Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador burocracia federal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador burocracia federal. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Bolsonaro: entre a ilusão de poder e o Crime?

Alerta Total

Só se Jair Messias Bolsonaro for bandido, canalha e politicamente suicida, ele vai escolher como titular da Procuradoria-Geral da República alguém que contrarie a vontade estratégica de seu ministro da Justiça, o herói-nacional Sérgio Moro. Como Bolsonaro até agora não demonstrou tais desqualificações no exercício da Presidência da República, o mais provável, uma tendência forte, é que o futuro titular da PGR seja um “processador” e não um “engavetador” de inquéritos, investigações e denúncias contra os agentes do Crime Institucionalizado no Brasil.

[o que entendemos ideal é que o indicado por Bolsonara não esteja na listra tríplice e nem seja o procurador Deltan Dallagnol.
Aras é desaconselhável devido ter o apoio dos filhos de Bolsonaro - o presidente e seus filhos precisam entender, e aceitar, que o Brasil não é uma monarquia. Além do que, um indicado deles tem tudo para ser encrenca na certa.
Sem fanatismo, mas, Dodge nos parece uma boa candidata.]



A escolha pode acontecer esta semana. A decisão está próxima, ou até já está tomada, sem ser anunciada. O mandato de Raquel Dodge vai até 17 de setembro. Se quiser manter a coerência com seu eleitorado, Bolsonaro não tem direito de errar. Se indicar alguém que não tenha o respaldo total do Sérgio Moro, ele e seu governo morrem moralmente... O tal “setor militar” no poder, exige pressão total da administração federal contra o Crime Institucionalizado. Por isso, Bolsonaro não deve se arriscar a ficar espremido no paredão entre a ilusão de poder e o combate ao Crime – fator imprescindível para a retomada do crescimento e do desenvolvimento com indicativo de segurança jurídica.



Não faltam especulações sobre o nome escolhido. A extrema mídia mensaleira cogita que Bolsonaro reconduza ao cargo Raquel Dodge. Isto é pouco provável porque ela é a candidata dos supremos-magistrados José Dias Toffoli e Gilmar Mendes – que não andam lá muito bem de popularidade. Os intrigantes fofocam que Bolsonaro poderia bater o martelo em favor de Dodge, contando com um suposto futuro alívio à situação processual do senador Flavio Bolsonaro, quando o Caso Queiroz chegar nas vias de fato do abominável foro privilegiado. Se Dodge emplacar, Bolsonaro deixará no ar a suspeita de que o Pai prevaleceu sobre o Presidente eleito para combater, sem tréguas, a corrupção.





Outra especulação forte fala sobre o favoritismo de Antônio Augusto Brandão de  Aras – que é atual Subprocurador-Geral da República e professor de Direito da Universidade de Brasília. A revista Época informa que Aras já se encontrou cinco vezes com Bolsonaro. Rotulado como “conservador”, Aras tem aliados fortes no chamado “Centrão”. Tem o apoio e amizade do deputado federal Alberto Fraga, do DEM, também considerado um “grande amigo” de Bolsonaro. Aras corre por fora da lista tríplice votada pelos procuradores da PGR, formada por Mario Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul. Aras tem apoio poderoso dos filhos de Bolsonaro e do prestigiado ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.



Outra possibilidade (a desejável) é que seja escolhido um nome totalmente respaldado por Sérgio Moro e que seja um defensor prévio da Lava Jato & afins. A galera do bem torce pelo Deltan Dallagnol. Mas fica sempre a dúvida se o nome com respaldo popular vai ter condições de sobrevivência na selva da burocracia federal. Dúvidas a parte, o fundamental é que o titular da PGR é tão poderoso que pode denunciar até o Presidente da República que o escolhe... É muito poder para pedir ou aliviar punição... A tese correta nesta estória toda é: Com bandido não se negocia... Bolsonaro não pode, nem deve, entrar nesta furada. A não ser que queira um negócio “Caracu”: ele entra com a cara e a gente entra com o resto...

Edição do Alerta Total  - Por: Jorge Serrão

 

sábado, 15 de dezembro de 2018

Reflexões para um Bolsonaro sereníssimo

Quem assistiu, atentamente, ao vídeo da cerimônia de lançamento ao mar do submarino Riachuelo constatou o quão maquiavélico é o Presidente Michel Temer. Chamou atenção o modo carinhoso, quase bajulador, com o qual ele tratou o Presidente eleito Jair Bolsonaro – que parecia uma pessoa tímida diante do salamaleque temerário. O ex-vice que derrubou a Dilma apenas comprovou que sabe jogar o jogo. O estilo Temer, cativante e super educado nas aparições públicas, combinado com alta capacidade de articulação política nos bastidores, teve seu ápice, mais tarde, quando ele assinou a extradição do assassino italiano Cesare Battisti – por enquanto um ilustre foragido da Polícia Federal. Temer poderia ter deixado a decisão para Bolsonaro, que a tomaria com o máximo prazer. No entanto, preferiu dar a prova pública de que é um estrategista que consegue ganhar força no fim do curto mandato que foi menos pior que o da Dilma.

Bolsonaro participou do Lançamento do Submarino Riachuelo.
Armado com torpedos e mísseis, o submarino poderá espalhar minas navais nas rotas de outras embarcações. O primeiro de uma frota de quatro novos submarinos de ataque da Marinha do Brasil. O lançamento do S-40 Riachuelo teve a presença do presidente Michel Temer, Jair Bolsonaro e 23 autoridades dos três poderes além dos convidados.
 
Temer criou todas as facilidades na transição para Bolsonaro. Discretamente, conseguiu até emplacar muita gente que atuou em seu governo para continuar jogando na equipe de Bolsonaro. Uma dúvida já está lançada no ar: Será que Bolsonaro vai arrumar algum lugarzinho com foro privilegiado para Temer ficar protegido da “perseguição” do Ministério Público Federal – que o acusa de crimes ligados à corrupção? O Presidente eleito já declarou, tempos atrás, que teria nada a ver com isso... Será que ele continua pensando do mesmo jeito, depois da camaradagem tática de Temer durante a transição arrumadinha?   

É importante avaliar se a tática temerária na transição vai seduzir – ou não – o futuro Presidente Jair Bolsonaro. Ainda mais porque os inimigos dele já agem com a máxima competência para plantar futuras armadilhas de desgaste político. Sem entrar no mérito do certo ou errado, está clara que a orquestração midiática para atingir o deputado estadual e futuro senador Flávio Bolsonaro tem como alvo real o pai dele. Com tanta insistência, as mancadas cometidas na Assembléia Legislativa do RJ podem, no médio e longo prazos, gerar embaraços para a família Bolsonaro. Por isso, uma eventual futura “ingratidão” contra o “civilizado” Michel Temer pode não ser recomendável a Bolsonaro. O estilo “doa a quem doer” é muito bonito e honrado na retórica. Porém, quando e se a água podre ultrapassa a altura do pescoço, pouco ou nada adianta o discurso moralista. Bolsonaro, que hoje ainda é franco atirador, a partir de 1º de janeiro se torna uma vidraça que o  Mecanismo promete atingir não se sabe com que eficácia, eficiência e efetividade.

Uma coisa Bolsonaro deveria aprender com Michel Temer. A sobrevivência política só é possível no Brasil se o Presidente tiver o máximo de jogo de cintura e articulação, nos bastidores políticos, econômicos, legislativos e judiciários. O jogo requer muita frieza, racionalidade e cálculo estratégico. Arroubos emocionais e conflitos inúteis (com inimigos reais e aliados próximos) podem custar a cabeça do titular do Palácio do Planalto. Resumindo: a única saída é um Bolsonaro sereníssimo e, preferencialmente, superaliado ao seu vice Antônio Mourão, que demonstra ter um imenso jogo de cintura político, além da competência técnica para lidar com as armadilhas da burocracia federal. Bolsonaro e Mourão têm a vantagem de serem pessoas verdadeiras, diretas, humildes e sem frescuras no trato interpessoal.

Por isso, é inaceitável que qualquer um dos dois caiam no joguinho burro das intrigas em torno do ilusório poder palaciano. Neste cenário de conflitos inúteis, é concreto o risco de isolamento político e pessoal. Os diferentes núcleos de poder em torno de Bolsonaro precisam acionar o módulo “pacificação”, apertando, imediatamente, o botão “tolerância”. O momento é acionar outro botão: “Cautela”. Fechar a boca, principalmente evitando fofoquinhas via imprensa, é básico para conter um clima autodestrutivo de cizânia. Resumindo, de novo: Se não parar com a viadagem interna, o novo governo nascerá com prazo de validade vencido. Isto é tudo que a esquerda e os bandidos esperam que aconteça... Eles são péssimos de governo, porém craques na oposição...

Jorge Serrão - Alerta Total