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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Temer se prepara para segunda denúncia e vê pressão aumentar

Acusação de Rodrigo Janot deve chegar à Câmara ainda nesta semana

O presidente Michel Temer já se prepara para enfrentar a segunda denúncia que será encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Congresso e vê aumentar o clima de pressão sobre o governo. A denúncia deve ser encaminhada ainda esta semana à Câmara e diz respeito às investigações sobre obstrução de Justiça e associação criminosa, ambas relacionadas ao conteúdo da delação premiada da JBS, de acordo com a colunista Míriam Leitão.

 Charge de Chico Caruso 29/08/2017 - Chico Caruso

Além da cobiça por cargos, que vem desde a rejeição da primeira denúncia por corrupção passiva, o Planalto se vê diante da indisposição dos parlamentares para enfrentar dois temas que provocam desgaste com o eleitor, a um ano das eleições: rejeitar uma nova denúncia contra o presidente e ainda aprovar a reforma da Previdência. Como resposta aos votos contrários a Temer na votação do dia 2 de agosto, o governo trabalha com a exoneração de mais de 130 servidores de segundo e terceiro escalão, ligados a deputados infiéis.

A segunda denúncia contra Michel Temer está quase pronta e não deve incluir outros investigados. Na semana passada, o GLOBO revelou que Janot não deixaria para sua sucessora, a procuradora Raquel Dodge, a tarefa de encaminhar ao Congresso a acusação contra o peemedebista. O mandato de Janot termina no dia 17 de setembro. Na primeira denúncia, pelo crime de corrupção passiva, a maioria dos deputados impediu o prosseguimento do caso, em meio à liberação de verbas destinadas ao pagamento de emendas parlamentares.

Agora, a maior pressão sobre o Planalto é para a retaliar os deputados que votaram contra Temer na primeira denúncia e, principalmente, retirar o tucano Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) da articulação política. O PSDB rachou na defesa de Temer. A insatisfação é tanta que há deputados do centrão e do PMDB que não querem mais despachar com o ministro e se encontram diretamente com Temer ou com o Padilha. Apesar disso, a disponibilidade do Planalto em trocar titulares das pastas é, nas palavras de um assessor do governo, “menor que zero”.  Essa fatura pedida pelos deputados é impagável, o apetite deles não tem fim. Quanto mais cargo a gente dá, mais eles querem — afirma um interlocutor do Palácio.

DIFICULDADE NA PREVIDÊNCIA
Ao longo do dia de ontem, ministros e assessores negaram que o governo vá acelerar a liberação de cargos por conta da possibilidade de uma nova denúncia vir à tona esta semana. A despeito das pressões da base por espaços no governo, em especial vindas do PMDB e do centrão, o discurso é de que o governo vai manter o mesmo ritmo de demissões e nomeações. Desde a votação da primeira denúncia que pesou contra Temer, partidos da base aliada pressionam por mais cargos e por maior rapidez na liberação das emendas.

Com o fantasma de uma nova denúncia a rondar o Palácio do Planalto, interlocutores do presidente Michel Temer admitem que a aprovação da reforma da Previdência, que já era muito difícil, passa a ficar ainda mais complicada. Embora o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, diga que uma nova denúncia não vai afetar a reforma da Previdência, governistas admitem uma contaminação do clima no Congresso, o que vai dificultar a votação. Segundo um interlocutor de Temer, a Previdência está hoje “no limbo”.  — A Previdência está no limbo, não está um clima bom para votar. Mas se a gente não fizer, vai ficar para o próximo governo, então precisamos resolver isso. A previsão continua outubro, mas vamos ver se a política deixa — afirmou um assessor do governo.

Apesar disso, assessores de Temer e de seus principais ministros afirmam que o governo não deve trabalhar com um cenário hipotético e que, portanto, o presidente só deve se defender quando e se — o fato se concretizar. Os auxiliares de Temer ainda provocaram o procurador-geral.O governo não trabalha com hipóteses. Se a segunda denúncia acontecer e tiver a mesma consistência da primeira, está tudo tranquilo — brincou um assessor, sob a condição do anonimato. [as flechas do Janot nem 'pum' elas conseguem fazer.]

Uma das avaliações feitas no Palácio é de que Janot tem agido, principalmente por conta da proximidade do fim do mandato, de forma “excessivamente política” e pouco jurídica e que uma nova denúncia é até esperada pelo governo.O governo está refém do Janot até 17 de setembro. Parece que ele quer movimentar o governo a qualquer custo, e vem tendo atuação muito mais política que jurídica, apesar de respeitarmos a função dele como procurador. Parece que há uma segunda intenção política e nebulosa por trás desse comportamento disse outro auxiliar.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Eduardo Cunha: um fantasma para o governo Temer



O  cassado Eduardo Cunha considera-se traído. Usará sua memória como
uma ameaça sobre o Palácio do Planalto
No domingo à noite (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Democratas do Rio de Janeiro, pediu uma pizza para jantar com parlamentares e ministros na espaçosa residência oficial, às margens do Lago Paranoá. Era a véspera da sessão mais importante de seu mandato e, talvez, do governo de Michel Temer, na qual se votaria o destino do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro. Acusado de mentir à CPI da Petrobras sobre contas no exterior,

Cunha, o outrora homem mais poderoso da Câmara, poderia terminar cassado, destituído do mandato e entregue à classe comum no Judiciário. Enquanto a pizza transcorria, Cunha estava reunido com os poucos aliados que ainda lhe restavam em outro canto da cidade, no escritório de seu advogado, Renato Ramos. Por volta da meia-noite, os deputados Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, e Arthur Lira, do PP de Alagoas, saíram do bunker de Cunha e foram à casa de Maia. Lá encontraram o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, e o secretário Moreira Franco, dois dos principais assessores de Temer.

 “Como será amanhã? Vai ser 400 ou 420?”, a dupla perguntou a Maia, em referência ao número de deputados presentes que seria exigido por ele para realizar a sessão capital para Cunha. “Vai ser 420”, disse Rodrigo. Mas a frase seguinte foi a que desencadeou as reações que tomariam toda a semana e cujas consequências podem repercutir ainda por meses a fio. “Mas, se não for na segunda, na terça será até com 300. A gente vai resolver esse assunto nesta semana.” Em miúdos, se não houvesse 400 ou 420 deputados na Câmara na segunda-feira (12), Rodrigo faria a votação no dia seguinte, com menos deputados, ou seja, submeteria Cunha a julgamento a qualquer preço. 


A decisão fora tomada horas antes. Nos dias anteriores, o Palácio do Planalto percebera o aumento da pressão pela cassação de Cunha pelas enquetes publicadas nos jornais. A opinião pública caminhava no sentido oposto do governo – que, até ali, dera um apoio discretíssimo a Cunha. No domingo à tarde, convocado pelo presidente, Rodrigo Maia estivera no Palácio do Jaburu. Temer pedira a ele que resolvesse a questão naquela semana. Quando disse a frase a Aguinaldo e Arthur, Maia repetia uma ordem do presidente da República.


Aguinaldo e Arthur saíram da casa e foram ao escritório relatar tudo a Cunha. Era óbvio a todos que Rodrigo agia com o aval do Planalto. Eduardo Cunha ficou furioso. Ato contínuo, Cunha começou a mandar mensagens aos que estavam no jantar na casa de Rodrigo Maia e a ministros do Palácio. Nos textos dizia que os comensais dividiam o jantar comemorativo de sua cassação, que destruiria Moreira Franco – que acredita ser o mentor de Maia, seu genro – e que tinha sido traído. O veneno para o caos havia sido liberado. A traição mencionada por Cunha vem de um acordo celebrado na eleição de Rodrigo, em julho. Na ocasião, Cunha e Temer acordaram que Maia marcaria a votação do pedido de cassação para setembro, em meio à campanha eleitoral, com exigência de um quórum alto, de 400 a 420 deputados, algo difícil de atingir até em tempos normais, quiçá em meio à campanha eleitoral.

Ler a matéria na  íntegra, clique aqui >>>>


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

“Firme como um fantasma” e seis notas de Carlos Brickmann



Negar é bobagem: com as investigações sobre o marqueteiro João Santana e suas contas no exterior, com os vínculos que a Operação Lava Jato vê entre essas contas, as propinas do Petrolão e o financiamento da campanha de Dilma, o governo acabou. Pode cair por impeachment (tese preferida do PMDB, que herdaria o trono, ao menos para convocar eleições), pode cair por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, cassando a chapa, pode até continuar ocupando os palácios até o final de 2018. Mas não como governo, e sim como fantasma.

Lula, o braço forte do PT, vem sendo acossado pelas investigações sobre ocultação de patrimônio. Seus dois postes, Dilma e Fernando Haddad, estão ligados a João Santana, o marqueteiro do poder, que cuidou da campanha de ambos. Irregularidades nas contas de campanha de Santana podem atingir os dois.

Como funcionam as coisas no mundo político? Boa parte dos parlamentares tem dois órgãos extremamente sensíveis: o bolso (o que inclui nomeações, postos de poder, diretoria que fura poços) e o ─ digamos, senso de sobrevivência política. Reeleger-se apoiando um governo manchado fica bem mais difícil. Repetindo a antiga analogia, os ratos sabem a hora de abandonar um navio.

Se, com toda a famosa base aliada, Dilma passou o ano sem conseguir aprovar um orçamento no prazo, e não foi por falta de favores e nomeações, agora terá ainda mais dificuldades para mover-se. Reformas, como a da Previdência? Dilma parece que se convenceu ─ mas cadê o poder político para governar?

Adeus, promessas
Governar é algo que Dilma não faz há tempo. Lembra da redução de 10% nos salários do primeiro escalão, inclusive o dela? Não saiu ainda. O fechamento de 3 mil cargos comissionados (preenchidos sem concurso)? Não saiu ainda. Teto de gastos para água, luz, telefone, diárias e passagens aéreas? Não saiu ainda.
Quanto à transparência de gastos nos cartões corporativos, nem prometida foi.

Xô! 
A entrada de João Santana na Acarajé irritou muitos marqueteiros: a própria atividade, consideram, é atingida. Chico Santa Rita, pioneiro do ramo (fez as campanhas vitoriosas de Quércia, Fleury, do presidencialismo), abre fogo: “Não se julgue o trabalho mundialmente reconhecido dos consultores em marketing político pelas estripulias de Duda Mendonça, João Santana & Cia. Em 40 anos de atividade, várias vezes tive de optar entre dormir tranquilo ou ter o Japonês da Federal na minha porta. Está tudo contado nos meus quatro livros. Assim como é pública a vida de quem exerce funções públicas, também a vida do marqueteiro político é pública. O problema não está na atividade; está nas pessoas”.

Nada a ver (e nem sabiam) 
O não sabia de nada achou um substituto: o nada a ver. O presidente do PT, Rui Falcão, diz que o partido não tem nada a ver com depósitos em favor de João Santana. A presidente Dilma diz que está tranquila, porque as investigações não têm nada a ver com sua campanha. O prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, cuja campanha, comandada por João Santana, deixou dívidas superiores a R$ 20 milhões, disse que desde que se elegeu prefeito o assunto nada tem a ver com ele.
Nada a ver ─, mas pelo menos já sabem. De certa forma, é um avanço.

O fundo do poço… 
Os panelaços contra o PT, as investigações sobre Lula, a inflação em alta, a deterioração econômica, as pedaladas (sim, são crime de responsabilidade), os problemas de financiamento da campanha de Dilma, tudo tende a levar à retomada do impeachment. PSDB, DEM, PPS, Solidariedade, parte do PMDB e PSB já se reúnem com movimentos de rua (MBL, Vem pra Rua), para coordenar as ações. No dia 13, deve haver manifestações de rua, com os lemas Fora Dilma, Fora PT. As manifestações tendem a crescer com as revelações da Acarajé. E seu crescimento contribui, por sua vez, para enfraquecer ainda mais o governo.

…com terra por cima
A inflação oficial, calculada pelo IBGE, deve chegar a 1,42% em fevereiro ─ que, embora com dois dias a menos, deve superar em quase 50% a de janeiro. A alta se concentra em alimentos, e é bom combustível para manifestações. Mas, caso o caro leitor queira ver Dilma fora, lembre-se: se ela for impedida, o vice Michel Temer assume para convocar eleições, mas sob ameaça de cair também, já que malfeitos na campanha atingem a chapa inteira, e não só a presidente. [caso Dilma seja impedida Temer assume  e convoca eleições, mas, não será atingido pelo processo de impeachment, que tem como alvo apenas Dilma, que é também a única acusada da prática de crimes de responsabilidade.
Temer pode ser derrubado se a chapa de Dilma for cassada pelo TSE – por crimes na campanha eleitoral.
Para sobreviver neste caso é preciso que reste claro que Temer não teve nenhuma participação nos atos criminosos praticados por Dilma.]

Se Temer não assumir, sobe Eduardo Cunha. Se Cunha não estiver disponível, o seguinte é Renan Calheiros. E, na impossibilidade de Renan, assume o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.
Terá o caro leitor alguma restrição a eles? [claro; nenhum deles tem condições morais, éticas e mesmo legais de assumir.
Todos estão sujos.
Neste caso, se forma uma Junta Militar, formada pelos comandantes das três Forças Singulares que convoca novas eleições e conduz os destinos do Brasil até que haja condições de entrega do Poder Executivo aos políticos.]

Aeroporto explica avião sumido
A concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos esclarece o caso do avião, ex-Vasp, que estava por lá e não está mais. Diz que o avião foi retirado, com base em decisão do juiz da 1ª Vara de Falências da Capital, com a concordância do representante do Ministério Público e do administrador da massa falida da Vasp. A decisão autorizou a Concessionária a dar o destino que melhor conviesse à aeronave abandonada no aeroporto.


Fonte: Coluna do Carlos Brickmann – www.brickmann.com.br