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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A atuação do KGB no Brasil

Prefácio de Olavo de Carvalho ao livro de Mauro Abranches sobre a atuação da KGB no Brasil

O que é KGB:

KGB é a sigla em russo de Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti cujo significado em português é Comitê de Segurança do Estado.

O KGB era a principal organização de serviços secretos da ex-União Soviética, que esteve em funcionamento entre 13 de Março de 1954 e 6 de Novembro de 1991.

 

 Detalhes da entrada da antiga sede da StB em Praga, República Checa.

(A obra será lançada em breve.)

Este livro, sozinho, vale mais do que toda a bibliografia consagrada sobre os acontecimentos de 1964.

PREFÁCIO
Olavo de Carvalho

Condensando um zunzum que já circulava em jornais comunistas e em teses do Comitê Central do PCB, o livro do jornalista Edmar Morel, O Golpe Começou em Washington, publicado pela Editora Civilização Brasileira em 1965, lançou, já no seu título, o mantra que desde então foi repetido incansavelmente em artigos, reportagens, livros, teses universitárias, filmes, especiais de TV e vídeos do youtube: o movimento que removeu do cargo o então presidente João Goulart foi, no essencial, uma trama do governo americano, uma brutal intervenção estrangeira dos assuntos nacionais, uma manobra da CIA urdida para derrubar um governo nacionalista cujas reformas ameaçavam os interesses do capital imperialista.

A Civilização Brasileira era a maior editora comunista do país, dirigida pelo militante histórico Ênio Silveira, e Edmar Morel, tendo servido ao famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) da ditadura Vargas, soube adaptar-se rapidamente aos novos ares após a queda do ditador: ganhou do governo soviético uma viagem a Moscou, que relatou num livro de 1952. Ninguém ignora o que essas viagens significam na longa história das cooptações e recrutamentos.

Não é humanamente possível fazer a lista das publicações e produções que endossaram a tese de Edmar Morel. Praticamente nenhum jornal, canal de TV ou universidade, no Brasil (e algumas no exterior) falhou em repeti-la com a constância de um devoto recitando preces jaculatórias. Mais recentemente, a tese ganhou o apoio de celebridades americanas, entre as quais Noam Chomsky, e, entre inumeráveis filmes que confirmavam a mesma versão dos acontecimentos, pelo menos um recebeu um prêmio nos EUA.

Tão vasta, contínua e prestigiosa unanimidade é de molde a desencorajar, no nascedouro, qualquer objeção que possa colocá-la em dúvida.  No entanto, toda essa vistosa e idolatrada construção, em que se empenharam tantos cérebros, tantas verbas públicas e tantos patrocínios privados, é posta abaixo e reduzida a pó mediante uma simples pergunta: Como é possível que a CIA tenha exercido tão profunda e avassaladora influência no curso da história nacional em 1964, se até agora não apareceu, na imensa bibliografia a respeito, o nome de um único agente daquela organização que estivesse lotado no Brasil na época? Nem unzinho só.

Como é possível tanta ação sem nenhum agente?
Inversa e complementarmente, a teoria moreliana do golpe de 1964 baseia-se na premissa – tão unânime e indiscutida quanto ela mesma – de que não havia nem séria infiltração comunista no governo João Goulart, nem o menor risco de uma revolução comunista, nem muito menos qualquer ingerência soviética nos assuntos nacionais.

MATÉRIA COMPLETA, EM MSM

terça-feira, 14 de julho de 2015

O volume morto

A palavra de ordem não era derrotar o capitalismo? Pois agora estão conseguindo cumprir

No Brasil, qual a diferença entre o comunismo de antigamente e o comunismo de hoje? Só uma: hoje eles estão no poder. Essa é a diferença principal. Na oposição são ardorosos sabotadores, no poder são um desastre administrativo. E se dedicam a sabotar o capitalismo mesmo dentro do poder capitalista. Como eles costumavam dizer, essa é a “contradição principal” deles: como ser contra o regime e governá-lo ao mesmo tempo?

A outra diferença entre ontem e hoje é de sentimentos: antes havia sim uma esquerda romântica, como vi e vivi nos tempos de estudante na UNE. A esquerda não era corrupta. Hoje a esquerda é só um pretexto para o petismo, o lulismo e o banditismo.  Naquela época, não. Nosso romantismo era meio babaca, mas era a única porta para entender o mundo.

Nós éramos mais “puros”, mais poéticos, mais heroicos que os meus colegas de PUC, todos já de gravatinhas adultas. Como era bom se sentir acima dos outros, não por competência ou cultura, mas por superioridade ética. Os operários eram nossa meta existencial. Para nós eles eram o futuro da Humanidade. Nas oficinas do jornal estudantil que eu fazia, crivavam-nos de perguntas e agrados, sendo que os ditos operários ficavam desconfiados e pensavam que nós éramos veados e não fervorosos “revolucionários”.

Naquele tempo não era possível pensar de outro jeito. De Sartre a Brizola, não havia outra ideologia disponível. A guerra fria dividia o mundo em duas facções, e a tomada do poder de Fidel Castro inebriou nossos desejos. Mesmo delirando em utopias, queríamos verdadeiramente, romanticamente salvar o país, contra o “imperialismo americano, o latifúndio e a direita espoliadora”. Não havia espaço para outras ideias, e quem ousasse pensar diferente era canalha, lacaio dos americanos. Por exemplo, Raymond Aron era de “direita” porque discordou do Sartre, pois esse incitava seus leitores para agir; Aron ensinava-os a pensar. Como acreditávamos nessa dualidade, ela virou uma verdade incontestável. E essas “verdades” criaram uma nova linguagem que praticávamos com fé e determinação. Em vez dos fatos, a linguagem bastava e nos movia. A linguagem ignorava o mundo real, chato e complexo demais para a mutação histórica que faríamos pois, afinal, éramos os “sujeitos da história”. Só as palavras simplistas explicavam nossa visão de mundo: alienação, massa atrasada, massa avançada, conscientização, sectarismo, aventureirismo, reacionarismo, entreguismo, proletariado, democracia burguesa e a palavra sagrada que tudo justificava: o “povo”.

E é impressionante a manutenção das mesmas ideias de 50 anos atrás. Éramos implacáveis com as tentativas de conciliação; um dia, o próprio Costa e Silva aceitou receber uma delegação de estudantes. Nada aconteceu porque nós, na porta do Planalto, nos recusamos a vestir paletós. Nossas certezas eram tão sólidas que me lembro de dizer, no dia 31 de março de 1964: “Oba! Já derrotamos o imperialismo americano; agora só falta a burguesia nacional!” No dia seguinte, a UNE pegava fogo e surgia o anão verde-oliva Castelo Branco, o novo ditador.

Como era fácil ignorar a realidade quando se é da oposição, como era (e é) moleza tramar um programa político sem ter de administrar nada. Os românticos esquerdistas achavam que administrar era coisa de capitalistas (e ainda acham) pois, no desespero da zona geral, tiveram agora de contratar um “neoliberalpara tentar salvar um país quase em “perda total”.

Na época, tudo fazia sentido para nós, sentido calcado em palavras-chaves que descreviam a vida, o país, as tragédias mundiais, a subestimação da resistência daquele mal chamado “capitalismo” que tudo descrevia. O capitalismo era tratado como uma pessoa: “capitalismo hoje acordou de mau humor, o capitalismo tentou nos enganar outro dia, o capitalismo está mentindo etc.” Nunca entenderam (como hoje) que o capitalismo não é um regime político, mas um modo de produção — mal ou bem, o único que ainda funciona nesse mercado devastado por crises.

O socialismo utópico ou não era a única ideologia que movia o mundo e que agora justifica a destruição do Estado e do país que os petistas estão perpetrando. De certa forma, essa cagada que aprontaram (perdoem a vulgaridade) foi uma vitória.  A palavra de ordem não era derrotar o capitalismo? Pois agora estão conseguindo cumprir sua utopia: derrotá-lo (e o Brasil junto) sem terem nada para botar no lugar. É espantosa a capacidade de errar dessa gente. Mas para eles, na pior tradição hegeliana, o “erro” é apenas um acidente de percurso. O erro é apenas uma contradição negativa e passageira. 

Nesse tempo, as reuniões eram incessantes e insuportavelmente longas. E era o mesmo papo de agora no PT: precisamos falar com o povo, com movimentos sociais, sindicatos e (uma palavra que me deprimia) “associações de bairro”. Eu pensava: “Que será isso? Será que querem conscientizar minhas tias?”. Nas infinitas reuniões todos falavam inflados de certezas e ao final se perguntavam: o que fazer? Ninguém sabia. Mas continuávamos firmes militantes do nada, sem saber para onde ir, porque ter dúvidas era “revisionismo”. É como hoje; ver o Rui Falcão falando até me emociona, pois é uma viagem no tempo. Não havia espaço para os males internos e seculares do Brasil; tudo era culpa dos inimigos externos (como hoje — não é, Dilma?).

Hoje já estão no “volume morto”, como definiu o Lula num raro acesso de autocrítica, mas continuarão persistindo na marcha da insensatez. Eles não mudam nunca.  Nunca me esqueço de um debate do grande intelectual “aroniano” José Guilherme Merquior com dois marxistas na TV. Os dois falavam sempre dos erros da esquerda, mas considerados apenas como “percalços” de uma marcha triunfal para o futuro. Eles diziam, batendo no peito: “Erramos no stalinismo, na Hungria, em Praga, aqui erramos em 1935, 1964, em 1968, mas continuaremos lutando.” Merquior respondeu na lata: “Por que vocês não desistem?”

Fonte: Arnaldo Jabor - Colunista de O Globo
 
 

sábado, 11 de julho de 2015

COMUNISMO A PRAGA MAIS MORTAL DO PLANETA

Acorda Brasil! Acorda Brasil! Acorda Brasil!
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Fonte: Blog do Lobbo