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terça-feira, 16 de agosto de 2022

O recado que Bolsonaro quer dar a Lula na posse de Moraes no TSE - Bela Megale

A decisão de Bolsonaro de manter sua ida à posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira, mesmo com a confirmação de Lula, surpreendeu auxiliares do presidente.

Até articuladores do “armistício” entre Bolsonaro e o magistrado acreditavam que ele desistiria de ir ao ato após saber da presença do petista. Eles lembraram que, no mês passado, Bolsonaro desmarcou uma agenda com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, porque ele também se encontraria com seu rival.[a insignificância do descondenado é tão patente, que ignorar sua presença é uma ação inteligente - Bolsonaro vai e DEVE IGNORAR o  petista. SIMPLES.]

Bolsonaro, no entanto, dobrou a aposta. Sinalizou a aliados que sua ideia é usar o evento para dar uma espécie de recado ao petista. O presidente tem a intenção de mostrar que “está em posição acima” da de Lula, por ocupar o comando do Executivo. Lula, como ex-presidente, deve ficar com os outros nomes que já passaram pelo posto e que estarão na posse, como Michel Temer e Dilma Rousseff, enquanto Bolsonaro espera ter um lugar de destaque. [a presença do descondenado e da 'engarrafadora de vento' não engrandece a cerimônia;
 - além do mais, desta vez, Moraes e Lewandowski, cumpriram a liturgia  que deve ser seguida por quem pretende entregar um convite à maior autoridade  autoridade do Brasil; já na posse do ministro Fachin e Moraes, os dois simplesmente foram ao Planalto sem avisar - na realidade se tratava de uma posse em  um mandato 'tampão'.]

Lula também vai ao evento com a proposta de se contrapor ao seu principal concorrente nas eleições. A ideia é mostrar que, diferentemente de Bolsonaro, ele respeita e prestigia as instituições e o Judiciário, alvo de ataques constantes do presidente.[ser que ser respeitado e prestigiado por um elemento condenado por três instâncias do Poder Judiciário e por nove magistrados, tem algum valor?]

Alexandre de Moraes se empenhou pessoalmente em ter uma posse repleta de autoridades e ligou para várias delas para fazer o convite. Funcionou. Um governador do Nordeste, por exemplo, relatou à coluna que mudou de ideia e decidiu comparecer ao evento após o contato direto do ministro.

Bela Megale, colunista - O Globo

 


quinta-feira, 26 de abril de 2018

Rogério Rosso, ex-governador do DF, sob suspeita de envolvimento no escândalo do Estádio Mané Garrincha

Mané Garrincha: Justiça determina envio de menções a Rogério Rosso ao STF

A Justiça acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que sejam remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) os documentos com menções de irregularidades atribuídas ao ex-governador Rogério Rosso (PSD). Devido ao foro privilegiado, a Corte Superior precisa autorizar investigações contra o parlamentar. O documento, entretanto, não aponta quais seriam os indícios de ilicitudes. Na gestão de Rosso, foi assinado o contrato entre o GDF e o Consórcio Brasília 2014.


Materiais anteriores apontavam o possível envolvimento de Rosso com a distribuição das maiores obras da capital entre as principais empreiteiras. Segundo delação premiada do ex-executivo da Construtora Andrade Gutierrez Rodrigo Ferreira Lopes, homologada pelo STF, um emissário pediu à empreiteira, em nome do ex-governador que assumiu mandato tampão entre abril e dezembro de 2010 —, propina de R$ 12 milhões.
O depoimento acrescenta que, em 2010, houve uma reunião na casa de do deputado, então governador, para a condução de discussões relativas ao andamento da licitação do Estádio Nacional Mané Garrincha. À época, ele teria designado André Motta, que estava à frente do ramo de Parcerias Público-Privadas (PPP) do governo, para conduzir as tratativas.  Ainda naquele ano, o delator relata que uma pessoa “de fisionomia clara e calva” compareceu ao escritório da Andrade Gutierrez para, em nome de Rosso, pedir os R$ 12 milhões. A proposta, no entanto, teria sido rejeitada pela empreiteira. Posteriormente, André Motta teria requisitado, também em nome do ex-governador, R$ 500 mil em valores indevidos.

Segundo o depoimento, a construtora quitou esse valor em 2011, após a assinatura do contrato referente ao Mané Garrincha, quando Rosso já havia deixado o Executivo local. O responsável pelo pagamento seria Carlos José de Souza, outro executivo da Andrade Gutierrez, cuja delação permanece em sigilo.Rodrigo Ferreira Lopes ainda afirmou que a Via Engenharia, segunda integrante do consórcio responsável pelas obras, deveria pagar o mesmo valor, mas não sabe dizer se a quitação ocorreu.

Ao Correio, o deputado federal Rogério Rosso ressaltou que “o recebimento da denúncia pela Justiça Federal em relação às obras do estádio Mané Garrincha não tem qualquer relação com a minha pessoa”. “As peças que a decisão faz referência já foram objeto de análise pela Procuradoria-Geral da República e de decisão do STF, pelo Ministro Edson Fachin, nos autos da PET 7200. Nenhuma investigação foi aberta. Repudio veementemente qualquer tentativa de associar meu nome nesse ou em qualquer outro episódio sobre irregularidades na minha gestão. Estou tranquilo quanto à lisura de todos os atos por mim praticados enquanto Governador de Brasília ou no exercício de qualquer função pública”.

 CB. Poder - Ana Viriato

 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ruim com Temer, bem pior sem ele



Míriam Leitão: Temer fica no cargo com custo muito elevado ao país

Melhora da economia não pode ser biombo para que não se investigue as acusações contra o presidente [não existe biombo protegendo Temer; as investigações terão continuidade com força total - com toda a sanha de vingança dos dos golpistas derrotados agora,  mas,  ansiosos por vingança - a partir de 1º janeiro 2018.]

Quanto custa ao país manter o presidente Michel Temer no cargo? A conta está ficando imensa pela soma da paralisia decisória em questões-chave, o abandono das reformas econômicas, os gastos aprovados, e as medidas que o governo têm adotado para fazer a vontade dos grupos de interesse e assim vencer uma a uma as denúncias que pesam contra ele.

[Quanto custará ao Brasil a saída de Temer e a nomeação de um sucessor para um mandato tampão? 
Temer saindo, o Brasil entra em parafuso com queda livre e quanto custará recolocá-lo  na posição que está hoje? posição que não é boa, mas, bem melhor do que com a saída de Temer.

Os avanços econômicos que o governo Temer conseguiu estão sendo desmanchados pela crise política que ele mesmo criou. O governo está parado enquanto o presidente se defende. Nos discursos dos seus partidários na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados um dos argumentos mais repetidos é que a economia melhorou e que, por isso, o presidente deve ser mantido. O problema com esse raciocínio é que a melhora da economia não pode ser biombo para que não se investigue as acusações contra o presidente nas delações tanto de Joesley Batista quanto de Lúcio Funaro.

No esforço de se manter no cargo, Temer fortalece a coalizão dos investigados da Lava-Jato, como se viu esta semana na manutenção do mandato do senador Aécio Neves. Os que o defenderam usaram o argumento institucional, quando na verdade tentavam proteger a si mesmos, como os senadores Romero Jucá, Jader Barbalho, Renan Calheiros. Na articulação principal estava o governo Temer, que quer em troca o apoio de todos os tucanos. Na primeira denúncia teve apenas metade da bancada.

No começo do seu governo, o presidente escolheu uma boa equipe econômica e bons gestores para algumas das estatais como a Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil e BNDES, além do Banco Central. Com os acertos, a inflação despencou, os juros foram derrubados em seis pontos percentuais, a bolsa se recuperou, o dólar e o risco-país caíram. Lentamente, o ambiente recessivo foi cedendo, e o país já coleciona dados de melhora dos últimos meses. O mês de agosto teve queda dos índices de produção industrial, vendas de varejo, do setor de serviços e IBC-Br, mas os economistas dizem que é apenas uma acomodação e não reversão da tendência de melhora. Tanto que alguns números, quando comparados com 2016, mostram aceleração. O IBC-Br, por exemplo, foi de 1,4% para 1,64%. Mas a perda de que se fala é mais profunda do que um indicador apenas.

A maior ameaça a esse processo de recuperação é o próprio governo do presidente Temer. Neste momento em que a segunda denúncia está tramitando na Câmara, as decisões necessárias para o ajuste fiscal, para a revisão da meta do Orçamento, estão paradas em grande parte na Casa Civil. O temor é o de que qualquer medida desagrade a algum possível apoiador do presidente.

Para atender à grande bancada ruralista, o governo baixou essa portaria do Ministério do Trabalho que é um monstrengo. Ela reconceitua o trabalho escravo, reduz o poder dos fiscais, e dá ao ministro o arbítrio de divulgar a lista das empresas autuadas. Isso significa um enorme retrocesso na luta contra esse crime dentro da cadeia produtiva. Esta não é a primeira concessão feita à mesma bancada, mas tem o efeito de agradar também à indústria da construção civil. Outra concessão aos ruralistas foi o parcelamento, que pode se transformar em perdão, de uma dívida de R$ 17 bilhões com a Previdência.

As complicações nas quais o presidente se envolveu custaram também a reforma da Previdência. Ela estava se encaminhando para ser votada quando foi divulgada a conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista. Cinco meses depois, ela não foi votada, como dificilmente será.

O custo pago pelo país por essa desastrosa dupla eleita em 2014 é incalculável. A recessão provocada pela cabeça de chapa, a ex-presidente Dilma Rousseff, custou quase dez pontos percentuais de encolhimento do PIB per capita. Nas pequenas melhoras conduzidas pelo seu vice e sucessor não estão a reversão do grave quadro de déficit público. Ambos lutaram para permanecer no cargo usando os recursos da Presidência. Dilma não conseguiu. Temer tem se mantido. Mesmo que fique até o último dia deste mandato, ele continuará sem condições de levar adiante qualquer projeto. Ainda faltam mais de 14 meses até o fim do período para o qual foi eleita a chapa Dilma-Temer. E o país continua contando as perdas.

Fonte: Blog da Míriam Leitão - Alvaro Gribel, de São Paulo