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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A Insegurança Pública no DF é total. Polícia Civil quer parar e PM quer realizar operação tartaruga = deixar a cidade sem polícia.Talvez, sem polícia a coisa melhore. Entre polícia em greve e polícia trabalhando, a diferença é mínima




Semana começa tensa com negociação entre Polícia Civil e GDF
Para piorar, a PMDF também pretende se mobilizar para cobrar equiparação
Esta semana será decisiva para a área de segurança pública do Distrito Federal. Se por um lado os servidores da Polícia Civil tentam manter a equiparação salarial com os agentes da Polícia Federal, por outro, o governo alega não ter condições de conceder tais ajustes. Para discutir o impasse, representantes do Executivo e da categoria se reúnem no Palácio do Buriti, a partir das 11h desta segunda, para uma nova rodada de negociações. 

Os policiais civis prometem pressionar ainda mais, caso não seja feita uma proposta aceitável. Além disso, os policiais militares pretendem se mobilizar para ter os salários igualados aos dos investigadores. Uma assembleia com os PMs já está marcada para próxima quarta-feira.

O motivo de todo esse impasse é o último reajuste, de 37%, concedido aos policiais federais. Os servidores da PCDF buscam o mesmo índice para as suas gratificações. A equiparação desejada não é garantida por lei, mas ocorre há 30 anos graças a negociações com governos anteriores. Diante da recusa do GDF, a categoria iniciou uma série de movimentos para pressionar o Buriti. Mesmo durante os Jogos Olímpicos, os atos envolveram a paralisação por 48 horas das atividades nas delegacias e até uma manifestação de mil policiais na porta do Mané Garrincha.

Exigências 
A categoria pede a saída da atual secretária de Segurança do DF, Márcia Alencar, mas, na última quinta-feira, resolveu dar uma pequena trégua para que o governo apresente uma nova proposta. Porém, mesmo com a pausa, os policiais suspenderam o serviço de remoção de cadáveres por mortes naturais. Eles alegam que a locomoção é responsabilidade da Secretaria de Saúde. Mas se o Executivo não chegar hoje a um consenso, o movimento pode voltar a ser radicalizado, a começar pela entrega dos cargos de chefia. A previsão é que 100 delegados saiam das posições ocupadas.

A expectativa é pelo fechamento do acordo. O diretor do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo-DF), Rafael Sampaio, argumenta que o GDF tem condições de arcar com o pedido. “Sabemos que o Fundo Constitucional comporta o nosso reajuste, portanto, o argumento do governo de que precisa buscar outros recursos não condiz com a realidade”, ressalta. Sampaio também repudia a entrada da Polícia Militar nas negociações. “Causará estresse para as duas categorias. Creio que ainda é prematuro para os militares discutirem aumentos, uma vez que receberão uma parcela de reajuste em setembro. A nossa paridade com a PF é garantida. Hoje, com benefícios como o auxilio moradia, alguns cargos da PM já recebem mais que a PC.”

 O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), Rodrigo Franco, explica que, ao longo dos últimos sete anos (2009/2016), a corporação não recebeu reajuste condizente com o das outras categorias. “A PC teve apenas 15,77% de reajuste, enquanto a PM conseguiu 66%. Estamos defasados com relação à inflação”, justifica. Ele garantiu que os policiais civis estão unidos no sentido de alcançar o pleito. “Percebemos que o GDF está criando dificuldades, mas não vamos desistir”, afirma.

Fonte: Correio Braziliense

terça-feira, 12 de julho de 2016

Policiais do DF ameaçam fazer greve durante Olimpíadas e impeachment - Não existe motivo para preocupação com a Segurança: as dicas da ABIN publicadas na Internet garante a segurança total

Às vésperas da maior competição esportiva do planeta, que terá 10 jogos em Brasília, e do processo final de cassação do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, policiais civis e militares do DF anunciam paralisações. PM faz carreata hoje

Clique aqui para conhecer as DICAS da ABIN

Os responsáveis pela segurança pública no DF terão uma prova de fogo no próximo mês. Cabe a eles a missão de garantir a tranquilidade da capital da República durante os jogos de futebol das Olimpíadas e no processo final do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. As 10 partidas ocorrerão de 4 a 13 de agosto e vão atrair delegações, jornalistas e turistas de países visados por terroristas, como Iraque, Alemanha e Estados Unidos. O Senado começa a votar a cassação de Dilma Rousseff em 9 de agosto, mas o resultado deve sair só duas semanas depois. Em meio a esse cenário, policiais civis e militares de Brasília se mobilizam. As delegacias estão em Operação PCDF Legal, com agentes deixando de ouvir depoimentos. Agentes e escrivães ameaçam uma greve geral. Na PM, praças organizam uma operação tartaruga e hoje promovem uma carreata.
A operação de segurança montada para as competições olímpicas em Brasília começa em 23 de julho, com a chegada das delegações, e termina em 15 de agosto. Ela envolverá 4,5 mil agentes do setor por dia, com o reforço de 4 mil militares das Forças Armadas, que ficarão na rua e de prontidão em quartéis. Diferentemente do que ocorre no Rio de Janeiro, sede oficial da competição, as autoridades de Brasília mantêm segredo sobre números relativos a veículos, helicópteros e outros equipamentos a serem empregados durante o evento na capital. A Secretaria de Segurança do DF deu respostas por meio de nota oficial, sem detalhar o planejamento.

Em Brasília, haverá interdição de vias, como ocorreu na Copa do Mundo de futebol de 2014, mas nada a respeito também é divulgado. Há ainda um plano só para as áreas de hotéis e os quatro centros de treinamento que receberão as seleções. Ele prevê ações específicas para casos de terrorismo, manifestações, violência e até desastre natural. Outra estratégia tem protocolos de atuação para 168 possíveis eventos durante os jogos. Eles vão de acidentes de trânsito a atentados no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Metade do necessário
Na prática, o governo pode ter problemas com pessoal. Agentes e escrivães estão instruídos, desde a semana passada, a não desempenharem atividade fora das atribuições pertinentes a cada cargo. Assim, a Polícia Civil promete radicalizar o movimento. “Até agora, a atividade mais atingida é a de produção de prova testemunhal. Colhemos, em média, 30 mil depoimentos por mês. Desde a semana passada, 80% são deixados de serem feitos. Vale lembrar que os depoimentos são essenciais às investigações porque embasam pedidos de prisão de mandados de busca”, ressalta o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Rodrigo Franco. “Agora, vamos organizar uma paralisação de 72 horas. Se não formos atendidos, vamos entrar em greve antes das Olimpíadas”, completa.

Fonte: Correio Braziliense