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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Lula diz só aceitar um tribunal: o povo! E as ameaças de Gleisi Hoffmann e Tarso Genro

Chefão petista faz comício contra sentença de Sérgio Moro e aproveita o evento para dizer que está no jogo e quer, de novo, a Presidência

Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no dia anterior pelo juiz Sérgio Moro a nove ano e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, discursou nesta quinta no Diretório Nacional do PT, em São Paulo.  Criticou a sentença do juiz Sérgio Moro, disse “estar no jogo” e aproveitou para lançar sua candidatura à Presidência da República em 2018. No costumeiro estilo palanqueiro, bravateou: “Se alguém pensa que, com essa sentença, me tiraram do jogo, pode saber que eu tô no jogo (…) E quero dizer ao meu partido que, até agora, não tinha reivindicado, mas vou reivindicar, me colocar como postulante à Presidência da República em 2018.” 


Uma das Irmãs Cajazeiras enxuga o suor do rosto de Lula (Foto: Edilson Dantas/ Agência O Globo

[o condenado Lula, mais uma vez age como o falastrão que é ;
felizmente para o Brasil e os brasileiros do BEM o infeliz antes, bem antes, das eleições 2018, estará encarcerado, com mais duas ou três condenações, e pelo menos duas já transitadas em julgado - o que o impedirá de ser candidato.
Disse, felizmente, porque não fosse as condenações que sofrerá até 2018, .o reeducando seria candidato com chances de ser eleito - o que ainda tem de brasileiro idiota, armado com um título de eleitor e pronto a ferrar o Brasil, seria suficiente para elegê-lo, especialmente pelo sistema vigente em que um candidato é declarado, em segundo turno, mesmo recebendo menos da metade dos votos do eleitorado.]  Alguém tinha alguma dúvida a respeito? Vamos ver.
Embora vazada naquele habitual tom condoreiro, a frase encerra mais a sua melancolia do que a sua força.
De fato, a sentença de Moro ainda não o tira do jogo eleitoral. Mas a que vem a seguir, do Tribunal Regional Federal da Quarta Região, pode tirar. Tanto o petista sabe disso que já fez o primeiro comício condenação, ao lado da senadora Gleisi Hoffmann, senadora do PT (PR), ré e “presidenta” (como ela quer) da legenda. Para não variar, a fala que realmente ficou fora de tom foi a de Gleisi.

Estima-se, tão logo o apelo chegue à aquela corte, que os três desembargadores encarregados do caso hão de se desincumbir da tarefa em um ano — a tempo, portanto, caso Lula realmente se torne candidato e tenha confirmada a condenação, de o partido escolher um novo nome ou aderir a uma das candidaturas que estiverem na praça.
Vocês sabem o que penso da sentença de Sérgio Moro — eu, que sou apenas um jornalista, e a quase unanimidade dos especialistas em direito: trata-se de uma peça fraca, ancorada numa investigação que não logrou chegar ao “é da coisa”. Isso não quer dizer, no entanto, que o TRF vá rejeitá-la. E a chance de a condenação ser confirmada é, obviamente, grande.

Mas será que isso autoriza Lula, Gleisi e ex-ministro Tarso Genro a falar besteira pelos cotovelos? Obviamente, não. O ex-presidente deu a seguinte pérola ao público presente: “Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara. Quem tem o direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro”.

Pois é… Não há interpretação virtuosa para isso. É evidente que ele está a dizer que não reconhece outra instância para julgar seus atos que não o tal “povo brasileiro”. A fala, com certeza, ecoou também no TRF4. O chefão petista está a afirmar que só um voto é legítimo no seu caso: a absolvição. A condenação seria uma afronta à soberania do povo.
E coube, então, à ré Gleisi Hoffmann a frase de lapidar estupidez. Segundo a preclara, quem tentar impedir Lula de ser candidato “vai responder pela instabilidade política no país”. Eu estou enganado, ou há aí um tom de ameaça? E ela foi adiante: “Não vamos admitir uma eleição sem Lula”.

É mesmo, Gleisi?
Ou é isso ou é o quê? Luta armada? Guerra de guerrilha?
Sim, a sentença de Moro é forte na pena que impõe e fraca nos argumentos que desfia. Mas é evidente que um ex-presidente da República, ainda assim, não pode se dizer acima das vicissitudes da lei. Há uma diferença abismal, senhora Gleisi Hoffmann, entre criticar a decisão de um juiz e dar um pé no traseiro das instituições.

Esse é, aliás, um comportamento muito típico de alguns membros da Lava Jato. Eu diria que estamos diante do confronto de duas forças que reivindicam a soberania, pisoteando, se necessário, o Estado de Direito: refiro-me a setores do Ministério Público e aos sequazes de Lula.
Tarso Genro também não se fez de rogado e afirmou sobre Lula: “Ele é a única liderança, com apelo popular e capacidade política, para encaminhar uma saída não violenta para a crise”.
Parece que o Valente está a nos dizer que, além de ser absolvido, Lula também tem de ser eleito para evitar “uma saída violenta para a crise”.
Tudo é, em suma, inaceitável e incompatível com a democracia. É claro que Lula e os petistas têm o direito de reclamar, de não gostar da sentença, de propor mobilizações. Mas a ninguém se faculta a licença de ameaçar a ordem democrática porque contrariado.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


 

 

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Irmãs Cajazeiras tomam Senado de Sucupira. Ou são punidas, na forma da lei, ou viva a zorra!

Invasão da Mesa do Senado por Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Regina Souza (PT-PI) tem de ser severamente punida. Trata-se de uma agressão à democracia

Lula, o Odorico Paraguaçu, de “O Bem Amado”, estava presente em espírito ao menos. Já as Irmãs Cajazeiras, aquelas que faziam qualquer coisa para ganhar um olhar do demiurgo, partiram para o ataque. E resolveram sequestrar o Senado para impedir a votação da reforma trabalhista ou impor aos colegas a sua pauta. Há punição para isso, e a Mesa da Casa vai dizer se resta por aquelas paragens o mínimo necessário de honra que justifique existir no país um Poder Legislativo.


Os mais jovens pesquisem um pouco. O Senado brasileiro lembrou, nesta terça, a cidade de Sucupira, na genial criação de Dias Gomes. É preciso que o óbvio fique claro e que se chame a coisa pelo nome. Três senadoras, com o apoio de outras duas, tomaram para si a Mesa do Senado — vale dizer: uma das Casas do Poder Legislativo — e, à feição de um movimento terrorista, diziam que só a liberariam se suas exigências fossem atendidas.


Embora tenha sido Fátima Bezerra (PT-RN) a tomar a cadeira de Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente da Casa, a chefa do movimento era Gleisi Hoffmann (PT-PR), a nossa Inês de Castro viciosa, que depois de ré foi rainha — do PT é claro! Ela preside o partido. A terceira Cajazeiras era Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM). Foram as três vozes mais estridentes contra o impeachment de Dilma depois, é certo, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que não participou do ato desta vez. No apoio, estavam ainda Lídece da Mata (PSB-BA) e Regina Souza (PT-PI).


Gleisi jurava que o Senado só seria devolvido ao povo brasileiro se um destaque fosse apreciado pelo plenário. Entenderam? É evidente que a ação caracteriza quebra do decoro. Aquelas senhoras estavam impedindo o Parlamento de funcionar e apelando a métodos violentos. É certo que há motivo o bastante para cassar o mandato da turma. Mas não vai acontecer. Que sejam denunciadas, no entanto, ao Conselho de Ética para que alguma sanção alternativa seja aplicada.


Quando Eunício percebeu que aquelas senhoras não sairiam de lá tão cedo, mandou desligar os microfones e apagar as luzes. Elas não foram embora. O presidente do Senado, que deveria ter aberto a sessão às 11h, só recuperou o controle da Casa às 18h30. Segundo Gleisi, falta legitimidade a Temer, que réu não é, para propor reformas. Já a ré, acusada de corrupção, ah, ela se sente à vontade presidindo o PT e expelindo regras sobre o funcionamento do mundo e mais um pouco.


Sabemos a herança que o governo liderado por essa gente deixou a país. E não deixa de ser uma coisa miserável que os caras estejam passando por um processo de reabilitação. E não! A culpa não é de Temer. A responsabilidade maior por esta crise é da PF, do MPF e da direita xucra, que não percebeu que estava servindo de cavalo de troia da esquerda, de Rodrigo Janot e de seus aloprados de faces rosadas.


Até uma quentinha rolou. As sombras provocadas pela luz dos celulares conferiam àquelas senhoras um ar meio fantasmagórico. Um leitor deste blog diz ter se lembrado de um filme chamado A Convenção das Bruxas”. Talvez seja maldade. Destaque-se, ademais, o oportunismo machista da manifestação, ainda que vivido pelo avesso. As senadoras recorreram a uma tática usada pelo MST: grupos compostos, muitas vezes, só de mulheres invadem e depredam propriedades, a exemplo do que fizeram em março de 2015 na empresa Suzano Futura Gene, em Itapetininga, São Paulo. Milhares de mudas foram destruídas, o que custou anos de pesquisa. A cilada é a seguinte: se alguém lhes tocar num fio de cabelo, ainda que estejam cometendo um crime, logo gritarão: “Agressão à mulher! Feminicídio simbólico! Machismo!”


Se a Mesa do Senado permitir que uma agressão de tal gravidade fique sem punição, estará dando um péssimo sinal à sociedade: “Se vocês não conseguirem algo na lei, tentem na marra”

Abaixo, um vídeo de “O Bem-Amado” para instruir os maios moços


https://www.youtube.com/watch?v=3UqRrjd2tVk


Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo