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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Rumo ao segundo turno - Alon Feuerwerker

Análise Política

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram ao segundo turno com uma diferença de cerca de cinco pontos percentuais entre eles, por volta de metade da diferença no voto válido apontada pela última pesquisa BTG-FSB uma semana antes da eleição.

O fenômeno verificado nesta reta final de primeiro turno, e não captado pelas pesquisas, foi uma transferência importante de votos da terceira via para Bolsonaro, num movimento aparente de antecipação do segundo turno.

Assim, Lula fechou a rodada inicial com os votos válidos previstos, mas Bolsonaro desempenhou significativamente acima, resultado que se deve principalmente a um melhor desempenho no Sudeste, especialmente em São Paulo. Que, com segundo turno para governador, será um palco decisivo em 30 de outubro.

Os outros dois grandes estoques de voto no Sudeste decidiram a parada já neste domingo. Os dois governadores eleitos de Minas Gerais e Rio de Janeiro serão cabos eleitorais importantes no segundo turno.

O presidente da República enfrenta alguns desafios no segundo turno. Um deles é o fato de os candidatos com algum voto que não se classificaram para a decisão tenderem a apoiar o candidato do PT. Mas, com quatro semanas de campanha e boas notícias na economia, é hoje uma disputa completamente em aberto, com 50/50 de chances. 

AlonFeuerwerker, jornalista e analista político


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Biden volta a se perder em palco depois de discursar

É a quarta vez, em apenas duas semanas, que a cena se repete 

Joe Biden voltou a se perder depois de discursar

 Joe Biden voltou a se perder depois de discursar | Foto: Reprodução/Twitter

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se perdeu depois de discursar na Sétima Conferência de Reabastecimento do Fundo Global, realizada na quarta-feira 21. É a quarta vez, apenas duas semanas, que a cena se repete.

Na semana passada, Biden se perdeu depois de discursar na 45ª Gala Anual do Congressional Hispanic Caucus Institute, em Washington DC.

No início da semana, Biden se perdeu no palco de um show de carros em Detroit.

Antes disso, o democrata se perdeu, depois de dizer a pacientes com câncer para não pularem de uma varanda.

A mão invisível de Biden

No mês passado, depois de ouvir um discurso do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, o democrata cumprimentou o orador e, segundos depois, estendeu a mão novamente para saudá-lo.

Não foi a primeira vez que o presidente dos EUA protagonizou uma cena que envolve aperto de mãos. Em abril, depois de discursar na Universidade Estadual Agrícola e Técnica da Carolina do Norte, o democrata desceu do púlpito, virou-se para o lado direito e estendeu a mão, como para cumprimentar uma pessoa. Mas não havia ninguém ali.

Em julho, depois de um discurso em Tel-Aviv, Israel, o presidente norte-americano repetiu a dose.

Redação -  Revista Oeste

 


quinta-feira, 5 de maio de 2016

A QUEDA DE CUNHA – Teori antecipa liminar e afasta tentativa de golpe no impeachment de Marina, Marco Aurélio e Lewandowski



A trama é rocambolesca, mas, acreditem!, verdadeira. Se você tem a impressão de que a esculhambação já chegou ao Supremo, então está certo!
Eduardo Cunha vai ser destituído da Presidência da Câmara? Acho bom para o Brasil e para o futuro presidente, Michel Temer. Dito isso, vamos ver. Se você está com a impressão, leitor amigo, de que a esculhambação ameaça romper o cerco e chegar ao Supremo, então é um otimista. Isso já aconteceu.

A Procuradoria-Geral da República havia entrado com uma Ação Cautelar, no fim do ano passado, para afastar Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, acusando-o de usar o cargo para obstruir o processo que contra ele corre no Conselho de Ética. A decisão estava a cargo de Teori Zavascki, que não tinha estabelecido uma data para decidir.A situação é complexa. O Supremo destituir o presidente da Câmara não é coisa corriqueira. Quem quer que leia a Ação Cautelar de Rodrigo Janot vai constatar que se trata de um conjunto de ilações, sem a evidência fática de que Cunha transgrediu, de fato, o Regimento Interno da Casa para se manter no poder. Afinal, uma coisa é rasgar o Regimento; outra, diferente, é saber jogar com ele, ainda que com maus propósitos. Adiante.

A Rede, partido que milita fanaticamente contra o impeachment — embora tente disfarçar os seus propósitos —, entrou com uma ADPF — Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental pedindo a destituição de Cunha, sustentando que ele não pode estar na linha sucessória. Afinal, é réu no Supremo. Argumentação: se um presidente não pode ser réu, e por isso Dilma será afastada, seu substituto temporário também não. Quando Temer assumir o comando do país, Cunha é que ocuparia seu lugar nos períodos de eventuais viagens fora do país. Muito bem! O relator da ADPF é o ministro Marco Aurélio. Pra começo de conversa, ele nem deveria ter reconhecido o instrumento. No país do habeas corpus preventivo, temos agora a ADPF preventiva. Logo teremos o Mandado de Segurança Preventivo e a Ação Direta de Inconstitucionalidade Preventiva. Vale dizer: eu adivinho o que o outro vai fazer e já recorro à Justiça.

Mas Marco Aurélio reconheceu. Não só reconheceu como mobilizou Ricardo Lewandowski para atropelar a pauta do Supremo e pôr a ADPF em votação. Qual seria o resultado? Não sabemos. O fato é que a petição da Rede sugere que todos os atos praticados por Cunha no exercício da Presidência da Câmara são ilegítimos porque estariam violando preceitos fundamentais.

Em casos assim, cumpre ao Supremo modular a decisão, vale dizer: se algo foi feito enquanto um preceito fundamental estava sendo violado, então é preciso reparar de algum modo o dano. É claro que isso abriria uma janela retórica ao menos para questionar o impeachment, já que, na sua trajetória, há a decisão inaugural de Cunha: recebeu a denúncia.

Marco Aurélio e Lewandowski atropelaram Teori Zavascki e se preparavam para transformar o Supremo num palco a palavra que me ocorre é outra, mas fiquemos por aqui mesmo. Dificilmente o Supremo acataria — ou acatará — a tentativa de anular o processo de impeachment na Câmara, mas a dupla do barulho forneceria munição a essa tese.  Marina Silva, enquanto isso,  ajeitaria o seu xale e faria cara de santa do pau oco da floresta.

Teori se antecipou
Sentindo o fedor da tentativa de golpe, Teori passou a noite trabalhando e, em decisão liminar, afastou Cunha da Presidência da Câmara. Ora, uma liminar de Ação Cautelar tem efeito imediato e, portanto, tem precedência sobre ADPF. Assim, os ministros terão de se posicionar sobre a decisão de Teori, que deve ser endossada, e a ADPF resta prejudicada, bem como a tentativa do partido de Marina Silva e, tudo indica, de dois ministros do Supremo ao menos de melar o processo do impeachment. [só resta uma dúvida: qual a base legal para o ministro SUPREMO Teori Zavascki criar a penalidade SUSPENSÃO DE MANDATO PARLAMENTAR?
Se os ministros SUPREMOS começarem a ter competência para criar penalidades, corremos o risco de a qualquer momento uma pena inaplicável, por não existir prévia cominação legal, passa a ser aplicável, desde que seja de autoria de um ministro SUPREMO.]

Instituições
É claro que Cunha está muito bem afastado. Há muito já deveria ter sido cassado.
Mas não é menos evidente que o protagonismo do Supremo nesse caso é indesejado. Por que o governo não gostou na decisão de Teori? Porque tirou o palco para o proselitismo de Marco Aurélio e Lewandowski. Tanto estava o Planalto preparado para a ação que José Eduardo Cardozo já anunciou que vai usar a decisão de Teori como base para um novo pedido de anulação do processo na Câmara. Vai usar e sabe que será malsucedido porque nada na liminar dá azo a essa possibilidade. A síntese das sínteses é esta: ao se antecipar, Teori afastou uma tentativa de golpe no impeachment desfechada pelo Planalto, com o auxílio luxuoso de Marco Aurélio, Lewandowski e Marina Silva.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo