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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Publicar versos de Camões contra censura poderia ser ‘ato antidemocrático’ no Brasil de hoje - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

PF faria ‘busca e apreensão’ dos livros? STF aplicaria multa de R$ 100 milhões por dia? Quem diria, não é?

Completam-se 50 anos, hoje, desde que O Estado de S.Paulo, num gesto de coragem que se tornaria parte da história mundial da liberdade de imprensa, passou a publicar versos dos “Lusíadas” nos espaços deixados em branco pelos artigos que a censura do regime militar obrigava o jornal a cortar. 
Era proibido, pelos que então detinham a força armada, dizer que que havia censura – eles censuravam, mas queriam manter de pé a fantasia de que não havia censura no Brasil. Também não era permitido deixar espaços em branco, porque ficaria na cara que estava acontecendo alguma coisa errada com o jornal. 
O Estado, que vivia submetido à censura prévia desde agosto de 1972, com a presença diária de censores na redação, decidiu então publicar os versos de Camões no lugar do material que havia sido censurado. 
Os leitores logo perceberam que o jornal estava sob censura – na verdade, o País inteiro ficou sabendo. 
Ao todo, 655 trechos apareceram para substituir o que a ditadura cortava. A luta de o Estado em favor do direito de expressão tornou-se conhecida através do mundo. A censura foi suspensa pelo governo no começo de 1975; no ano anterior, o diretor Júlio de Mesquita Neto havia recebido a “Pena de Ouro” da Federação Internacional dos Editores de Jornal.
O Estado de S. Paulo ensinou, 50 anos atrás, que não pode existir democracia, nem o direito do cidadão se expressar livremente, sem que haja liberdade de imprensa
 É o que está na Constituição. É o que a moral, a ética e a decência esperam de uma sociedade civilizada
Mas é, ao mesmo tempo, uma ideia cada vez mais hostilizada no Brasil de hoje. Tornou-se moda, sobretudo entre as milícias mais iradas na defesa do “Estado democrático de Direito”, agredir a liberdade de expressão. A ferramenta que usam para fazer isso é repetir, a cada cinco minutos, que “não pode haver liberdade absoluta”, e que “a sociedade” tem o direito de se defender contra “abusos”. É falso
Toda essa conversa tem como único objetivo reduzir ou suprimir a liberdade de expressão no Brasil. 
Ela jamais foi absoluta: é perfeitamente limitada, com sanções penais, pelas leis já em vigor no país
Quando dizem que há “abusos”, é porque querem calar a sua boca.

Não está claro, no Brasil de Lula, de Flávio Dino e de Alexandre de Moraes, se O Estado de S.Paulo seria autorizado hoje a publicar versos dos Lusíadas. Poderia ser um “ato antidemocrático”. A Polícia Federal poderia fazer “busca e apreensão” dos livros de Camões. O STF poderia impor uma multa de R$ 100 milhões a cada dia que os versos fossem publicados. Quem diria, não é? Essa vida é mesmo cheia de surpresas.


sábado, 25 de novembro de 2017

Obrigada e tchau, caros leitores

Se alguém disser que a primeira coluna é a mais difícil de escrever, não acredite. É a última 

Ruth, obrigado e sucesso na 'próxima esquina'.
Aqui no Blog Prontidão Total você sempre teve leitores - muitos já eram teus leitores  antes do Blog.

Gostávamos e continuamos gostando muito do que você escreve - apesar de divergirmos  em quase tudo, sempre que apresentamos matéria cuidamos de inserir na tua matéria deixando claro nossas razões.

Até qualquer hora.
abraços dos Editores do Blog Prontidão Total

>> Todas as colunas de Ruth de Aquino

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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Tereza Cruvinel, você ainda defende o ladrão do Lula?

Quando você tinha um Blog no O Globo travamos grandes duelos - você defendendo o trate do Lula - aliás você em teu Blog só defendia  o que não prestava, entre os 'defendidos' tinha o Zé Dirceu, o traste do Bacuri, mesmo já apodrecendo no inferno você o defendia.

Depois tua lealdade quase canina ao Lula e a corja repugnante que o acompanha te deu um cargo no TV 'traço' do Lula, outro para a Helena Chagas.

Não vou abrir nova frente contra você - não chuto cachorro morto e isto é o que Lula e todos os seus defensores, passados e atuais, são.

Vou apenas deixar um Link para que meus dois leitores - 'todo mundo' e 'ninguém'  - conheçam o teu pensamento e se apiedem de você por tuas defesas.

Sinceramente, gostava daquelas discussões, dos comentários em teu Blog antecipando o fim de Lula e sua quadrilha.

Valeu, Cézar Henrique