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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Sara Winter provocou prisão, mas ignorá-la não era opção - VEJA - Blog Matheus Leitão

Por Matheus Leitão 



O primeiro aspecto que deve ser levado em conta é o fato de que o encarceramento da ativista de extrema direita não foi em flagrante. É uma prisão temporária. Se fosse em flagrante, o que pessoas com a mesma ambição por holofotes preferem, seria pior. Sara Giromini ficaria menos tempo na cadeia, e sairia causando mais barulho. 

Na avaliação de investigadores, tudo o que Sara Giromini fez, entre ameaças e provocações, buscava conseguir o oposto, uma repressão policial sobre ela nas ruas. Nessa linha de raciocínio, sua prisão em flagrante em frente ao público poderia ser utilizada como uma narrativa de abuso de autoridade. Ou seja, algo que ela pudesse se apresentar como vítima. Agora, ficou mais difícil de construir a tese.

A prisão temporária tem o prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de comprovada necessidade. Ou seja, é um ganho para o caso porque a tramitação será mais lenta. O ponto aqui é que Sara Giromini foi presa da maneira certa e na hora certa, e a investigação contra ela está bem mais fundamentada. A resposta à questão “por que a prisão da bolsonarista, e de outros ativistas semelhantes, será boa para o Brasil” tem lastro em um ponto mais delicado: qual o limite da liberdade de expressão? Sara Giromini é uma candidata a deputada frustrada, que foi derrotada nas urnas. Saiu de um espectro político ao outro, do feminismo ao bolsonarismo, à medida que viu crescer o apoio às ideias de direita no país. Passou a ser seguidora do guru da extrema direita, Olavo de Carvalho. [curioso é que quando Sara Giromini usou sua liberdade de expressão para defender o aborto, ninguém achou, seja das ruas ou da Supremo Corte, que ela estava se excedendo na liberdade de expressão.
E notem que ela na ocasião ela usou a liberdade de expressão para defender o assassinato de seres humanos e inocentes e indefesos!
Já agora ela fez ameaças que apesar de indevidas - todos percebem que jogava apenas para a plateia - eram vagas e inexequíveis.
Criticar a esquerda, no Brasil dos tempos atuais, já se torna 'prova' de ser nazista.
O estudo do nazismo e do fascismo evitaria tal confusão - ou ela ocorre como fruto de má-fé?] 

Ocorre que Sara Giromini atravessou uma linha perigosa, que exigia uma resposta das autoridades. Além da ameaça que fez ao ministro Alexandre de Moraes, o que é um crime por si só, seu grupo tem feito atos públicos de inspiração nazista. Ela negou a VEJA, mas a estética vista é a mesma. Atos com inspiração em regimes totalitários, e que incitam o discurso de ódio, não possuem amparo constitucional, na avaliação do decano do STF, Celso de Mello. 

Se a democracia não reage, mesmo a esses provocadores que querem chamar a atenção, sua essência de regime político humanista começa a desmanchar – há uma perda de respeito. Outros cidadãos passam a acreditar que podem agir da mesma forma. Foi o que aconteceu neste fim de semana, quando as ameaças à corte escalaram. Não é simples, mas chegou o tempo de dizer basta a esses desordeiros que se vestem com roupas de fantasmas do passado. 

VEJA - Blog Matheus Leitão


sábado, 13 de janeiro de 2018

Silvio Berlusconi apoia Deneuve na questão do assédio: ‘ficam felizes de ser cortejadas’



Ex-primeiro-ministro italiano esteve envolvido em caso de prostituição de menores




O ex-chefe de governo italiano Silvio Berlusconi, de 81 anos, considerou, nesta quinta-feira (11), "normal que as mulheres fiquem felizes de ser cortejadas", em referência ao artigo de opinião publicado na França por uma centena de personalidades em apoio à "liberdade" dos homens de "importunar" o sexo oposto.  — É normal que as mulheres fiquem felizes de ser cortejadas por um homem. Não estou muito acostumado porque sempre são as mulheres que me cortejam", brincou Berlusconi em um programa na televisão pública italiana Rai Uno. — O importante é que o cortejo se mantenha na elegância — acrescentou o ex-primeiro-ministro conhecido por ser um sedutor inveterado e por seu gosto assumido por mulheres jovens e bonitas.

Silvio Berlusconi opinou sobre a polêmica criada por texto publicado no jornal “Le Monde” sobre o assédio sexual - REMO CASILLI / REUTERS





Uma preferência que levou à sua condenação no caso "Rubygate", em primeira instância, a sete anos de prisão por prostituição de menores e abuso de poder, antes de ser definitivamente absolvido, em março de 2015, pelo Supremo Tribunal italiano.


Convidado nesta quinta-feira a um programa político, em plena campanha eleitoral na Itália para as legislativas de março, Berlusconi comentava o artigo publicado na terça-feira no jornal francês “Le Monde” por uma centena de atrizes entre elas Catherine Deneuve —, escritoras, pesquisadoras e jornalistas.
"O estupro é um crime. Mas cortejar de forma insistente ou repulsiva não é um delito, assim como a cortesia não é uma agressão machista", afirma o texto.

Estas mulheres criticam principalmente um "puritanismo" e "um feminismo em forma de ódio aos homens e à sexualidade", em meio a dezenas de denúncias de assédio após o caso Weinstein nos Estados Unidos. O texto provocou indignação entre feministas e uma parte da classe política.

 

O Globo