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sábado, 17 de junho de 2023

Volta à colônia - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo


Amazônia. - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Se nos tempos de Juscelino existissem as ONGs, o Ministério Público e os partidos políticos de hoje, JK não conseguiria construir Brasília. As obras seriam embargadas por destruir o cerrado, o Lago Paranoá não seria criado por uma barragem que desviaria cursos d'água e causaria uma extensa inundação do cerrado. 
 O Brasil hoje estaria condenado a acompanhar seu limite litorâneo, a maior parte das fronteiras terrestres estaria vulnerável e não seríamos o maior exportador de grãos do planeta; ao contrário, estaríamos importando alimentos e, quem sabe, os futurólogos anunciando guerras próximas em busca de lugar para produzir comida para a população mundial. O cerrado seria um lugar deserto com emas e lobos, e o Brasil um país semi-colonial. [mas é fazer o Brasil retornar ao status de colônia o principal objetivo do governo atual e da maldita esquerda que o idolatra.]
 
Lembro disso no dia em que a presidente da União Europeia promete ao presidente do Brasil 20 milhões de euros para o Fundo da Amazônia. Fico curioso por saber quem será beneficiado com esse dinheiro. 
Seriam os filhos dos amazônidas ribeirinhos, que crescem longe de escolas? 
As famílias de caboclos distantes de um posto de saúde? 
Os que levam dias de canoa para comprar ferramentas, roupa e mantimentos? 
A Alemanha, na União Europeia, acaba de restituir ao Brasil um fóssil de 110 milhões de anos. Mas é apenas um fóssil. 
Quanto saiu da Amazônia em minérios, madeiras, valores medicinais biológicos? 20 milhões de euros seria uma compensação ínfima.


    Se nos tempos de Juscelino existissem as ONGs, o Ministério Público e os partidos políticos de hoje, JK não conseguiria construir Brasília

O ex-presidente da Câmara e ex-ministro da Defesa (e ex-PCdoB) Aldo Rebelo, insiste em nos alertar para a ação de ONGS, partidos de esquerda e Ministério Público, contra obras de desenvolvimento na Amazônia, como a rodovia Porto Velho-Manaus, a hidrovia Araguaia-Tocantins e a Ferrogrão, paralisada há mais de dois anos por decisão do Supremo.  
No mesmo sentido, o IBAMA impediu a Petrobras de pesquisar na foz do Rio Amazonas. 
Isso leva a gente a pensar que querem manter a Amazônia intocada pelos brasileiros, como reserva futura para outros países. [o francês Macron e o Biden, já deixaram bem claro que a Amazônia deve ser internacionalizada = terra de todos = eufemismo para terra de ninguém.
O ilustre articulista esqueceu  de mencionar a turma que fez o L e que é sabidamente a favor do atraso e da destruição de tudo de bom para o Brasil, construído pelos dois governos que antecederam o atual, sendo cúmplice do aglomerado de idiotas que fingem governar o Brasil.]
 
Ontem, em Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, o Executivo, o Legislativo e a comunidade econômica do município reuniram-se para dar um grito contra isso.  
No subsolo do município há a capacidade de retirar 300 mil toneladas/ano de fosfato.  
O Brasil importou ano passado 1,67 milhões de toneladas do minério, necessário para o agro fazer as plantas crescerem
Mas ONGS e Ministério Público estão na Justiça, bloqueando a mineração. 
Lavras do Sul se levantou, porque se não somos um país de masoquistas, não podemos ficar em passividade colonial.  
O conhecimento de hoje permite exploração sem destruição; uso sustentável. 
O conhecimento de hoje não pode permitir que aceitemos os modismos de um ambientalismo enganoso, que nos é imposto pelo medo de supostas tragédias climáticas. 
A pobreza e a fome são tragédias mais reais e concretas.

Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Por segurança, Bolsonaro tem até provador de comida no Alvorada - VEJA



O presidente Jair Bolsonaro mudou-se para o Palácio do Alvorada quando assumiu o governo, em janeiro deste ano. O palácio estava vazio desde 2017. O último inquilino, Michel Temer, havia morado lá por apenas uma semana. Nesse curto período, disse que ouvia ruídos estranhos, não conseguia dormir à noite e desconfiava que fantasmas rondavam o lugar. Bolsonaro gosta do Alvorada, mas também tem seus fantasmas — e eles o assombram permanentemente. O presidente vive cercado por seguranças, as instalações do palácio são vigiadas por militares do Exército e, ainda assim, ele não se sente totalmente seguro. Teme ser alvo de um novo atentado. A gente contraria o interesse de muita gente”, justifica. Bolsonaro revela que, por precaução, dorme com uma pistola carregada ao alcance da mão. “E ainda tem outras arminhas que ficam guardadas por aí”, diz.

Tamanha preocupação, segundo o presidente, não é fruto de paranoia. Até hoje ele não engole a versão de que o atentado a faca que sofreu durante a campanha foi obra exclusiva de um desequilibrado mental. “Houve uma conspiração”, afirma. Provas, ele não tem, mas sua teoria agora conta com mais um ingrediente intrigante (e provavelmente falso). Bolsonaro acredita que, além do ex-garçom Adélio Bispo dos Santos de Oliveira, autor da facada, uma figura do seu staff de campanha estaria envolvida de alguma forma no plano para matá-lo. O presidente não revela a quem se refere, mas, ao longo da entrevista, vai fornecendo detalhes que apontam para um ex-ministro. O motivo da traição seria uma vingança por ele não ter escolhido o ex-assessor como candidato a vice.

O Palácio da Alvorada está localizado em um terreno de 225 000 metros quadrados à beira do Lago Paranoá. Dispõe, ao todo, de oito quartos, quatro deles suítes. Os salões são decorados com obras de arte e tapeçaria de artistas famosos, e há cerca de quarenta serviçais de plantão todos os dias. Mesmo assim, Bolsonaro se sente só e se considera um prisioneiro dentro de toda essa suntuosidade. Observado de perto por dois seguranças, ele recepciona a equipe de VEJA na imponente biblioteca (que utiliza para receber uns poucos visitantes) e a leva à sala de cinema (que usou uma única vez para assistir a um jogo de futebol), à cozinha (onde costuma almoçar na companhia dos funcionários), à piscina (que teve o aquecimento cortado) e ao jardim (onde às vezes faz uma rápida caminhada).

Ele não vê TV, não promove festas, não bebe e raramente recebe visitas. A área reservada à família foi a única que preferiu não mostrar. O presidente mora com a primeira-dama, Michelle, a enteada Letícia e a filha Laura, de 9 anos. Bolsonaro também pediu que não fossem fotografados os funcionários do palácio, especialmente os taifeiros. Teme que possam ser reconhecidos por inimigos e, sob ameaça, coagidos a fazer alguma loucura. Há sempre alguém destacado para experimentar as refeições antes de elas serem levadas ao prato do presidente.
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VEJA - Política


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Governador Ibaneis! e o viaduto?

Quando as obras do viaduto do Eixão terminam e o trânsito volta à normalidade?

Governador Ibaneis é louvável sua preocupação com a orla do Lago Paranoá.

O Lago deve ser preservado, inclusive no tocante à limpeza da orla e com acesso livre isso é impossível.

Mas, o viaduto do Eixo Rodoviário Sul, aquele que quase cai, é importante também - quando as obras ficam prontas?  

Quinze dias de Governo e a única obra que o senhor tem para apresentar é pintura de alguns meio-fio.

 

Editores do Blog Prontidão Total

 

domingo, 25 de novembro de 2018

Vazio desde Dilma, Palácio da Alvorada deve abrigar família de Bolsonaro

Vazio desde a saída de Dilma Rousseff, o palácio de 7,3 mil metros quadrados projetado para ser residência oficial do Executivo deve abrigar a família de Jair Bolsonaro em Brasília 

Um novo governo, ao mesmo tempo em que mexe na dinâmica do poder, também altera as estruturas da cidade. E não só na Esplanada dos Ministérios e nos prédios oficiais, que serão remanejados e, alguns, possivelmente esvaziados. Em 2019, Brasília se tornará casa da família do presidente eleito Jair Bolsonaro e dos ministros e superministros nomeados pelo futuro chefe do Executivo.

No caso de Bolsonaro, o destino não será nem Granja do Torto nem Ceilândia, como brincou esta semana o deputado federal ao apontar a região administrativa como um possível lar. A mudança para o Palácio da Alvorada com a família é praticamente certa, apesar de, na semana passada, a futura primeira-dama, Michelle, ter manifestado interesse em uma casa “menor possível”, para ser “mais confortável” para a caçula, Laura, de oito anos. A outra filha da primeira-dama, Larissa, de 16 anos, também virá para a capital.

Às margens do Lago Paranoá, a residência oficial da Presidência da República escolhida tem 7,3 mil metros quadrados de área construída. São três andares, com oito quartos, sendo quatro suítes. O espaço tem também capela e heliporto, além de cinema, sala de jogos, sala da música, piscina e até um centro médico. A outra opção, na Granja do Torto, tem mil metros quadrados, fora o resto do espaço com piscina, churrasqueira, córrego, sauna e mata nativa. Será usada aos fins de semana ou em eventos específicos. Apesar de menor, como Michelle disse que gostaria, a segunda fica mais afastada do Palácio do Planalto (14,6 km), onde trabalha o presidente, e dos pontos centrais da cidade, o que pesou na decisão pelo Alvorada. O casal pode mudar de ideia até janeiro ou mesmo depois, como Michel Temer, que se mudou para o Alvorada, mas depois preferiu voltar à residência oficial de vice-presidente, o Palácio do Jaburu — reservado, a partir do ano que vem, para o general Hamilton Mourão.
 
Colégio
O casal também ainda não decidiu oficialmente onde Laura e Larissa vão estudar. No Rio de Janeiro, Laura frequenta uma escola particular na Barra da Tijuca, bairro nobre da cidade, onde a família mora. Em Brasília, o mais provável, segundo pessoas próximas, é que seja matriculada no mesmo colégio do filho de Michel Temer, Michelzinho, a Escola das Nações, no Lago Sul. Uma das mais caras da capital, com mensalidades que podem chegar a mais de R$ 4 mil, é conhecida por receber filhos de políticos, magistrados, diplomatas e outras autoridades, que são alfabetizados em português e em inglês.


O outro filho de Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, de 20 anos, não deve se mudar com a família para a capital. De acordo com algumas fontes, vai continuar morando em Resende (RJ) com a mãe, Ana Cristina, e o marido dela, para terminar o curso de direito na faculdade Estácio de Sá, no Rio. 

Igreja
Outro local pendente de decisão é a igreja que será frequentada por Michelle, evangélica praticante. No Rio, ela frequenta a Igreja Batista, mas, em Brasília, pessoas ligadas ao presidente eleito afirmam que o mais provável é que ela procure a Sara Nossa Terra, do bispo Robson Rodovalho, muito presente na campanha presidencial e amigo de boa parte dos políticos ligados a Bolsonaro — o pastor celebrou o casamento de Onyx Lorenzoni, na última quinta-feira. “Michelle é muito ligada à igreja. Ele é católico, mas passou a frequentar por conta dela, que é bem religiosa. É muito provável que escolha a igreja Sara Nossa Terra”, acredita uma pessoa próxima.


Os superministros do governo, Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia), também estudam se mudar para Brasília. Ainda não bateram o martelo, mas a opção é mais viável do que ficar na ponte aérea. Uma fonte ligada ao governo de transição afirma que Moro já diz estar decidido a morar na capital a partir de janeiro, até pela importância de estar no centro do poder. Deve trazer a família.

Guedes, por outro lado, não garantiu a mudança. “Pode ser que ele opte por ficar em Brasília nos primeiros meses, mas depois vai voltar a viver na ponte aérea. Como o mercado financeiro está muito concentrado no Rio e em São Paulo, isso é possível. Terá uma base aqui, mas já não costuma ficar na  cidade nos fins de semana. Em geral, vem na terça e vai embora na quinta”, explica a mesma fonte. Atualmente, Guedes mora no Rio. Uma pessoa da equipe de transição garante que ele teria dito que decidiu se mudar para Brasília, mas o economista ainda não confirmou a mudança. “Não sei se ele vem com a família”, diz.


Correio Braziliense

 

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Filho do governador do DF mostra galão cheio de combustível e brinca com situação


Ícaro Rollemberg publicou vídeo em rede social na sexta-feira, quando já faltava combustível nos postos. 'Intenção era fazer uma brincadeira com meus amigos', justificou.


Um dos filhos do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), brincou com a falta de combustíveis que afeta o país ao publicar um vídeo (veja acima) nas redes sociais enchendo o tanque de uma caminhonete e ainda um galão. 

Ícaro Rollemberg aparece em um posto e fala "tanque cheio, galão cheio e plano B". Nesse momento, as imagens mostram que ele carrega cavalos no reboque da caminhonete. O rapaz ainda diz "isso é que é ostentação, rapaz". 

A imagem foi compartilhada por várias pessoas que reclamam da falta de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros em todo o país. Procurada pelo G1, a assessoria do governador Rollemberg não respondeu. Mas Ícaro usou as redes sociais para se desculpar.

Ícaro Rollemberg - O Ostentador, que debocha da população do DF

A imagem foi compartilhada por várias pessoas que reclamam da falta de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros em todo o país. Procurada pelo G1, a assessoria do governador Rollemberg não respondeu. Mas Ícaro usou as redes sociais para se desculpar.

"Esclareço que abasteci com DIESEL COMUM (R$3,89 o litro) a caminho da fazenda no Estado de Goiás, onde não há dificuldade de achar esse tipo de combustível. A intenção era fazer uma brincadeira com meus amigos", escreveu ele.
"Reconheço que fui infeliz, considerando a situação que se encontra o país, e peço sinceras desculpas."
Nesta segunda-feira (28), Ícaro Rollemberg conversou com o G1 por telefone. Ele repetiu que abasteceu a caminhonete fora do DF. "Eu estava a caminho da fazenda, que fica no estado de Goiás, e lá é extremamente comum ter diesel. Meu carro é modelo 2010, então ainda aceita o diesel comum”, afirmou. 


Sobre a relação de pai e filho com o governador de Brasília, Ícaro negou que tenha sido privilegiado por esta condição. “Tenho uma vida completamente independente da política e do meu pai, talvez por isso a inocência. Trabalho com uma empresa privada e nunca dependi do meu pai pra nada.” 



O filho mais velho de Rollemberg disse ainda que o galão que aparece nas imagens foi levado para abastecer um trator da fazenda "que ficou parado no meio do pasto porque acabou o diesel”. Ele também voltou a afirmar que tudo não passou de uma brincadeira. 

[Ícaro, O Ostentador, filho do atual governador do DF, deveria aproveitar e ostentar o título de 'filho do pior governador';
Rollemberg é o pior governador que o DF já teve; 

- alguns fatos que provam a incompetência do governante:
- SAÚDE PÚBLICA do  DF, é um CAOS;
- SEGURANÇA PÚBLICA no DF - NÃO EXISTE;
- EDUCAÇÃO - PÉSSIMA;
- TRANSPORTE PÚBLICO - um DESASTRE.
- Trânsito = um CAOS - Águas Claras foi transformada em campo experimental do Detran-DF = palco de experiências fracassadas no trânsito.

- Além do acima apontado - fruto da incompetência do governador - o ilustre Rollemberg conseguiu acarretar para o DF o que segue:
- crise hídrica;
- desabamento de viaduto;
- terremoto e outros desastres naturais; inclusive essa propensão do atual governador em atrair para o DF desastres naturais nos deixa assustado com a possibilidade de um TSUNAMI no Lago Paranoá.]





quinta-feira, 3 de maio de 2018

O problema são os especialistas - O DF 2 tem um especialista em segurança pública que sempre comenta notícias policiais e seus comentários fazem lembrar o conselheiro Acácio

Especialistas questionam fim do racionamento de água em junho

Para Marcelo Resende, membro do Conselho de Recursos Hídricos do DF, anúncio do fim do racionamento é precipitado e faz com que os brasilienses continuem dependendo das chuvas. GDF garante que decisão foi baseada em critérios técnicos. [só hoje tomamos conhecimento da existência do Conselho de Recursos Hídricos do DF; o que depõe contra especialistas e conselhos é que só agora que São Pedro resolveu o problema da crise hídrica é que eles aparecem para colocar defeitos.

É preciso ficar atento à promessa do Rollemberg da água do Corumbá IV chegar até inicio de outubro deste ano - temos que ter presente que ele está arrumando coragem para se candidatar a reeleição e vale tudo para ganhar votos.]

Após um ano e quatro meses, o racionamento de água no Distrito Federal tem dia para acabar: 15 de junho. Com a suspensão dos cortes no abastecimento nessa data, a segurança hídrica da população estará assegurada, afirmou o governador Rodrigo Rollemberg, que anunciou a medida na manhã desta quinta-feira (3/5). Nem todos, porém, compartilham da certeza do governo. O coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Católica de Brasília (UCB) e membro do Conselho de Recursos Hídricos do DF, Marcelo Resende, acredita que é cedo para pôr fim ao racionamento. Para ele, enquanto as obras de Corumbá IV (que deve abastecer a parte sul do Distrito Federal) não estiverem prontas, o Distrito Federal corre risco de ficar sem água. 

"Tecnicamente, não é o momento para fazer esse tipo de anúncio. O fim do racionamento deveria ter sido decretado só a partir do momento em que todas as obras já estivessem prontas. O mais razoável seria esperar, ao menos, até o fim do ano", comenta o especialista. Segundo ele, agora o DF precisa contar com a sorte de ter uma boa estação chuvosa a partir do fim do ano para que a população não volte a sofrer com a crise hídrica.
Para Demétrios Christofidis, professor de gestão de recursos hídricos no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), a falta d’água não é uma exclusividade do Distrito Federal, mas sim uma realidade preocupante na maioria das grandes cidades brasileiras. [Demétrios = outro conselheiro Acácio.]

Menos otimista que o governo, o professor também acredita que o GDF não deveria se valer apenas na construção de Corumbá IV para garantir o abastecimento da região. “Eu não recomendo que a crise do abastecimento seja enfrentada como maior oferta, mas como menor consumo. Pode ser que Corumbá IV só fique pronto depois do período da chuva, aí vamos correr, possivelmente, um pequeno risco”, comenta. Segundo ele, em Brasília, racionar a água foi importante para garantir que toda população tivesse o recurso, mesmo com o corte de um dia. No entanto, resolver essa questão passa, segundo ele, pelos cidadãos. É migrar do racionamento imposto pelo governo ao “racionamento racional, onde cada cidadão assume o compromisso de usar água com responsabilidade”, acredita. 
 
População preocupada
Desde que o rodízio foi instituído, os cerca de 3 milhões de moradores do Distrito Federal tiveram que mudar hábitos, reduzir o consumo e se acostumar com a ameaça de não ter água em casa. Em 3 de maio do passado, o Descoberto registrava volume de 56,3% de sua capacidade. Nesta quinta, a marca estava em 91,1%. Em Santa Maria, o índice chegou a 56,5%, contra 53,8%, em 2017. Mesmo com os altos índices, parte da população teme que a suspensão seja precipitada. Em enquete promovida pelo Correio na internet, por exemplo, 72% dos leitores disseram que não concordavam com a medida.
 
Nesta quinta-feira, mais leitores demonstraram preocupação quanto à segurança de determinar o fim do racionamento. O GDF respondeu esses internautas informando que a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e apoiado em estudos da Caesb e da Adasa, que garantem a segurança hídrica no DF. "Na menos otimista das estimativas, o reservatório do Descoberto, por exemplo, continuaria acima de 20% de sua capacidade, o que garante o abastecimento com tranquilidade até o próximo período de chuvas. Além disso, até lá, teremos Corumbá IV em operação, com 2,8 mil litros por segundo a mais de água para o DF", informa a nota. 

Para o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Aldo Fernandes, racionar a água é apenas uma parte do trabalho de conscientizar a população sobre o uso responsável do recurso. "Nós esperamos que o uso sustentável da água, que foi intensificado em função da crise hídrica, ajude as pessoas a ter consciência de que precisam continuar economizando", diz. Ele comenta que o período de racionamento impulsionou os órgãos ambientais a desenvolverem projetos de recuperação das bacias, como, por exemplo, o programa Produtor de Água no Pipiripau, que recuperou parte do manancial, considerado um dos mais importantes do DF. A bacia garante abastecimento hídrico das populações de Planaltina e Sobradinho. Já foram plantadas 350 mil mudas pelos 177 produtores contratados. “O conjunto das ações dentro da bacia acaba aumentando a produção de água, além de intensificar outros trabalhos, como, por exemplo, a fiscalização do mau uso da água”, finaliza.
 
Consumo de água no DF
O consumo doméstico de água no DF chega a 82,5% da produção de água tratada, segundo a Caesb. Esse número, somado ao contexto de seca no Planalto Central faz com que o sistema de abastecimento chegue ao limite nos horários de pico. Para se ter ideia, a captação média mensal atual é de 7.045 litros por segundo, por conta do racionamento. Oferta menor que o consumo do ano passado, que teve média de 7.897 litros por segundo. Um avanço na economia de água. Em dois anos, a população do Distrito Federal reduziu o consumo de água por pessoa de 184 litros diários – um dos maiores do país – para 128 litros, segundo a Caesb.
Obras do Corumbá IV
Em obras há 13 anos, o Corumbá IV já está com 73% de sua estrutura concluída, segundo a Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb). O Lago Corumbá, com 173 quilômetros quadrados, tem capacidade para abastecer até 1,3 milhões de pessoas. O valor para a realização da obra é de R$ 550 milhões. Com a execução de Corumbá IV, o governador do DF afirmou que serão resolvidos os problemas de crise hídrica em Brasília pelos próximos 30 anos. A previsão do GDF é que as obras estejam concluídas até dezembro deste ano.
Captação de água do Lago Paranoá
Em janeiro deste ano, a Caesb inaugurou um sistema de bombeamento de água da estação emergencial do Lago Paranoá até a estação de tratamento do Plano Piloto. O “booster” custou R$ 1,4 milhão, e a verba veio da tarifa de contingência. Na prática, isso faz com que a água do lago – que era distribuída apenas para Lago Norte, Varjão, Paranoá e parte de Sobradinho – também chegue nas Asas Sul e Norte, Noroeste e Sudoeste. De acordo com a Caesb, com isso, a intenção é poupar ainda mais o reservatório do Descoberto.

Correio Braziliense

 

 

quinta-feira, 22 de março de 2018

No Dia Mundial da Água, volume do Descoberto supera 70% e bate recordes

Adasa! chuva é assunto para São Pedro - o homem, cientista ou não, pode no máximo acertar na base palpite, do chute

A expectativa da Adasa é que o reservatório chegasse aos 70% em abril, o maior numero esperado para 2018 

O Distrito Federal continua a dar passos importantes para resolver a crise hídrica e encerrar o racionamento. Nesta quinta-feira (22/3), quando se comemora o Dia Mundial da Água, o volume do reservatório do Descoberto chegou a 70,7%, e bateu com folga a meta estipulada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) para o fim do mês de abril. 

Responsável pelo abastecimento de mais de 1,5 milhão de pessoas, a última vez que o Descoberto operou com mais de 70% foi em 15 de julho de 2016. Desde então, o reservatório enfrentou a maior baixa da história do Distrito Federal, e em novembro de 2017 chegou a operar com 5,6% da capacidade total, o menor nível já registrado. 

Durante sessão no 8º Fórum Mundial da Água na terça-feira (20/3), o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, afirmou que em maio deste ano terá condições de anunciar uma data para o fim do racionamento de água. O chefe do Buriti lembrou que e em 2017 o Descoberto mostrou elevação nesse índice até 15 de maio. 
 
“Se a gente tiver no mesmo ritmo neste ano, ainda vamos crescer muito. Isso nos permite dizer, de forma absolutamente técnica, que quando chegar ao fim do período chuvoso, em meados de maio, e tivermos a estabilização do volume das águas do Descoberto e de Santa Maria, além de uma previsão mais próxima da entrega da estação de tratamento de Corumbá IV, vamos poder vislumbrar com segurança uma data para a saída do racionamento”, afirmou.
 
[só haverá garantia de abastecimento seguro de água para o DF - pelo menos para os próximos 20 anos - se além da generosa colaboração de São Pedro, a Caesb contar com a água de Corumbá IV - já a partir do final deste ano - bem como, captação de água do Lago Paranoá  e também uma política séria e responsável de redução do desperdício e combate ao furto de água (os famosos e mal afamados 'gatos').
 
Sendo a água um BEM ESSENCIAL as pessoas menos favorecidas, as que usam os 'gatos' como única alternativa para obter água não podem ser punidas com o rigor adequado para os LADRÕES que furtam água para desperdiçar com gastos tais como lazer, recreação, encher piscinas, etc.
 
Enquanto os ladrões por conveniência ou por serem geneticamente ladrões devem ser punidos com cadeia - reclusão mesmo - confisco das áreas beneficiadas pelos furtos, os realmente pobres, que não conseguem pagar água devem receber um benefício que lhes permita dispor de pelo menos 5m³ de água por mês.] 
 
Acima das metas  
Segundo reservatório mais abrangente do DF, o sistema Santa Maria, que abastece a região central do DF, marcou 47,1% nesta quinta-feira (22/3). O número é acima aos 45% esperados para o período. Devido ao crescimento expressivo dos dois principais reservatórios do DF, a Adasa divulgou no começo do mês uma nova curva de acompanhamento, com metas a serem batidas até o fim de 2018. 

A avaliação é feita com base nos níveis do reservatório, cuja alteração se dá em razão da situação climática, das entradas de água trazidas pelos afluentes e das saídas, oriundas do consumo pela população, do consumo dos agricultores e da evaporação. Segundo a previsão, a expectativa é de que o Descoberto terminasse maio, fim do período chuvoso, com 69%, e encerrasse o ano com 37% da capacidade total.

Confira as previsões: 

Descoberto

Março: 65%
Abril: 70%
Maio: 69%
Junho: 64%
Julho: 55%
Agosto: 46%
Setembro: 35%
Outubro: 24%
Novembro: 30%
Dezembro: 37%

Santa Maria

Março: 45%
Abril: 50%
Maio: 50%
Junho: 49%
Julho: 45%
Agosto: 40%
Setembro: 35%
Outubro: 31%
Novembro: 29%
Dezembro: 29%

Correio Braziliense


quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Rollemberg ignora crise hídrica do DF e usa 65% dos recursos do Programa Brasilia Capital das Águas, para revitalizar Concha Acústica, ciclovia na Ponte das Garças e outras obras que nada tem a ver com a falta d'água.



Especialistas criticam aplicação de verba para revitalizar Lago Paranoá

Ambientalistas questionam a decisão e sugerem maior aplicação na recuperação da bacia do Descoberto

A contratação de um empréstimo no valor de US$ 41,1 milhões, cerca de R$ 130 milhões, do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), pelo Governo do Distrito Federal, deve voltar a ser debatido no próximo mês. 
 Cerca de R$ 87 milhões, o que corresponde a 65% do valor financiado, vai para obras na orla do lago [obras para lazer e efeito visual - obras para melhorar o abastecimento do DF, que está sob racionamento e pode piorar, vão receber apenas 35% = R$ 43 milhões.]

Os recursos serão investidos no programa Brasília Capital das Águas para combater a crise hídrica e garantir melhor qualidade da água nos reservatórios que abastecem a capital. [detalhe: 65% dos recursos serão aplicados por Rollemberg em obras na orla do lago – obras para serem vistas – deixando a sobra (35%) para investir na melhoria do abastecimento de água, em qualidade e quantidade – atualmente o DF está  sob racionamento.

Só que antes mesmo do montante ser liberado, ambientalistas criticam a utilização de cerca de 65% do valor do financiamento  - US$ 27,1 milhões -  para a implementação de infraestrutura urbana e recuperação de áreas degradadas na orla do Lago Paranoá. Isso porque a situação é mais crítica em outros reservatórios. O restante da quantia, US$ 14 milhões (46 milhões), será usada na área da bacia do Descoberto, que vem operando abaixo do limite há um ano.

A decisão de usar a maior parte da verba em obras de infraestrutura no Lago Paranoá vem sendo criticada pelos integrantes do movimento social Assembleia Popular da Água. Eles propõem encontros para debater a utilização dos recursos hídricos. O organizador do movimento, Thiago Ávila, que também é membro do Fórum Alternativo Mundial da Água, diz que o grupo acredita que a gestão governamental do combate à crise hídrica vem sendo feita às avessas. “A melhor opção seria usar a maior parte da verba na bacia do Descoberto, que vem sofrendo com a devastação das nascentes, com a grilagem de terra e com o agronegócio”, defende.



Para Thiago, o projeto é questionável, pois no lugar de recuperar as matas ciliares dos reservatórios,  estão sendo feitos investimentos em obras que acabam impermeabilizando o solo. “Na nossa visão, ao utilizar os recursos captados em pontos de lazer, que atendem principalmente a um público de maior poder aquisitivo, o governo está subvertendo um dinheiro que deveria ser utilizado na real preservação do meio ambiente”, enfatiza. “O investimento na orla do lago é obra para a população ver”, critica.


Considerando a situação emergencial hídrica do DF, a forma de utilização dos recursos a serem financiados é incoerente, 
diz o professor Charles Dayler, do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Iesb. “O principal problema é no Descoberto e o que foi proposto a ser feito nesse reservatório é pouco tendo em vista o quanto a região está degradada”, explica. O especialista pondera que é necessário investir na infraestrutura do lago, “mas essa não deve ser uma ação prioritária no momento”, justifica.


Desobstrução
Somada à quantia para financiar o programa Brasília Capital das Águas, o governo local entra com contrapartida de  R$ 20,356 milhões. Algumas foram entregues e outras tiveram início, como do Deck Sul. A expectativa é de que a conclusão do programa ocorra em até cinco anos. Estão previstas a revitalização da Concha Acústica, a interligação do Deck Norte por meio do Trevo de Triagem Norte com o Parque Vivencial do Lago Norte, a ligação do Deck Sul ao Lago Sul, na Ponte das Garças por ciclovias e calçadas, entre outros projetos.

A execução do programa está sob o comando da Casa Civil em parceria com a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O secretário adjunto da Casa Civil, Fábio Pereira, explica que aplicação da verba no Lago Paranoá vai organizar o uso da orla. “Diferente do Descoberto, não temos no lago um problema com a quantidade da água, mas sim com a qualidade. Para preservá-la, houve uma decisão judicial de desobstruir a orla, na faixa dos 30 metros do espelho d’água e que está sendo concluída neste mês”, informa.

Após a desobstrução, o programa prevê que a região passará por um processo de recuperação das áreas degradadas, com o plantio de mudas, por exemplo. “Somado a isso, quando as obras forem concluídas, a população será orientada a utilizar pontos específicos da orla e as  áreas replantadas serão resguardadas, garantindo maior qualidade da água”, afirma Fábio Pereira.


Saiba mais

Bacia do Prata
O Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) é um organismo multilateral de crédito ligado aos governos da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai. Como um banco público, nenhuma instituição privada lucra com o empréstimo. Os financiamentos são feitos para projetos ambientais ligados aos córregos afluentes da Bacia do Prata, como é o caso dos rios Paranoá e Descoberto.



União
A aprovação do pedido de empréstimo ocorre em âmbito federal porque a União é a garantidora da operação de crédito.


Correio Braziliense