, quando o trabalho de higienização do prédio em escombros se transformou em uma ação de reintegração de posse, com 550 agentes do governo mobilizados em dois dias.

A situação segue em um impasse: após diversas reuniões com a Polícia Militar e com o GDF, integrantes do Movimento Resistência Popular (MRP) não deram sinal de que pretendem deixar a construção. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) reuniu-se com autoridades para ver quais serão as próximas medidas a serem tomadas.

Operação Grilo
José Edmar sempre teve o nome ligado às questões de terra no Distrito Federal. Ele liderou muitas invasões de áreas públicas. Duas delas, acabaram se transformando em regiões administrativas: Estrutural e Itapoã. Essa liderança lhe renderam milhares de votos e dezenas de processos judiciais.

À época filiado ao PR-DF, Edmar assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2008, na vaga de Augusto Carvalho (PPS-DF), que deixou o cargo para assumir a Secretaria de Saúde do DF. Edmar já havia sido preso pela Polícia Federal. Em 2003, ele e mais oito pessoas foram detidas durante a Operação Grilo por parcelamento ilegal de solo e formação de quadrilha.

Nessa operação, os acusados foram indiciados por grilagem de terras, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e ameaça a testemunhas. De acordo com a PF, o bando liderado por Edmar era um dos principais grupos criminosos investigados pela Missão Especial de Combate à Grilagem de Terras no Distrito Federal.

Contudo, à época, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou ilegal a prisão preventiva de José Edmar. Atualmente, e entre outras, Edmar responde a uma ação penal no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) por posse irregular de arma de fogo. Esse processo foi aberto em março de 2007. Edmar também responde a uma ação penal por injúria e a uma ação indenizatória, movida pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap).

José Edmar, 46 anos, é teólogo e líder comunitário de Taguatinga. O parlamentar exerceu quatro mandatos na Câmara Legislativa. Sua vida pública teve início com a liderança por moradia para a população carente nos anos 1970. Na Câmara Distrital, ele se destacou com propostas ligadas à habitação. Hoje sem mandato, ele sonha retornar à política, trabalhando no gabinete de um antigo cabo eleitoral, o distrital Lira (PHS).


Fonte: Correio Braziliense


terça-feira, 28 de abril de 2015

Agnelo tem que ser preso ou experimentar a Justiça da Indonésia - é ladrão irrecuperável

Agnelo é alvo de ação por improbidade por reintegrar ex-distrital à PM

A decisão custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos, referentes aos salários retroativos pagos ao policial militar. O Ministério Público pede a devolução desses valores, a suspensão dos direitos políticos do ex-gestor por oito anos e o pagamento de uma multa de mais de R$ 2 milhões.

Além de Agnelo, também foram alvos da ação de improbidade o ex-chefe da Casa Civil coronel Rogério Leão, o ex-consultor jurídico do GDF Paulo Guimarães, o ex-assessor jurídico do governo Raimundo Dias Irmão Júnior, e o ex-chefe do Núcleo de Gerência Institucional de Assuntos da PMDF Túlio Kayson Ferreira Malheiros. Segundo o Ministério Público do DF, eles teriam assinado pareceres para amparar o ato de Agnelo Queiroz.
Marco Lima entrou na PM em maio de 1987 e ficou na corporação até dezembro de 1992, quando foi licenciado por questões de disciplina. Em 6 de julho de 1994, ele registrou candidatura ao cargo de deputado distrital. Foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com 5,3 mil votos e diplomado em 1º de janeiro de 1995. Depois, tentou a reeleição, sem sucesso.

Em 2010, quase 20 anos depois da saída do ex-distrital da PM, o ex-senador Gim Argello (PTB) enviou ofício ao governador Agnelo Queiroz solicitando a reintegração de vários ex-policiais militares, entre eles Marco Lima. Diante do pedido do parlamentar, a Procuradoria-Geral do DF emitiu parecer jurídico defendendo a rejeição do pedido de reintegração dos PMs. A alegação foi a de que já havia prescrição administrativa para que o ex-policial pudesse voltar à corporação.

O então chefe do Núcleo de Gerência Institucional de Assuntos da PM, Túlio Kayson Ferreira Malheiros, desconsiderou diversos pareceres jurídicos da PGDF e se manifestou “pela remessa dos autos à Consultoria Jurídica do governador para pronunciamento, com o propósito de conferir tranquilidade jurídica ao tema”. O então secretário da Casa Militar, coronel Rogério Leão, também desconsiderou o parecer e encaminhou o caso para a Consultoria Jurídica do Distrito Federal.

O assessor especial da Consultoria Jurídica à época, Raimundo Dias Irmão Júnior, assinou um documento realizando “uma verdadeira revisão do parecer da Procuradoria-Geral”, segundo a ação do MPDF. Ele entendeu que era possível reintegrar Marco Lima à Polícia Militar. Paulo Guimarães, então consultor jurídico de Agnelo, elaborou despacho acolhendo o parecer de Raimundo Júnior.

Pareceres ignorados

Dessa forma, em 13 de julho de 2012, o petista igualmente ignorou os pareceres da Procuradoria-Geral e assinou o Decreto n.º 33.790/2012, determinando a reintegração de Lima aos quadros da Polícia Militar. A Diretoria de Pessoal Militar e a Assessoria Técnica do Departamento de Gestão de Pessoal da PMDF, ao perceberam a prescrição administrativa, sugeriram ao governador um novo encaminhamento para o caso. O caso voltou, então, às mãos do consultor jurídico, Paulo Guimarães, que, mais uma vez, manteve o entendimento de que o ex-distrital deveria mesmo ser reintegrado à corporação — o que ocorreu em 25 de outubro de 2012.

Fonte: CB