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segunda-feira, 3 de abril de 2023

Então o Papa fez o L. E agora? - Gazeta do Povo

Vozes - Paulo Polzonoff Jr.


"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Comunista? [Aqui no Blog Prontidão Total, um Blog político, temos a norma de envidar todos os esforços quando algum tema busca criar confusão sobre a Igreja Católica Apostólica Romana. O comunismo é incompatível com o Catolicismo, sendo calúnia mais que ofensiva, desprezível, a mais leve insinuação do tipo. Mais abaixo nos estenderemos sobre o assunto.] O Papa Francisco não é um oráculo das coisas mundanas.

De acordo com o Google Trends, os assuntos do fim de semana foram o Dia do Autismo, os jogos do Ajax e da Lazio, o pai de não-sei-quem falando sobre o bissexualismo do filho, a corrida de stock car e, last but not least, a presença de Jack Black na estreia do filme Super Mario Bros.  
Ao meu redor, porém, o assunto mais discutido foi outro: as declarações do Papa Francisco sobre Lula e Dilma.

Você já sabe, mas que fique registrado para a posteridade: antes de ser internado por problemas respiratórios, o Papa Francisco, 266º homem a assumir o Trono de São Pedro, deu uma entrevista na qual declarou que Lula foi condenado sem provas e que Dilma Rousseff tem “as mãos limpas”. Não sei a quantas anda a higiene da ex-presidente, mas sobre a primeira afirmação agradeço ao Papa pela oportunidade de poder repetir que Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. E hoje está lá, todo pimpão, presidindo o Brasil.

Diante das palavras do Sumo Pontífice para uma rede de TV argentina, a reação variou entre “o Papa é comunista” e “o Papa é muito comunista”. Sendo o comunismo incompatível com a Doutrina Católica, é um tanto quanto surpreendente que tantas pessoas, como o filho de Noé, tenham corrido para acusar a nudez do pai. Isto é, que tenham se apressado em pregar nas costas do Papa o martelo e a foice escarlates.

Outros foram além e de suas mentes soberbamente criativas pulularam teorias segundo as quais o Papa é, no mínimo, o anticristo. No máximo, um infiltrado de George Soros cuja missão é nada mais nada menos do que destruir a Igreja por dentro. A necessidade de estar vivendo um momento histórico, definidor e de consequências imponderáveis é uma constante em nosso tempo. E olha eu aqui dando uma de filho de Noé apontando a nudez do pai.

Até onde consegui entender, a revolta e a ira nada santa se originam num equívoco: a de que a opinião do Papa sobre a prisão de Lula e a honestidade de Dilma Rousseff é de ouro. É a verdade inquestionável. 
É, com efeito, um veredito maior do que o dado por Sergio Moro, TRF4 e STJ. 
É uma opinião que representa não só a absolvição dos petistas; é praticamente uma concordância com os métodos dessa política corrupta que nós, infelizmente, conhecemos bem.
 
Mas me esclarecem os mais versados nesses assuntos eclesiásticos que não é nada disso. A infalibilidade do Papa se aplica apenas a questões de fé e moral. [Qualquer apreciação sobre um pronunciamento de Sua Santidade, o Papa Francisco, impõe que se diferencie, - como bem expõe, ainda que em apertada síntese, o nosso ilustre Polzonoff Jr., autor deste excelente Post - quando Sua Santidade se manifesta em situação de  INFALIBILIDADE PAPAL,em manifestações "Ex-Cathedra"quando o Papa fala definitivamente como Pastor Supremo da Igreja. 
A INFALIBILIDADE PAPAL ocorre: "A infalibilidade se exerce quando o Romano Pontífice, em virtude da sua autoridade de supremo Pastor da Igreja, ou o Colégio Episcopal em comunhão com o Papa, sobretudo reunido num Concílio Ecumênico, proclamam com ato definitivo uma doutrina referente à fé ou à moral, e também quando o Papa e os bispos, em seu Magistério ordinário concordam em propor uma doutrina como definida. A esses ensinamentos todo fiel deve aderir com o obséquio da fé" (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, nº. 185). 
Quando o Papa se manifesta de forma privada,  ele tem uma opinião pessoal - certamente foi o caso da opinião pessoal  em que criticou as punições impostas ao "ex-presidiário" e à "presidente escarrada."

 No que diz respeito a assuntos mundanos – e nada mais mundano do que a política o Papa Francisco é um homem comum, dado a conclusões equivocadas. Só não convém presumir má-fé. É a ignorância a que todos estamos sujeitos, dependendo da nossa fonte de informação.
 
Para além da contrariedade ideológica sem maiores consequências que não o prazer de se indignar, outra preocupação que notei nos interlocutores foi o efeito das palavras do Papa Francisco sobre os fieis. Claro que aqueles que meu amigo Marcio Campos chama de “coroinhas do Lula” usarão a opinião do Papa como argumento irrefutável da inocência dele; visão que tentarão impor aos demais. 
Já os que hesitam na fé encontrarão nas palavras à toa, essas ou quaisquer outras de que discordem, uma justificativa para o afastamento.
 
Mas, como bem lembrou minha amiga Denise Dreschel, me preocupam mais aqueles que, perdidos num mundo marcado pela corrupção e violência de todos os tipos (sintomas do salve-se quem puder em que se transformaram as democracias liberais), buscam no Papa uma espécie de oráculo capaz de se imiscuir nas questões mundanas, ditando como os fieis devem se comportar em questões políticas e econômicas. 
Não por acaso, esses me parecem os mais revoltados com as palavras do Papa Francisco.

Quanto a mim, sei que alguns leitores exigirão do cronista uma conclusão acachapante, de preferência com aforismo ou trocadilho dignos da imortalidade fugaz dos memes. E o mais rápido possível! Não quero, porém, ceder à tentação de atiçar humores indignados em troca de aplausos fáceis. Me restam, portanto, o registro(✓), a observação (✓) e a impressão de que vivo num mundo perigoso e hostil, ávido por reduzir o outro (até o Papa!) à sua porção ideológica e por transformar todas as relações numa guerra na qual são permitidos apenas os papéis de aliado ou de inimigo. Medo.

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 25 de novembro de 2022

O STF escancara o jogo - Revista Oeste

Edilson Salgueiro

Em apenas um dia, Alexandre de Moraes mandou o devido processo legal às favas e rejeitou a denúncia do PL sobre irregularidades nas urnas eletrônicas

Bastaram 24 horas. Esse tempo foi suficiente para que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitasse a denúncia do Partido Liberal (PL) sobre possíveis irregularidades nas urnas eletrônicas. Na decisão, proferida na quarta-feira 23, o magistrado também determinou que a Coligação Pelo Bem do Brasil, representada pelo presidente Jair Bolsonaro, pagasse uma multa de quase R$ 23 milhões. Acusam-na de cometer litigância de má-fé (leia a definição no fim do texto), termo que ensejou a elaboração de reportagens jornalísticas para traduzir o “juridiquês” para o português.

Ministro Alexandre de Moraes | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Ministro Alexandre de Moraes | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE  

Mas não é só isso. Moraes também determinou o bloqueio do Fundo Partidário das três legendas que integram a coligação PL, PP e Republicanos. A medida permanecerá em vigor até que as siglas paguem a multa imposta pela Corte Eleitoral. E mais: o ministro instaurou um procedimento administrativo sobre “eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária”, especialmente em relação às condutas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Carlos Rocha, autor do estudo que identificou as irregularidades nos modelos de urnas de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015. Ambos os denunciantes acabaram incluídos no inquérito dos “atos antidemocráticos”.

[após a leitura atenta de toda a matéria, temos a quase certeza absoluta de que nossos leitores irão fazer a pergunta que nos fazemos e que não quer calar: "o que impede o presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto de apresentarem recurso ao STF, contra a decisão arbitrária e sem fundamento legal do ministro que preside o TSE?]

“Os partidos políticos, financiados basicamente por recursos públicos, são autônomos e instrumentos da democracia, sendo inconcebível e inconstitucional que sejam utilizados para a satisfação de interesses pessoais antidemocráticos e atentatórios ao Estado de Direito”, sustentou Moraes. Anteriormente, em pronunciamento, Valdemar afirmou que a representação entregue ao TSE não trata de pedir uma nova eleição, mas de discutir a história do país. “Este relatório não expressa a opinião do PL”, disse o presidente da sigla, ao apresentar o material. “É o resultado de estudos elaborados por especialistas graduados em uma das universidades mais respeitadas do mundo e que, em nosso entendimento, deve ser analisado pelos especialistas do TSE.”

Na ocasião, Valdemar afirmou que a análise das urnas é necessária para que “seja assegurada e resguardada a integridade do processo eleitoral, com um único intuito: fortalecer a democracia”. Ele solicitou à Corte Eleitoral que invalidasse os votos computados em 280 mil urnas eletrônicas usadas no segundo turno, alegando “mau funcionamento”. De acordo com o relatório, o pedido de recontagem teria como resultado a reeleição de Bolsonaro, e não a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PL). A auditoria privada contratada pelo PL solidificou essa tese: segundo a empresa, apenas os modelos de urnas de 2020, que representam em torno de 40% do total, teriam gerado “arquivos idôneos”. As demais teriam apresentado “inconsistências graves e insanáveis”. A recontagem resultaria em 51,05% dos votos válidos para o atual presidente, contra 48,95% para o petista.

Rocha também se manifestou sobre o assunto e disse que o relatório tem um viés colaborativo. “Gostaríamos de interagir construtivamente com o TSE”, ressaltou. O advogado do PL, Marcelo Bessa, destacou “a possibilidade de fragilidade” nas urnas. Isso não foi o bastante para convencer Moraes.

A conduta do TSE nesse processo tornou-se alvo de críticas. O jurista Fabrício Rebelo, por exemplo, criticou a negligência dos ministros da Corte Eleitoral. “Já imaginaram se existisse um tribunal específico para cuidar de determinado tema e, quando alguém questionasse exatamente aquilo que ele deve analisar, em vez de o fazer, o pedido fosse sumariamente negado e o autor acabasse multado em milhões, além de ameaçado de outras sanções?”, perguntou o especialista. “É sempre motivo de honra receber questionamentos sobre os aspectos jurídicos do cenário nacional. Contudo, preciso admitir a minha incapacidade em responder a qualquer coisa nesse sentido. A situação brasileira não é mais uma questão jurídica. Não há Direito que explique.”

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), por sua vez, alerta para a ilegalidade da decisão do presidente do TSE. “Inicialmente, a ação do PL foi distribuída para a Cármen Lúcia”, lembrou a parlamentar. “Ela declinou para o Alexandre de Moraes porque era uma questão administrativa. E, agora, a questão administrativa gerou ilegalmente condenação em litigância de má-fé, bloqueio antecipado de verbas e inclusão no famigerado inquérito do fim do mundo. De qualquer forma, a decisão é nula, injurídica e teratológica.”

Deputada federal Bia Kicis (PL-DF) | 
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Já a advogada Fabiana Barroso, especialista em Direito Tributário, afirma que houve uma série de ilegalidades nesse processo. “A verba do Fundo Partidário é impenhorável, porque se destina para a manutenção da democracia e para o livre exercício dos partidos políticos”, observou. “Você não pode determinar o bloqueio do Fundo Partidário. Está na lei, é cláusula pétrea. A liberdade partidária faz parte da democracia.”

A escalada autoritária dos ministros da Suprema Corte deu o primeiro passo ainda em 2019, quando os magistrados decidiram travar uma batalha incansável contra o presidente da República

Amparado nesse conjunto de medidas arbitrárias, que também envolve o cerceamento das liberdades individuais, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) apresentou um requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa a investigar as decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do TSE. O documento foi apresentado na terça-feira. Apenas 48 horas depois, o parlamentar conseguiu o número de assinaturas necessárias para protocolar a CPI. Até o momento, 181 deputados aderiram à ideia. Eram necessários 171.

“Estamos reafirmando nosso compromisso com a democracia, com o Estado de Direito e com o Brasil”, declarou Van Hattem, durante coletiva de imprensa. “Não podemos tolerar o fato de que existem pessoas com seus perfis nas redes sociais censurados e que existam deputados com medo de se pronunciarem.”

Entre os atos de censura elencados pelo deputado, está a busca e apreensão no endereço de oito empresários apoiadores de Bolsonaro; a determinação de bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas e empresas “suspeitas” de financiarem “atos antidemocráticos”; o bloqueio do perfil no Twitter do economista Marcos Cintra; e a censura prévia do documentário Quem Mandou Matar Jair Bolsonaro?, da Brasil Paralelo.

A postura de Van Hattem encorajou os parlamentares, outrora receosos com eventuais retaliações das Cortes Supremas. O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), por exemplo, integrante titular da Comissão de Segurança Pública da Câmara, apresentou um requerimento para que Moraes preste esclarecimentos à Casa e explique os motivos pelos quais cancelou as redes sociais de três deputados — Coronel Tadeu (PL-SP), José Medeiros (PL-MT) e Major Vitor Hugo (PL-GO). “Os ministros do TSE, que deveriam garantir o direito de livre expressão, estão tolhendo as liberdades individuais”, criticou.

Na mesma linha, o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) pediu à Mesa do Senado que paute os pedidos de impeachment de Moraes. “Esse requerimento, a exemplo de tantos outros documentos sobre o mesmo ministro, está lá na Comissão Diretora do Senado Federal como se não tivesse sido apresentado”, reclamou o político, ao lembrar que, desde 2019, a Casa acumula pelo menos 60 pedidos de impeachment contra ministros do STF. O presidente do TSE lidera a lista, com 29 solicitações. “É fato que a quebra do princípio basilar da separação dos Poderes tem sido recorrente, o que, por si só, é motivo para o Senado abrir a discussão”, argumentou Heinze. “O Brasil não aceita ser governado por quem não foi eleito. Não podemos nos calar e permanecer inertes diante de uma ditadura escalonada pelo Judiciário.”

Senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) | Foto: Agência Senado

Como observa J.R. Guzzo, no artigo de capa desta edição, não há independência entre os Poderes da República. “O Legislativo e o Executivo não têm autoridade nenhuma, e simplesmente recebem ordens do Judiciário”, considerou. “As liberdades públicas e os direitos civis não valem nada. Quem governa o Brasil, sem jamais ter tido um único voto dos eleitores, é o ministro Alexandre de Moraes e os oito colegas de STF que o apoiam ou obedecem às suas decisões.” O colunista afirma que os magistrados impõem a sua vontade à população “através da polícia política que têm hoje sob o seu comando; transformaram a Polícia Federal em força armada particular do STF, uma milícia que executa ordens ilegais, prende deputados e invade residências dos cidadãos às 6 horas da manhã. É ‘democracia’, isso?”

A última ofensiva ao sistema democrático ocorreu nesta semana, com o desprezo às denúncias do PL e o silenciamento de cidadãos, políticos e empresários.  
Longe de ter iniciado recentemente, a escalada autoritária dos ministros da Suprema Corte deu o primeiro passo ainda em 2019, quando os magistrados decidiram travar uma batalha incansável contra o presidente da República. 
Dois anos depois, em 2021, a balança da Justiça pendeu para a esquerda: com a bênção dos ministros do STF, Lula teve quatro ações penais anuladas e viu o caminho livre para voltar à cena política. Em 2022, o Supremo decidiu tornar público aquilo que todos os brasileiros sabiam. Ao contrário do que pensam os ministros da Suprema Corte, ninguém é mané.

*Segundo o artigo 80 do Código de Processo Civil de 2015, considera-se litigante de má-fé aquele que:

  1. I) Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
  2. II) Alterar a verdade dos fatos;

III) Usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

  1. IV) Opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
  2. V) Proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
  3. VI) Provocar incidente manifestamente infundado; e/ou

VII) Interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Leia também “A democracia em colapso”

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Mentira turbinada pela maledicência em escala industrial - Alex Pipkin, PhD

Eu professo que a política e a verdade nunca andam de mãos dadas, algo dito com brilhantismo por Hannah Arendt.

Porém, num mundo da pós-verdade e da dilapidação dos valores virtuosos, a mentira e a má-fé atingiram patamares inimagináveis em terras verde-amarelas.

Nada mais revelador do que o ataque presunçoso à verdade, em escala industrial, do que os tais debates presidenciais. A corrosão da verdade é tão vergonhosa quanto devastadora. Não sou nenhum paladino da veracidade, e sei que a mentira do tipo “arranjo político” não vai desaparecer.

O que me embrulha o estômago é a mentira suja, o arranjo premeditado, a sacanagem de quem só tem por objetivo ludibriar o povo e alcançar o poder.

Por uma manobra jurídica imoral, o ex-presidiário conseguir deixar o seu habitat natural com a intenção de voltar a cena do crime. Para tanto, ele precisa surrupiar a verdade e mentir, muito!

Na cadeia, ele teve tempo de maturar seus atos - ilícitos - e suas mentiras românticas. O demiurgo de Garanhuns preparou um “plano de voo” em terras brasilis, ajudado por ativistas políticos e, mais tristemente, por togados ativistas jurídicos.

Neste sentido, o ex-presidiário é extremamente hábil em mentir, expressando justamente aquilo que o povo  iletrado deseja ouvir.

Como a realidade traz o inesperado, é chocante e grotesco ouvir o sofrível português de um meliante que insiste em mentir, descaradamente, que foi inocentado. Isso é FAKE NEWS com letras maiúsculas. Ele o afirma alto e bom som, sob holofotes, e não há grandes movimentos na direção de apontar a veracidade dos fatos.

Evidentemente eu já estava preparado, mas é caricato!

O doente ex-presidiário, desde sempre é tão mentiroso que ele próprio se convence de que suas mentiras e bizarrices são verdadeiras
Ele mente por princípio e pelos cotovelos, e faz crer que age em benefício do povo.

Muito embora tais debates presidenciais sejam o apogeu da mentira, esse ex-presidiário “Honoris Causaem mentira, começa a ruir com intensidade, uma vez que o bombardeio é forte, de vários lados, e a noção clara e real de seus inúmeros crimes ficam ainda mais transparentes. Por mais debates, então!

Não será por uma questão moral que o pai dos ricos irá desmoronar, mas sim pela singela realidade que vai se impor, despedaçando parte por parte sua falsidade e sua maledicência, no que é mestre.

Como estampado ontem no debate, a postura acuada e os lapsos de memória do ex-presidiário demonstram que o mentiroso não será capaz de encobrir o que há de factual em seus atos espúrios.

O ex-braço direito do ex-presidiário, Antonio Palocci, declarou: “No fim do seu 2º. mandato (Lula), ele preparou sua aposentadoria”.

Pobre povo brasileiro, pois como afirmou Charles de Gaulle, um político nunca acredita no que diz, mas fica surpreso quando outros acreditam.

O ex-presidiário aparenta acreditar.

Alex Pipkin - PhD 

 

 

sábado, 30 de abril de 2022

Frente Parlamentar Evangélica - NOTA PÚBLICA

PERSEGUIÇÃO, MENTIRAS E LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

 A FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA NO CONGRESSO NACIONAL vem a público repudiar com veemência a tentativa de macular o movimento evangélico brasileiro, diuturnamente operada pelo Partido dos Trabalhadores e agora levada à cabo por meio de insidiosa perseguição contra o presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil, pastor José Wellington Costa Jr e do Deputado Sóstenes Cavalcante. De fato, quando o PT requer injustamente a condenação de um homem de Deus, diante de uma das mais altas cortes do país, por um ilícito que notoriamente não foi por ele cometido, esse Partido mente, como de costume, e também comete litigância de má-fé, instrumentalizando o Poder Judiciário com fins espúrios.

Afinal, a Lei das Eleições é clara, ao ditar em seu Art. 36- A que “Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet”.

Assim, ao processar o pastor José Wellington Costa Jr. e o Deputado Sóstenes Cavalcante por atitudes que manifestamente não se esquadram na hipótese legal, o PT não apenas perpetua sua nefasta tradição de mentiras ao Povo e de pérfida perseguição aos evangélicos, como igualmente comete ilícito de litigância de má-fé e por isso deve ser condenado, na exata forma preconizada pelo Art. 80, I, do Código de Processo Civil, combinado com os artigos 79 e 15 do mesmo diploma legal.

Aliás, ressalte-se que o próprio ministro-relator dessa ação no TSE, se atento à lei e à manifesta verdade dos fatos, pode condenar de ofício o PT ao pagamento de multa por essa vergonhosa tentativa de instrumentalização do Judiciário com fins puramente políticos.

Por fim, a FPE ao se solidarizar com o pastor José Wellington Costa Jr. por esse nefasto acontecimento, alerta a todos os pastores e congregados brasileiros sobre o verdadeiro perigo que seria reconduzir o ex-presidiário à cena do crime. Deveras, como resta provado nesta ação judicial na qual o PT requer a condenação do presidente da CGADB, uma possível eleição de Lula à Suprema Magistratura da Nação coloca em risco a própria existência da Igreja Evangélica no Brasil.

Brasília – DF, 27 de abril de 2022.

 

Deputado Pr. Marco Feliciano

VICE PRESIDENTE DA FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA

 

domingo, 26 de dezembro de 2021

A verdade sobre a terra - Revista Oeste

Branca Nunes

O movimento De Olho no Material Escolar luta para neutralizar as fantasias sobre o agronegócio difundidas pelos livros didáticos 
 
“Eu sou um indígena. Me chamo Beto. Eu moro na Região Centro-Oeste. Minha casa foi destruída para plantar cana-de-açúcar. Eu e meu amigo não conseguimos trabalho. Nós saímos nas ruas para pedir que não comprem a cana-de-açúcar do lugar que era a nossa casa. 
Não adianta muito.
Ninguém nos ouve e vivemos na pobreza total.
Meus pais se mataram por causa das dificuldades de vida.
Vivo sozinho desde que tinha 14 anos.”
 
Foi essa carta, escrita por uma criança de 10 anos que fazia a lição de casa, o gatilho para a criação do De Olho no Material Escolar. 
O movimento começou quando Letícia Zamperlini contou o que sua filha fora obrigada a escrever para Helen, que contou a Andréia, que repassou para Heloísa, que relatou a Elizana. Hoje, são mais de 4 mil simpatizantes e centenas de associados espalhados por dez Estados brasileiros.

Depois de ler a carta, Letícia — produtora rural como Andréia, Heloísa e Elizana explicou à filha que grande parte daquela dissertação estava distante da verdade. Ela conversou com diretores, professores e pais até constatar que, muito mais do que resultado da má-fé, aquilo decorria do desconhecimento generalizado. E era potencializado sobretudo pelos livros didáticos.

O “De Olho”, como costuma ser chamado pelos associados, é fruto da pandemia. Com as escolas fechadas, as mães, transformadas em professoras, começaram a prestar muito mais atenção no que era ensinado aos filhos — e em como era ensinado.

Depois de uma live em que o agrônomo e ambientalista Xico Graziano mostrou alguns desses exemplos, o grupo passou a receber materiais vindos de todo o país. Por exemplo, para uma pergunta sobre as “condições econômicas e ambientais da pecuária realizada no Brasil”, a resposta considerada correta era “Pecuária causa desmatamento na Amazônia”.

Os “prejuízos da pecuária para o meio ambiente” incluíam afirmações como: “o gado deixa o solo compacto e duro”; “vacas, ovelhas e cabras soltam uma grande quantidade de gases, que poluem o ar”; ou “as fezes e a urina produzidas na pecuária intensiva podem se infiltrar no solo e contaminar as águas subterrâneas”.

Outro livro didático garante que o trabalho escravo não é uma exceção que se restringe a 0,001% do Brasil. “Todos os anos, as autoridades encontram e libertam trabalhadores escravizados nas fazendas do Brasil”, desinforma o texto. “Há muitos proprietários que contratam homens armados para vigiar os trabalhadores e impedir que eles se revoltem.”

Em vez de destacar que hoje 14% do território brasileiro é ocupado por terras indígenas, uma das peças recebidas pelo grupo afirmava que essa população “tem sido expulsa de suas terras ou se vê cercada por grandes plantações”. Nada sobre Roraima, por exemplo, que tem 46% do seu território reservado a tribos indígenas.

Os absurdos continuam com a forma como são usados defensivos agrícolas e fertilizantes, com as jornadas de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar ou a exposição de trabalhadores ao sol. É como se o Brasil permanecesse estacionado em séculos ou décadas atrás e não fosse hoje uma das maiores potências mundiais, referência tecnológica quando o assunto é agropecuária.

“São inúmeros os exemplos”, diz Letícia. “Todo mundo que nos procura tem uma história para contar. Se você está perto e olha o material escolar, mesmo não sendo do agro, percebe o tom negativo e uma ausência de referências científicas.”  “Não vemos citações da Embrapa, do Ibama ou de órgãos confiáveis.”

As editoras
O grupo já se reuniu com representantes dos ministérios da Educação e da Agricultura, além de ter conseguido das editoras a promessa de revisar o material. Isso animou o De Olho a dar um passo adiante e criar o Vivenciando a Prática. Nesse programa, donos de editoras, professores e alunos conseguem enxergar com os próprios olhos o que é o agro brasileiro.

O primeiro evento aconteceu em Mato Grosso. Quando desceu do ônibus numa fazenda que cultiva cana-de-açúcar, um dos participantes quis conversar com um boia-fria — trabalhadores que cortavam cana com um facão na mão, envolviam o corpo com trapos para não se cortarem e tinham o rosto coberto pela fuligem das queimadas usadas para desfolhar a plantação. “Só se voltarmos algumas décadas no tempo”, avisaram as organizadoras do evento. Hoje, nas grandes plantações, a cana é colhida por máquinas pilotadas à distância através de computadores de última geração. E as queimadas não só estão proibidas como não interessam ao produtor rural, uma vez que matam a matéria orgânica do solo.

O segundo Vivenciando ocorreu no município paulista de Itaberá, na Fazenda Lagoa Bonita, especializada em melhoramento de sementes. Ali, a máquina que mistura as sementes com defensivos tem a mesma tecnologia dos equipamentos de hemodiálise — tamanha é a precisão da quantidade necessária. Por ser o produto mais caro na lavoura, agricultores minimamente informados sabem que o uso de fertilizantes e agrotóxicos deve ser reduzido ao absolutamente necessário.

Voltado principalmente para professores, o evento em São Paulo pretendia fazer com que eles levassem aos alunos o universo de possibilidades proporcionado pelo agro. “Hoje, o agro não emprega apenas agrônomos ou produtores rurais”, explica a engenheira agrônoma Elizana Paranhos. “São necessários químicos, jornalistas, cientistas da computação e diversas outras profissões. E nós precisamos de mão de obra qualificada.”

Se o objetivo inicial era mudar o conteúdo das publicações usadas nas escolas públicas e privadas, o De Olho agora é mais ambicioso. Planeja organizar em 2022 cerca de 50 Vivenciando a Prática em diversos locais do país, além de criar uma biblioteca virtual, sob a supervisão da Escola Superior de Agricultura da USP (Esalq). O portal será uma referência para professores. “Nenhuma categoria profissional nem o Estado Brasileiro preservam mais vegetação nativa do que os produtores rurais”, afirmou Evaristo de Miranda, chefe da Embrapa Territorial, em um artigo publicado na edição 63 da Revista Oeste. Mais de um quarto do território nacional (quase 27%) preserva a vegetação nativa no interior dos imóveis rurais. Líder mundial da proteção ambiental em terras públicas, o Brasil também é o primeiro em terras privadas, além de ter as maiores reservas minerais e biológicas do mund. 

“Precisamos fazer com que as pessoas conheçam o potencial gigantesco desses setores produtivos, em vez de mostrar apenas uma visão negativa”, afirma Letícia. “É preciso dar oportunidade para que as crianças tenham orgulho do que o país produz.”

Leia também “O produtor rural é quem mais preserva o meio ambiente”

Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Terrorismo - a insistência da esquerda em atacar quem alimenta o mundo - Paulo Polzonoff Jr.

Vozes - Gazeta do Povo

[não nos surpreende que a maldita esquerda tenha prazer em combater os que produzem alimentos = tenham presente que os regimes comunistas se destacam por semear a fome, a miséria = vide Mao Tse Tung na China ..." Mao e o grande salto para a fome: um catálogo de horrores - Entre 1958 e 1962, 45 milhões de chineses morreram de fome."]

“Agro é morte”: a insistência da esquerda em atacar quem alimenta o mundo

É uma relação de pura perversidade ilógica, a da esquerda com a agricultura e, por extensão, a fome.
É uma relação de pura perversidade ilógica, a da esquerda com a agricultura e, por extensão, a fome - Foto: Reprodução/ Twitter
 
Enquanto escrevo este texto, circulam pelas redes sociais vídeos de supostos trabalhadores sem-terra vandalizando a sede da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja) em Brasília. 
Além de invadirem a propriedade privada (sem que Alexandre de Moraes se escandalizasse com isso, como lhe convém), os terroristas picharam o lugar com slogans contra o presidente Jair Bolsonaro e contra o agronegócio.

“Agro é morte”, lê-se numa das pichações. O slogan macabro é uma tentativa de se contrapor a uma bem-sucedida campanha de marketing que mostra a pujança do agronegócio no Brasil. Por consequência, é também uma tentativa de se contrapor à realidade, reforçando a imagem cheia de teias de aranha de um agricultor malvadão e dominado pela ganância que nos condenaria todos à fome. Nada mais distante da verdade.

Me causa espanto, aliás, que essa imagem feudal perdure no imaginário da esquerda oportunista. Quem me lê com frequência sabe que procuro sempre encontrar uma explicação outra que não a má-fé para esse tipo de equívoco. Mas, neste caso, não há outra explicação que não a má-fé teimosa em ver no grande produtor um bicho-papão do capitalismo, quando não um inimigo da vida.

Se há comida em abundância do mundo hoje é por causa do agronegócio. E, sim, os preços dos alimentos estão altos, mas estariam muito mais altos se não fosse a produção em escala de grãos e carne. Bill Bryson, citando o historiador Christian Petersen em seu ótimo “Em Casa”, diz que na Inglaterra do século XIX as famílias comprometiam até 80% da renda com alimentos. “Até mesmo a classe média gastava até 2/3 da sua renda em comida (enquanto hoje uma família gasta 1/4 da renda em comida)”.

Isso sem falar na disponibilidade e variedade de alimentos propiciada por um capitalismo mundialmente conectado. Vá a qualquer supermercado em bairro de classe média e, se tiver dinheiro, você poderá comprar facilmente alimentos do mundo inteiro. A fome por falta de renda ainda é um problema, lógico. Mas a fome por falta de comida (como a que ocorreu na Irlanda do século XIX, depois que uma praga atingiu todas as plantações de batata do país) é impensável hoje em dia.

Graças, vale enfatizar, ao agronegócio – atualmente o vilão preferido da esquerda, até porque os industriais hoje em dia parecem aderir de bom grado às pautas progressistas. Adicione-se ao mito do agricultor malvadão (que, do alto de sua colheitadeira milionária, quer plantar mais e mais para, de alguma forma, disseminar a fome pelo mundo) a histeria malthusiana do ambientalismo e pronto. A esquerda tem, de novo, um inimigo para chamar de seu.

“Soja não enche o prato”

Outro slogan pichado na Aprosoja pregava desonestamente que “soja não enche o prato”. 
Mais do que a falta de talento publicitário dos terroristas do MST, a frase mostra como a esquerda se utiliza da ignorância dos miseráveis para torná-los ainda mais miseráveis. 
Tudo em nome da causa maior, do bem comum, do triunfo dos destituídos. Ou qualquer outra abstração do gênero.

Soja obviamente enche o prato. E não só de shoyu ou tofu, como podem pensar os apressadinhos. Soja enche o prato ao forrar o estômago dos deliciosos porcos e frangos. Soja enche o prato ao gerar renda direta no campo. Soja pode encher o prato até mesmo de quem jamais viu um grãozinho disso, mas que está envolvido na cadeia de produção de, digamos, tintas ou colchões.

Soja enche o prato inclusive do publicitário trans de cabelo azul que promove pautas ultraprogressistas para um banco no qual o sojicultor tem conta. Será que ele não se dá conta disso ou faz questão de não ver mesmo?

Por fim, permeia o discurso estúpido da esquerda a luta de classes entre o grande e o pequeno produtor. Como se todos os pequenos produtores plantassem hoje a mandioca que consumirão amanhã e fossem donos de uns três ou quatros pés de milho para dar de comer às galinhas no fundo da casa de taipa. Porque lhe convém, a esquerda ignora a prosperidade do agronegócio como um todo, que inclui não só os produtores em escala industrial, mas também os pequenos produtores dos cinturões verdes das metrópoles.

Antinatural
É uma relação de pura perversidade ilógica, a da esquerda com a agricultura e, por extensão, a fome. Não à toa, as grandes fomes do século XX assolaram sobretudo países comunistas. E justamente porque os comunistas viam nos produtores de alimentos os grandes inimigos de suas revoluções. A visão de mundo do MST, essa que a esquerda antirruralista adora promover, matou 10 milhões de pessoas na Ucrânia da década de 1930. Dez milhões. Isso num dos países que tem um dos solos mais férteis da Europa.

Acredito que uma explicação para o ódio que a esquerda nutre por tudo o que esteja ligado à agricultura possa estar no fato de o comunismo ser essencialmente antinatural. As ideias coletivistas são fruto de um intelectualismo urbano que se apoia na arrogância antropocêntrica de ver o homem como um ente capaz de controlar todos os aspectos da atividade humana. Ao passo que a própria atividade agrícola, por mais tecnologia que ela absorva, não tem como fugir de certos aspectos inerentemente naturais.

Não há nada mais natural do que depositar uma semente no solo para, dali a alguns meses, colhê-la. E poucas coisas são mais nobres do que saciar a fome alheia. O fato de haver lucro envolvido nessa atividade não a torna menos nobre. Isso é algo que os terroristas e ideólogos da esquerda são incapazes de perceber.

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

A monstruosidade jurídica construida no STF e TSE - Sérgio Alves de Oliveira

Não consigo entender exatamente quais os “esquemas” que estiveram por trás das escolhas dos presidentes da República da respectiva época, e necessária aprovação pelo Senado, dos atuais ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal.

Dizer que o “Supremo” Tribunal Federal teria sido ocupado por analfabetos jurídicos funcionais de “primeira grandeza” ainda seria muito pouco em relação à deficiente capacitação funcional de uma boa parte de “Suas Excelências”, verificáveis através de diversas manifestações jurisdicionais, ”beirando”, ou mesmo atingindo, a má-fé.
 
Embora não absolutamente necessário como pré-requisito para tanto, todos os atuais “Supremos” Ministros possuem curso completo de graduação em ciências jurídicas e sociais.E para ser levado a ocupar o cargo de ministro do STF, após indicação pelo presidente da república,e aprovação do Senado, os candidatos devem ser escolhidos dentre cidadãos com mais de 35, e menos de 65 anos de idade, de “notável saber jurídico, e reputação ilibada”,nos precisos termos do artigo 101 da Constituição. 
 
Ora, se dermos um chute em qualquer moita do chão, sairão dela muitos milhares de pessoas que preencheriam os requisitos exigidos pela Constituição para ser ministro do STF, no que tange à “idade”, entre 35 e 65 anos de idade, e à “reputação ilibada”, ou seja, de conduta de acordo com a lei e com a moral perante a sociedade. Não assim, porém, quanto ao preenchimento do terceiro requisito constitucional exigido, ou seja,de possuir “notável saber jurídico”. 
 
Admitir-se-ia, até, que algumas decisões absurdas que estão sendo proferidas por algumas de “Suas Excelências” fossem de autoria de quem tivesse entre 35 e 65 anos,  possuísse “reputação ilibada”, mas nunca que tivessem ingressado numa faculdade de direito e concluído, com aprovação, o primeiro ano, ou semestre, desse curso de graduação.
Nenhum aluno de qualquer Faculdade de Direito passaria”, caso não tivesse qualquer noção do artigo de abertura, do primeiro artigo do Código Penal Brasileiro - CPB, dispondo quenão há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”
 
E que idêntica regra do CPB está escrita também com todas as letras na própria Constituição Federal,no sentido de que não há crime sem lei anterior que o defina,nem pena sem prévia cominação legal”(CF art,5º,inciso XXXIX). Portanto, tanto a Constituição,quanto o artigo 1º do Código Penal, adotam o princípio “nullum crimen,nulla poena,sine praevea lege” (não há crime nem pena sem previsão legal),cunhado por Feuerbach ,no início do Século XX. 
 
Ora, o tal “inquérito” (do “fim do mundo”,segundo o ex-Ministro do STF, Marco Aurélio), aberto no Supremo Tribunal Federal, ”conduzido” arbitrariamente pelo Ministro Alexandre de Moraes, para apurar “crimes” de “Fake News”, “crimes” contra a democracia, “crimes” contra o estado democrático de direito,e diversos outros “crimes”,todos “inventados”, não estabelecidos em nenhuma lei,na verdade está atribuindo aos seus “réus”,livremente escolhidos por “Sua Excelência”, todos os abusos contra o direito cometidos por ele próprio,como“juiz”,e que parece adotar,na íntegra,a famosa frase atribuída a Lenin,líder “bolchevique”,”acuse os adversários do que você faz,chame-os do que você é”. Esse juiz escolhe, “manu militari”,o réu,acusa-o,investiga,e julga,inclusive os seus recursos. ”Raios”,isso não representa estado democrático de direito “nem aqui,nem na China”.
 
Mas parece que “Sua Excelência”, o Ministro Alexandre de Moraes,fez “escola”. A recente “desmonetização” de propaganda,relativa a sites,plataformas,páginas,blogs,e outros veículos de comunicação virtual, determinada pelo Ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, de tão absurda que foi, interferindo danosamente no direito de trabalhar e de livre exercício de imprensa,assegurados na constituição,parece seguir a “doutrina” já em prática no STF. 
 
Todos os que primam pela decência na vida pública e na política sabem perfeitamente o que tem de ser feito. Mas os que têm força moral e os meios constitucionais, legais, e materiais, para fazê-lo,em nome e representação dos brasileiros de bem,infelizmente não tomam a atitude necessária para fazer o que é preciso. 
 
 
Sérgio Alves de Oliveira -  Advogado e Sociólogo