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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Ministros do STF farão reunião no tribunal para decidir sobre Bolsonaro

Presidente convidou integrantes do Supremo para uma conversa no Alvorada, mas alguns ministros são contra o encontro

O convite de Jair Bolsonaro para uma reunião com ministros do STF, como mostrou o Radar mais cedo, dividiu a Corte. Para definir se o tribunal atenderá ou não o convite do presidente — que ainda não reconheceu a derrota nas urnas [não existe lei que o obrigue a reconhecer - eventual reconhecimento é mais um ato político, sem nenhum tipo de influência.] –, os magistrados vão fazer uma reunião nesta tarde. Uma das dúvidas entre os magistrados é se Rosa Weber, a chefe da Corte, deve atender ao convite. [o que  nos deixa em dúvida e preocupados é a possibilidade dos ministros fixarem um prazo para o presidente Bolsonaro falar, sob pena de permanecendo em silêncio ser multado pesadamente por cada minuto de silêncio. 
Com todo respeito, sugerimos que o presidente não aceite que a conversa seja realizada fora das dependências do Alvorada.]

A conversa terá a presença de alguns ministros, dado que não são todos os integrantes da Corte que estão em Brasília nesta terça.  Um ministro do STF disse ao Radar que o presidente pediu a conversa para fazer “um gesto republicano” ao país. A conversa não teria um tema específico.

Como o Radar mostrou, alguns ministros, como Alexandre de Moraes, por exemplo, são contra o encontro ocorrer sem que Bolsonaro tenha reconhecido a derrota nas urnas. 

Radar - Revista VEJA


segunda-feira, 17 de junho de 2019

“É uma brasa, Moro!” e outras notas de Carlos Brickmann

Até o presente momento, Moro parece ter vencido politicamente a guerra que o Intercept iniciou [vencerá também na seara jurídica - as acusações da militância que posa de jornalismo, são ilegais na forma como foram obtidas e não possuem sustentação.]



Juridicamente, pode ser que haja irregularidades nas comunicações entre o ministro Sérgio Moro e procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A OAB abriu fogo contra ambos e juristas respeitados os criticam. [A Constituição sustenta Moro e o procurador-chefe da Lava Jato;
quanto à popularidade ao POVÃO interessa que ladrões tipo Lula sejam desmascarados, presos e mofem na cadeia. ] Em termos de comunicação, manda a boa técnica que se publique parte da denúncia e se aguarde a reação. Só então se publica a denúncia completa. Esses fatores podem mudar a situação, mas, até o presente momento, Sérgio Moro parece ter vencido politicamente a guerra que o Intercept iniciou.

Alguns fatos demonstram que Moro, se o atingiram, foi só de raspão.
1 – No Maracanã, dizia Nelson Rodrigues, vaia-se até minuto de silêncio. Lula, no auge da popularidade, foi vaiado no estádio de São Januário. Moro foi ao estádio em Brasília, vestiu a camisa do Flamengo e foi aplaudido.
2 – Numa das mensagens atribuídas a Moro, há a frase “In Fux we trust” (em Fux confiamos). Na sexta de manhã, o ministro Fux tomou um avião em Brasília e foi aplaudido por passageiros. Houve gritos de “In Fux we trust”.
3 – Pesquisa da XP (elaborada para orientar investidores) mostra Moro como o mais popular integrante do Governo. Sua nota oscilou de 6,5 para 6,2, ainda bem acima do segundo, o próprio presidente Bolsonaro.
Quem votou em Bolsonaro por não aceitar nada do que está aí deve estar feliz com as transgressões atribuídas a Moro – justo ele, com cara de bom moço. E foi depois de ver as pesquisas que Bolsonaro lhe deu apoio total.

(...)

Brasil é Brasil
Mas nunca levem uma análise (nem as deste colunista) demasiado a sério. No Brasil, dizia Pedro Malan, até o passado é imprevisível. Imagine o futuro.

Guerra é guerra
A próxima batalha entre o Intercept e Moro pode ser deflagrada ainda hoje, com a publicação de novas mensagens. Mas a seguinte é a da Polícia Federal contra quem forneceu informações ao Intercept. O que se diz é que nada será feito que viole a liberdade de imprensa: quem publicou tinha o direito de fazê-lo. O que se investiga, dizem, é quem obteve ilegalmente as mensagens, e como. Suspeita-se até de um esquema internacional, com o objetivo de desmoralizar as decisões da Justiça e conseguir libertar Lula. De acordo com o jornalista Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br), pode haver operações de busca e apreensão nos endereços dos responsáveis pelo Intercept. Fala-se em respeitar a liberdade de imprensa, mas sabe-se lá.

(...)