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sábado, 15 de janeiro de 2022

Pesquisadores explicam como exercícios físicos podem ajudar a controlar a ansiedade - O Globo

Estudo realizado na Suécia descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver o problema  

Um estudo em larga escala com quase 200 mil esquiadores de cross-country, publicado na Frontiers in Psychiatry, descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver ansiedade clínica ao longo do tempo. Foto: PIOTR REDLINSKI / NYT
Um estudo em larga escala com quase 200 mil esquiadores de cross-country, publicado na Frontiers in Psychiatry, descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver ansiedade clínica ao longo do tempo. Foto: PIOTR REDLINSKI / NYT

A ciência já oferece muitas evidências encorajadoras de que o exercício pode melhorar nosso humor. Experimentos mostram que quando as pessoas (e animais de laboratório) começam a se exercitar, elas normalmente ficam mais calmas, mais resilientes, mais felizes e menos propensas a se sentir indevidamente tristes, nervosas ou com raiva. Estudos epidemiológicos, que muitas vezes se concentram nas ligações entre um tipo de atividade ou comportamento e vários aspectos da saúde ou longevidade, também descobriram que mais exercícios estão associados a chances substancialmente menores de desenvolver depressão grave. Inversamente, ser sedentário aumenta o risco de depressão.

Leia mais:  Em vez de se preocupar com a dieta em si, treine o cérebro

Saúde mental
Para o novo estudo, que foi publicado na Frontiers in Psychiatry, cientistas do exercício da Universidade de Lund, na Suécia, e outras instituições, decidiram que valeria a pena examinar a saúde mental a longo prazo de milhares de homens e mulheres que participaram do famosa corrida anual de esqui na Suécia conhecida como Vasalopett, em que uma multidão de participantes percorre a distância de 90 km entre Sälen e Mora, na província histórica sueca da Dalecárlia.

Como esse tipo de evento requer saúde, resistência e treinamento abundantes, os pesquisadores usaram dados sobre os corredores do Vasaloppet para estudar como o exercício influencia a saúde do coração, os riscos de câncer e a longevidade.

— Usamos a participação em uma Vasaloppet como um substituto para um estilo de vida fisicamente ativo e saudável — disse Tomas Deierborg, diretor do departamento de medicina experimental da Universidade de Lund e autor sênior do estudo, que completou duas vezes o percurso de 90 km.

Para começar, ele e seus colegas reuniram tempos de chegada e outras informações de 197.685 homens e mulheres suecos que participaram de uma das competições entre 1989 e 2010. Eles então cruzaram essas informações com dados de um registro nacional sueco de pacientes, procurando diagnósticos de transtorno de ansiedade clínica entre os corredores nos próximos 10 a 20 anos. Para comparação, eles também verificaram diagnósticos de ansiedade durante o mesmo período de tempo para 197.684 de seus concidadãos selecionados aleatoriamente que não haviam participado da corrida e eram considerados relativamente inativos.

Os esquiadores, descobriram os pesquisadores, provaram ser consideravelmente mais calmos ao longo das décadas após a competição do que os outros suecos, com mais de 50% menos risco de desenvolver ansiedade clínica. Esse padrão tendia a prevalecer entre esquiadores masculinos e femininos de quase todas as idades— exceto, curiosamente, as corredoras mais rápidas. As melhores finalistas femininas de cada ano tendiam a ser mais propensas a desenvolver transtornos de ansiedade do que outros corredores, embora seu risco geral permanecesse menor do que para mulheres da mesma idade no grupo de controle.

Esses resultados indicam que "a ligação entre o exercício e a redução da ansiedade é forte", disse Lena Brundin, principal pesquisadora de doenças neurodegenerativas do instituto de pesquisa Van Andel, no estado americano do Michigan, que foi outra autora do estudo.

Exercício aeróbico
Segundo Deierborg, não é necessário percorrer, de esqui, longas distâncias nos bosques nevados da Suécia para colher os frutos, disse Deierborg. Estudos anteriores de exercício e humor sugerem que seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde de cerca de 30 minutos de caminhada rápida ou atividades semelhantes na maioria dos dias “tem bons efeitos na sua saúde mental” e esses benefícios parecem se aplicar a uma “população mais ampla”, do que apenas os suecos, disse ele.

Ainda assim, pode valer a pena monitorar sua resposta psicológica a treinos e competições intensos, especialmente se você for uma mulher competitiva.

No entanto, as descobertas têm limitações. Elas não podem provar que o exercício faz com que as pessoas tenham um humor melhor, apenas que pessoas altamente ativas tendem a ser menos ansiosas do que seus pares mais sedentários. O estudo também não explica como o esqui pode reduzir os níveis de ansiedade. Os pesquisadores suspeitam que a atividade física altera os níveis de substâncias químicas cerebrais relacionadas ao humor, como dopamina e serotonina, e reduz a inflamação em todo o corpo e no cérebro, contribuindo fisiologicamente para uma saúde mental mais robusta. Qualquer exercício em qualquer ambiente provavelmente deve ajudar. — Um estilo de vida fisicamente ativo parece ter um forte efeito na redução das chances de desenvolver um transtorno de ansiedade — disse Deierborg.

Em O Globo - Saúde - Bem-estar - MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Bem-vindo a Cancerland - Oeste

Dagomir Marquezi

Foto: Montagem com imagem Shutterstock
Foto: Montagem com imagem Shutterstock 

Bem-vindo a Cancerland. Esta cidade imaginária é mais do que um território de pessoas doentes. É um estado de espírito. O termo foi citado pelo oncologista Siddhartha Mukherjee, formado pela Columbia University e com meio século de experiência clínica.

Num artigo recente para o Wall Street Journal, Mukherjee conta a história de uma paciente que descobriu um pequeno tumor no seio. Passou pelo procedimento básico: cirurgia, radio e quimioterapia. Teve alta. Estava fisicamente curada. Mas nunca mais foi a mesma.

Em vez de celebrar a vitória, a paciente escarafunchou a história da família e conseguiu descobrir uma tia distante que havia morrido de câncer no seio aos 70 anos. Passou a ser assombrada por uma remota conexão genética. Pesquisou a internet em busca de possíveis casos de “metástases ocultas” em pacientes que, como ela, estavam aparentemente curadas. E pediu ao médico que fosse submetida, junto com a filha, à “mais intensiva forma de vigilância de câncer”.

Uma coisa é ter a doença. Outra é passar cada um de seus dias paralisado pelo pavor de ficar doente. Quando se chega a esse ponto, a pessoa mais saudável do mundo já é cidadã de Cancerland. Como define o doutor Mukherjee, vive “se sentindo sob cerco do futuro”.  Nós tivemos agora mesmo um exemplo desse fenômeno na forma da covid-19. O medo natural de uma doença nova e perigosa e o pavor injetado com objetivos políticos sórdidos fizeram com que pessoas se trancassem em casa com medo de respirar, comer e conviver com outros seres humanos. Algumas estão trancadas até hoje. Se foi assim com a covid, algo ainda mais grave pode acontecer com o câncer.

Detalhes perturbadores antes invisíveis
A busca — necessária — da detecção precoce de tumores está avançando rapidamente. Profissionais da medicina pesquisam uma série de técnicas e procedimentos que poderão estar disponíveis em pouco tempo. A era do exame anual de rotina pode estar no fim. Uma dessas técnicas é a vigilância genética. O estudo de nossos antepassados pode quantificar (através da inteligência artificial) a predisposição que um indivíduo herdou para desenvolver um quadro cancerígeno. Até aí, tudo bem. Mas como vai viver uma pessoa que se impressiona facilmente se descobrir, por exemplo, que tem 68% de chance de contrair um tumor maligno em algum ponto de sua existência?  
Pode ser que nunca pegue nem um resfriadinho. 
Mas o medo já terá se transformado numa doença.

Outra novidade é a chamada “vigilância fisiológica”. Já existem estudos para identificar sinais suspeitos no nosso sangue através da “biópsia líquida”. (Homens já fazem isso com o exame de PSA — que pode alertar para um possível câncer na próstata.) Aqueles altamente ansiosos terão a chance de fazer um exame desses por dia, especialmente se tiverem algum tipo de disposição genética para o câncer.

O problema vai ser passar do limite do bom senso e entrar num universo de neurose

O doutor Siddhartha Mukherjee lembra que mulheres podem carregar sinais de câncer no ovário através do sangue. Mas isso não quer dizer que o câncer vai se instalar no seu organismo. Com a biópsia líquida poderemos chegar a um ponto em que descobriremos detalhes perturbadores antes invisíveis circulando pelos nossos corpos. Os mais assustados optarão por tratamentos invasivos e remédios pesados para curar uma doença que não possuem. E se arriscarão a ficar doentes de verdade.

Todos sabem — ou deveriam saber — que a detecção precoce de um câncer pode ser a diferença entre um tratamento bem-sucedido e um óbito. Quanto antes for detectado o tumor, melhor. E ele será apanhado cada vez mais cedo. O problema com essa nova fase vai ser passar do limite do bom senso e entrar num universo de neurose e ansiedade.

Passaportes unidirecionais
O cientista alemão Sebastian Thrun, citado na reportagem do WSJ, imagina um mundo em que os mais inocentes objetos de uso diário se tornarão “armas de vigilância diagnóstica uma banheira que examina seu corpo para detectar massas anormais que podem exigir investigação; um espelho que pode verificar se há sinais pré-cancerosos em seu corpo; um programa de computador que (com o seu consentimento) vasculharia sua página do Instagram ou Facebook enquanto você dorme à noite, avaliando mudanças nas suas fotos que pudessem dar sinais da doença”.

Essa ultravigilância levaria a mais detecções precoces? Sem dúvida. Mas transformaria em potencialmente “cancerosas” pessoas que não são. E isso aumentaria os custos médicos a um ponto que o tratamento de outras doenças seria negligenciado. Acabamos de ver isso acontecer durante a pandemia. “Um mundo em que o câncer fosse normalizado como uma condição crônica administrável seria uma coisa maravilhosa”, escreveu o historiador e médico Steven Shapin, em 2010. “Mas um mundo de fator de risco em que todos nos consideramos pré-cancerosos não daria certo. Isso pode diminuir a incidência de algumas formas de malignidade e, ao mesmo tempo, aumentar enormemente o número de gente saudável sob tratamento médico. Seria uma estranha vitória, em que o preço a ser pago para impedir a propagação do câncer pelo corpo é sua propagação descontrolada pela cultura.”

O doutor Siddhartha Mukherjee fala do perigo que significa ter uma passagem (mental) só de ida para Cancerland. “A romancista e crítica Susan Sontag escreveu certa vez sobre um passaporte entre o reino dos saudáveis e o reino dos enfermos, imaginando uma passagem bidirecional: homens e mulheres podem adoecer, mas alguns retornam ao bem-estar. Ao inventar a nova cultura de vigilância do câncer, temo que fechamos as fronteiras dos reinos. Temo que agora vamos possuir passaportes unilaterais para o reino da doença. O que encontraremos lá depende de nós”.

O salão dos mil brasileiros
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, do Ministério da Saúde, o Brasil terá uma média de 625 mil novos casos da doença por ano até 2022. Isso corresponde a cerca de 0,3% da população brasileira. Em outras palavras: imagine um salão lotado com mil brasileiros. Naquele salão, três pessoas deverão contrair algum tipo de câncer. Desses três doentes, um vai morrer.

Seria ideal que nenhuma pessoa tivesse uma doença tão grave, e que ninguém morresse por causa dela. Um único caso pode ser devastador para quem adoece e para as pessoas ao seu redor. (Disso eu entendo: minha mãe foi aquela única vítima no salão imaginário com mil brasileiros). Esses números mostram que o fantasma é terrível. Mas numericamente não tão grande quanto pode parecer por causa de sua fama sinistra.

A cura para o câncer através da prevenção ou do tratamento está chegando a cada dia. Boa parte dos que ficaram doentes hoje vive uma vida próxima à que levavam antes do diagnóstico. Precisam de vigilância constante, exames regulares, tratamentos. Mas a “sentença de morte” é cada vez menos aplicada. É a chance para que a gente lide melhor, mentalmente, com uma doença que muitos ainda nem ousam dizer o nome.

Nossa Cancerland deveria ser um território para doentes reais, cada vez em menor número e cada dia com melhores condições de atendimento e tratamento. E vida que segue para resto de nós. Atentos aos sinais do próprio corpo. Mas sem o pânico irracional que já nos causou tantos problemas com a recente pandemia.

Leia também “O fim da segunda onda”

Dagomir Marquezi. colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

A Anvisa e o porquê de nossa ansiedade - O Globo

Ruth de Aquino

Quando penso que seremos vacinados contra a Covid-19 quando a Anvisa der seu aval, tento entender o que é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Seu presidente é o contra-almirante da Marinha Antônio Barra Torres. Ele participou sem máscara de manifestações em março, em Brasília, tirando selfies com o presidente Bolsonaro, que tocava, rindo, as pessoas. Torres cancelou recentemente “por motivos técnicos” o estudo da Coronavac (“a vacina chinesa do Doria"), mas depois retomou.

Torres chegou a ser cotado para substituir Mandetta como ministro. Médico formado pela Souza Marques, ele assumiu a presidência da Anvisa em novembro. Sempre foi contra “a disseminação do pânico” e a favor de “uma tranquilidade atenta” na pandemia. Era contra o isolamento social. A filosofia de Torres e Bolsonaro, vitoriosa num Ministério da Saúde com 25 militares, nos levou a uma tragédia descomunal. 
E, agora, a dúvidas: a Anvisa tem autonomia para aprovar as vacinas? [Tem e pode não ter; Explicando: quando havia uma tendência da genérica chinesa ser rejeitada, os arautos do pessimismo passaram a considerar a Anvisa uma suprema agência - com poderes absolutos.
Ela aprovasse a coronovac, estava aprovada e assunto encerrado.
Com os encalhes de prazos da coronavac - ainda na fase três de testes e até agora nada solicitou a Anvisa - e o fato de que nenhuma agência do planeta Terra aprovou o imunizante chinês, os mesmos arautos começam a tentar semear o descrédito da agência reguladora.]  
Com urgência? TEM [- desde que o requerente apresente documentação que sustente sua pretensão.]
O aval da Anvisa é mesmo essencial? [a saúde de milhões de brasileiros motiva um SIM, INDISPENSÁVEL.]
Qual é a data de início da imunização? [depende da apresentação de requerimento solicitando a aprovação do imunizante - até o momento nenhum pedido foi apresentado.]

Já perdemos o bonde da Pfizer até para países como o Chile e o Equador. A vacina da Pfizer foi registrada pelo FDA (a Anvisa americana). Poderia ser aprovada aqui no regime de “fast-track” (em 72 horas).[desde que a Pfizer requeresse tal aprovação.] Mas o Brasil não entrou na “corrida maluca” das vacinas. Por opção política, por desmazelo. Torres deve concordar com seu chefe direto, o general Pazuello, quando ele pergunta à nação em luto por mil mortes ao dia: “Pra que essa ansiedade, essa angústia?” 

A chefe de gabinete de Torres na Anvisa se chama Karin Schuck Hemesath Mendes. Busco uma foto dela. Bonita, de farda. Karin é oficial do Exército “especializada em equitação e empresária do ramo imobiliário em Eldorado do Sul (RS)”. Entendeu? Também não. Olhamos com inveja países já vacinando seus idosos. Pazuello disse, ao apresentar “o plano macro”, que “a logística é normalidade”. Captou? Também não. Ele disse que “a logística é simples” para vacinar e distribuir no Brasil. Acreditou? Também não.

O general dublê de ministro não convence ninguém. O Brasil sequer tem seringas. O primeiro lote de 330 milhões de seringas e agulhas chegaria até 31 de janeiro. O Ministério da Saúde há seis meses não responde se vai zerar o imposto para importar seringas da China. Pressa pra quê? Diante da guerra política, os servidores da Anvisa divulgaram uma carta à sociedade. “Reafirmamos o caráter técnico e independente dos trabalhos (...) da Anvisa na proteção da saúde da população”. A Anvisa não é uma agência do governo e sim do Estado. E tem histórico internacional de excelência e rigor. “O trabalho técnico está acima de qualquer pressão”. Eles são servidores de carreira. Incansáveis. 

Por tudo isso, causa estranheza a militarização da Anvisa. É mais uma tentativa de interferir e instituir a política de quartel na Saúde. Bolsonaro quis enfiar o tenente-coronel Jorge Luiz Kormann numa diretoria da Agência. Ele ia assumir a área responsável pela avaliação de vacinas! Mas a Anvisa acaba de nomear no cargo uma especialista em tecnologia farmacêutica. Ufa. Kormann não tem formação de Saúde mas está no Ministério. Ele tentou mudar o cálculo de infectados e mortes por Covid. Defendeu a cloroquina. Apoiou militantes bolsonaristas investigados pelo STF. 

Bolsonaro não vai desistir de Kormann. O tenente-coronel só não entrou por não ter sido sabatinado pelo Senado. Como sabemos, o presidente quer uma Polícia Federal para chamar de sua, uma Anvisa para chamar de sua, uma Câmara, um Senado e um Supremo para chamar de seus. Parafraseando Luiz Melodia, “tente esquecer em que ano estamos”. Chegando ao finalzinho. 

Ruth de Aquino, jornalista - O Globo


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Fatura da erotização precoce - Carlos Alberto Di Franco

Pregar a abstinência sexual de meninas não é histeria conservadora, mas bom senso

“sexting” e “cyberbullying”

O leitor, na mídia tradicional e nas redes sociais, é o melhor termômetro para medir a temperatura da sociedade. Tomar o seu pulso equivale a uma pesquisa qualitativa informal. Há uma forte demanda de pautas positivas. As pessoas estão cansadas do bombardeio politicamente correto, da interdição do debate. Querem reflexão aberta, sem tabus ideológicos
.
Escreva algo, sublinhavam alguns dos e-mails que recebi, a respeito da desorientação da juventude. Não faço coro com os pessimistas. Meu olhar é essencialmente positivo. Tem uma molecada fantástica, batalhadora e idealista, fazendo muita coisa boa, sobretudo no contexto da cultura digital.  Reconheço, no entanto, que nem tudo são luzes. A tecnologia trouxe imensos benefícios. Mas deixou os jovens mais vulneráveis. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), acendeu o sinal amarelo durante o 39º Congresso Brasileiro de Pediatria.

Termos como “sexting” e “cyberbullying” foram o foco de uma palestra de Marco Antônio Chaves Gama, presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP. O “sexting”, troca de mensagens ou imagens de teor sexual, é o campeão no universo dos adolescentes. A garotada se expõe com facilidade através de nudes ( imagens da pessoa nua) e, ingenuamente, acredita que a pessoa do outro lado vai mantê-la consigo. Isso normalmente não acontece. A disseminação dessas fotografias pode causar outros dois problemas: a sextorsão e o cyberbullying. 
O primeiro, explica Gama, é quando a pessoa que detém a foto passa a chantagear ou extorquir o fotografado. Em sua apresentação, o médico destacou que esse ciclo de abuso pode perdurar no decorrer dos anos, contribuindo, muitas vezes, para o suicídio.
Já o segundo, é a versão digital da violência, humilhação e agressão cometida contra outra pessoa. Crianças e adolescentes não estão preparadas para lidar com frustrações e decepções. Isso pode levar à tristeza, à ansiedade e, em casos extremos, ao suicídio.

A erotização descontrolada está apresentando pesada fatura. Segundo um especialista,  situações delicadas estão acontecendo com  adolescentes e são mascaradas pela tecnologia. Hiperssexualização, cyberbullying e abusos podem passar desapercebidas pelo fato de que os adolescentes estão o tempo todo “quietos” diante da tela. Transmitem, assim, a impressão de que tudo está bem. Nem sempre é assim. Por dentro, inseguros e solitários, graves problemas de ordem afetiva podem estar fermentando e levando a situações críticas.

O problema é serio. Não é preciso ser psicólogo para que se possam prever as distorções afetivas, psíquicas e emocionais dessa perversa iniciação precoce.

Carlos Alberto Di Franco, Jornalista E-mail: difranco@ise.org.br - 
Coluna no Estado de S. Paulo

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

País pária - Merval Pereira

O Globo
Isolamento no plano externo traz prejuízos econômicos concretos e nos põe à margem do Ocidente, com exceção dos EUA

Sim, Bolsonaro sempre foi assim. Mas está a cada dia mais Bolsonaro, menos presidente da República.  Raramente seus arroubos autoritários tinham repercussão na vida política do país,  eram inócuos. Seu desassombro deixa de ser uma qualidade quando coloca o país em situação embaraçosa diante do mundo civilizado, ou defende teses que, na pessoa física, poderiam causar apenas revolta, mas, na jurídica, criam crises políticas que vão se avolumando.

Cometeu a mesma afronta contra a ex-presidente do Chile, Michele Bachelet, atual Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, que já cometera anteriormente com o presidente da OAB Felipe Santa Cruz. Além da gravidade em si, de desrespeito a líderes de instituições reconhecidamente representativas, demonstra um desprezo alarmante pela vida humana. [O atual presidente do Chile, por razões políticas, não pode corroborar o entendimento do presidente Jair Bolsonaro, mas, sem nenhuma dúvida possui a convicção de que só é presidente do Chile atualmente, graças a corajosa ação do general Augusto José Ramón Pinochet Ugarte, que neutralizou a ameaça comunista na nação irmã.]

Respondeu a críticas políticas não com argumentos e fatos, mas com a apologia ao extermínio dos adversários de sua ideologia. No caso de Bachelet, ainda demonstrou uma visão enviesada, pois creditou a seu pai uma ideologia revolucionária que os historiadores negam.  Essa divisão rasa de amigos e adversários, que são todos comunistas, assim como o PT tacha de direitistas os seus críticos, só demonstra visão política deturpada, que torna impossível uma composição mais ampla com a sociedade. A inviabilidade de uma coalizão não restrita à direita radical coloca o governo no isolamento interno, da mesma maneira que, no plano externo, estamos nos tornando párias com os controversos posicionamentos sobre o meio ambiente e os direitos humanos.

Para os interesses políticos imediatos de Bolsonaro, o isolamento no plano interno não é mau negócio, já que ele estimula o choque contra o PT. Mas, no externo, traz prejuízos econômicos concretos e nos coloca à margem do mundo ocidental, com exceção dos Estados Unidos. [a tentativa do presidente francês de jogar o mundo contra o presidente Bolsoanro, contra o Brasil, foi um enorme fracasso, que se o francês certamente se arrepende.
Além de não ter obtido apoio do mundo, foi advertido pela chanceler Merkel, por Boris Johnson e Trump.] Suas atitudes cada vez mais desabridas o levam a situações extremas com freqüência. Quando recebeu aquela desazada benção do bispo Macedo, da Igreja Universal, Bolsonaro chorou. [Bolsonaro, é forçoso reconhecer, porém, inevitável, também - mesmo sendo o 'mito' é humano -  pisou feio na bola quando se dizendo católico foi ser 'batizado' no Rio Jordão e agora ao aceitar ser 'abençoado' por um 'bispo'.
A Igreja Católica Apostólica Romana considera o batismo - ao se declarar católico, Bolsonaro ratifica sua condição de batizado segundos os ritos católicos - um Sacramento que é administrado uma única vez.
E, qualquer igreja evangélica séria, assim como a Igreja Católica Romana, considera inaceitável servir a dois senhores = no caso, pertencer a mais de uma igreja. ]
Recentemente, repetiu que às vezes acorda à noite, angustiado, como já fizera anteriormente, ao lembrar-se da facada que levou na campanha presidencial. O fantasma do drama vivido naqueles dias não abandona o presidente que, como já escrevi aqui, pode estar sofrendo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que ocorre em pessoas que sofrem situações com risco de morrer.   Como decorrência do TEPT a literatura médica registra transtornos de ansiedade, de humor, anorexia nervosa, paranóia, narcisismo. Muitos desses fatores estão presentes no cotidiano de Bolsonaro. A paranoia vem marcando a ação cotidiana do presidente. Os limites que lhe são impostos pela democracia o estão irritando, descobriu que não pode tudo.

Ameaçou não passar a Presidência para o vice-presidente Hamilton Mourão enquanto estivesse no hospital, mas teve que recuar. Disse que poderia deixar um interino na Procuradoria-Geral da República (PGR), mas vai anunciar o substituto de Raquel Dodge nos próximos dias, alertado de que poderia cometer um ato de improbidade administrativa se se mitisse. 
Os permanentes atritos internos e externos podem ser atribuídos a transtornos de humor. Descobriu que sua caneta Bic (que agora abandonou por ser francesa) tinha muito poder. Anunciou em altos brados que quem manda é ele, mais ninguém. Comparou-se ao Rei no jogo de xadrez. Disse que elegeu sozinho boa parte do PSL, partido pelo qual disputou a eleição, e que pode deixar a sigla a qualquer momento. Um narcisismo que cultiva cada vez mais.

Ameaça ultrajante
O curta-metragem "Operação Lula Livre", publicado no YouTube, é ultrajante. - [clique a assista.] Propaganda vulgar pela libertação do ex-presidente, conta a história de um grupo guerrilheiro que sequestra a filha do ministro Sérgio Moro, no filme chamado de Mauro, para exigir a libertação de Lula.
O ex-presidente aparece no papel de bom moço, e manda soltar a menina. Trata-se, segundo os autores, de "uma elocubração fabulatória relativa à progressiva iminência desta eventualidade histórica". A Polícia Federal está investigando, e os autores podem ser acusados de incentivo ao crime.


Merval Pereira, jornalista - O Globo 


domingo, 2 de junho de 2019

O fantasma da facada

Bolsonaro e o filho Carlos podem estar sofrendo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Muitos estão convencidos de que a facada de Adélio Bispo foi a verdadeira razão da vitória de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. Além do impacto emocional no eleitorado, permitiu que ele não se expusesse nos debates. É uma maneira de menosprezar a liderança intuitiva de um político populista que estava no lugar certo, na hora certa, para galvanizar o sentimento majoritário dos brasileiros. Mas a facada pode, sim, ter tido um papel fundamental do ponto de vista psicológico, nas futuras atuações do presidente eleito.

Na entrevista à revista “Veja” desta semana, Bolsonaro chorou ao relembrar a facada, e está convencido de que por trás de Adélio havia uma grande conspiração.O presidente contou também que chora durante a noite, angustiado pela situação do país. Nesta mesma semana, havia comparecido ao programa de Danilo Gentili e abriu a camisa para mostrar a enorme cicatriz decorrente do atentado que sofreu.O fantasma do drama vivido naqueles dias não abandona o presidente nem seus filhos. Carlos, o filho 02, o mais ligado ao pai depois de terem ficado anos sem se falar, é também o mais emotivo. Seu depoimento a Leda Nagle sobre o atentado e os dias subsequentes são reveladores do sentimento que domina a família até hoje.

Lutando para não chorar, ele descreveu o pavor que viveu ao lado do pai. Primeiro, no momento da facada, levando-o para o hospital tentando que não desfalecesse. Depois, conta que viu o coração do pai parar e ser ressuscitado duas vezes. Viu suas vísceras serem retiradas do corpo. E desabafa: “Ainda tem fdp que diz que a facada foi fake”.

Bolsonaro e o filho Carlos podem estar sofrendo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que ocorre em pessoas que vivem situações com risco de morrer ou presenciam situações em que outros sofrem este risco ou mesmo morrem. O tema foi aventado pela primeira vez no blog do Saboya, nos primeiros meses do governo, quando começaram as crises internas. Há médicos que descrevem como decorrência do TEPT transtornos de ansiedade, de humor, anorexia nervosa, paranoia, narcisismo. Antonio Egidio Nardi, professor titular do Instituto de Psiquiatrias da UFRJ, diz que o TEPT é “um sofrimento psíquico muito comum em nossa sociedade violenta e, às vezes, menosprezado ou desconhecido, o que retarda o tratamento e prejudica muito a qualidade de vida das pessoas que sofrem”.

A meu pedido, o professor Nardi falou do transtorno de uma forma técnica, e não do caso específico de Bolsonaro “que nem conheço e, portanto, nunca examinei”. Diz ele que nos Estados Unidos, a taxa ao longo da vida para TEPT é de 8,7%. Ocorre mais em veteranos de guerra e outras profissões que aumentem o risco de exposição (policiais, bombeiros, socorristas). Nardi diz que muito dos estudos de TEPT são realizados em veteranos de guerra, “mas hoje, com a violência urbana, os quadros clínicos são rotina nos consultórios de psiquiatras e psicólogos”.

O TEPT pode ocorrer em qualquer idade após a exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual. “A pessoa começa a vivenciar diretamente o evento traumático em situações diversas através de lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático, que pode surgir em qualquer hora do dia e trazer grande sofrimento e desespero”. Ele exemplifica que ocorrem pesadelos nos quais o conteúdo e/ou o sentimento estão relacionados ao evento traumático. “O indivíduo começa a evitar situações que lembrem o evento, pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos, situações que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados ao evento traumático. A ênfase é nas lembranças recorrentes do evento, as quais normalmente incluem componentes emocionais e físicos”.

O professor Antonio Nardi diz que os sintomas mais comuns de revivência são pesadelos que repetem o evento em si. “O tratamento envolve psicoterapia e uso de medicamento. O prognóstico é muito bom”. É bom ressaltar que o transtorno se reflete no campo psíquico, podendo ter efeitos físicos, mas não tem interferência no pensamento cognitivo e ideológico do paciente.
 
 
 
 
 
https://blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/o-fantasma-da-facada.html
 
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Calma, o governo Bolsonaro ainda não começou...

Arapuca previsível, a terrível armadilha da “transição” causa desgastes desnecessários ao Presidente eleito Jair Bolsonaro. Intrigas, fofocas, factóides, “fogo amigo” no PSL e indicações “fake” de futuros ministros e presidentes de estatais criam um clima de tensão e incerteza para um governo que sequer começou. Aliados, assessores próximos e os filhos de Bolsonaro ajudam a alimentar o nervosismo estrategicamente explorado pela mídia opositora.

Já está claro que a guerra de comunicação é o primeiro e mais forte obstáculo que o novo governo precisa enfrentar antes de assumir, em 1º de janeiro. Se o problema não for administrado com estratégia, cautela e serenidade, a coisa ficará mais feia ainda quando Bolsonaro efetivamente estiver com a caneta mágica que assina as decisões publicadas no Diário Oficial da União. As decisões, comunicados, desmentidos e recuos – anunciados via rede social da Internet – têm causado “insegurança comunicativa”.  

Além do Presidente eleito, tem muita gente falando (bem ou mal) em nome do futuro governo. Tal procedimento é de alto risco. A oposição midiática explora, com maestria, o imperdoável erro tático – causado por pura ansiedade daqueles prestes a conquistar espaços na máquina federal de poder. A fase de definição dos ministros e dos gestores das principais “estatais” – que deve terminar até o fim da próxima semana – tende a reduzir o clima de insegurança, especulações e intrigas.

Bolsonaro acabou forçado ontem a comparecer a uma reunião com a bancada eleita por seu partido, o PSL, para dar uma acalmada nos ânimos demasiadamente exaltados. O Presidente eleito também tomou a sábia decisão de promover um isolamento pessoal estratégico, mudando-se do apartamento funcional de deputado para a Granja do Torto – uma das residências oficiais do titular do Palácio do Planalto. Bolsonaro terá muitas bombas para desarmar. A máquina estatal, do tamanho que está, é uma gastadora sem fim de recursos públicos. Mudar tal estrutura será uma missão quase impossível. Será inevitável o imenso desgaste de mexer com o destino pessoal de servidores públicos. Os descontentes afetados sabotarão, previamente, o novo governo. Não se pode esperar nada diferente de uma máquina aparelhada pelo petismo & afins por mais de 13 anos...

O “baronato” bem remunerado do serviço público não quer mudanças nos seus privilégios. [???]  Assim, o orçamento público federal não fechará as contas. A dívida pública não será controlada com meras decisões de contabilidade criativa. Estados e municípios em estado falimentar farão governadores e prefeitos agirem como pedintes de instável fidelidade política. Temas como reforma da previdência, desestatização e mexidas tributárias causarão discussões tensas – que tendem a atingir impasses insuperáveis. Não será fácil manter a euforia do mercado com o novo governo. Bolsonaro já é cobrado, implacavelmente, antes de assumir. Imagina como será a partir de janeiro. O futuro Presidente terá de definir uma estratégia de comunicação equilibrada – que consiga administrar a ansiedade de tantos “superministros” interessados em mostrar serviço rapidamente. A “imprensa” já sinalizou que jogará pesadamente contra. Comunicação direta, via redes sociais ajuda, porém não faz milagre.

Um grande mistério é como vai fluir o relacionamento entre a Vice-Presidência, a Casa Civil, o Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria Geral da Presidência – que acumula muito poder: Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a Secretaria de Comunicação da Presidência (responsável pela comunicação oficial e pela distribuição de verba para a mídia) e a Empresa Brasil de Comunicação, além do programa de desburocratização e do GovTech (Governo Eletrônico).

Bolsonaro precisa ser Presidente da República – e não gestor de previsíveis conflitos de poder em uma estrutura muito próxima a ele, porém com atribuições que tendem a provocar “bateção de cabeças”... Parece que Bolsonaro precisará de um “Mediador Geral do Governo”. Parece que Antônio Hamilton Mourão é o sujeito com jogo de cintura e legitimidade do voto para cumprir a missão tão espinhosa de atuar acima e segurar a onda dos puxa-sacos, sabotadores e fogueteiros-amigos... Tudo indica que este será o papel estratégico do vice no governo...
[óbvio que Jaiminho Haddad não tomou tão brilhante decisão sozinho; contou com a 'assessoria' brilhante do Zanin.
Perguntas que não querem calar: do que 'jaiminho' vive? quais são as fontes de recurso que o sustentam e aos familiares?]

Só será fundamental sempre lembrar que o povo que elegeu Jair Bolsonaro e Antônio Mourão deu um ultimato: deseja economia crescendo, menos impostos, mais emprego e melhores salários, com Segurança Pública. O povão não quer saber qual será o resultado da guerra intestina entre os poderosos no governo...
serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do Movimento Avança Brasil
 
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Bolsonaro parabeniza Palocci por delatar Lula

Sem poder votar – e com seu candidato em queda de intenção de votos e com aumento de rejeição -, o grande derrotado prévio da eleição presidencial 2018 é Luiz Inácio Lula da Silva. O poderoso chefão do PT já sabe que sofrerá em breve, novas condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, além daquela que já ostenta no caso do “tripexi”. O líder será mais PRESOdentro que nunca.


A danação de Lula foi a delação premiada do ex-companheiro Antônio Palocci Filho. A coisa ficará mais feia para Lula porque Palocci indicou três testemunhas que podem comprovar fatos, encontros e entregas de propinas. Os principais alvos são Lula e gente próxima a ele. Palocci chegou a revelar que Lula recebeu, cash, dinheiro vivo da corrupção. Na “colaboração” com 45 anexos, Palocci juntou farta documentação que comprova tudo que confidenciou à Polícia Federal (oh quão estranho é que o Ministério Público Federal não quis fazer acordo com Palocci).

Espertamente, Bolsonaro foi na onda da “delação”, em entrevista de 25 minutos à TV Record. O candidato do PSL elogiou que Antonio Palocci merece “parabéns” por ter delatado à Polícia Federal o esquema de corrupção durante os governos petistas. Bolsonaro detonou: “Antes de qualquer delação, Palocci já vinha colaborando. Ele conta as entranhas do poder, ele quer colaborar, vem colaborando, então parabéns ao Palocci. Quem não erra como ser humano? Ele tenta diminuir o dano ocasionado com suas ações. A corrupção está colada no PT”.

Deu para entender por que a petelândia anda tão encagaçada com a provável vitória de Jair Bolsonaro – que pode decidir o jogo já no primeiro turno? A maioria dos 13 candidatos à Presidência da República tem o compromisso claro de sabotar a Lava Jato e outras investigações de corrupção. Bolsonaro é quem defende, claramente, a atitude “doa a quem doer” no combate aos corruptos.

Por isso, a turma do “Mecanismo” não quer saber de Bolsonaro e, com certeza, já tentou até matá-lo. Falhou... Mas continuará tentando... Todo cuidado é pouco com a fraude eleitoral... Os corruptos juntaram milhões (ou bilhões?) para investir na compra descarada de votos. As zonas de exclusão social (controladas por bandidos de toda espécie, principalmente os políticos) rejeitam Bolsonaro. Resta aguardar para constatar se a onda a favor do “Mito” será realmente um tsunami de votos.

Até domingo, estamos em ritmo de Tensão Pré-Eleitoral... Por volta de 20h de domingo sai o resultado: Vitória já ou, então, a loteria do segundo turno... A Velhinha de Taubaté acredita piamente no processo eletrônico; o noivo dela, o lendário Negão da Chatuba, sempre desconfia...

Aguentemos a ansiedade e vamos em ritmo de "Jair ou Já Era"...