Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador EUNICIO Oliveira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EUNICIO Oliveira. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Com Temer e sem Janot, Raquel Dodge não menciona Lava-Jato em discurso

[Janot, apenas um ex-procurador a ser esquecido. Agora é deixar Michel Temer trabalhar, realizar as reformas necessárias, torcer que tenha êxito - sem as reformas, sem a recuperação econômica, o desemprego vai permanecer e aumentar, a recessão crescer, a inflação voltar aos dois dígitos e só o Brasil e os brasileiros, especialmente os mais pobres, serão os prejudicados.]

Nova procuradora-geral fez questão de ressaltar 'atuação múltipla' do MP

Num discurso de cerimônia de posse em que não citou expressamente a operação Lava-Jato e em que fez questão de ressaltar a atuação múltipla do Ministério Público Federal (MPF), a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou na manhã desta segunda-feira que o povo brasileiro "não tolera a corrupção" e que o país "passa por um momento de depuração". — O país passa por um momento de depuração. 

Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto — disse Raquel após ser empossada como procuradora-geral.  Na mesa da cerimônia que deu posse a Raquel no cargo, no começo da manhã desta segunda-feira, estavam o presidente da República, Michel Temer, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).  O primeiro foi denunciado pelo antecessor de Raquel, Rodrigo Janot, por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. Os outros são investigados em dois inquéritos cada, dentro da Lava-Jato, também por pedido de Janot.
O presidente Michel Temer durante posse da procuradora-geral da República, Raquel Dodge - Ailton Freitas / Agência O Globo

Temer, Maia e Eunício, alvos da Lava-Jato, ouviram a procuradora-geral fazer uma citação ao papa Francisco, numa passagem sobre corrupção: — O papa Francisco nos ensina que a corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada nem por ninguém. Construiu uma autoestima que se baseia em atitudes fraudulentas. Passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço de sua própria dignidade e da dignidade dos outros. A corrupção faz perder o pudor que protege a verdade, a bondade e a beleza.

Raquel fez uma segunda citação em seu discurso de posse, da poetista goiana Cora Coralina. A procuradora-geral também é goiana. A citação encerrou o discurso:  Neste início de mandato, peço a proteção de Deus para que nos momentos em que eu for colocada à prova, não hesite em proteger as liberdades, em cumprir o meu dever com responsabilidade, em fazer aplicar a Constituição e as leis, para entregar adiante com segurança o legado que recebo agora, e que eu então possa dizer, parafraseando a grande poetisa Cora Coralina, de meu amado estado de Goiás, que contribuí para que haja mais esperança nos nossos passos do que tristeza em nossos ombros.

DEFERÊNCIAS AO STF E CONGRESSO
 Em seu discurso, Raquel defendeu que "o devido processo legal é um direito" e que a harmonia entre os poderes "é um requisito para a estabilidade da nação". A procuradora-geral fez deferências ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional:  Os órgãos do sistema de administração de justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto.

Ela deixou claro que a atuação do Ministério Público vai além do combate à corrupção. A Operação Lava-Jato foi o carro-chefe da gestão de Janot. — O Ministério Público deve promover justiça, defender a democracia, zelar pelo bem comum e pelo meio ambiente, assegurar voz a quem não a tem e garantir que ninguém esteja acima da lei e ninguém esteja abaixo da lei — disse Raquel.


Raquel e Janot são integrantes de alas opostas dentro da PGR. Ela cumprimentou seu antecessor "por seu serviço à nação". Foi a única frase dirigida explicitamente à Janot, que não compareceu à cerimônia de posse.  A procuradora-geral afirmou que, dentre os 41 homens que a antecederam no cargo, muitos assumiram a função "sob intensa tempestade". Ela é a primeira mulher procuradora-geral.  — A nenhum faltou a certeza de que o Brasil seguirá em frente porque o povo mantém a esperança em um país melhor, interessa-se pelo destino da nação, acompanha investigações e julgamentos, não tolera a corrupção e não só espera, mas também cobra resultados.

Segundo a procuradora-geral, o papel "clássico" do Ministério Público é "processar criminosos", mas outras atribuições constitucionais se somaram a essa:  — É preciso desempenhar bem todas essas funções, porque todas ainda são realmente necessárias. Para muitos brasileiros a situação continua difícil, pois estão expostos à violência e à insegurança pública, recebem serviços públicos precários, pagam impostos elevados, encontram obstáculos no acesso à justiça, sofrem os efeitos da corrupção, têm dificuldade de se auto-organizar, mas ainda almejam um futuro de prosperidade e paz social. O Ministério Público tem a obrigação de exercer com igual ênfase a função criminal e a defesa dos direitos humanos.



Presidente Michel Temer participa da cerimônia de posse da procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, junto os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia - Jorge William / Agência O Globo

INVESTIGADOS NA MESA DA POSSE
A posse foi antecipada para as 8h no auditório Juscelino Kubitschek, na sede da PGR em razão da agenda do presidente Michel Temer, que participará da cerimônia. Temer embarcou em seguida para os Estados Unidos, onde participa de jantar com o presidente Donald Trump e, depois, da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Raquel foi a primeira a discursar. Seguindo à risca seu estilo discreto, não abriu o teor do discurso de dez minutos nem a auxiliares mais próximos. Até ontem, ela ainda elaborava a fala. Temer falou em seguida. Após os cumprimentos, a nova procuradora empossará seus secretários e fará reuniões com os procuradores-chefes nas unidades da federação.

À tarde, Raquel definirá o conteúdo final de uma ou duas portarias com as regras para a troca de bastão entre os grupos de Lava-Jato. Além disso, ela concluirá a montagem da equipe que a auxiliará nos processos da operação. A publicação deve ocorrer entre esta segunda e terça-feira. A nova procuradora-geral cogita estabelecer um prazo de 30 dias para a transição entre as duas equipes.

Nas trocas de integrantes do grupo de trabalho da Lava-Jato, tem pesado uma resolução que Raquel apresentou no Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) e que a colocou mais uma vez — em lado oposto ao de Janot. A resolução limita em 10% a cessão de procuradores da República das unidades nos estados para forças-tarefa em outras unidades do MPF.

Em abril, quando já havia ampla maioria de votos para aprovar a resolução, Janot pediu vista da proposta. O Conselho voltou a apreciá-la em 1º de agosto, quando, então, a resolução foi aprovada. O texto prevê que, em unidades onde a desoneração de integrantes do MPF supere os 10%, a recomposição de pessoal deve ser feita até 3 de janeiro de 2018.

A resolução, assim, se aplicaria a pelo menos três casos de procuradores que integram o grupo da Lava-Jato, segundo interpretação de fontes que atuam na transição dos grupos. O último parágrafo do texto, no entanto, prevê que as medidas não se aplicam a cessões feitas a forças-tarefa em curso.

VALIDADE DE PROVAS EM CASO DE RESCISÃO
Além das definições a respeito do grupo da Lava-Jato, outra expectativa dentro da PGR é sobre a construção que Raquel dará à tese de validade das provas em caso de rescisão de um acordo de delação premiada. Janot decidiu rescindir o acordo assinado com Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, e com Ricardo Saud, diretor de relações institucionais do grupo proprietário da JBS, em razão da omissão de crimes na colaboração premiada assinada com a PGR e homologada pelo STF. O procurador-geral defendeu a validade e a continuidade das provas apresentadas.


A tese de Raquel pode ser conhecida até quarta-feira, quando o plenário do STF vai decidir se a segunda denúncia contra Temer prosseguirá antes de uma decisão sobre a validade das provas da JBS. A defesa do presidente pede uma interrupção do processo até a conclusão das investigações sobre o contexto em que a delação foi elaborada.  Outra expectativa dentro da PGR é que Raquel possa promover uma revisão do modelo adotado para assinar colaborações. Ao todo, Janot assinou 159 acordos de delação que acabaram homologados pelo STF, dentro da Lava-Jato. Essas delações são responsáveis por grande parte dos 178 inquéritos instaurados para investigar políticos com foro privilegiado. Ao todo, nesses procedimentos no STF, existem 450 investigados.

Mudanças na estrutura da Lava-Jato foram anunciadas por Raquel há um mês. Uma nova secretaria será criada, de Função Penal Originária no STF, que vai abarcar o grupo de trabalho da operação. A titular da secretaria será Raquel Branquinho, que tem histórico de atuação em casos de corrupção, como o mensalão. O grupo da Lava-Jato será capitaneado por dois procuradores experientes em casos como os mensalões petista e mineiro e a Operação Zelotes: Alexandre Espinosa e José Alfredo de Paula.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Irmãs Cajazeiras tomam Senado de Sucupira. Ou são punidas, na forma da lei, ou viva a zorra!

Invasão da Mesa do Senado por Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Regina Souza (PT-PI) tem de ser severamente punida. Trata-se de uma agressão à democracia

Lula, o Odorico Paraguaçu, de “O Bem Amado”, estava presente em espírito ao menos. Já as Irmãs Cajazeiras, aquelas que faziam qualquer coisa para ganhar um olhar do demiurgo, partiram para o ataque. E resolveram sequestrar o Senado para impedir a votação da reforma trabalhista ou impor aos colegas a sua pauta. Há punição para isso, e a Mesa da Casa vai dizer se resta por aquelas paragens o mínimo necessário de honra que justifique existir no país um Poder Legislativo.


Os mais jovens pesquisem um pouco. O Senado brasileiro lembrou, nesta terça, a cidade de Sucupira, na genial criação de Dias Gomes. É preciso que o óbvio fique claro e que se chame a coisa pelo nome. Três senadoras, com o apoio de outras duas, tomaram para si a Mesa do Senado — vale dizer: uma das Casas do Poder Legislativo — e, à feição de um movimento terrorista, diziam que só a liberariam se suas exigências fossem atendidas.


Embora tenha sido Fátima Bezerra (PT-RN) a tomar a cadeira de Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente da Casa, a chefa do movimento era Gleisi Hoffmann (PT-PR), a nossa Inês de Castro viciosa, que depois de ré foi rainha — do PT é claro! Ela preside o partido. A terceira Cajazeiras era Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM). Foram as três vozes mais estridentes contra o impeachment de Dilma depois, é certo, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que não participou do ato desta vez. No apoio, estavam ainda Lídece da Mata (PSB-BA) e Regina Souza (PT-PI).


Gleisi jurava que o Senado só seria devolvido ao povo brasileiro se um destaque fosse apreciado pelo plenário. Entenderam? É evidente que a ação caracteriza quebra do decoro. Aquelas senhoras estavam impedindo o Parlamento de funcionar e apelando a métodos violentos. É certo que há motivo o bastante para cassar o mandato da turma. Mas não vai acontecer. Que sejam denunciadas, no entanto, ao Conselho de Ética para que alguma sanção alternativa seja aplicada.


Quando Eunício percebeu que aquelas senhoras não sairiam de lá tão cedo, mandou desligar os microfones e apagar as luzes. Elas não foram embora. O presidente do Senado, que deveria ter aberto a sessão às 11h, só recuperou o controle da Casa às 18h30. Segundo Gleisi, falta legitimidade a Temer, que réu não é, para propor reformas. Já a ré, acusada de corrupção, ah, ela se sente à vontade presidindo o PT e expelindo regras sobre o funcionamento do mundo e mais um pouco.


Sabemos a herança que o governo liderado por essa gente deixou a país. E não deixa de ser uma coisa miserável que os caras estejam passando por um processo de reabilitação. E não! A culpa não é de Temer. A responsabilidade maior por esta crise é da PF, do MPF e da direita xucra, que não percebeu que estava servindo de cavalo de troia da esquerda, de Rodrigo Janot e de seus aloprados de faces rosadas.


Até uma quentinha rolou. As sombras provocadas pela luz dos celulares conferiam àquelas senhoras um ar meio fantasmagórico. Um leitor deste blog diz ter se lembrado de um filme chamado A Convenção das Bruxas”. Talvez seja maldade. Destaque-se, ademais, o oportunismo machista da manifestação, ainda que vivido pelo avesso. As senadoras recorreram a uma tática usada pelo MST: grupos compostos, muitas vezes, só de mulheres invadem e depredam propriedades, a exemplo do que fizeram em março de 2015 na empresa Suzano Futura Gene, em Itapetininga, São Paulo. Milhares de mudas foram destruídas, o que custou anos de pesquisa. A cilada é a seguinte: se alguém lhes tocar num fio de cabelo, ainda que estejam cometendo um crime, logo gritarão: “Agressão à mulher! Feminicídio simbólico! Machismo!”


Se a Mesa do Senado permitir que uma agressão de tal gravidade fique sem punição, estará dando um péssimo sinal à sociedade: “Se vocês não conseguirem algo na lei, tentem na marra”

Abaixo, um vídeo de “O Bem-Amado” para instruir os maios moços


https://www.youtube.com/watch?v=3UqRrjd2tVk


Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Temer conta votos para tentar barrar denúncia e garantir mandato

Governo pretende levar a denúncia para ser votada em plenário na véspera do recesso para que a oposição não alcance os votos necessários

O presidente Michel Temer desembarcou em Brasília no fim de semana disposto a lutar até o fim para manter o mandato, apesar de todos os fatores adversos. Quem esteve com ele garante que nunca viu tanta valentia. Do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Temer obteve o compromisso de que os deputados só entrarão em férias depois de decidirem se concedem ou não autorização para que seja processado no Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), entretanto, avisou que, se a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estiver pronta para ser votada em 17 de julho, ele colocará em pauta e aí, o recesso será automático. “Não desejo, em tempo de crise, fazer recesso branco”, disse. Com a espada da LDO estreitando os prazos e os deputados ávidos pelo recesso, o governo colocará a base para acelerar o passo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, apostando nas ausências em plenário na etapa posterior. O raciocínio do governo é simples: quem precisa ter 342 votos para autorizar o processo é a oposição. E, colocar a denúncia para ser votada no apagar da luzes, será o teste de fidelidade de Maia.


Com o cenário desenhado, Temer passou o dia ontem dedicado a cuidar dos votos e do quórum necessários para tentar ultrapassar o primeiro obstáculo: a Comissão de Constituição e Justiça. Ali, nos bastidores, o governo joga com o seguinte argumento: admitir que Temer seja investigado é votar a favor do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aquele que quer processar o presidente da República, deputados, senadores, mas livrou o empresário Joesley Batista de qualquer problema. Nesse palco, em que o relator, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) apresentará hoje o parecer sobre a denúncia, o governo espera ter pelo menos 38 votos, apesar do quadro de desconforto com nomes de peso dentro do PSDB pregando que o partido entregue os cargos. Ontem, foi a vez do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, João Doria, engrossarem o coro pelo afastamento do PSDB do Executivo.

“Não defendo que o PSDB se mantenha no governo. Defendo que o PSDB tenha um olhar para o Brasil, e como fazer para que as reformas continuem”, afirmou Doria à Agência Estado. Alckmin, entretanto, foi mais brando ao dizer que o partido deve deixar o governo “depois das reformas”. Hoje, os tucanos farão novas reuniões para tentar unificar o discurso em relação à postura. Em conversas reservadas, deputados da sigla têm dito que o presidente em exercício da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), e o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), se anteciparam ao defender que o PSDB abandone Temer à própria sorte. O raciocínio é que o PSDB pode até sair mais à frente, mas não pode ser acusado de ter sido o algoz do presidente no campo político e, com tantas declarações desencontradas, o partido está cumprindo esse papel.

Traição
A divisão no PSDB foi assunto ontem à noite no Palácio da Alvorada. Para os mais fiéis escudeiros de Michel Temer, está claro que os tucanos “traíram” e vão trair o governo, não só na CCJ, na qual o líder na Câmara, Ricardo Tripoli, já avisou que não trocará deputados nem para ajudar, nem para atrapalhar. A atuação chegou ao ponto de o presidente Temer telefonar para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a fim de explicar a visão a respeito da denúncia de Rodrigo Janot e, ao mesmo tempo, tratar de presidente para presidente do desconforto de ver aliados entregando o governo à própria sorte neste momento tão difícil.


A avaliação é a de que, sem o PSDB, Temer terá de jogar todas as fichas nos partidos do Centrão e, ainda, cuidar para que o PMDB não se deixe levar pelo canto dos apoios eleitorais em 2018 a cargos majoritários. Ao presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), já foi oferecida vaga de candidato a governador de Minas Gerais por outras legendas. O que o governo deseja de Pacheco nesta segunda-feira é a garantia da leitura do relatório de Zveiter. Para ter quórum, todos os governistas da CCJ receberam ontem telefonemas de líderes que estavam no Alvorada com a ordem expressa: antecipem seus voos para ter número suficiente à tarde na comissão. Com quórum, Zveiter poderá ler o relatório. A presença hoje à tarde, aliás, é considerada o primeiro sinal de apoio ao governo. A contagem será possível porque a oposição, leia-se PT e partidos de esquerda, pretendem derrubar a sessão.

Paralelamente à busca do quórum de 34 deputados, metade mais um dos 66 integrantes da CCJ, o governo passou a tarde em construção de cenários. Se Zveiter apresentar um relatório contrário ao Planalto, os aliados de Temer prometem preparar outro em defesa do presidente. Embora seja difícil derrotar um parecer da lavra de um peemedebista, a ideia do Planalto é saber quem dali o governo poderá contar em qualquer circunstância. Afinal, se um deputado do PMDB apresentar um parecer favorável ao Ministério Público Federal e ao procurador Rodrigo Janot, vai ficar difícil o presidente convencer os outros partidos a permanecerem ao lado do governo.


342Quantidade de votos para aprovar a admissibilidade da denúncia

O caminho na Câmara


Segunda-feira
» O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), abre, às 14h, a sessão para leitura do parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) sobre o pedido para que o presidente Michel Temer seja investigado por crime de corrupção passiva. Terminada a exposição do relator, a defesa de Temer terá o mesmo tempo para apresentar as alegações. Feito isso, serão concedidas vistas coletivas aos membros do colegiado pelo prazo de duas sessões.

Quarta e quinta-feira
» Rodrigo Pacheco abrirá a fase de debates, na qual todos os 66 integrantes da comissão terão direito à palavra. Cada um terá o tempo de 15 minutos. Depois, será dada a palavra a outros 40 parlamentares não membros: 20 a favor e 20 contra, sendo 10 minutos para cada orador. Após esse período, que deve levar dois dias, o relator e a defesa terão mais 20 minutos cada.

Apreciação
» Se tudo correr dentro do cronograma, a votação ocorrerá, no mais tardar, na sexta-feira, deixando para a próxima semana a apreciação do caso no plenário da Câmara. Se houver atrasos, a votação na CCJ ficará para a semana que vem. Segundo Pacheco, é a dinâmica das sessões que ditará o ritmo dos trabalhos.

Fonte: Correio Braziliense

 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Em queda de braço com Cunha, Renan discute "engavetar" projeto de terceirização – a verdade é que Renan foi cooptado por Dilma (ele padece de pró governomania’)



O presidente do Senado tem dito que não concorda com o texto que foi aprovado na quarta-feira, 22.
Em queda de braço com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem discutido com interlocutores próximos a possibilidade de "engavetar" o projeto que trata da regulamentação no País. Renan tem dito que não concorda com o texto que foi aprovado nesta quarta-feira, 22, pelos deputados em plenário e, diante da ameaça de Cunha de restabelecer o que passou na Câmara, deve segurar a votação da proposta pela Casa ao menos durante a sua gestão, que se encerra em janeiro de 2017.

Como o projeto original, apresentado em 2004, é de autoria de um deputado federal, a Câmara tem a prerrogativa regimental de dar a palavra final sobre o teor da proposta. Isso significa que, mesmo se os senadores aprovarem mudanças ao texto, os deputados podem retornar ao teor que foi aprovado ontem pela Câmara que a matéria seguirá para a sanção presidencial.

Na terça-feira, 21, Cunha já havia mandado um recado público para Renan. "O que a Câmara decidir pode ser revisado pelo Senado. Mas a última palavra será da Câmara. A gente derrubaria a decisão se o Senado desconfigurar o projeto", disse.  Ciente disso, Renan deve trabalhar para adiar, o quanto for possível, a apreciação do texto. Um interlocutor direto do presidente do Senado ouvido reservadamente pelo Broadcast Político, serviço de tempo real da Agência Estado, ironizou a atuação de Cunha no projeto. "Demorou 11 anos para passar na Câmara, se demorar cinco para tramitar no Senado está bom", afirmou, ao dizer que a proposta será votada "a gosto de Deus".

Uma estratégia para "desacelerar" a tramitação do projeto é fazer com que ele passe por várias comissões permanentes, sejam realizadas sessões e audiências públicas nas comissões e no plenário. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), apostou que, pela envergadura da proposta, ela terá de passar por pelo menos quatro comissões da Casa.

Alterações
Ontem pela manhã, antes da conclusão da votação do projeto pelos deputados, Renan já havia defendido publicamente que a regulamentação da proposta não poderia ser "ampla, geral e irrestrita". "Se ela (a terceirização) atingir 100% da atividade fim, ela estará condenando essas pessoas todas à supressão de direitos trabalhistas e sociais", disse ele, ao ressaltar que foi o PMDB quem incluiu na Constituição o artigo 5º, que trata, entre outros assuntos, do direito ao trabalho
. [curioso: salvo um surto de ‘petismo’ nenhuma pessoa sensata entende que qualquer tipo de terceirização leve à supressão de direitos trabalhistas e sociais.
Destaque-se que qualquer projeto nesse sentido seria fulminado na CCJ por ser inconstitucional.]

Hoje pela manhã, os líderes das duas maiores bancadas do Senado, o PMDB e o PT, afirmaram que querem alterar o projeto. O líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), defendeu a proibição da terceirização nas atividades-fim, conforme aprovado pelos deputados. "A terceirização é importante, mas ela não pode ocupar o espaço fim de qualquer empresa", adiantou ele, ao destacar que não vai permitir "nenhum açodamento" na discussão sobre o projeto. [o Brasil espera que o Senado da República, que teve a dignidade de ainda no governo Lula, extinguir a maldita CPMF, tenha a dignidade de votar o projeto da terceirização com a maior brevidade possível.
É inaceitável que aquela Casa se acovarde e protele uma decisão.]

O líder do PT no Senado fez coro ao peemedebista . "Não há qualquer negociação que possamos abrir na terceirização da atividade-fim. Ou ela sai do texto do projeto ou votaremos contra ela", afirmou Humberto Costa. O petista disse que não se pode ceder à precarização das relações de trabalho e "superexplorar" o empregado como uma solução para um problema econômico. "Não podemos dar lucro e produtividade para as empresas subtraindo direito dos trabalhadores", completou o líder do PT, ao dizer que isso é uma fórmula para disseminar mais "miséria".
[disseminar mais miséria é o que o PT tem feito desde 1980, ano em que foi fundado – a postura do partido PERDA TOTAL sempre leva a nivelar por baixo.]