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terça-feira, 15 de junho de 2021

Liberdade de autor de facada em Bolsonaro será decidida em um ano - Radar - VEJA

Justiça fará nova avaliação psiquiátrica de Adélio Bispo em junho de 2022

Faltam exatos 365 dias para que Adélio Bispo, autor da facada contra Bolsonaro na corrida eleitoral de 2018, seja avaliado por uma junta de psicólogos e psiquiatras, que determinará se o agressor ainda representa algum risco para a sociedade. A depender da indicação dos especialistas, ele poderá ser posto em liberdade.

Em junho de 2019, a Justiça Federal em Juiz de Fora absolveu Adélio porque sua condição psiquiátrica o tornou inimputável pelo atentado à vida de Bolsonaro. A decisão foi baseada em laudos que indicaram insanidade mental do agressor, que disse que deu a facada no então candidato sob designíos divinos.  Apesar de não ter sido condenado à prisão, ele foi mantido preso por ter sido considerado pessoa de alta periculosidade, cuja liberdade representaria risco a si e a terceiros. Desde então ele está recolhido no presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 

A opção pela unidade de segurança máxima foi a forma que a Justiça Federal encontrou de preservar a integridade de Adélio, já que havia o temor de que ele sofresse represálias e pudesse não ter sua segurança garantida em um manicômio judiciário.  Na decisão em que determinou a internação do agressor por tempo indeterminado, o juiz da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, Bruno Savino, ordenou uma reavaliação do estado mental do interno dali a três anos, prazo que se encerrará em 14 de junho do ano que vem.

Radar - VEJA


quarta-feira, 27 de março de 2019

Sabotagens para Bolsonaro desfazer depressa

Aproxima-se dos 100 dias o governo dos eleitos Jair Messias Bolsonaro e Antônio Hamilton Mourão. Existem bastantes acertos a celebrar e erros (muitos primários) a corrigir. O momento é crítico. Trata-se de uma fase de extrema e covarde sabotagem combinada com variadas intrigas e chantagens, por dentro e por fora. Os agentes do Crime Institucionalizado são os mais assanhados para promover e potencializar os fracassos a serem explorados politicamente.

A quantidade enorme de bandidos no Legislativo ameaça fazer o possível e o impossível para atrapalhar e impedir a aprovação da Agenda Anti-Crime, Anti-Violência e Anti-corrupção proposta pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. A maioria dos sabotadores é formada pelos deputados e senadores com condenações conformadas por órgão judicial colegiado em segunda instância. Suas Excrescências deveriam estar cumprindo penas, perdendo, automaticamente, o mandato. Azar nosso e sorte deles é que estamos no Brasil – onde a interpretação constitucional viabiliza a impunidade.

Foi patético assistir ao resultado de uma reunião entre o representante do Conselho Nacional de Justiça, o supremo magistrado Alexandre de Moraes, e os representantes esquerdistas de um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados escalado malandramente para analisar o pacote de medidas enviadas por Sérgio Moro. O golpe é tão bem armado que o deputado Rodrigo Maia acenou a Moro que seu projeto de combate ao crime organizado e aos crimes violentos pode ser votado ainda este ano... E no primeiro semestre...

No encontro com Moraes, a conversa foi outra... Os parlamentares deixaram claro que o ponto de partida da discussão legislativa será o projeto elaborado por juristas sob a coordenação de Moraes – e não a proposta enviada por Moro. Também já está sinalizado, nos bastidores, que as propostas que mexam com corrupção “ficariam para depois” (provavelmente o dia de São Nunca). Maia foi o político que se espera dele: "Se for para votar um bom texto, o que interessa é o tempo do bom trabalho dos deputados, com juristas e com o Executivo".

Outro golpe sofrido pelo governo foi a aprovação, em segunda votação, da Proposta de Emenda à Constituição que obriga o Executivo a executar todas as despesas orçamentárias aprovadas pelo Legislativo. A PEC transforma o orçamento (hoje autorizativo) em impositivo. A nova regra aumenta o poder do Congresso Nacional. Na teoria, o negócio parece lindo: o projeto considera obrigatória, ressalvado impedimento técnico e observadas as limitações fiscais, a execução de programações que integrem políticas públicas e metas prioritárias, observado o plano plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Na prática, o Governo ficará refém da Câmara e do Senado. Caso o Executivo queira alterar alguma destinação, precisará fazer por meio de projeto de lei que precisará de aprovação dos parlamentares. Isto significa que os parlamentares aumentaram, ainda mais, o potencial do toma-lá-dá-cá que Jair Bolsonaro prometeu fazer de tudo para evitar. Bolsonaro agora corre risco concreto e objetivo de ficar refém dos políticos profissionais. Foi um descarado golpe parlamentarista no regime presidencialista.

Fora as sabotagens políticas, Bolsonaro precisa mediar e interromper, urgentemente, as intrigas internas no Governo. Uma reunião, segunda-feira, com os ministros militares palacianos, já cuidou dos conflitos mais espinhosos que precisam de um basta imediato. No momento, o mais grave é o descontrole completo no comando do Ministério da Educação. O titular Ricardo Vélez Rodriguez parece tão prestigiado quanto técnico de time de futebol que não ganha jogo...

Bolsonaro tem a missão de harmonizar os núcleos de poder: o Militar (claramente hegemônico, porém afetado por picos de vaidade), o Econômico/Financeiro (no qual Paulo Guedes precisa apresentar mais resultados objetivos para sobreviver) e o da Justiça (onde Sérgio Moro segue forte, inclusive com apoio norte-americano). O Presidente só tem uma saída. Não pode errar... Bolsonaro tem de mostrar que é líder, gestor de pessoas, mais que um Comandante-em-chefe, para assegurar a coesão interna de seu time para enfrentar as sabotagens políticas que tendem a se intensificar.

Experiente parlamentar por quase três décadas, Bolsonaro precisa retomar o diálogo direto, franco e aberto com o Congresso. Nada custa lembrar que a Dilma Rousseff caiu porque falhou nesta missão básica... A pedalada fiscal foi só uma boa justificativa encontrada para detoná-la... Resumindo: Todo cuidado é pouco na relação com um parlamento dominado pelo Crime Institucionalizado... É muita doideira para pouco manicômio judiciário...    

 
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net