Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador fim do governo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fim do governo. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O fim do governo

Estava tudo errado naquela reunião. O presidente Michel Temer recebeu na calada da noite um alvo da Justiça que relatou estar tentando interferir na Lava-Jato, querendo influir em órgãos reguladores e dando dinheiro a um investigado. A única saída boa para aquela conversa era Temer chamar o procurador-geral da República e relatar os crimes que ouviu. Seu silêncio fala mais que as palavras.

O empresário demonstrou intimidade com Temer até na maneira cifrada de falar e no pedido para outros encontros noturnos. Aquele foi depois das 22h. Temer se pega a detalhes, achando que basta provar que não pediu para Joesley mandar dinheiro para Cunha. O que é estarrecedor é o conjunto da reunião. Joesley reclama de um procurador, diz que deu uma “segurada” em dois juízes, avisa que tem um procurador que passa informações da Força Tarefa. Só isso já é claramente obstrução de Justiça, é confissão de crime. Ele continuou falando sobre interferir na CVM e no Cade, órgãos que regulam empresas. Conta que falou com o “Henrique” Meirelles sobre mexer na Receita Federal. Meirelles trabalhou quatro anos no grupo J&F.

Na parte do diálogo sobre o ex-deputado Eduardo Cunha, Joesley usa palavras que por si só são comprometedoras. “Zerei o que eu tinha”, “zerou tudo”, “ele cobrou”. Significa dizer que ele devia dinheiro a Eduardo Cunha e o presidente Temer sabia, entendeu essas frases entrecortadas, em que ele avisava que tinha pagado uma dívida com Cunha.  O contexto em que o presidente Temer diz a frase “tem que manter isso” é depois de o empresário ter falado que estava “bem com o Eduardo”. Não era exatamente após ele falar que estava dando mesada. Ainda assim, o que Joesley estava ali falando era que estava bem com outro investigado, porque tinha quitado dívidas.

Joesley e Eduardo Cunha estão no mesmo caso, investigados pela Operação Sepsis, do uso dos recursos do FI-FGTS envolvendo pagamento de propina e empréstimos com vantagens indevidas e que foram intermediadas por um amigo de Joesley, Lúcio Funaro, e um indicado de Cunha para a vice-presidência da Caixa, Fábio Cleto. Então ele só poderia estar “bem com Eduardo”, depois que “zerou tudo”, se fosse pagamento de propina.

Nada há de republicano em parte alguma daquela conversa. Estão errados o local, a hora, o tom, os temas, a intimidade. Não é por uma frase que Temer tem que ser investigado a propósito dessa reunião, mas por toda ela.  O governo ontem, agarrava-se na possibilidade de que o áudio fosse provar a versão do presidente Temer de que ele não pediu para que Joesley desse dinheiro a Eduardo Cunha. Um ministro disse que o governo tentaria ver se “as ruas” aceitariam a versão de Temer. Não há rua alguma a favor de Temer, e até a versão que ele dá para a conversa é ruim o suficiente.

Antes havia uma crise política no país, agora é a crise Temer. O presidente é o ponto de instabilidade. Em um país sem governo, o que pode acontecer com os ativos? A forte oscilação que houve ontem. A bolsa despencou. O risco-país disparou. A Petrobras caiu 15%, o Banco do Brasil, 20%, ao longo do dia. Após o anúncio do presidente de que não ia renunciar, a ação do BB caiu 7%.  O dólar abriu a R$ 3,13 e chegou a R$ 3,40. A variação poderia ser ainda maior. O BC ofertou o equivalente a US$ 4 bi em contratos que funcionam como venda futura de moeda e a cotação terminou o dia em R$ 3,38, alta de 8%, a maior em um dia desde a maxidesvalorização de janeiro de 1999. De hoje até terça-feira, haverá outros três leilões de swap, no total de US$ 6 bi. O BC vinha reduzindo o estoque desses contratos, mas a volatilidade mudou essa orientação. Isso já se esperava. 

A questão não é um dia de pânico, mas a sensação de que não há horizonte rápido para a solução do problema político. Um ministro do governo admitiu ontem ao fim do dia que “é muito difícil reverter o quadro” mas acrescentou: “até para terminar é preciso amadurecer”. É simplesmente uma questão de tempo para que o presidente Temer deixe o governo. [a data, que é uma questão de tempo,  para Temer deixar o governo, é 31 de dezembro de 2018, exceto por razão que pertence unicamente a DEUS decidir.] 

Pode ser renúncia ou através da saída menos demorada que é o TSE. O importante é ser uma solução constitucional. [Convém não esquecer que a Constituição vigente permite a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL. Para tanto basta que os profetas do CAOS consigam colocar multidões nas ruas perturbando a ORDEM PÚBLICA.]

Fonte: Coluna da Míriam Leitão, com  Alvaro Gribel e Marcelo Loureiro

sábado, 7 de maio de 2016

Dilma planeja deixar o Palácio do Planalto descendo a rampa

Auxiliares temem que gesto da presidente pareça o fim do governo

[Dilma, é conveniente que você não divulgue o horário e assim evitará levar a maior vaia da história da Praça dos  Três Poderes, vaia e panelaço - dedicados a você, ao futuro presidiário Lula (que anda sumido, escondido, se borrando quando ouve o barulho de uma sirene) e a toda a corja petralha.]
 
Dando como certo que o plenário do Senado vai autorizar a abertura do processo de impeachment, há uma discussão no governo sobre a conveniência de a presidente Dilma Rousseff descer a rampa do Palácio do Planalto, acompanhada de movimentos sociais, ao ser notificada de seu afastamento do cargo por até 180 dias. 
 Auxiliares da presidente argumentam que esse gesto simbólico passará a imagem de que o governo acabou, contrariando a estratégia de Dilma e do PT de manter a militância e os movimentos sociais mobilizados, e de transformar o Palácio da Alvorada em um bunker até o Senado julgar o mérito do processo. [esses imbecis, aqui chamados de auxiliares da presidente esquecem que a militância petista e as gangues chamadas 'movimentos sociais' são movidas com dinheiro público e este dinheiro sumiu.
Se Dilma resolver enfrentar a vaia e panelaço com que será saudade e contar com os 'militontos' e 'movimentos sociais' corre o risco de encontrar meia dúzia de gatos pingados.]

Dilma quer descer a rampa, e entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já estão mobilizados para isso. O objetivo da presidente é deixar o governo “aplaudida pelo povo”, nas palavras de assessores do Planalto, e fazer um discurso nessa linha.

A conveniência do gesto está sendo também discutida pelos movimentos sociais: Há um debate em torno disso. Alguns ponderam que fica a imagem de que estamos saindo de vez. Mas ela vai ter que sair de qualquer jeito, porque não vamos ficar entrincheirados no Planalto, então que seja pela porta da frente, de cabeça erguida, abraçada pela massa e, principalmente, fazendo um discurso de que vai resistir ao golpe. É melhor do que sair escondida em um carro — disse um dirigente da CUT.

No governo, defensores desse rito dizem ainda que Dilma não terá outra oportunidade de descer a rampa, já que não poderá despachar mais no Planalto depois de afastada.
A mobilização para a votação no Senado será menor do que do que na votação da Câmara, pelo menos no que depender da CUT. Dessa vez, por contenção de despesa, a central sindical vai deslocar para a capital apenas integrantes de estados do entorno, como Mato Grosso, Mato Grosso de Sul e Goiás. No restante do país, a orientação é fazer mobilizações locais.

CRONOLOGIA
11 de maio. O plenário do Senado vota o parecer da comissão do impeachment. Os 81 senadores decidirão pela admissibilidade da denúncia, ou seja, se devem abrir processo contra a presidente, ou não. Aprovada a admissibilidade, Dilma será automaticamente afastada do cargo por até 180 dias. Se a admissibilidade for rejeitada, o processo é extinto. A abertura de processo de impeachment tem que ser aprovada por maioria simples, com a presença em plenário de pelo menos 41 senadores.

Até a sexta-feira 13. Entre os dias 11 e 13, a presidente é comunicada sobre a decisão do Senado, recebendo a notificação pelo primeiro-secretário da Casa. Se o processo não for encerrado em 180 dias,a presidente retoma as funções.

Após a notificação. A comissão especial começa seus trabalhos. A presidente terá um prazo para apresentar sua defesa formal. Há uma dúvida sobre o prazo que ela terá, mas a tendência é que sejam 20 dias, como ocorreu com Fernando Collor, em 1992.

Produção de provas. A comissão poderá fazer diligências e convocar testemunhas de acusação e de defesa. A comissão realiza um segundo parecer sobre se existem realmente provas e se a presidente deve sofrer impeachment ou não. É a chamada produção do “juízo de pronúncia”. O parecer é votado pela comissão, devendo ser aprovado, novamente, por maioria simples.


Nova votação. A sentença de pronúncia é votada pelo plenário do Senado, devendo ser aprovada novamente por maioria simples.

Fase final. É lido em plenário o chamado libelo acusatório, uma espécie de resumo de todo o processo, elaborado pelos denunciantes, no caso, os juristas. Nesse momento, o presidente do Senado envia os autos do processo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, marca a data do julgamento e convida o presidente do STF a presidir a sessão do julgamento do impeachment.

Julgamento. É presidido pelo presidente do STF. Por isso, o presidente do Senado tem direito a votar nessa fase final. O impeachment precisa ser aprovado por 54 dos 81 senadores. Se aprovado, Dilma é condenada por crime de responsabilidade, perde o cargo e fica inelegível por oito anos. A previsão é que o julgamento seja em setembro.


Fonte: O Globo