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segunda-feira, 3 de abril de 2023

Invasões do MST avançam e deputados reagem no Congresso

Retomada das invasões nesses 3 meses de governo Lula faz deputados de direita se mobilizarem na Câmara para freá-las

A série de ocupações em terras deflagradas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nas últimas semanas, desencadeou pelo menos três ofensivas no Congresso. Foram apresentadas duas propostas para punir, de forma mais severa, quem avança sobre a propriedade rural, além da mobilização para se instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o MST. Abril é considerado um mês fundamental para o movimento — a série de invasões que promove é conhecida como "Abril Vermelho" , que voltou a atuar com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em apenas três meses de governo, o MST promoveu 13 ocupações, mais do que todo o primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro (11) — veja infográfico abaixo.
 POL-tomada de terras
 
Uma das iniciativas no Congresso contra o MST prevê excluir invasores de terras dos programas fundiários. O PL 1.373/23, do deputado Lázaro Botelho (Progressistas-TO), impede ocupantes de áreas não produtivas de planos relacionados à reforma agrária, à regularização fundiária ou a linhas de crédito voltadas para a pequena produção rural. A proposta tem apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

A FPA também articulou a unificação de três propostas para instaurar uma CPI que investigue o movimento — conta, até agora, com 172 assinaturas, uma a mais que o necessário para protocolar o pedido. O deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) conseguiu juntar os requerimentos dos colegas Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), mas a formação da comissão aguarda análise do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Em outra ofensiva, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) busca o apoio da FPA para aprovar um requerimento de urgência para a apreciação do PL 8.262/17. A proposta permite a ação policial, sem a necessidade de ordem judicial, para retirada de manifestantes de propriedades, desde que seja apresentada escritura pública do imóvel, o que comprova a posse da terra. "Está havendo uma série de invasões de terras no Brasil, algo que não ocorreu nos últimos quatro anos. Com a chegada de Lula ao poder, a gente percebe que o MST, na verdade, faz terrorismo ao fazer esse tipo de ação. Está apenas buscando exercer influência política nesse momento de início do governo, mas prejudicando, obviamente, quem produz, quem está no campo", argumenta Van Hattem.

"A impressão que dá é que a situação piorou muito, porque, se no governo passado houve menos invasões em todos os quatro anos do que agora, só no início do governo Lula deve ter algo de errado em relação à proposta de reforma agrária do PT", critica o parlamentar.

Diferença
Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ao longo dos quatro anos de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro foram registradas 62 ocupações de terra por movimentos sociais de reforma agrária. A maioria se concentrou no último ano, com 23 ocorrências.

Política - Correio Braziliense


domingo, 26 de fevereiro de 2023

Invasões do MST viram arma para estratégia da oposição no Congresso

Atos de grupo sem-terra motivou parlamentares a assinarem pedido de abertura de CPI que tem como um dos alvos o atual ministro da Justiça

A série de invasões promovidas pelo MST a propriedades rurais no oeste de São Paulo na semana passada virou não somente munição da bancada bolsonarista no Congresso como também deu um novo fôlego à estratégia de deputados de oposição ao governo Lula.

Conforme mostrou VEJA na edição que chega neste fim de semana às bancas e plataformas digitais, na Câmara, parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram emplacar uma CPI voltada a fragilizar aliados de Lula por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. A ideia era centrar fogo na figura do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA). O plano até então não tinha vingado por falta de adesões, mas voltou a ganhar musculatura após os atos do MST em São Paulo.

A ideia seria incluir as invasões do MST no mesmo requerimento em que pediam a apuração das condutas do ministro da Justiça. A medida seria apenas a primeira dentre outras que os congressistas passaram a estudar, motivados pela criticada relação do MST com o PT, partido de Lula.

Esse movimento tem sido coordenado pelo deputado Evair de Mello (PP-ES), aliado de Bolsonaro. “Estamos organizando uma agenda legislativa da oposição e também um evento para os 100 dias de governo Lula”, disse o parlamentar. “Muitos que ainda estavam confiando no governo, após os últimos acontecimentos, estão aderindo”, completou, fazendo referência às invasões em SP.

Um dos deputados que ainda não tinha assinado o pedido de abertura da CPI até então, por exemplo, era David Soares (União-SP). Ele mudou de opinião quando soube dos atos do MST. “A partir do momento em que o MST faz essa ação coordenada, isso despertou raiva de muita gente, inclusive em mim. Porque isso afeta diretamente o agronegócio. Aí sabe-se lá o que vai acontecer”, afirmou.

LEIA TAMBÉM:  

 Governo e aliados intensificam ações para minar CPIs sobre o 8 de janeiro

A “traição” de Rodrigo Pacheco no caso da CPI dos atos golpistas

Para que haja o início do processo de instalação de uma CPI na Câmara, é preciso que o pedido tenha a adesão de, no mínimo, 171 deputados. Mello afirmou ter colhido 141 assinaturas até o momento.

 Política - Coluna na Revista VEJA


domingo, 1 de abril de 2018

A quem interessa

Nunca o pior foi tão melhor para compor o quadro ideal para o PT

Vinha morna a trajetória da caravana de Luiz Inácio da Silva Brasil afora, até que no Sul a sorte lhe cruzou o caminho na forma do repúdio violento de oponentes, com atos organizados para configurar confronto. Das ofensas verbais, degeneraram para agressões físicas, ataques a veículos do comboio, uma pedrada na orelha de um viajante, tiros a esmo; cenário propício ao ensaio de uma tragédia anunciada.

Nunca o pior foi tão melhor para o PT na composição do quadro de rebuliço, perseguição e vitimização que interessa ao partido, nesta altura desprovido de cabedal legal, político e moral para ocupar um espaço que já não consegue disputar em condições normais de temperatura. Quanto mais quente a fogueira, maior a chance de o incêndio alastrar-se ao molde de terra arrasada. [o PT e os que com ele simpatizam mais uma vez quebram a cara;
o fracasso retumbante da caravana do Lula pareceu por algumas horas que seria minorado diante da divulgação de que a caravana de malfeitores tinha sofrido um ataque a tiros;

só que a incompetência petista é tamanha que nem simular um ataque a tiros contra ônibus da caravana os imbecis foram capazes; a primeira suspeita de ser invenção petista para inflar a 'marcha do fracasso' surgiu quando parte dos petistas informava um local para o ataque e outro grupo indicava outro local - com um detalhe: a distância entre os locais indicados era em torno de 50km, convenhamos um erro excessivo;

a mentira foi confirmada quando a primeira perícia mostrou que os disparos foram efetuados a curta distância e com os ônibus parados.
Agora resta a Lula e sua corja caso queiram ser notícia antes do condenado ser preso, atirarem os ônibus em uma das inúmeras ribanceiras daquela região ou se conformarem que marcha petista e fracasso são sinônimos.]

Os radicais do Sul prestaram, assim, um belo serviço aos petistas, que tão necessitados andavam de um bom embate. Tão ávidos que resolveram abrir guerra contra a Netflix por causa da série O Mecanismo. Boicote a uma plataforma de cultura e entretenimento porque não gostaram de uma única produção. Isso seria só uma tolice, não fosse uma afronta direta à criação e ao conhecimento, além de um elogio ao sectarismo mais tacanho.

Nisso esse pessoal não difere da turma de Jair Bolsonaro e seus anseios de hábitos, costumes e pensamentos mediante a aniquilação dos contrários tidos como infiéis. Seita é seita, à esquerda ou à direita. Traço comum dos fanáticos é a ausência de discernimento acompanhada de absoluta ignorância em relação a tudo o que escapa à estreiteza da percepção dessa gente. Tão curtos de visão são os patrocinadores das barricadas estridentes contra Lula que não atinaram para o valor da mercadoria que lhe entregaram de graça. Deram margem a manifestações de condenação à violência (óbvio) e proporcionaram ao PT a chance de ir ao ministro da Segurança anunciar que a integridade física de Lula é de responsabilidade do governo federal.[com o desmentido do ataque toda a armação petista para responsabilizar eleitores de Bolsonaro perdeu o sentido.]


Responsabilidade essa para com os patrimônios (públicos e privados) e vidas que o PT não teve diante de depredações e invasões do MST e companhia quando estava no comando da nação. Comedimento que o partido cobra do alheio, mas não exerce em casa. Seja quando Lula incita a Polícia Militar a invadir a casa de manifestantes para aplicar-lhes “um corretivo”, seja quando dirigentes petistas semeiam a suposição do pânico ao difundir versões (falsas) de que o Brasil entraria em estado de combustão no caso da prisão de Lula.

Com o semblante mais inocente do mundo, coisa típica dos sonsos, o PT clama por tolerância, denuncia-se vítima de intolerância, depois de uma vida dedicada a ser intolerante. Nenhum partido fez carreira com base na intransigência com tanta ênfase como o PT. Na oposição, essa peculiaridade aparecia no discurso da austeridade moral e ética na política. No governo, o rigor aplicou-se à condenação dos adversários e à defesa das ilicitudes de companheiros e aliados.
Toda forma de violência é condenável. Lamentável, portanto, que o PT agora seja vítima da consequência do “bateu” e, por isso, “levou”.

Dora Kramer - Publicado em VEJA de 4 de abril de 2018, edição nº 2576