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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Fome e esquerda andam juntas - Guilherme Baumhardt

Ao surgirem dados sobre fome e miséria, olhe com atenção

Alguns anos atrás, antes de ser presidente, Lula participou de um evento, na Europa, e lá pelas tantas disparou: "No Brasil há 25 milhões de crianças de rua". Foi aplaudido por uma plateia de desinformados. Anos depois, rindo, falou sobre a "proeza", após levar uma chamada do ex-prefeito e ex-governador do Paraná Jaime Lerner: "Lula, a gente não conseguiria andar nas cidades se tivéssemos tantas crianças morando nas ruas". 
Mas como na cabeça do sujeito impera a malandragem (basta lembrar do episódio da mala de dinheiro encontrada no banheiro do aeroporto de Brasília), Lula optou por contar vantagem: "A gente inventava e saia dizendo número". Lula, neste caso, é um bom professor.
 
Nesta semana, em Davos, na Suíça, foi a vez da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, iniciar o desmatamento da verdade e a queimada do bom senso.  
Sem ficar ruborizada, Marina lascou que 120 milhões de brasileiros passam fome. 
É, obviamente, algo que não encontra respaldo na realidade. 
Significa que mais da metade do país não conseguiria se alimentar como deveria, ou seja, trata-se de mais um episódio que nos ensina que duvidar é preciso.
 
Durante a campanha eleitoral, difundiu-se a informação de que no Brasil havia 33 milhões de pessoas passando por insegurança alimentarum conceito um tanto difuso
Você sabe de onde saiu o número? Da Rede Penssan. 
O leitor já havia ouvido falar sobre o grupo? Não fique preocupado. 
Quase ninguém conhece, o histórico da turma é mínimo, mas a imprensa difundiu o dado produzido pela Penssan como se fosse uma verdade absoluta, algo que serviu para ajudar a campanha lulista a vender a tese de que o país estava na pior.
 
Marina Silva não tirou 120 milhões de famintos da própria cabeça. 
O número saiu de um levantamento coordenado pelo (preste atenção ao nome) Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia.  
Uma sigla que pretende muito, diz quase nada e, ao final, nos perguntamos: esse pessoal é o famoso "quem", mesmo? Pois é. Se quisermos um dado concreto, mais próximo da realidade, podemos e devemos buscar outras fontes.
O Banco Mundial, no final de 2022, revelou aquilo que muita gente já sentia. O indicador de brasileiros vivendo na extrema pobreza despencou de 5,4%, em 2019, para 1,9%, em 2020.  
Em números absolutos, estamos falando de uma queda de 7,2 milhões de pessoas (de 11,3 milhões para 4,1 milhões). Querem mais? 
Em novembro de 2022, o índice de desemprego no Brasil havia caído para o menor nível desde 2014, recuando para 8,3%, e com algumas unidades da federação gozando do pleno emprego, como Santa Catarina – coincidência ou não, Estado que nunca foi governado pelo PT ou pela esquerda.
 
Quando surgirem dados sobre fome e miséria, olhe com atenção. Citei alguns grupos acima, mas existem outros ainda mais inexpressivos, com coisa produzida em "fundo de quintal", por gente louca por alguns minutos de fama e holofote. 
 Em momentos assim, o melhor a se fazer é olhar para o retrovisor e revisitar a história. 
Os episódios relacionados à fome estão relacionados, na sua maioria, a guerras ou governos de esquerda. A Grande Fome de Mao (que matou mais de 40 milhões de chineses); o Holodomor, também conhecido como a "Grande Fome", que varreu do mapa ao menos quatro milhões de ucranianos; ou ainda a Venezuela atual, em que a população há anos não se alimenta como deveria. E nem vou citar Cuba.

Do Site Percival Puggina - Publicado originalmente no Correio do Povo


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Fome afeta 795 milhões de pessoas no mundo, mostra relatório da ONU



Apesar de melhora no cenário geral, na África Subsaariana, 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares - o dobro do que em 1990
A crise econômica prejudicou o combate à fome, que afeta 795 milhões de pessoas, segundo um relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado hoje (27), e que registrou queda nos números globais.  De acordo com a última edição do relatório da ONU O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, estima-se que caiu para 795 milhões o número de pessoas com fome no mundo, 10 milhões a menos do que o registrado no ano passado e 167 milhões a menos do que na década passada.

A situação melhorou nas regiões em desenvolvimento, onde a taxa de desnutrição – que mede a proporção de pessoas incapazes de consumir alimentos suficientes para uma vida ativa e saudável - diminuiu para 12,9% da população, contra 23,3% há 25 anos. Ainda assim, na África Subsaariana, 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares – o dobro do que em 1990, indica o relatório, publicado hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, mostrou-se otimista pelo fato de a maioria – 72 entre 129 dos países monitorados – terem atingido a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir para a metade a prevalência de desnutrição em 2015, enquanto as regiões em desenvolvimento falharam por uma margem reduzida.

Outros 29 países terão cumprido a meta definida na Cúpula Mundial da Alimentação em 1996, quando os governos se comprometeram a reduzir pela metade o número absoluto de pessoas subnutridas até 2015. "O quase cumprimento das metas mostra que podemos realmente eliminar o flagelo da fome durante esta geração. Nós devemos ser a geração Fome Zero. Esse objetivo deve ser integrado em todas as intervenções políticas e no coração da nova agenda de desenvolvimento sustentável a ser criada este ano", defendeu.

Segundo o documento, a crise econômica dos últimos anos prejudicou os progressos no combate à fome, juntando-se a outras causas como desastres naturais, fenômenos meteorológicos graves, instabilidade política e conflitos civis.  O relatório indica que, ao longo dos últimos 30 anos, as crises têm evoluído de eventos catastróficos, curtos, agudos e de grande visibilidade até situações prolongadas, devido a uma combinação de fatores, especialmente os desastres naturais e conflitos, com as mudanças climáticas, crises de preços e financeiras frequentemente entre os fatores agravantes.

Fonte: Agência Brasil