Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Após a maior crise enfrentada pelo Gabinete de Segurança Institucional em quase 100 anos de existência, o novo general a assumir o cargo, Marcos Antonio Amaro, já errou.
O general Marcos Antonio Amaro dos Santos toma posse como chefe do Comando Militar do Sudeste, em 2019 (Rovena Rosa/Agência Brasil)
E errou feio.
Na verdade, bastaram quatro dias para ele provar que a crise político-militar brasileira é ainda mais grave do que se imaginava.
Em entrevista ao Valor Econômico desta segunda, 8, Amaro afirmou: “Acho meio forte afirmar que houve um processo de politização [das Forças Armadas]”!
Meio forte?
O ministro não deve ter acompanhado os quatro anos do governoJair Bolsonaro, os tenebrosos pedidos de volta do AI-5 ou a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro(que levou à queda do seu antecessor). A politização do Exército, da Marinha e da Aeronáutica trasladou o país a crises institucionais em série, fragilizando a democracia e o Estado Democrático de Direito.
Marcos Antonio Amaro se referia ao projeto de lei costurado pelo presidente Lula e pelo ministro da Defesa, José Múcio, para que militares que se candidatarem não voltem para a ativa. Uma medida acertada que enfrenta um grande mal deixado por Bolsonaro.[os militares são cidadãos iguais aos demais e assim devem ser candidatos com os mesmos DIREITOS e DEVERES dos outros candidatos.]
Mesmo assim, disse o novo chefe do GSI: “Eu não acho que é uma medida muito adequada. Essa é a minha opinião pessoal. Não estou falando como chefe do Gabinete de Segurança Institucional”.
Sinceramente. Como não fala pelo GSI?
Revelada pela coluna, a ideia de Múcio é muito boa – já foi elogiada aqui [se o ilustre jornalista gostou, elogiou, deve ser analisada com mais cuidado; o jornalista, por razões familiares, não consegue resistir ao pecado de, sempre que possível, debochar das FF AA. A política brasileira precisa de mais generais Pazzuelos.] ]. – porque evita que “novos Pazzuellos” surjam na política nacional. Generais que assumirem ministérios terão que, simplesmente, ir para reserva.
Também evita que militares sejam candidatos e voltem para a fileira militar contaminados por ideologias.
Querem ser políticos? Que abandonema carreira militar.
Para se ter uma ideia, foram mais de mil candidatos de diversos partidos nas eleições passadas. Eles subiram em palanques, fizeram discursos, se impregnaram de ideologias e voltaram para os quartéis.
Um verdadeiro horror que Lula tem razão de querer acabar! [a única coisa que o atual presidente faria de correto seria RENUNCIAR - poupando tempo e gastos públicos para expulsá-lo via impeachment, cada dia mais próximo.]
Aparentemente, o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, um general, discorda do chefe. [bem informado e observador, o general já percebeu o que só os devotos mais fanáticos do demiurgo de Garanhuns ainda não perceberam, ou fingem que não notaram que o mandato do petista não resiste até o final do ano - será encerrado conforme a Constituição Federal vigente.]
O volume político de Bolsonaro tende a crescer cada vez mais, à medida que a ruindade do governo Lula for aparecendo [é só analisar a falta de qualidade e competência da maioria dos 37,que chamam de ministros do governo petista, e constatar que ali impera a ruindade, a incompetência e coisas do tipo e que não aguenta até o final deste ano. Realizações do DESgoverno Lula no 91º dia de sua instalação: - reajuste de R$ 18, no salário mínimo; e, - apresentação do rascunho, melhor dizendo MINUTA, do que pretendem que seja um 'arcabouço fiscal' - não passa no Congresso.]
Bolsonaro, de volta ao Brasil (30/03/2023) | Foto: Natanael Alves/PL
Jair Bolsonaro está enfim de volta ao Brasil e à política brasileira.
A pergunta é:para quê?
Durante estes três últimos meses que passou nos Estados Unidos, sem dar maiores satisfações sobre por que tinha ido e por que quis voltar, o ex-presidente esteve numa situação torta. Deixou aqui, entregue à cadeia do ministro Alexandre de Moraes, uma multidão de milhares de brasileiros que estavam acampados na frente dos quartéis para lhe dar apoio e protestar contra o resultado das eleições que o Tribunal Superior Eleitoral anunciou.
Não disse, com clareza, se era a favor ou contra. Não disse nada de fato relevante a respeito de nada; ficou resmungando contra o TSE, como arquibancada de campo de futebol que vaia o juiz mas não influi no resultado do jogo. Continuou repetindo aquela história de “quatro linhas”que ninguém aguenta mais ouvir e que, de resto, não tem utilidade prática nenhuma.
Deixou claro que nunca foi um líder para as Forças Armadas.
Começou a aparecer como o presidente brasileiro que teve o maior apoio da rua em todos os tempos — mas que não soube devolver o apoio recebido, e nem transformar sua força popular em vantagem política real.Muito bem: eis ele aí de volta, e não mais para o papel do ex-presidente com prazo de validade vencido que a sua conduta recente parecia ter lhe reservado.
Bolsonaro, ao desembarcar em Brasília no dia 30 de março, está se apresentando como o possível comandante da direita brasileira.
Não é pouca coisa.A direita brasileira é imensa, e obviamente não morreu com as últimas eleições — tem, pelo menos, 50% do eleitorado que foi votar em 2022, segundo números do próprio TSE.
É possível que, no todo, seja majoritária.
Com certeza, é a clara maioria no Brasil do progresso, da produção e do trabalho que vai do Rio Grande do Sul a Mato Grosso, incluindo os dois maiores Estados do país, São Paulo e Rio de Janeiro, mais uma parte importante de Minas Gerais.
Essa gente não vai sumir, nem aderir a Lula — ao contrário, tem diante de si um governo em processo rápido de evaporação, sem resultado no presente e com promessa de calamidade no futuro.
Não é capaz de somar apoio, a não ser na compra incerta de votos no Congresso.
Não tem novas lideranças para o lugar de Lula — e o tempo de Lula, por razões biológicas, está a caminho da placa que anuncia os descontos.
A direita é o exato contrário. Tem pelo menos dois líderes em potencial muito fortes e muito jovens, os governadores Romeu Zema, de Minas Gerais e com 58 anos, e Tarcísio de Freitas, de São Paulo e com 47 anos — um outro mundo. Tem apoio popular na praça pública — em massa, muitas vezes.
E agora tem um possível líder nacional na figura de Bolsonaro.
É a primeira vez que isso acontece.
Durante quatro anos, ele foi um presidente; dezenas já foram. Agora vai tentar mais que isso.
O povo, de mais a mais, ainda não está louco para sair à rua à esta altura — não com 600 presos nos cárceres do STF na Papuda
A volta de Bolsonaro foi discreta, após um voo noturno que o deixou no aeroporto de Brasília no começo da manhã do dia 30.
Nem vestígio das multidões inéditas que estiveram à sua volta no último 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios. Não era o plano;
e de qualquer forma as autoridades, que hoje o tratam como uma ameaça pública, baixaram uma espécie de toque de recolher provisório e localizado em Brasília,impedindo manifestações populares em volta do aeroporto e outros lugares onde poderia haver aglomeração.
Não houve desfile em carro aberto, nem passeata de motocicleta. Praça dos Três Poderes?
Pelo amor de Deus — aí, então, nem pensar. O povo, de mais a mais, ainda não está louco para sair à rua à esta altura — não com 600 presos nos cárceres do STF na Papuda, muitos dos quais nem estavam no local nos ataques aos palácios dos Três Poderes do dia 8 de janeiro.
O ponto central do regresso foi uma recepção na sede do PL, o partido que hoje tem a maior bancada da Câmara e do qual é o presidente de honra. Tinha político e teve discurso — não mais.
Bolsonaro procurou chamar pouca atenção sobre si. Falou mais do PL, elogiou o Congresso e disse que o seu partido mais os aliados no Congresso formam a maioria.
Não adiantou muita coisa sobre Lula. “O governo é uma oposição por si só”, disse — já adiantando que a principal turbina da sua nova vida política deverá ser a decadência precoce, progressiva e cada vez mais arrogante deste governo Lula-3, com seus fiascos diários e a obsessão em continuar repetindo coisas que dão comprovadamente errado, sempre.
Bolsonaro anunciou, também, que seu primeiro trabalho político será a eleição municipal do ano que vem, na qual deposita boas esperanças nos nomes da direita em geral — do PL e de quem ele apoiar. Já anunciou o ex-ministro Ricardo Salles como o seu candidato à Prefeitura de São Paulo; é um nome forte e, sem dúvida, um bom começo para a sua segunda vida política.
No mais, teve de responder sobre “o caso das joias”, é claro — como já teve de responder, durante os seus quatro anos de governo, sobre a “rachadinha”, o “genocídio”, o “quem-matou-Marielle” e tanta outra coisa que ninguém sabe mais direito o que significa isso tudo.
Ficou claro que continuará sendo uma estrela do noticiário — é como se, para os jornalistas, seu governo não tivesse acabado e não fosse acabar nunca. Sua esperança continua sendo exterminar Bolsonaro movendo contra ele uma denúncia perpétua — trocam os nomes que dão aos “casos”,mas a história é sempre a de um crime que não chega nunca aos tribunais.
O resultado geral também não muda: o ex-presidente já deveria estar morto e enterrado há muito tempo, se esse bombardeio da mídia valesse realmente alguma coisa na vida política real, mas não está.
O semi pânico que provoca na esquerda e nos signatários da “Carta Pela Democracia” continua do mesmo tamanho.
A direita pode até não saber ainda se vai mesmo querer que o ex-presidente seja o seu grande chefe — mas o STF e a esquerda parecem ter certeza que sim
O futuro de Bolsonaro, de qualquer forma, não depende dele — e nem da vontade dos quase 60 milhões de eleitores que acabam de votar nele. Depende do Supremo Tribunal Federal, e dos demais tribunais superiores de Brasília.
São eles que conduzem o projeto mais ambicioso e mais agressivo que está em andamento na política brasileira de hoje — a cassação dos direitos políticos do ex-presidente, de preferência com a sua prisão, de forma a que ele não possa mais ser candidato em eleição nenhuma. Está aí a maior admissão pública de que Bolsonaro pode, realmente, acabar sendo a nova liderança que a direita e seu eleitorado nunca tiveram.
A direita pode até não saber ainda
se vai mesmo querer que o ex-presidente seja o seu grande chefe — mas o
STF e a esquerda parecem ter certeza que sim.
Se não tivessem, não estariam tão empenhados nas tentativas de destruir a sua carreira política.
Quem poderia fazer isso, numa democracia normal, seria o eleitorado; já acabou, por sinal, com centenas de carreiras aqui e no resto do mundo. Mas no Brasil não é assim que funciona. Hoje em dia não se deixam essas coisas na dependência da vontade popular — quem resolve é o Supremo, pois só ele pode definir o que é democracia, já que deu esse direito a si próprio, e a ninguém mais.
É “a lei” — tal como a lei tem de ser entendida no Brasil de hoje. Forças Armadas? Esqueça.
O ministro Alexandre de Moraes, sozinho, vale mais que as três Forças Armadas juntas.
O STF não está isolado no sonho de liquidar Bolsonaro.Lula, o PT e a esquerda também querem isso, com paixão.
Querem a mesma coisa, junto com eles, os empreiteiros de obras públicas, os banqueiros socialistas e os advogados do Grupo Prerrogativas.
Também estão nessa, enquanto acharem que “vai dar”, todos os políticos ladrões — mais o MST, a CUT, a UNE, a Associação Brasileira de Imprensa, o Sindicato dos Bispos, os que controlam o “movimento” LGBT+, os homens que se sentem mulheres presas em corpos de homem, os parasitas do Estado em geral e o resto da manada que se conhece.
Na opinião de todos, o ex-presidente é a maior ameaça para o futuro do Brasil, e mesmo do mundo.
Mas e o resultado das eleições de 2022?
No fim das contas, eles não foram declarados vencedores?
Por que precisam acabar com Bolsonaro?
Em vez disso, não poderiam disputar com ele, e ganhar, mais uma eleição?
Ou não acreditam que ganhariam de novo?
Pelas aparências, e pelo empenho do alto aparelho judiciário, parece que não querem correr o risco.
A questão, aí, não está na vontade de ninguém, e sim em duas observações da vida real. A primeira é que a cassação dos direitos políticos de Bolsonaro pode acabar se complicando; talvez não dê para fazer.A segunda é que essa cassação poderia acabar sendo inútil; Bolsonaro estaria fora,mas a patente injustiça e a ilegalidade grosseira de sua punição lhe dariam um papel imediato de mártir — uma espécie de Nelson Mandela da direita, coisa que até hoje o mundo jamais conheceu.
Nesse caso, sua influência ficaria ainda maior; seja quem for, o candidato apoiado por ele entraria na eleição com vantagem, e não vantagem nas “pesquisas”, mas sim no mundo das realidades. Lula continuará não tendo sossego.
O fato é que Lula não está disposto a ir para uma segunda disputa mano a mano com Bolsonaro — não numa eleição limpa, realizada como se faz nas democracias, em vez de se basear em sistemas de votação e apuração só utilizados no Butão e em Bangladesh.
Da boca para fora, continua a falar e a se comportar como se fosse o maior líder político do sistema solar — e a se exibir no papel de homem que foi eleito pelos próprios méritos.
Da boca para dentro, não está claro o que ele realmente acha dessa história.
Ache o que ache, de todo o modo, quem ganhou a eleição de 2022 para ele foi o STF, em especial os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; Lula só está na presidência da República, objetivamente, porque foi colocado lá pelos três.
Acabaram, contra o que determina a lei brasileira, com o cumprimento das penas na cadeia para os condenados em segunda instância.
Anularam todos os seus processos penais, alegando erro de endereço. Fizeram uma eleição em que a censura do TSE proibia até que se dissesse que Lula é um defensor explícito do ditador da Nicarágua; o juiz e os bandeirinhas da partida jogavam no time de Lula.
Organizaram a votação. Contaram os votos. Se Bolsonaro continuar na política, Lula e o STF teriam de fazer tudo de novo.
O volume político de Bolsonaro, na verdade, tende a crescer cada vez mais, à medida que a ruindade do governo Lula for aparecendo — e ela vai aparecer, cada vez mais.
Como poderia ser diferente, com o ministério doente que escolheu e com a sua própria incapacidade de dar vida inteligente a qualquer coisa em que encosta?
A direita não vai ficar analisando os méritos relativos do ex-presidente, nem o seu rol exato de virtudes.
Vai ver que Bolsonaro, mais uma vez, é o único candidato viável para livrar o Brasil de anos seguidos de desastre petista — ele ou, se não puder ser ele, quem ele indicar como o melhor para executar essa tarefa. Lula não pode contar com o programa de obras do seu governo para enfrentar o ex-presidente;seu governo não vai ter obras. Não pode tirar mais nada do Bolsa Família.
Vai ter de responder pelo desemprego, o coma econômico, as invasões de terra, os aumentos de imposto, o preço da gasolina e mais um mundo de coisas.
É uma vantagem diária para Bolsonaro ou, então, para quem estiver no comando do outro lado.
Não parece importar muito, aí, se ele está à altura da posição de líder nacional da direita, se é menor que o Brasil conservador e outras questões que afligem os cientistas políticos nos debates na televisão depois do horário nobre.
Pode ser perfeitamente isso tudo. E daí? O que interessa, unicamente, é a possibilidade de ter de novo quase 60 milhões de votos — ou a sua capacidade, se for o caso, de transferir esses votos todos para alguém.
A volta de Bolsonaro mostra que neste momento ele existe de novo.
Em
recente artigo publicado na Gazeta do Povo, o deputado Marcel van Hattem descreve o que viu nas visitas que fez aos presídios do Distrito
Federal – o feminino da Colmeia e o masculino da Papuda – vistoriando a
situação dos presos nos dias 8 e 9 de janeiro.
Um breve sumário dessas observações fica assim:
- as citações de presos eram simples reproduções de textos idênticos, sem individualização de condutas;
- por
feitas em “arrastão” e envolvendo uma verdadeira multidão,as audiências
de custódia levaram nove dias, em vez das 24 horas prescritas em lei;
- os juízes que as realizaram não podiam liberar ninguém(só Alexandre de Moraes tem poderes para tal);
- os presos não têm ficha criminal;
- tiveram suas vidas truncadas, seu trabalho e fonte de renda das famílias cortados, negócios perdidos;
- a ilegalidade das prisões do dia 9 é gritante porque não preenche, sequer superficialmente as condições para o flagrante;
- presos
relatam ter sido chamados aos ônibus para ir a um lugar seguro, mas
foram levados para o ginásio da Academia Nacional de Polícia.
O excelente conteúdo do artigo do deputado Marcel(que pode e deve ser lido aqui)inclui, também, relatos individuais de situações capazes de lancinar o coração de um brutamontes.
A questão
que quero abordar, feita a exceção dos que efetivamente invadiram e
vandalizaram os prédios dos três poderes e merecem os rigores da lei,
sai do inferno dos presídios e vai para os milhões de culpados que estão
do lado de fora.
Não creiam esses que uma consciência amorfa, que toma o
jeito determinado pelo partido ou pela morbidez ideológica os isente de
responsabilidade moral.
Já não falo
daqueles que podendo conter, avalizam com um abano de toga esses maus
tratos ao Direito e à Justiça.
Já não falo de quantos, com atribuições
constitucionais para protestar, têm os olhos cobertos pelas escamas da
conivência e da conveniência.
Já não falo dos que nos púlpitos, tribunas
e palanques são briosos defensores dos direitos humanos e levam essa
defesa ao limite do companheirismo, porque os além dessa fronteira não
são humanos ou não têm direito algum.
Já não falo dos que nos teclados
das redações, diante dos microfones e das câmeras dos grandes veículos
fazem que não veem e fingem que não sabem, algemando as próprias mãos e
censurando a si mesmos porque, ali, o jogo é jogado assim.
Já não falo
dos que, no Congresso Nacional, calçam as silenciosas pantufas da
omissão, entram e saem sem deixar rastro porque o estabelecimento trata
de outros negócios.
É dos
outros que falo, repito. E são milhões os que, sabendo, silenciam no
ambiente da vida social ou, de modo ainda mais gravoso sob o ponto de
vista moral, festejam nas redes sociais o sofrimento alheio,fazendo
piada ou repetindo o bordão vulgar – “Perdeu, mané!”.
Uns e
outros, sendo como são e agindo como agem, ocultam ao conhecimento
público um fato essencial: era contra isso, contra o risco disso, contra
a eminência de que algo assim fincasse pé na realidade nacional, que
tantos se insurgiram e foram buscar segurança em lugar errado, à porta
dos quartéis.
Temiam os abusos que sobrevieram, não tinham poder para
golpe algum, não foram à praça derrubar qualquer governo, gritaram aos
vândalos que parassem a quebradeira.
Aqueles que hoje os condenam foram
os causadores, por palavras, ações e omissões, da ida de milhões às ruas
durante quatro anos de inquietação social e civilizados protestos
populares.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Centenas de manifestantes detidos pela Polícia Federal e esperando pelo processo de triagem em ginásio da corporação. - Foto: Reprodução/ Redes sociais
É famosa aquela frase:a história, quando se repete, repete-se como uma farsa. Aqui no Brasil, parece que está se repetindo com ironia. Vejam a questão das prisões:1,5 mil pessoas pensavam estar sendo recolhidas para serem levadas aos seus ônibus ou à rodoviária, e foram todas para um campo de concentração improvisado no ginásio da Academia Nacional de Polícia Federal: 1,5 mil pessoas!
Em 1968, no 30.º Congresso da UNE, em Ibiúna, a então Força Pública de São Paulo cercou o evento, que ocorria numa fazenda, e prendeu 800, segundo relato de José Dirceu em sua biografia. Então, os dias de hoje superaram a maior prisão em massa realizada no governo militar.
Desses presos de domingo, os que tinham mais de 60 anos foram liberados, o que nos lembra também a Lei do Sexagenário, de 1885, que libertou todo escravo que tivesse mais de 60 anos.
A prisão indiscriminada, então, foi seguida por uma soltura inexplicável, simplesmente pela idade da pessoa.
Os outros, segundo os advogados que lá estiveram, permanecerão presos: as mulheres vão para um presídio feminino, os homens para um presídio masculino, e todos vão ser enquadrados em atos terroristas e ações violentas para derrubar o Estado de Direito.
O governo do Distrito Federal informou que 763 pessoas estão nessa situação, e dizem os advogados que estão preparando um habeas corpus.
Enquanto isso, o presidente Lula, ao receber dos presidentes da Câmara e do Senado a comunicação de que foi aprovada a intervenção na segurança pública do Distrito Federal, chamou os manifestantes de domingo de “aloprados”. Em 2006, Lula também usou esse mesmo adjetivo para se referir a sete petistas que foram presos em flagrante negociando a compra de um dossiê contra José Serra, candidato ao governo de São Paulo e que enfrentaria Aloizio Mercadante, e contra um candidato à Presidência da República que disputaria contra Lula – o candidato era Geraldo Alckmin. Quanta ironia nisso tudo!
E a suprema ironia atual é que, como vocês lembram, os manifestantes que estavam acampados em Brasília havia quase 70 dias insistiam para que o presidente Bolsonaro declarasse uma Garantia da Lei e da Ordem para que as Forças Armadas interviessem. Nesta terça-feira, dizia-se que, se houvesse ameaça de uma nova invasão aos prédios públicos, o presidente Lula poderia recorrer às Forças Armadas, e a única forma de fazer isso é por meio de uma GLO exatamente contra o lado que queria a GLO decretada por Bolsonaro.
Vocês veem aí a história brasileira dando voltas, eu diria até se retorcendo com ironias.
Apoio à Lava Jato derrubou médica reconhecida que assumiria cargo no Ministério da Saúde Mais um caso em que a política se sobrepõe ao mérito:uma conhecida pediatra foi indicada pela nova ministra da Saúde para chefiar o Departamento de Imunização da pasta. Mas a doutora Ana Kalume Maranhão acaba de ser vetada porque, anos atrás, fez postagens apoiando a Lava Jato, que revelou o mais gigantesco escândalo de corrupção que o Brasil já viu.
Há 40 dias acampados em
frente aos quartéis, manifestantes resistem às pressões do STF e mantêm a
esperança por auditoria do processo eleitoral
Quem se aproxima da Avenida Sargento Mario Kozel Filho, localizada no
bairro do Paraíso, em São Paulo, enxerga de longe o mar de crianças,
jovens, adultos e idosos que tingem de verde e amarelo as largas ruas
acinzentadas da região. O mosaico humano se espalha pelas imediações do
Comando Militar do Sudeste.
Manifestante em Brasília | Foto: Eduardo F. S. Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ex-pecuarista campineiro Júlio Miranda, 49 anos, instalou sua barraca em frente ao quartel há cerca de um mês. Insatisfeito com as “ilegalidades” cometidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o campineiro desistiu da profissão para ajudar a impedir a derrocada da democracia brasileira. “Estou aqui pelo futuro dos meus filhos”, disse. E deixou claro que pretende continuar nos protestos. “Sairemos daqui apenas quando as Forças Armadas se manifestarem. Não tem negociação.” A barraca do campineiro é sofisticadamente estruturada. Ele conta que
manifestantes formados em engenharia ofereceram ajuda para erguê-la
ainda no início do acampamento. “Os temporais eram um pesadelo para os
patriotas”, lembrou Miranda. “Agora, os rapazes resolveram esse
problema. Nenhuma tempestade irá atrapalhar nosso objetivo.”
A
100 metros de distância, um grupo de manifestantes clama por liberdade.O coro é liderado pelo advogado Wellington Coelho, 40 anos, que
comparece diariamente ao Comando Militar do Sudeste. “O Judiciário está
suprimindo os direitos dos brasileiros”, afirmou, ao mencionar as
decisões monocráticas do ministro Alexandre de Moraes. “Cidadãos livres
tiveram suas contas bloqueadas nas redes sociais, pessoas inocentes
foram presas
Os gritos não silenciam. Ocorrem do início ao fim do dia. Geralmente, um manifestante pede a palavra e pronuncia frases simpáticas aos militares. É seguido pelos colegas, que só deixam de gritar quando bate um cansaço. Imediatamente surgem outros voluntários para manter o ritmo. “Não paramos nunca”, garante Coelho.
A professora Márcia do Nascimento, 55 anos,é uma das que utilizam os megafones para pedir socorro às Forças Armadas. Ela e o filho, Walter, que é portador do espectro autista, dividem o tempo entre a escola e o quartel. “Faço questão de dizer que sou pedagoga; dediquei 32 anos da minha vida à educação”, ressaltou. “Quero tirar esse estigma de que todos os professores são esquerdistas. Isso não é verdade.”
Em meio aos brados, manifestantes empunham faixas em inglês e português. Eles denunciam o autoritarismo das Cortes Superiores e alertam para os riscos de eventual governo comunista assumir o país.“Queremos mostrar ao mundo que a democracia brasileira está sendo dilapidada”, observou o geógrafo Carlos Lima, 37 anos.
Recém-chegado ao movimento conservador, o psicólogo Ricardo Violin, 51 anos, também acredita que as instituições não estão funcionando. Ele considera que o Judiciário trabalhou para favorecer Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes mesmo de as eleições começarem. “Os ministros passaram a não respeitar a Constituição desde que o presidente Jair Bolsonaro vestiu a faixa presidencial”, argumentou. “Os senadores poderiam agir para impedir os desmandos do Supremo, mas não fazem nada. É improvável que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, paute os pedidos de impeachment dos magistrados. Nossa única esperança é o Exército.” [lamentavelmente o presidente Bolsonaro optou por um relacionamento submisso ao Poder Judiciário - já citamos no Blog várias situações que se Bolsonaro tivesse agido com energia, o Poder Judiciário se enquadraria aos ditames constitucionais.
Basta se perceber que as forças pró Moraes tentaram impor regras nas manifestações próximas aos quartéis - uma ação enérgica de um dos comandantes de OM em Brasilia, enquadrando os fiscais e expulsando-os sob escolta e uma Nota Conjunta dos comandantes estabelecendo limites ao ministro Moraes e os manifestantes não mais foram perturbados.]
A 10 metros de distância, religiosos se reúnem e rezam pelo Brasil. O grupo de católicos pede que o país não seja engolido pelo autoritarismo. “Que Deus nos ajude”, roga a vendedora Amanda Salles, 24 anos. A imagem de Nossa Senhora Aparecida marca presença diariamente na Avenida Sargento Mario Kozel Filho.“É para nos fortalecer”, explica Amanda.
O fotógrafo Sebastião Lima, 48 anos, registra discretamente esses momentos. Ele está no acampamento desde 1º de novembro, sem expectativa de voltar à vida normal. “Não pretendo sair daqui”, afirmou. “Estou protestando pelo Brasil. Acredito que houve fraude nas eleições, e as Forças Armadas precisam investigar essa possibilidade.”
O processo que culminou na vitória de Lula teve um “empurrão” dos institutos de pesquisas, que, desde 1º de janeiro de 2019, travam uma batalha contra a reeleição de Jair Bolsonaro
Lima carrega nas mãos algumas imagens específicas. Uma delas mostra os manifestantes servindo alimentos de forma voluntária àqueles que comparecem aos protestos. Há barracas que oferecem bebidas quentes, lanches frios e doces. Nos fins de semana, o cardápio é ainda mais atrativo: feijoada, camarão e macarrão. Indagados se empresários financiam o banquete, os manifestantes negam. “Aqui, trabalhamos como voluntários”, explicou Miranda, o ex-pecuarista. “Nos sustentamos com doações, não com investimento de empresas”, acrescenta Violin.
A despeito disso, Alexandre de Moraes determinou que as polícias identifiquem os organizadores, qualificando os protestos como “atos antidemocráticos”.As Forças Armadas, por sua vez, defenderam os direitos constitucionais à livre manifestação do pensamento e à liberdade de reunião.
O direito de manifestar-se é garantido pelo inciso XVI, do artigo 5º da Constituição. “Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”, diz um trecho.
Amparado nesse direito constitucional, o empresário Saulo Campos, 35 anos, decidiu continuar a frequentar as manifestações. Ele circula pela Avenida Sargento Mario Kozel Filho todos os dias. “Estou aqui desde 30 de outubro, não sairei até que a ordem seja restabelecida”, salientou. “Nossas instituições estão sendo usurpadas. O Judiciário não tem moral para julgar processo algum.”
Campos afirma que os manifestantes deixarão de protestar apenas se o TSE disponibilizar o código-fonte das urnas, o que facilitaria a auditoria pelas Forças Armadas. “Não podemos abdicar disso”, destacou. “Queremos o restabelecimento imediato da Justiça. Contudo, estamos dispostos a permanecer aqui por quanto tempo for necessário.”
Para o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, a consumação da vitória de Lula mergulharia o país num caos. “Metade da nação não o aceita de forma alguma, e outros muitos brasileiros que nele votaram desconhecem, por alienação intelectual, seu triste envolvimento com a Justiça”,afirmou, em entrevista publicada na Edição 137 da Revista Oeste.“Quando gigantescas parcelas da população bradam a plenos pulmões que Lula deveria estar na prisão, ficam claras as consequências danosas da pessoa do futuro presidente para o autorrespeito e a autoestima de metade ou mais da metade da nação, moral e ideologicamente rachada”.
O cientista político Christopher Garman avalia que os conservadores saíram da eleição com o sentimento de que foram roubados, “principalmente ao observarem a forma como o STF e o TSE conduziram a disputa”. “As duas Cortes pesaram a mão no ativismo judicial durante as eleições”, constatou. “O que vejo é que os protestos vão continuar, mas de natureza mais ordeira e pacífica.”
Esse processo eleitoral viciado pôde ser observado especialmente nas decisões dos ministros do TSE, que foram sustentadas por preferências ideológicas. Os advogados de Luiz Inácio Lula da Silva, com a contribuição do senador Randolfe Rodrigues, atravessaram outubro pressionando os aliados na Corte com a média diária de cinco ações judiciais.
Ora exigiam direito de resposta, ora reivindicavam a supressão de verdades, ou pediam a imposição da censura a empresas de comunicação ou veículos jornalísticos.
As ações emplacadas por assessores jurídicos de Bolsonaro não chegaram a dez. O TSE disse “sim” a quase todas as remetidas por lulistas. Até as que imploraram pela exumação da censura — abjeção sepultada em cova rasa na década de 1980.
Mas não é apenas isso. O processo que culminou na vitória de Lula teve um “empurrão” dos institutos de pesquisas, que, desde 1º de janeiro de 2019, travam uma batalha contra a reeleição de Jair Bolsonaro. Se o resultado das eleições dependesse dos “especialistas” do Datafolha, por exemplo, a vitória do petista seria consumada ainda no primeiro turno. A realidade, contudo, desfez as fantasias. O presidente da República não apenas conquistou a vaga no segundo turno como a eleição foi a mais apertada da história do país.
“Diante do completo deboche à nossa Constituição e do assalto à democracia, com direito a expressões de quem, de fato, rouba algo, o brasileiro resolveu botar a boca no trombone com carros, barracas, motos, caminhões e bandeiras — muitas bandeiras! — nas ruas”,escreveu Ana Paula Henkel, em artigo publicado na Edição 141 da Revista Oeste.“Há 40 dias, a coragem de defender o Brasil contra a tirania jurídica e a ditadura de toga, algo como a faísca que inspirou um punhado de colonos a defender sua liberdade e representatividade contra a tirania de um rei, tomou conta dos portões de centenas de quartéis e áreas militares pelo Brasil.”
O Brasil prestes a acontecer As manifestações contra a falta de transparência no processo eleitoral não ocorrem apenas em São Paulo. Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro, Curitiba, Santa Catarina e Minas Gerais também permanecem em ebulição. Em Brasília, por exemplo, o relato de um manifestante circulou nas redes sociais.
“Nossos amigos estão lá há 30 dias, lutando por nós e por nossa nação. É preciso estar lá para ver de perto e sentir a energia daquele local. São milhares de pessoas: católicas, evangélicas, indígenas. Mais de 500 indígenas reunidos. Todos juntos numa só intenção. Às 15 horas, no horário de Brasília, todos se ajoelham e rezam juntos. As orações são o pai-nosso e ave-maria. É tudo muito intenso. Chuvas torrenciais caem a todo momento. Os ventos são tão fortes que arrancam as barracas e as jogam para o alto. E o povo lá, de pé, rezando.
Preciso falar também dos alimentos. Lá, vi a multiplicação acontecer. Nossa barraca faz parte de uma dezena de barracas gigantes. Nosso pessoal tem em torno de 250 pessoas, mas, na hora do almoço, chegamos a servir 500 refeições. A comida, feita por trabalhadores da cidade, é maravilhosa. É impressionante como a cada dia chegam mais alimentos e doações. Não existe um mantenedor. Lá, o líder somos todos nós. Vi chegarem frutas. Comi banana, laranja e limão. Comi cenoura, repolho, beterraba, abobrinha, jiló, pepino, tomate, cebola, alho, mandioca. Vi chegarem carne, frango, linguiça e farofa. Fora o delicioso arroz e feijão que comemos todos os dias no horário do almoço. Ninguém paga R$ 1 por isso, é tudo de graça. Além do cafezinho e do chimarrão nas horas de temporal.
A mão de obra, que é o mais difícil, não falta. Os homens se oferecem para lavar as panelas do almoço e do jantar. Isso acontece dia e noite. Quando acaba a comida, mas ainda há fila, as guerreiras da cozinha pedem 40 minutos e voltam a servir novamente. Isso acontece porque chegam ônibus e mais ônibus, de vários Estados, todos os dias. Para almoçar e jantar bem, é só você chegar a alguma barraca. Não importa de onde está vindo. Você é mais um dos nossos. E, por isso, é bem-vindo. Lá, vi seres humanos mais humanos. Vi pessoas de todos os lados de nosso país, de todas as categorias que você possa imaginar: desde os mais simples funcionários até os maiores empresários. Há indígenas de várias etnias e evangélicos de várias congregações — ora rezando, ora comendo juntos a mesma comida.
Vi crianças de várias idades: jovens, adultos, senhores e senhoras. Vi também cadeirantes. Muitos. Todos vestidos da mesma forma, com as mesmas cores. Vi união, parceria, respeito, amor, doação, paz e harmonia que jamais pensei que pudessem existir em uma multidão assim. Vi solidariedade a cada passo que dava. Vi gentileza gerando gentileza. Tudo isso ficará na História. Lá, mais se aprende do que se ensina. Só estando lá e vivenciando isso para entender o que estou falando. Celulares, mochilas e outros pertences às vezes são esquecidos pelos donos. Todos os itens são achados e entregues de volta. Não tem roubo, acreditem. Não tem briga. Podem ir com a família, com as crianças, com os jovens e com os idosos. Todos serão carinhosamente recebidos.
Estou relatando tudo isso porque descobri o Brasil dos meus sonhos. Descobri o Brasil que quero para mim, para os meus, para você e para os seus. O que acabei de relatar não é um sonho, ele existe. É um Brasil que está aí, prestes a acontecer. E que Deus, em sua infinita vontade, nos permita provar dessa bênção, dessa vitória, dessa glória.”
Em algum momento, os comandantes militares devem parar essa roda, pois já há gente chamando generais de 'melancias'
Política e disciplina não combinam nos quartéis
Chegou-se ao ponto de um sargento do GSI postar uma mensagem dizendo que Lula não subirá a rampa
É velha como a Sé de Braga a afirmação de que quando a política entra num quartel por uma porta, a disciplina sai pela outra.No princípio, um general pensa de uma maneira, e outro, de outra.
Depois, a divergência passa aos coronéis, e assim sucessivamente.
Em algum momento, os comandantes militares devem parar essa roda, pois
já há gente chamando generais de “melancias”(verdes por fora, vermelhos
por dentro). Chegou-se ao ponto de um sargento lotado no Gabinete de
Segurança Institucional postar uma mensagem dizendo que Lula não subirá a
rampa do Planalto no dia 1º de janeiro.
A turma da transição quebrou a cabeça para escolher um ministro da Defesa. Pode ser importante, mas não é tudo.Os três novos comandantes das Forças assumirão seus postos com a tarefa de colocar ordem nas casas.[os saintes já colocaram limites ao arbítrio do ministro Moraes = em ÁREA MILITAR, polícia não entra para expulsar e/ou prender manifestante, apreender barracas - a fiscalização do GDF tentou e seus fiscais saíram escoltados pela PE e sob vaias.
Além do mais, ao que pensamos, os saintes nada tem contra os entrantes e vice-versa = são militares servindo as FF AA do Brasil e não ao presidente eleito.]Há chefes militares que empurram a disciplina com a barriga (Lyra
Tavares, desastrosamente, em 1969)e chefes que a defendem com o pulso
(Leônidas Pires Gonçalves de 1985 e 1990, e Orlando Geisel de 1969 a
1974).
Estão aí, calados, dois comandantes que chefiaram o Exército sem tumultos: Enzo Peri (2007-2015) e Gleuber Vieira (1999-2003).
Os dois sabem das coisas e afastaram-se da vida pública. Ouvi-los pode
ser boa ideia. Ambos estão esquecidos, graças a duas regras de ouro do
profissionalismo militar: se você é paisano e não sabe quem é um
general, ele é um grande oficial, e se ele passou por um grande comando e
você se esqueceu dele, foi um grande comandante.
(...)
Imposto sindical Cozinha-se no comissariado dos sindicatos a ressurreição do imposto sindical. Extinto no governo de Michel Temer, ele mordia compulsoriamente um dia de serviço anual dos trabalhadores. Com a mesma cara, ele não voltará. Poderá vir, disfarçado de contribuição destinada a remunerar o trabalho do sindicato em serviços de assistência e na negociação de dissídios. O coração do problema está na contribuição compulsória, inclusive para trabalhadores que não se sindicalizaram. Há sindicatos que não prestam quaisquer serviços e, nos dissídios, consultam primeiro os empregadores.[o molusco eleito, era um dos líderes sindicais que insuflava seus liderados para enfrentarem a polícia e ia para a sede da Fiesp saborear whisky com os patrões.]
Estatística O ministro Alexandre de Moraes, que cuida dos inquéritos das manifestações golpistas, está diante de duas estatísticas. Uma é horrível, a outra é didática.
A horrível é de Pindorama: ninguém foi preso pela baderna dos caminhoneiros de 2018. Ela quebrou uma perna do governo de Michel Temer, foram abertos dezenas de inquéritos, e ninguém foi para a cadeia.
A outra vem dos Estados Unidos. No dia 6 de janeiro de 2021, uma multidão golpista invadiu o Capitólio. Pelo menos 955 cidadãos estão espetados na Justiça, cerca de 800 passaram pela cadeia e perto de 200 já foram condenados.[Nos Estados Unidos, NÃO ESQUEÇAM; Aqui no Brasil, ou Pindorama, um individuo rouba, faz tráfico de influência, lava dinheiro, é condenado por nove juízes diferentes, sentenças apreciadas por TRÊS INSTÂNCIAS, é descondenado pelo Supremo - NÃO FOI INOCENTADO - permitem que ele seja candidato à presidência da República, é eleito e no momento aguarda ser diplomado - penúltimo passo antes de ser empossado Presidente da República. E ainda tem autoridades que não aceitam a rejeição do POVO ao ladrão.]
Faro De duas pessoas que conhecem a política americana: A primeira garante que Donald Trump acabou. A segunda acha que seu lugar será ocupado por Ron De Santis, atual governador da Flórida, muito mais perigoso que Trump, por ser mais inteligente.
Folha de S. Paulo - Jornal O Globo - Elio Gaspari, jornalista
Já as declarações de assessores do capitão ajudaram a fortalecer toda sorte de aspirações golpistas
Apesar de ter exercido mandatos parlamentares por quase trinta anos, Jair Bolsonaromarcou sua carreira política com discursos antidemocráticos e de exaltação à ditadura. À frente da Presidência da República, apostou numa estratégia de tensão permanente com as instituições, sobretudo com o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Justiça Eleitoral. Na última campanha, adicionou um item perigoso à sua cartilha: lançou a suspeita de que haveria fraude nas urnas e, por isso, só reconheceria uma eventual derrota para Lula sob determinadas condições, que nunca foram explicadas detalhadamente por ele.. O resultado da eleição e seu desdobramento são conhecidos. Após a vitória do petista, bolsonaristas bloquearam rodovias e acamparam em frente a quartéis do Exército, pedindo intervenção militar para sustentar o capitão no poder. Essa mobilização continua porque Bolsonaro mantém um silêncio conivente sobre as ações de seus apoiadores radicais e porque seus principais aliados alimentam a conflagração com declarações desastradas e ambíguas, num sinal de que, além de maus perdedores, não respeitam as regras do jogo e a vontade soberana do povo manifestada nas urnas.
O principal responsável pela confusão é o presidente em fim de mandato, que até agora não reconheceu de forma cabal a derrota paraLula, o que, se fosse feito, ajudaria a desanuviar o ambiente no país. [nenhuma lei obriga o presidente Bolsonaro a reconhecer, ou não, a vitória do ainda apenas eleito.] Pessoas próximas a Bolsonaro justificam a postura do capitão de formas diferentes. Ele teria ficado deprimido com o fracasso da campanha à reeleição. Uma ferida na perna, que o impediria de se locomover, vestir calça e até de trabalhar, não permitiria que o mandatário fizesse os gestos esperados a favor da pacificação nacional. A alegada depressão é contestada por alguns aliados, mas a ferida existe e está sendo tratada.
O fato é que Bolsonaro só voltou a dar expediente na quarta-feira, vinte horas depois de seu partido, o PL, pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a anulação de votos depositados em quase 300 000 urnas — pedido que, se tivesse sido considerado pertinente, provocaria uma reviravolta na sucessão presidencial, com a declaração de vitória de Bolsonaro sobre Lula. Não à toa, durante o período entre a divulgação do resultado do segundo turno e a volta de Bolsonaro ao trabalho dezenove dias depois, a tese que prevaleceu entre os bolsonaristas radicais é a de que o capitão estava debruçado sobre um plano capaz de anular a posse de Lula e garantir a si próprio mais quatro anos de mandato. O sumiço e o silêncio seriam a senha de que algo estaria prestes a acontecer.
(...)
Abaixo de Bolsonaro no comando da tropa, destaca-se o general Eduardo Villas Bôas, o mesmo que em 2018 pressionou o STF a prender Lula. Respeitado entre seus pares, Villas Bôas publicou uma nota exaltando os atos antidemocráticos na frente dos quartéis.
A mulher dele até visitou um dos acampamentos dos manifestantes, que seguem bloqueando estradas e rodovias.
Desde o fim da eleição, já foram desfeitas mais de 1 200 interdições, mas o problema está longe de ser resolvido.
Algumas milícias bolsonaristas contam com um aparato comparado pela Polícia Rodoviária Federal ao de grupos terroristas e black blocs e estão usando bombas caseiras, pregos fincados em bananas e barricadas com incêndios.
O TSE recusou o pedido, multou a coligação em 23 milhões de reais por litigância de má-fé e ainda determinou que o presidente do PL seja investigado.
Valdemar sabia dessa possibilidade, tanto que, longe dos holofotes, tentou fazer média com ministros dos tribunais superiores. Em conversas reservadas, o cacique do PL relatou estar sofrendo crescente pressão por parte de Bolsonaro para contestar o resultado eleitoral, já que o relatório apresentado pelo Ministério da Defesa jogou por terra qualquer possibilidade de questionamento. Ele também buscou ministros do STF antes de formalizar o pedido para relatar a investida do próprio Bolsonaro por trás da ação. Além disso, num sinal de que não via chance alguma de o pedido prosperar, Valdemar já articula o futuro de Bolsonaro fora da Presidência.
Ao capitão foram oferecidos a função de presidente de honra do PL, uma equipe de assessores, um salário polpudo e ainda uma sala localizada porta com porta com a sede da legenda em Brasília. O espaço conta com dois andares e é capaz de abrigar mais de uma dezena de assessores. Há até um pequeno auditório. A ideia é que, ali, Bolsonaro receba informes, seja abastecido com dados setoriais e use o material para respaldar petardos na gestão de Lula e, assim, consolidar-se como o principal líder da direita e da oposição no país.
Outros próceres do Centrão dizem trabalhar para dar “equilíbrio” a Bolsonaro e prometem fidelidade a ele nos próximos quatro anos. Mas há condições. “Só não estarei junto se ele tentar dar um golpe de Estado, tentar uma coisa tresloucada, que não vai acontecer. Se cumprir um script de equilíbrio, eu estou muito empolgado de estar ao lado dele”, disse um importante aliado. De uma forma geral, nega-se no entorno do capitão a possibilidade de uma quartelada, até porque os próprios militares já estão negociando a transição. Há consenso de que Bolsonaro não passará a faixa para Lula. [se Bolsonaro passar a faixa estará prestigiando um ladrão] Os manifestantes não aceitariam essa concessão. Além disso, a transmissão de cargo referendaria o resultado da eleição e enterraria a tese da fraude nas urnas, que precisaria ser preservada como forma de manter a grei unida. Em Brasília, ninguém sabe a quem caberá entregar a faixa a Lula. Certo mesmo é que, ao sair do cargo, Bolsonaro deixará como legado o enfraquecimento de ritos democráticos, rachaduras em instituições e uma massa de apoiadores em estado permanente de conflagração.
Publicado em VEJA, edição nº 2817, de 30 de novembro de 2022,
Ministro
não quer protestos em frente a quartéis, mas a lei não lhe permite
chamar a polícia para dissolver manifestações públicas e perfeitamente
lícitas
É cada vez mais difícil, hoje, o ministro Alexandre de Moraes aparecer no noticiário sem que esteja provocando algum tumulto, ou se metendo em questões que legalmente não lhe dizem respeito ou, simplesmente, violando a Constituição e o restante das leis em vigor no País. Seu último surto é a “convocação” de todos os comandantes das PMs estaduais para o seu gabinete em Brasília, com o propósito oficial de fazer“um balanço” de suas ações na última eleição, que acabaram há vinte dias, e discutir “as próximas”,que só vão acontecer daqui a dois anos.
Trata-se de pura e simples produção artificial, e deliberada, de confusão. Em primeiro lugar, não cabe a um ministro do STF, em nenhuma hipótese legal, chamar as PMs do Brasil inteiro para tratar de assuntos operacionais; não faz parte de suas funções, nem de seus direitos como membro da corte suprema. Além disso, é uma encenação flagrante: não pode sair disso nenhuma decisão que venha a beneficiar os cidadãos, nem melhorar a sua segurança,mas apenas tensão inútil, animosidade e desordem.
O que o ministro e o STF estão realmente querendo que as PMs façam? Um dos projetos atuais de Moraes, pelo que ele tem dito em público, é proibir as repetidas manifestações populares que vêm sendo feitas diante de quartéis do Exército - e que ele já excomungou como“atos antidemocráticos”, além de potencialmente “criminosos”.
O ministro não quer, ao que parece, nem a presença de gente “nas calçadas” próximas às guarnições. Mas e se as pessoas continuarem a se reunir nos quartéis e suas vizinhanças – o que ele vai fazer?
A lei não lhe permite chamar a polícia para dissolver manifestações públicas, e muito menos manifestações perfeitamente lícitas.
Mas os textos legais, até agora, nunca foram obstáculo para Moraes e o STF fazer o que bem entendem; ele pode, se lhe der na telha, mandar que sejam evacuadas as áreas próximas a instalações militares. O problema é como executar isso na prática
Comandantes de quartéis diante dos quais se fazem os protestos já afirmaram, com todas as letras, que não vão tirar os manifestantes de onde estiverem; houve, a propósito, discursos de chefes militares dizendo que a população tinha o direito legal de se manifestar pacificamente onde quer que fosse, inclusive na frente das casernas. E então?
O ministro Moraes vai mandar a tropa de choque das PMs enfrentar a tropa do Exército para tirar as pessoas de lá?
Vão jogar gás lacrimogêneo e espancar a população na frente dos militares?
Vão abrir fogo, talvez?
É algo que ele deveria esclarecer nesta sua reunião com os comandantes das PMs.
Para executar o que decidiu, Moraes tem de dar ordens para a força policial reprimir os manifestantes, e isso, além de ilegal, é complicado de se fazer.
E se as PMs não obedecerem a essas ordens?
Um comandante já disse que não viu nenhum delito nas manifestações em sua área de atuação, e que não iria fazer nada a respeito.
Outros dois nem foram à reunião que o ministro convocou. [respeitosamente, sugiro que alguém oriente o ministro que preside o TSE sobre ÁREA MILITAR; além das peculiaridades inerentes ao local, nenhuma força policial vai entrar = invadir = ÁREA MILITAR, cumprindo ordem de autoridade sem competência legal para tanto; além da certeza do confronto, existe o respeito recíproco entre as forças. Tem outro detalhe importantíssimo e que parece estar sendo esquecido: existe legislação sobre o assunto, tudo devidamente regulamentado, não havendo espaço para 'arroubo' de autoridades.]
O mais simples, para o STF, seria não se meter nessa história; bastaria não tocar mais no assunto e deixar quieto, esperando que as pessoas se cansem com o tempo e parem, por conta própria, de se manifestar diante dos quartéis. [ironicamente, a sugestão do Guzzo já foi seguida pelo próprio Moraes e foi a melhor coisa que ele fez; lembram quando ele invocou que o Presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO, fosse depor em uma delegacia da PF? (Aliás, confusão decorrente de uma decisão atabalhoada de um outro ministro do STF, hoje curtindo o ostracismo dos que aposentam após por um longo período em que se achavam insubstituíveis.
Na decisão o ministro determinou que oficiais generais "fossem depor conduzidos, se necessário, debaixo de vara - ninguém foi, a ordem foi esquecida.).
Voltando ao depoimento: Bolsonaro decidiu não ir, não avisou para ninguém, o ministro reiterou a ordem, novamente o capitão ignorou o assunto e tudo continuou como estava. Guzzo comentou com brilhantismo o incidente.]se conque queria que oficiais generais fossem depor 'debaixo de vara').
O problema é que este tipo de atitude não gera conflito, tensão ou tensão ou desordem,e nem serve como exibição de força por parte do ministro Moraes e de seus colegas.
Não é, em geral, o que tem interessado ao Supremo.
‘Não percam a fé, é só o que eu posso falar agora’, disse o ex-candidato a vice de Bolsonaro a militantes em Brasília
Uma declaração enigmática do general da reserva Walter Braga Netto (PL), vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro,
deixou o bolsonarismo em polvorosa nesta sexta-feira. Após visitar o
presidente no Palácio da Alvorada, o ex-ministro da Defesa conversou com
apoiadores bolsonaristas e pediu que“não perdessem a fé”, sem
elaborar.
A declaração de Braga Netto, que foi gravada, foi imediatamente
recebida nas redes pró-Bolsonaro como um recado implícito aos apelos por
uma virada de mesa eleitoral ecoados em protestos golpistas na porta de quartéis Brasil afora.
“Vocês não percam a fé, é só o que eu posso falar para vocês agora”,
disse Braga Netto aos militantes que permaneciam na entrada da Alvorada
com adereços alusivos à bandeira do Brasil. “A gente está na chuva, no sufoco”, interpelou uma bolsonarista com a
voz embargada, tentando segurar o choro. “Eu sei, senhora. Tem que dar
um tempo, tá bom?”, completou o ex-vice de Bolsonaro.
Braga Netto conversa com Jair Bolsonaro durante cerimônia do Dia do Soldado na capital federal, em agostoCristiano Mariz/O Globo
Foi o suficiente para que Braga Netto figurasse entre os tópicos mais discutidos no Twitter nesta sexta-feira, em que as instabilidades na rede social em função de demissões em massa nos Estados Unidos dominaram a rede.
No canal mantido pelo site bolsonarista Jornal da Cidade Online no Telegram,
que conta com 34 mil seguidores, o padrão se repete. “A mensagem foi
dada”, afirma a mensagem acompanhada do link para o vídeo da fala de
Braga Netto.
“General faz sua declaração mais impactante e estremece as bases de Brasília.
O clima de tensão domina Brasília”, diz uma mensagem disparada na noite
desta sexta-feira na lista, em referência a uma publicação do deputado
federal General Girão (PL-RN) nas redes atacando o Supremo Tribunal Federal.
Pela manhã, o destaque foi uma reunião interna do Exército que, na
verdade, ocorreu nos dias 8 e 9 discutiu assuntos burocráticos da
instituição, segundo o site da corporação. “Exército realiza nova
reunião em Brasília, desta vez com os adjuntos de comando. Forças se
organizam e se preparam”, diz o trecho destacado no Telegram.
Manifestantes bolsonaristas fazem ato antidemocrático no centro do Rio
A fala do general é mais uma da longa lista de demonstrações de atores
importantes do bolsonarismo feitas desde o segundo turno que, embora
pareçam despretensiosas, funcionam como “dog whistle” (apito de
cachorro) - expressão popularizada nos Estados Unidos que define
mensagens cifradas e interpretadas devidamente apenas pelo seu grupo
alvo.
[dificil de entender o esforço estúpido e inútil que a mídia militante faz para passar a ideia de golpe em tudo;
agora selecionaram uma declaração do general Braga Netto para atribuir intenções golpistas.
Esses jornalistas deveriam entender que o general Braga Netto é um oficial-general do Exército Brasileiro, com uma carreira responsável,não é um desses esquerdistas irresponsáveis que tentam se garantir, apresentando denúncias infundadas e irresponsáveis - caso daquele senador 'estridente' do AP e daquele deputado que pediu o afastamento do ministro da Defesa - o individuo foi eleito deputado federal, passou pela Câmara, sua presença não foi percebida em 4 anos e partiu para pedidos estúpidos e que não colaram.
Também o general Braga Netto não é um boquirroto,tipo o individuo eleito presidente, que expele mentiras, asneiras e promessas vãs.
Qualquer pessoa sensata pode concluir facilmente que é público e notório que até o 15º corrido, após a diplomação do eleito, o seu mandato pode ser impugnado e, sendo preceito constitucional,o TSE tem o dever de analisar, julgar e proferir sentença fundamentada sobre a impugnação requerida do mandato do eleito - situação que justifica o estímulo dado pelo general aos apoiadores do presidente Bolsonaro, ao dizer que "não perdessem a fé".]