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sábado, 15 de dezembro de 2018

Reflexões para um Bolsonaro sereníssimo

Quem assistiu, atentamente, ao vídeo da cerimônia de lançamento ao mar do submarino Riachuelo constatou o quão maquiavélico é o Presidente Michel Temer. Chamou atenção o modo carinhoso, quase bajulador, com o qual ele tratou o Presidente eleito Jair Bolsonaro – que parecia uma pessoa tímida diante do salamaleque temerário. O ex-vice que derrubou a Dilma apenas comprovou que sabe jogar o jogo. O estilo Temer, cativante e super educado nas aparições públicas, combinado com alta capacidade de articulação política nos bastidores, teve seu ápice, mais tarde, quando ele assinou a extradição do assassino italiano Cesare Battisti – por enquanto um ilustre foragido da Polícia Federal. Temer poderia ter deixado a decisão para Bolsonaro, que a tomaria com o máximo prazer. No entanto, preferiu dar a prova pública de que é um estrategista que consegue ganhar força no fim do curto mandato que foi menos pior que o da Dilma.

Bolsonaro participou do Lançamento do Submarino Riachuelo.
Armado com torpedos e mísseis, o submarino poderá espalhar minas navais nas rotas de outras embarcações. O primeiro de uma frota de quatro novos submarinos de ataque da Marinha do Brasil. O lançamento do S-40 Riachuelo teve a presença do presidente Michel Temer, Jair Bolsonaro e 23 autoridades dos três poderes além dos convidados.
 
Temer criou todas as facilidades na transição para Bolsonaro. Discretamente, conseguiu até emplacar muita gente que atuou em seu governo para continuar jogando na equipe de Bolsonaro. Uma dúvida já está lançada no ar: Será que Bolsonaro vai arrumar algum lugarzinho com foro privilegiado para Temer ficar protegido da “perseguição” do Ministério Público Federal – que o acusa de crimes ligados à corrupção? O Presidente eleito já declarou, tempos atrás, que teria nada a ver com isso... Será que ele continua pensando do mesmo jeito, depois da camaradagem tática de Temer durante a transição arrumadinha?   

É importante avaliar se a tática temerária na transição vai seduzir – ou não – o futuro Presidente Jair Bolsonaro. Ainda mais porque os inimigos dele já agem com a máxima competência para plantar futuras armadilhas de desgaste político. Sem entrar no mérito do certo ou errado, está clara que a orquestração midiática para atingir o deputado estadual e futuro senador Flávio Bolsonaro tem como alvo real o pai dele. Com tanta insistência, as mancadas cometidas na Assembléia Legislativa do RJ podem, no médio e longo prazos, gerar embaraços para a família Bolsonaro. Por isso, uma eventual futura “ingratidão” contra o “civilizado” Michel Temer pode não ser recomendável a Bolsonaro. O estilo “doa a quem doer” é muito bonito e honrado na retórica. Porém, quando e se a água podre ultrapassa a altura do pescoço, pouco ou nada adianta o discurso moralista. Bolsonaro, que hoje ainda é franco atirador, a partir de 1º de janeiro se torna uma vidraça que o  Mecanismo promete atingir não se sabe com que eficácia, eficiência e efetividade.

Uma coisa Bolsonaro deveria aprender com Michel Temer. A sobrevivência política só é possível no Brasil se o Presidente tiver o máximo de jogo de cintura e articulação, nos bastidores políticos, econômicos, legislativos e judiciários. O jogo requer muita frieza, racionalidade e cálculo estratégico. Arroubos emocionais e conflitos inúteis (com inimigos reais e aliados próximos) podem custar a cabeça do titular do Palácio do Planalto. Resumindo: a única saída é um Bolsonaro sereníssimo e, preferencialmente, superaliado ao seu vice Antônio Mourão, que demonstra ter um imenso jogo de cintura político, além da competência técnica para lidar com as armadilhas da burocracia federal. Bolsonaro e Mourão têm a vantagem de serem pessoas verdadeiras, diretas, humildes e sem frescuras no trato interpessoal.

Por isso, é inaceitável que qualquer um dos dois caiam no joguinho burro das intrigas em torno do ilusório poder palaciano. Neste cenário de conflitos inúteis, é concreto o risco de isolamento político e pessoal. Os diferentes núcleos de poder em torno de Bolsonaro precisam acionar o módulo “pacificação”, apertando, imediatamente, o botão “tolerância”. O momento é acionar outro botão: “Cautela”. Fechar a boca, principalmente evitando fofoquinhas via imprensa, é básico para conter um clima autodestrutivo de cizânia. Resumindo, de novo: Se não parar com a viadagem interna, o novo governo nascerá com prazo de validade vencido. Isto é tudo que a esquerda e os bandidos esperam que aconteça... Eles são péssimos de governo, porém craques na oposição...

Jorge Serrão - Alerta Total

 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Calma, o governo Bolsonaro ainda não começou...

Arapuca previsível, a terrível armadilha da “transição” causa desgastes desnecessários ao Presidente eleito Jair Bolsonaro. Intrigas, fofocas, factóides, “fogo amigo” no PSL e indicações “fake” de futuros ministros e presidentes de estatais criam um clima de tensão e incerteza para um governo que sequer começou. Aliados, assessores próximos e os filhos de Bolsonaro ajudam a alimentar o nervosismo estrategicamente explorado pela mídia opositora.

Já está claro que a guerra de comunicação é o primeiro e mais forte obstáculo que o novo governo precisa enfrentar antes de assumir, em 1º de janeiro. Se o problema não for administrado com estratégia, cautela e serenidade, a coisa ficará mais feia ainda quando Bolsonaro efetivamente estiver com a caneta mágica que assina as decisões publicadas no Diário Oficial da União. As decisões, comunicados, desmentidos e recuos – anunciados via rede social da Internet – têm causado “insegurança comunicativa”.  

Além do Presidente eleito, tem muita gente falando (bem ou mal) em nome do futuro governo. Tal procedimento é de alto risco. A oposição midiática explora, com maestria, o imperdoável erro tático – causado por pura ansiedade daqueles prestes a conquistar espaços na máquina federal de poder. A fase de definição dos ministros e dos gestores das principais “estatais” – que deve terminar até o fim da próxima semana – tende a reduzir o clima de insegurança, especulações e intrigas.

Bolsonaro acabou forçado ontem a comparecer a uma reunião com a bancada eleita por seu partido, o PSL, para dar uma acalmada nos ânimos demasiadamente exaltados. O Presidente eleito também tomou a sábia decisão de promover um isolamento pessoal estratégico, mudando-se do apartamento funcional de deputado para a Granja do Torto – uma das residências oficiais do titular do Palácio do Planalto. Bolsonaro terá muitas bombas para desarmar. A máquina estatal, do tamanho que está, é uma gastadora sem fim de recursos públicos. Mudar tal estrutura será uma missão quase impossível. Será inevitável o imenso desgaste de mexer com o destino pessoal de servidores públicos. Os descontentes afetados sabotarão, previamente, o novo governo. Não se pode esperar nada diferente de uma máquina aparelhada pelo petismo & afins por mais de 13 anos...

O “baronato” bem remunerado do serviço público não quer mudanças nos seus privilégios. [???]  Assim, o orçamento público federal não fechará as contas. A dívida pública não será controlada com meras decisões de contabilidade criativa. Estados e municípios em estado falimentar farão governadores e prefeitos agirem como pedintes de instável fidelidade política. Temas como reforma da previdência, desestatização e mexidas tributárias causarão discussões tensas – que tendem a atingir impasses insuperáveis. Não será fácil manter a euforia do mercado com o novo governo. Bolsonaro já é cobrado, implacavelmente, antes de assumir. Imagina como será a partir de janeiro. O futuro Presidente terá de definir uma estratégia de comunicação equilibrada – que consiga administrar a ansiedade de tantos “superministros” interessados em mostrar serviço rapidamente. A “imprensa” já sinalizou que jogará pesadamente contra. Comunicação direta, via redes sociais ajuda, porém não faz milagre.

Um grande mistério é como vai fluir o relacionamento entre a Vice-Presidência, a Casa Civil, o Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria Geral da Presidência – que acumula muito poder: Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a Secretaria de Comunicação da Presidência (responsável pela comunicação oficial e pela distribuição de verba para a mídia) e a Empresa Brasil de Comunicação, além do programa de desburocratização e do GovTech (Governo Eletrônico).

Bolsonaro precisa ser Presidente da República – e não gestor de previsíveis conflitos de poder em uma estrutura muito próxima a ele, porém com atribuições que tendem a provocar “bateção de cabeças”... Parece que Bolsonaro precisará de um “Mediador Geral do Governo”. Parece que Antônio Hamilton Mourão é o sujeito com jogo de cintura e legitimidade do voto para cumprir a missão tão espinhosa de atuar acima e segurar a onda dos puxa-sacos, sabotadores e fogueteiros-amigos... Tudo indica que este será o papel estratégico do vice no governo...
[óbvio que Jaiminho Haddad não tomou tão brilhante decisão sozinho; contou com a 'assessoria' brilhante do Zanin.
Perguntas que não querem calar: do que 'jaiminho' vive? quais são as fontes de recurso que o sustentam e aos familiares?]

Só será fundamental sempre lembrar que o povo que elegeu Jair Bolsonaro e Antônio Mourão deu um ultimato: deseja economia crescendo, menos impostos, mais emprego e melhores salários, com Segurança Pública. O povão não quer saber qual será o resultado da guerra intestina entre os poderosos no governo...
serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do Movimento Avança Brasil