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quinta-feira, 20 de abril de 2023

O contorcionismo da esquerda para explicar general lulista golpista - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

As imagens são chocantes: o general chefe do GSI [nomeado por Lula e responsável pela segurança do petista neste e nos dois governos anteriores.] acompanha calmamente os "terroristas" no dia da invasão que, segundo o PT, representou a maior ameaça já sofrida pela democracia brasileira. Em determinado momento, os militares sob o comando do general servem até água para os insurgentes. 
O que fazer diante de revelações tão bizarras? [se espera que, no mínimo, o general esteja preso.]

O general, que deu entrevista, mas arrumou atestado médico para não prestar esclarecimentos no Congresso, já foi exonerado. Fica a sensação de que o PT pretende estancar a sangria entregando uma cabeça menor. A narrativa já vem pronta: traidor, equipe bolsonarista, blá-blá-blá.

De Reinaldo Azevedo a Miriam Leitão, o esforço dos militantes petistas é quase comovente. Todos tentam desviar o foco do essencial: o general que era da total confiança de Lula, muito próximo ao presidente, estava tranquilamente ao lado dos vândalos criminosos.

Para Miriam Leitão, do Globo, as imagens do general "mostram como foi longe a conspiração de militares contra a democracia e o governo Lula". Risos! O general lulista conspirava contra seu amado mestre?! "Esse pessoal comunista foi treinado na arte de mentir até as últimas consequências, sem jamais abandonar a tese definida pela linha partidária mesmo quando a realidade a desmente de modo flagrante", constatou Flavio Gordon sobre a coluna da militante comunista.

"Ela está dizendo que o amigo do Lula de longa data, nomeado por ele, conspirou contra a democracia?", quis saber André Porciúncula. "A 'Amélia' do PCdoB poderia explicar como o 'general do Lula', chamado até mesmo de 'sombra' do descondenado pela imprensa, por trabalhar na segurança do petista desde 2002, faria parte de uma conspiração para derrubar o próprio Lula?", perguntou Leandro Ruschel.

Desesperados, os petistas tentam virar a mesa agora, defender a CPMI que até ontem faziam de tudo para barrar, e repetem em coro a narrativa de "jornalistas" como Reinaldo Azevedo. Foi o caso da presidente do PT, Gleisi Hoffmann: "Agentes filmados colaborando com invasores do Planalto eram do governo Bolsonaro, do GSI do general Heleno, q ainda não haviam sido substituídos. O general Gonçalves Dias sai, mas as investigações continuam. Não adianta vir com armação: Invasores, terroristas e golpistas eram todos da turma de Bolsonaro. Vão pagar por seus crimes". [perguntamos a essa mulher que preside o pt = PERDA TOTAL, o que o general de Lula fazia lá? contaminando o pessoal que ela diz ser do governo Bolsonaro. Antes de falar asneiras, a estulta senhora deveria pensar no que responder as perguntas que as bobagens que expele, via oral, provocam.]

A tática é tão pérfida quanto patética. Quem vai acreditar numa baboseira dessas quando se sabe que o general nas imagens, o chefe dos demais, foi alguém que chorou de emoção com a vitória de Lula, segundo fontes petistas?! 
O "anjo da guarda" de Lula virou comandante de traidores criminosos agora? 
E o PT acha mesmo que esse discurso chinfrim vai pegar?
 
O problema, claro, é o duplo padrão supremo. Ministros do STF, segundo o Globo, veem "incompetência", mas não participação de ministro do GSI durante invasão ao Planalto. Que piada! 
Anderson Torres, que estava fora do país no ato, [em gozo de férias regulamentares, portanto, impedido legalmente, de exercer o cargo do qual era titular, e que estava sendo exercido por substituto legalmente designado.] não servindo água para invasores, está preso até hoje sabe-se lá o motivo.  
O Brasil foi tomado por marginais em todas as esferas do poder, eis o triste e preocupante fato. 
E fica difícil saber como vamos sair dessa.
 
A casa caiu. Num país minimamente sério, o presidente teria de cair. Mas estamos no Brasil. 
Os estrategistas petistas preparam narrativas esdrúxulas, os "jornalistas" militantes repetem com a maior cara de pau, e o Poder Judiciário finge que vive em Nárnia. Não é teoria da conspiração. É tudo uma conspiração escancarada contra o Brasil.


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 21 de abril de 2020

Ministro amordaçado - VEJA

A ideia, evidentemente era evitar o inevitável questionamento sobre o mais grave, por suas implicações institucionais, episódio de incentivo a aglomerações patrocinado pelo presidente da República no dia anterior na porta do QG do Exército junto a uma turba de arautos da ditadura.
Como subproduto, o distanciamento permite que o novo ministro não exponha sua falta de familiaridade com a dinâmica do sistema público de Saúde. Em miúdos, trata-se de um ministro desprovido de autonomia. Como convém a Bolsonaro, mas que certamente não é conveniente à biografia do amordaçado.

Bem visto por colegas médicos, Nelson Teich pode ter começado ali a desconstruir uma reputação de vida inteira, por um ato de voluntária prestação de desserviço à sociedade. Credibilidade leva-se muito tempo para ganhar, mas perde-se num átimo de submissão ou vaidade.

Blog da Kramer - Dora Kramer, jornalista - Revista VEJA


sábado, 4 de abril de 2015

Anões políticos

[Por favor, informem como transcorreu a manifestação popular convocada pelo presidente do PT,  Rui Falcão, para o dia 31 de março e apoiada pelo estrupício do  Lula em defesa da Petrobras e contra o Movimento de 31 de março de 1964, também conhecido como a  REDENTORA? 

Apesar de estar sempre ligado, não percebí nada. Será que não houve? ou não perceber certas coisas seja consequência de que me tornei, há alguns meses, um 60tão? ]

O PT se opõe ao ajuste antes de mais nada porque não o compreende, assim como não compreende a crise que ele próprio fabricou 

Uma crise gigante gerida por anões políticos – eis em síntese a encrenca em que está metido o país. O PT, partido que se quer hegemônico, não dispõe de um só quadro, dentro ou fora do Congresso, capaz não apenas de enfrentar a crise, mas, sobretudo, de compreendê-la. Seus nomes do passado lá ficaram.

Lula e José Dirceu, seus expoentes, envolveram-se com o Código Penal e são incapazes não apenas de convencer, mas até mesmo de falar ao público. Lula atém-se a ambientes fechados e impermeáveis ao contraditório, enquanto José Dirceu é refém de advogados criminalistas. O PT mergulhou em profundo autismo.

No Congresso, o ambiente é lastimável. Ter como líder na Câmara alguém da estatura intelectual de Sibá Machado (AC), cujas relações com a lógica e o verbo atormentam taquígrafos, repórteres e colegas de ofício, resume a ópera. Diante de Sibá, Dilma tem a eloquência de um Cícero ou Vieira.

E há ainda figuras patéticas como a deputada gaúcha Maria do Rosário, que chega ao requinte de divergir de si mesma, poupando a oposição de fazê-lo. Ao que parece, não se percebe.  Opõe-se, por exemplo, à redução da maioridade penal para 16 anos, alegando que “cadeia não conserta ninguém”, ao mesmo tempo em que se empenha em agravar delitos (isto é, propor mais cadeia) para temas de sua cartilha do politicamente correto, como homofobia, feminismo e outros.

O que se deduz é que tem duas concepções de cadeia: a regenerativa e a vingativa. A primeira, quando se trata dos seus, é ineficaz e deve ser evitada, mas a segunda, destinada a seus adversários, não: deve ser intensificada. Crime, para ela – e nisso exprime o próprio PT - não é questão moral, mas ideológica.

No entorno da presidente, há nada menos que nove articuladores políticos - e nenhum articula nada. O espetáculo patético dos dois ministros Miguel Rosseto (da Secretaria Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (da Justiça) -, escalados para falar da manifestação do dia 15 de março, não merecia sequer o panelaço com que foram brindados. 

Um disse uma coisa e outro o seu contrário. Rosseto viu as passeatas como coisa dos eleitores de Aécio e da elite branca (da qual, aliás, a exemplo do comando de seu partido, faz parte), o que as tornaria banais.  Cardozo captou-lhes a gravidade, embora não saiba como lidar com elas. A má fé cínica e a obtusidade córnea de ambos (para citar a expressão de Eça de Queiroz) sugere que se poupem panelas e protestos. Não merecem sequer vaia.

Em tal contexto, não espanta que um tecnocrata, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afeito à ditadura das planilhas e dos números, desponte como único interlocutor político disponível junto ao Congresso. Na ausência de um negociador dentro do governo, foi pessoalmente conversar com os senadores sobre o ajuste fiscal.  Não lhe pareceram à altura da missão nomes como o já mencionado Sibá Machado ou Pepe Vargas (ministro das Relações Institucionais) ou o senador pernambucano Humberto Costa (líder naquela casa), entre outras eminências partidárias disponíveis.

O PT se opõe ao ajuste antes de mais nada porque não o compreende, assim como não compreende a crise que ele próprio fabricou. Se não a percebe, como vencê-la? Lula diz aos quatro ventos que a crise tem nome: Dilma. Nesse caso, tem também autor: Lula, que a inventou e a entronizou na Presidência.

Não bastasse, há os escândalos que não param de vir à tonana Petrobras, na Receita, no BNDES, em toda parte. A reação do partido, na falta de argumentos, não muda: evoca a conduta de adversários no passado, na tentativa de banalizar o que fez. É como se um homicida, flagrado, evocasse Caim para dizer que assassinato é coisa antiga e que não foi inventado por ele. A corrupção do passado a tal “senhora idosa” a que se referiu a presidente - não absolve nem atenua a do presente. Mais: se o partido a conhece tão bem – e não hesita em atribuí-la também aos tucanos -, por que não a puniu nestes 13 anos de mandato?

A omissão, se efetiva, acresce aos delitos do presente mais um: o crime de prevaricação.

Tais contradições escapam ao tirocínio médio dos petistas incumbidos de gerir a crise. O nanismo mental não as enxerga, o que não impede que prosperem e agravem o quadro.  O resultado está parcialmente expresso nas pesquisas de opinião e nas multidões nas ruas. A propósito, a manifestação popular convocada pelo presidente do PT,  Rui Falcão, para o dia 31 de março – e reverberada por Lula -, em defesa da Petrobras e contra o golpe militar de 51 anos atrás, simplesmente não aconteceu. 

O PT perdeu não apenas o juízo, mas também o povo.

Fonte: Ruy Fabiano, jornalista