Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Lula não faz mais qualquer questão de manter aparências, de ficar dentro de um armário democrata para agradar seus companheiros tucanos que assinaram cartinha pela democracia contra Bolsonaro. O petista parece ter ligado o "dane-se" e resolveu expor o que qualquer pessoa minimamente atenta já sabe: ele, de democrata, não tem nada!
O presidente disse que os movimentos de esquerda “enfrentam” o discurso da direita de costume,família e patriotismo, ao mesmo tempo em que diz ter orgulho de “ser chamado de comunista”.
A declaração foi dada durante a abertura do 26º encontro do Foro de São Paulo, realizado em Brasília, com os movimentos de extrema esquerda da América Latina. “Aqui, no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família e do patriotismo. Ou seja, enfrentamos o discurso que a gente aprendeu a historicamente combater”, disse durante o evento. Ainda durante o discurso, Lula elogiou o “companheiro Chávez”,em referência ao ditador venezuelano Hugo Chávez a quem diz ter uma admiração. “Fazia críticas pessoalmente e elogiava em público”, disse o presidente.
Essas falas ocorreram no dia seguinte em que Lula, numa entrevista, disse que não critica a "ditadura venezuelana" pois democracia é um conceito relativo, e a Venezuela de Maduro "faz mais eleição do que o Brasil". O editorial da Gazeta do Povo resumiu: "Esse tipo de apoio a ditaduras latino-americanas, que já seria um problema por si só, indica também que Lula as enxerga como modelo para o Brasil".
Lula nem tenta, portanto, parecer o Mandela pacifista que seus companheiros tucanos tentaram inventar. Ele rasgou a máscara bem diante de seus apoiadores envergonhados, que tentavam, no dia anterior, afirmar que o Foro de SP não é comunista.
Lula sempre bajulou Fidel Castro, o maior tirano do continente, e foi com ele que fundou o Foro de SP para "resgatar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu", i.e., o comunismo.
Mas nossos militantes disfarçados de jornalistas fingem não saber de nada disso. Antes diziam que o Foro de SP sequer existia, que era paranoia de "reacionário" como Olavo de Carvalho.
Hoje tentam mentir alegando se tratar de um espaço da esquerda para debates democratas.
Aí vai lá o próprio Lula e esfrega a verdade em suas caras de pau!
Não é nada fácil a vida de militante que precisa defender um Lula democrata e pacifista.
Essa patota demoniza quem fala em ameaça comunista no Brasil, mas o próprio Lula tem orgulho de ser chamado de comunista, ataca família e patriotismo, e relativiza o conceito da democracia, para defender o modelo ditatorial venezuelano, que persegue e tortura dissidentes críticos.
O Brasil vai de vento em popa!Parabéns aos envolvidos, aos "democratas" tucanos que assinaram aquela carta patética para ajudar na "volta do ladrão à cena do crime", como diria Alckmin.
O modelo autoritário avança em nosso país, e todos aqueles que fizeram o L são cúmplices.
Afinal, nada do que Lula disse essa semana é novidade, para quem não estava hibernando nas últimas décadas...
EUA
já reconhecem o Brasil como um aliado prioritário extra-Otan, mas
ingresso do país no Tratado do Atlântico Norte dependeria de mudança de
estatuto
[a noticia, ou narrativa, sobre o Brasil integrar a Otan, é mais uma ação dispersiva, uma fake news, para desviar atenção da TOTAL INÉRCIA do DESgoverno petista; o desgoverno do estadista Lula, hoje completando 97 dias, não fez absolutamente nada, exceção de três insignificantes ações*, que em nada favoreceram a população do Brasil, especialmente a mais pobre.
Apesar de um ministério com 37 integrantes - quase todas enrolados com a Justiça e/ou Polícia, os quatro dedos que restam na mão esquerda do 'nine fingers', são suficientes ara contar os honestos e/ou não enrolados - não conseguiu realizar nada.
Até o arcabouço, 'apresentado' ao Congresso, teve apenas uma função = impedir que o retorno do ex-presidente Bolsonaro ocupasse todo o noticiário - já foi recolhido pelo 'poste' Haddad, para ajustes: tentar produzir algo com começo, meio e fim.
Então, o recurso é tentar vender a imagem de que o estadista vai conseguir elevar o Brasil aos píncaros do prestígio - ambição demais, visto que o Brasil já tem um título inédito: é o único país do mundo que tem na presidência da República um ex-presidiário condenado por crime comum, condenação confirmada por 9 juízes e por três instância - foi descondenado, porém, não foi inocentado.
O ingresso do Brasil na Otan NÃO é interessante nem ao Brasil, nem aos países que integram aquela aliança.
Além da necessidade de alterar estatutos, impedimentos geográficos, a própria Otan perde prestígio e força - nos tempos das guerras convencionais, seu poderio impressionava.
Agora, com armamento nuclear, ela é mais simbólica = pode destruir seu principal adversário - que entendemos ser a Rússia - porém ao custo da destruição do planeta Terra. VALE A PENA?]
Militares do Exército Brasileiro durante treinamento- Ailton de Freitas
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) cresceu nesta semana. Com a adesão da Finlândia,
a aliança militar chegou a 31 países-membro, unindo quase todo o
território da América do Norte ao Leste Europeu sob um compromisso de
defesa coletivo em caso de agressão externa. O ingresso dos finlandeses
no bloco reacendeu uma pergunta antiga: o Brasil pode se tornar um membro da Otan?
A última vez em que o assunto esteve em alta foi em 2019, quando Donald
Trump e Jair Bolsonaro ainda ocupavam as presidências deEstados Unidos e Brasil, respectivamente. Após um encontro dos dois mandatários em Washington, os EUA reconheceram o Brasil como um aliado prioritário extra-Otan. À época, Bolsonaro afirmou em Brasília:— Nós tratamos disso na última viagem que eu fiz aos EUA. Conversei com
o Trump. A ideia dele era até nos colocar, mas teria que mexer no
estatuto dentro da Otan —, disse o então presidente em frente ao
Alvorada um dia depois da confirmação.
O limite estatutário ao qual o ex-presidente se referiu em 2019 é o
Artigo 10° do tratado fundador da aliança, que dispõe sobre a inclusão
de novos membros ao acordo. O texto diz: "As partes podem, por acordo
unânime, convidar qualquer outro Estado europeu em posição de promover
os princípios deste Tratado e contribuir para a segurança da área do
Atlântico Norte a aderir a este Tratado".
A limitação a Estados europeus tem a ver com a própria fundação da
aliança. Criada em 1949 para conter a influência da União Soviética no
Ocidente, o acordo previa a defesa de um grupo de países muito
específico. De acordo com o professor de Relações Internacionais
Vinicius Rodrigues Vieira, do Centro Universitário FAAP, aspectos
culturais foram e são definidores para a própria existência da
organização.
"A Otan não é apenas uma aliança militar para a defesa de Estados.
Muitos analisam que ela é a defesa do coração da chamada civilização
ocidental. Ela possui um contexto civilizacional, lembrando que, aos
olhos da política internacional, o Brasil não é parte do Ocidente, mas
sim da América Latina", disse o professor em entrevista a O GLOBO.
A outra aliança Se apenas uma mudança profunda no centro da Otan poderia fazer o Brasil entrar na organização, não significa dizer que o país fica sem nenhuma possibilidade de defesa coletiva diante de uma ameaça estrangeira. Vieira aponta que o Brasil já é parte de um tratado — visto por alguns como uma aliança, ao menos em sua concepção — de defesa coletiva com os EUA anterior a própria Otan, o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), criado pelo presidente americano Harry Truman, em 1947.
"O Brasil já tem um tratado de assistência mútua com os EUA. No campo
dos estudos estratégicos, o TIAR é considerado uma aliança, porque é um
tratado de assistência recíproca. Ou seja, se há um ataque a qualquer um
dos territórios, os EUA teriam a obrigação de nos defender. E nós
teríamos a obrigação de defender os americanos", explicou o professor.
Apesar de propor uma garantia coletiva de segurança, o histórico de
aplicação (ou não aplicação) do tratado e o peso político perante sua
principal potência militar, põem em dúvida o que ele realmente tem a
oferecer."Quando ocorreu a Guerra das Malvinas, convenientemente esse tratado
não foi invocado, porque envolvia o Reino Unido, um aliado americano de
longa data, e a Argentina, integrante do TIAR", disse Vieira, apontando a
diferença de prioridades.
Aspectos operacionais também limitam um aprofundamento do TIAR. "Ele é
um tratado e não uma organização como a Otan, que tem autonomia,
burocracia e comando próprios."
Aliado prioritário extra-Otan [nenhum valor prático,]
Embora não seja uma etapa prévia para a entrada na Otan, o status concedido pelos EUA possui serventia prática, funcionando como uma espécie de selo de verificação para a interação militar dos dois países. O benefício, no entanto, não é exclusivo do Brasil. O mesmo status é concedido a um grupo de cerca de 20 países da América Latina, África, Oriente Médio, Ásia e Oceania, como Austrália, Japão, Argentina, Israel e Egito.
- apresentação do rascunho, melhor dizendo MINUTA, do que pretendem que seja um 'arcabouço fiscal' - não passa no Congresso;e,
- inauguração de uma placa de identificação/localização da sede do 'ministério da cultura' - uma repartição que ele denominou 'ministério', que seria substituída com vantagens por uma subsecretaria pendurada no Ministério da Educação.]
O PT sonha com uma censura ao próprio passado petista,
mas o povo tem na memória o afago entre Lula e vários tiranos
Da esquerda para a direita, começando por cima: Lula com Fidel Castro,
Hugo Chávez, Mahmoud Ahmadinejad e Nicolás Maduro | Foto: Wikimedia
Commons/Divulgação
Além do maior escândalo de corrupção do país, a ligação de Lula e do PT com ditaduras socialistas é seu maior ponto fraco nesta campanha. Até porque os tucanos resolveram declarar apoio ao petista e assinar cartinha pela “democracia” alegando que Bolsonaro representaria uma ameaça às nossas liberdades, sem precisar apontar o motivo ou onde seu governo tenha avançado de fato contra nossas instituições.
Já Lula e seu PT nutrem desde sempre profundo apreço por regimes tirânicos. O TSE tem feito de tudo para apagar isso da memória do eleitor, inclusive censurando jornais, como a Gazeta do Povo,por simplesmente trazerem à tona o elo entre Lula e Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua que persegue cristãos. O PT sonha com uma censura ao próprio passado petista, mas o povo tem na memória o afago entre Lula e vários tiranos.
A Folha de S.Paulo publicou nesta semana uma reportagem admitindo que a relação de Lula e do PT com ditaduras é uma“pedra no sapato” da candidatura esquerdista,já que o petista “foi próximo ideologicamente de líderes autoritários e firmou parcerias econômicas com regimes”socialistas.
Mas a Folha, como de praxe,tenta suavizar a coisa, dourar a pílula, tapar o sol com a peneira. Lula não foi próximo; ele ainda o é! E não se trata apenas de parceria econômica, mas de laços umbilicais ideológicos.
Lula fundou o Foro de SP com Fidel Castro, com o intuito de “resgatar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu”, ou seja, o comunismo. Lula sempre idolatrou Fidel, o maior tirano assassino da história do continente. Até mesmo durante a campanha, quando teve a oportunidade de se afastar um pouco do genocida (esse sim, verdadeiro genocida), Lula insistiu em sua profunda admiração pelo “líder cubano”.
Na Venezuela, Lula gravou vídeos de apoio tanto a Chávez como a Maduro, e disse certa vez que Chávez dirigia uma Ferrari, enquanto ele dirigia um Fusquinha, mas ambos apontando para o mesmo destino.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sempre defendeu o regime venezuelano abertamente.
Na coligação do PT temos o PCdoB, que, além de comunista até no nome, já lançou manifesto de apoio à Coreia do Norte, o regime mais cruel do planeta.
Podemos falar também das tais ligações econômicas, claro. Quando o PT estava no poder, o BNDES virou instrumento para transferir recursos dos pagadores de impostos brasileiros para ditaduras socialistas como Cuba, Venezuela e Angola. Foram bilhões e bilhões de reais, e, se os mineiros ainda não possuem um metrô em Belo Horizonte, podem invejar os venezuelanos neste aspecto ao menos, pois Caracas construiu o seu graças ao nosso dinheiro enviado por Lula.
Nas manifestações esquerdistas, quase sempre há quebra-quebra, e Lula já chegou a defender os pneus queimados e a violência “revolucionária”. Que democracia é essa?
A diplomacia petista nessa época mirava na estratégia declarada sul-sul, ou seja, uma tentativa de reduzir a influência norte-americana e ocidental como um todo. Lula se aproximou de Ahmadinejad, o responsável à época pela ditadura iraniana. Lula se aproximou do Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza. Lula foi ao Gabão e, ao retornar, “brincou”que foi lá aprender a como ficar quase 40 anos no poder.
Isso tudo é só a ponta do iceberg. Se o brocardo popular “diga-me com quem andas que te direi quem és” serve como sabedoria, então o PT sempre escolheu andar com as piores amizades. E nada disso é novidade. Em meu livroEstrela Cadente: as Contradições e Trapalhadas do PT, publicado em 2005, antes mesmo do Mensalão, já falou da bandeira ética esgarçada e dessa relação próxima com os piores tiranos do planeta.O Foro de SP não é uma invenção de Olavo de Carvalho, mas algo concreto criado pelo petista que se diz democrata.
Olívio Dutra, ex-governador petista do Rio Grande do Sul, chegou a receber no Palácio Piratini representantes das Farc, o grupo narcoguerrilheiro colombiano que sequestrou milhares de inocentes, além de ter estendido uma bandeira de Cuba na fachada do prédio. Quando Lula chama os sequestradores de Abílio Diniz de“meninos”, portanto, não é por acaso. O grupo responsável pelo sequestro também tinha cores ideológicas comunistas, e por isso acaba sendo protegido pelos parceiros do Foro de SP.
Isso no campo internacional, mas dentro do Brasil o PT sempre apoiou o MST, que promove invasões criminosas, e o MTST, seu braço urbano. Lula disse que Boulos e o MTST teriam papel relevante em seu eventual novo governo.
O PT tem “filósofos” que, além de odiar a classe média“fascista”,entendem a “lógica do assalto”. Nas manifestações esquerdistas, quase sempre há quebra-quebra, e Lula já chegou a defender os pneus queimados e a violência “revolucionária”.Que democracia é essa?
Como fica claro, Lula e o PT jamais demonstraram respeito pela democracia. Seu DNA é extremamente autoritário, quiçá totalitário. Tanto que o PT sempre tratou adversários como inimigos mortais, não como políticos ou partidos com divergências legítimas.
Os tucanos que resolveram apoiar Lula podem até fingir que estão preocupados com a nossa democracia, mas ninguém acredita mesmo nessa lorota.
Quem quer preservar a democracia não se une a quem mira nos exemplos de Cuba e Venezuela, ou quem liderou o Mensalão, esquema corrupto que usurpava a democracia representativa para transferir todo o poder para um só partido.
O TSE pode detestar isso, mas continua sendo verdade: o candidato petista tem ligação próxima com as piores ditaduras do planeta. Quem é democrata mesmo jamais votaria em Lula contra Bolsonaro.
Quem condena a riqueza, dissemina a pobreza. Sem riqueza não há poupança e
sem poupança não há investimento.
Sem investimento, consomem-se os
capitais produtivos preexistentes, surge uma economia de subsistência,
vive-se da mão para a boca, aumenta o número de bocas e diminui o número
de mãos.
Quem defende o socialismo sustenta que a ideia é exatamente
essa e que assim não há competição ou meritocracia, nem desigualdade.
E
como diz Lula criticando a classe média, ninguém precisa de dois
televisores...
Quando o
Leste Europeu estava na primeira fase, consumindo os bens produtivos
preexistentes, surgiu a teologia da libertação (TL), preparada pelos
comunistas para seduzir os cristãos.
A receita -uma solução instável,
como diriam os químicos, de marxismo e água benta - se preserva ainda
hoje.Vendeu mais livros do que Paulo Coelho. Em muitos seminários
religiosos, teve mais leitores do que as Sagradas Escrituras.
Aninhou-se, como cusco em pelego, nos gabinetes da CNBB.
Perante a
questão da pobreza,a TL realiza o terrível malabarismo de apresentar o
problema como solução e a solução como problema. Assustador? Pois é.
Deus nos proteja desse mal. Amém.
A estratégia é
bem simples. A TL vê o “pobre” do Evangelho, sorri para ele, deseja-lhe
boa sorte, saúde, vida longa e passa a tratá-lo como “oprimido”.
Alguns
não percebem, mas a palavra “oprimido” designa o sujeito passivo da
ação de opressão.
O mesmo se passa quando o vocábulo empregado na
metamorfose é “excluído”, sujeito passivo da exclusão.
E fica sutilmente
introduzida a assertiva de que o carente foi posto para fora porque
quem está dentro não o quer por perto.
Então ele ganha R$ 50 para ficar
na esquina agitando bandeira de algum partido vermelho, por fora ou por
dentro.
A TL
proporciona a mais bem sucedida aula de marxismo em ambiente cristão.Aula matreira, que, mediante a substituição de vocábulos acima descrita,
introduz a luta de classes como conteúdo evangélico, produzindo o
inconfundível e insuperável fanatismo dos cristãos comunistas.
Fé
religiosa fusionada com militância política!
Dentro da Igreja, resulta
em alquimia explosiva e corrosiva; vira uma espécie de 11º mandamento
temporão, dever moral perante a história e farol para a ordem econômica.
É irrelevante o conhecimento prévio de que essa ordem econômica anula
as possibilidades de superar o drama da pobreza.
A TL substitui o amor
ao pobre pelo ódio ao rico e acrescenta a essa perversão o inevitável
congelamento dos potenciais produtivos das sociedades.
Todos sabem
que Frei Betto é um dos expoentes da teologia da libertação. Em O
Paraíso Perdido (1993), ele discorre sobre suas muitas conversas com
Fidel Castro.
Numa delas, narrada à página 166, a TL era o assunto.
Estavam presentes Fidel, o frei e o “comissário do povo”, D. Pedro
Casaldáliga, que foi uma espécie de Pablo Neruda em São Félix do
Araguaia.
Em dado momento, o bispo versejador comentou a resistência de
João Paulo II à TL dizendo: “Para a direita, é mais importante ter o
Papa contra a teologia da libertação do que Fidel a favor”. E Fidel
respondeu: “A teologia da libertação é mais importante que o marxismo
para a revolução latino-americana”.
Haverá maior e melhor evidência de que teologia da libertação e comunismo são a mesma coisa?
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
De acordo com Simonetta Sommaruga, o consumo no país tem de diminuir 15% no próximo inverno
[as sanções do Ocidente, contra a Russia, começam a fazer efeito, contra o Ocidente.]
A ministra de Meio Ambiente da Suíça, Simonetta Sommaruga,
encontrou uma solução inusitada para economizar energia elétrica no
país: tomar banho com mais pessoas. O consumo precisa cair 15% no
próximo inverno, para evitar cortes de energia em território suíço.
Em entrevista ao jornal 20 minuten, Sommaruga deu três
sugestões aos cidadãos: desligar os computadores quando não precisam
usar, apagar as luzes ou tomar banho juntos.
Depois de as sugestões terem virado motivo de piada nas redes sociais, a ministra deu uma entrevista ao jornal Tages-Anzeiger
e disse que as dicas eram destinadas aos jovens. Ela reconheceu que,
depois de uma certa idade, tomar banho com outra pessoa não é
conveniente.
Neste ano, as autoridades suíças iniciaram uma campanha
intitulada “A energia é limitada. Não vamos desperdiçá-la”. O governo
pediu às pessoas que ajudem a garantir que o país evite uma escassez de
energia antes do inverno. Caso a situação não melhore e haja escassez, o
Conselho Federal Suíço poderá estabelecer “restrições de consumo,
proibições e sistemas de cotas”.
Qual o principal nó político no conflito russo-ucraniano? É
a consequência mais imediata de ter deixado de ser uma disputa entre Moscou e
Kiev e evoluído para uma confrontação militar entre a Rússia e a Organização do
Tratado do Atlântico Norte(Otan), liderada pelos Estados Unidos, que por sua vez estão
numa guerra não declarada com os russos por meio da Ucrânia. O nó? Nem
Washington nem Moscou podem ser derrotados. [em nossa opinião o perdedor será, já é, o povo ucraniano; primeiro, caíram na conversa do ex-comediante que poderiam ganhar a guerra contra os russos - Hitler e Napoleão também pensaram e perderam. Já o Zelensky acreditou que poderia armar uma guerra contra a Rússia para os aliados de palanque - a Otan - combater. Cmprovou que estava enganado, assim como a turma da Otan descobriu que não pode enfrentar a Rússia de forma direta - o risco nuclear é alto - e, por procuração, constatou que o procurador não deu conta de cumprir o mandado e que sanções demoram a fazer efeito e podem ser retribuídas.
O povo ucraniano é que, infelizmente, está entrando com os mortos e destruição de toda sua infraestrutura.]
Certo desfecho que atenda de alguma maneira às demandas
russas de antes de 24 de fevereiro corre o risco de ser recebido pelos
eleitores americanos como um fracasso de Joe Biden, [que não será o primeiro do presidente que cochila em reuniões - haja vista a 'mancada', burrice mesmo na retirada do Afeganistão, quando em vez de seguir a praxe de ser os militares os últimos a sair deixou para os civis e com isso favoreceu o caos e provocou a morte de crianças.] que no final deste ano
enfrenta eleições de meio de mandato para renovar a Câmara dos Representantes
(deputados) e boa parte do Senado. As midterm do primeiro
quadriênio costumam ser complicadas para o ocupante da Casa Branca, e os
índices de Biden estão ruins.
No outro lado, algo que cheire a derrota empurrará Vladimir Putin para a
zona de alto risco político, também pelos custos humanos, materiais e
econômicos da operação militar. E a maior ameaça não viria de eventuais
movimentos pró-Ocidente, mas de lideranças patrióticas que buscariam responder
às frustrações desencadeadas, entre outros fatores, pela incapacidade de
defender as populações russas nas áreas desgarradas após o fim da União
Soviética.
Uma rápida passada de olhos pela história russa e
soviética dos últimos dois séculos faz qualquer um entender a sensibilidade ali
diante de potenciais ameaças ao território e à população.
E no Brasil, qual é o nó?A exemplo da pendenga europeia,
o fato de nem o Supremo Tribunal Federal (STF) nem o presidente da República
darem até agora sinal de aceitar ser derrotados na refrega em torno do sistema
de votação.O STF (do qual o Tribunal Superior Eleitoral é, na prática, uma
subseção) é o certificador do processo; e o presidente, na polarização, carrega
com ele hoje quatro de cada dez votos num eventual segundo turno.
É briga grande.
Curiosamente, a situação não chega a ser 100% original.
Quatro anos atrás, quando Luiz Inácio Lula da Silva ficou inelegível pela
condenação em segunda instância agora anulada, o Partido dos Trabalhadores lançou o “Eleição
sem Lula é Fraude”.E esticou a corda até a véspera do segundo turno.
Ali o impasse resolveu-se pacificamente, também por dois motivos: 1) o PT não
estava no poder e 2) o PT acreditava que tinha chances, mesmo sem Lula na urna. Tanto tinha que Fernando Haddad disputou um segundo
turno bem competitivo.
Os personagens da trama de agora já deixaram passar algumas ocasiões
propícias à desejável redução da temperatura.Elio Gaspari, que viu alguns filmes parecidos, abordou o
assunto por um ângulo histórico cerca de um mês atrás. A corda está
esticada, mas não se deve desistir de o país chegar à eleição
com todo mundo deixando claro que aceitará o resultado. Por razões que dariam
outro artigo, talvez estejam faltando atores dispostos a assumir os papéis
capazes de levar a trama a esse feliz desfecho.
A exemplo do que se passa agora no leste europeu. Sim, o
indivíduo tem um papel na História.
Ex-presidente recorre a repertório político atrasado,
assusta aliados e causa incêndio dentro do próprio PT
Existe um grande mistério na campanha presidencial deste ano:quem são e onde estão os cerca de 40% dos eleitores de Lula, segundo as pesquisas? Disposto a provar que sua popularidade não é uma invenção do consórcio da imprensa, o petista decidiu comparecer ao mais tradicional evento da esquerda a céu aberto: a festa do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, em São Paulo. Foi um desastre.
O PT montou um palco enorme na Praça Charles Miller, onde funciona o estacionamento do Estádio do Pacaembu. As centrais sindicais espalharam balões de gás e levaram brindes. Os principais líderes da esquerda, como Guilherme Boulos (Psol) e Fernando Haddad (PT), circularam com desenvoltura. Até José Dirceu, que há anos não era visto nas ruas, apareceu com uma camiseta do Corinthians e uma faixa na testa: “Sou Lula”.
No palco, artistas se apresentaram num típico“showmício” da década de 1990, com pedidos de votos — hoje são proibidos por lei. O vereador Eduardo Suplicy (PT) resolveu relembrar os tempos em que cantava Blowing in the Wind, canção de Bob Dylan, na tribuna do Senado.
Entre uma música e outra, o locutor do festival anunciava: “O presidente vem aí!”, respondido com o coro de “Fora Bolsonaro!”. A programação da festa atrasou três horas até que Lula desse as caras. O motivo: faltava um elemento fundamental naquela tarde. Apesar de todo o esforço, o público não apareceu.
16h12 – Pela Praça Charles Miller, o evento transcorre de forma tranquila. A PM está no local para garantir a segurança de todos. pic.twitter.com/Wp1bKeuHMD
— Polícia Militar do Estado de São Paulo (@PMESP) May 1, 2022
Para piorar a situação, o show mais esperado do dia, da cantora Daniela Mercury, causou ainda mais estrago. Cabo eleitoral de Lula,ela fez um discurso explícito pedindo votos. E emendou dizendo que nunca havia recebido dinheiro público para suas apresentações. Na última terça-feira, 3, a edição do Diário Oficial do município informou que a participação de Daniela custou R$ 100 mil ao bolso dos paulistanos. O dinheiro saiu do caixa da prefeitura, que mal consegue cuidar da zeladoria de uma metrópole em frangalhos.
De acordo com a Resolução 23.674/2021, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedidos de voto ou atos que caracterizem campanha só podem ocorrer a partir de 16 de agosto. “Se houve pedido expresso de voto por parte de Daniela Mercury, trata-se de propaganda eleitoral antecipada”, afirma o advogado Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral. “Quem pratica essa ilegalidade está sujeito a multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil.”
A Lei Eleitoral proíbe campanha em eventos patrocinados por dinheiro público. A prefeitura paulistana já tinha uma resposta na manga para se livrar de punição: os recursos teriam sido destinados à festa das centrais sindicais e não seria possível prever que alguém pediria votos a Lula. Não pegou nada bem. Nesta quinta-feira, 5, contudo, a Controladoria-Geral de São Paulo suspendeu o pagamento até a “apuração dos fatos e eventuais responsabilidades funcionais e empresariais”.
Incontinência verbal Lula subiu ao palco ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Fez um discurso de 15 minutos, que pode ser considerado breve para os seus padrões. A fala começou com um pedido de desculpas. No dia anterior, ele dissera que “Bolsonaro não gosta de gente, mas de polícia”.A declaração caiu como uma bomba nas redes sociais. Mas não foi a única desde que voltou a se arriscar em público.
A incontinência verbal tem sido criticada com frequência por aliados — em alguns casos, abertamente. Foi o que aconteceu na quarta-feira 4, durante a celebração da aliança com o Solidariedade. O líder do partido, Paulinho da Força, que é sindicalista, pediu que Lula parasse de defender a revogação da reforma trabalhista. “Temos perdido tempo com algumas coisas: uma vaia ali, a Internacional Socialista ali, uma reforma trabalhista”, disse Paulinho. A referência à Internacional Socialista é simbólica. O hino esquerdista, que nem a mais antiga vitrola comunista reconhece, foi entoado em evento do PSB neste mês.
“Até brinquei com o Marcelo Ramos (vice-presidente da Câmara). Esquece essa história de reforma trabalhista. Ganha a eleição que resolvemos isso dentro da Câmara em dois meses”, afirmou Paulinho. “Isso é besteira, essa história de revogar só joga água contra o nosso moinho.”
O próprio Lula já se queixou da ausência de alguns nomes em aparições recentes. Um exemplo foi Marina Silva, que não foi ao ato da Rede em apoio à candidatura do petista. Outros parlamentares novatos que se destacaram na mídia também têm evitado o contato direto. Tanto que foram convocados para cuidar da agenda e do programa de governo figuras jurássicas da sigla, como Luiz Dulci, Paulo Okamoto e Aloizio Mercadante.
O tesoureiro será o deputado sergipano Márcio Macedo, que assumiu as finanças do PT quando João Vaccari Neto foi preso. Lula, contudo, queria a volta do seu homem de confiança no posto, José De Fillipi Júnior, mas ele não topou largar a prefeitura de Diadema.
Se o @LulaOficial continuar com essa incontinência verbal, E se não investir em comunidades sociais de maneira inteligente e profissional Vai permitir que o atual inquilino do Planalto tenha sérias chances de reeleição
A falta que um marqueteiro faz No final de semana passado, a desastrosa menção de Lula aos policiais foi tema de conversas em grupos de WhatsApp que reúnem marqueteiros de campanhas petistas e jornalistas. Os principais incomodados são os profissionais que vão trabalhar na campanha de Fernando Haddad para o governo de São Paulo.
Essa ala defende a ideia de que o repertório deveria ser parecido com o que o conduziu duas vezes ao Palácio do Planalto — sem o rancor adotado desde o pronunciamento na saída da carceragem em Curitiba, em 2019. Esses aliados argumentam que a resistência do eleitorado paulista ao PT está crescendo, segundo pesquisas. Outro detalhe: o petista vai enfrentar dois adversários de perfil moderado, o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas e o atual governador, Rodrigo Garcia. O tucano, aliás, tenta a todo custo se distanciar de João Doria.
A briga interna na comunicação do PT opõe dois nomes: o responsável pela área no partido, Jilmar Tatto, e o ex-ministro Franklin Martins, chamado para ajudar na campanha. Tatto conseguiu demitir recentemente a empresa do marqueteiro Augusto Fonseca, que estava produzindo as primeiras peças de TV. Fonseca é amigo de Franklin, defensor da linha mais agressiva.
O favorito para assumir o posto é Sidônio Pereira, que fez a campanha de Haddad em 2018. Ele é ligado ao senador baiano Jaques Wagner e tem a preferência de Gleisi. Seria uma tentativa de suavizar o tom. Há, contudo, um último e decisivo fator nessa equação: Lula recusa qualquer comando. Ele não ouve ninguém.
Jogo dos 7 erros A sequência de barbeiragens nos discursos é grande. O petista já defendeu o direito ao aborto, assunto que causa curto-circuito no eleitorado evangélico e católico. E disse que a classe média “ostenta demais”.
Para agradar a Guilherme Boulos e à militância do Psol nas universidades, disse recentemente que pretende trabalhar para criar uma moeda única na América Latina. A fala empoeirada ainda conseguiu misturar, em pouco mais de 30 segundos, a ideia de recuperar os Brics (grupo de países de mercados emergentes), o fechamento dos clubes de tiro e o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Por Deus do céu! Lula fala em acabar com o Real e criar uma moeda comum com Venezuela, Bolívia… pic.twitter.com/tbNldzx94M
Sobre a guerra no Leste Europeu, aliás, afirmou há pouco tempo que a resolveria bebendo cerveja numa mesa de bar. “Até acabar (sic) as garrafas, sairia o acordo de paz”, disse Lula, segundo vídeo reproduzido pela embaixatriz ucraniana, Fabiana Tronenko, no Instagram.
Ainda não se sabe o efeito real das falas de Lula na campanha deste ano. Oficialmente, ela nem começou. Tampouco as oscilações nas pesquisas podem ser levadas muito a sério por nenhum dos candidatos. Mas é fato que o petista tem se inspirado cada vez mais nas três vezes em que perdeu as eleições.
Pouco antes da invasão da Ucrânia, mas com o ambiente geopolítico já
bastante tenso,setores da esquerda e da direita sustentavam que era
tudo culpa dos Estados Unidos.A tese: como líder da OTAN, Organização
do Tratado do Atlântico Norte, os EUA teriam levado essa aliança militar
a avançar sobre o leste europeu, como que ocupando países que haviam
estado na órbita soviética. Esse movimento seria uma ameaça à
integridade territorial da Rússia, aqui vista como a sucessora da União
Soviética.
Lula partilha dessa tese, conforme deixou claro na entrevista à
revista Time. Para ele, o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky,
também é responsável pela guerra por não ter adiado a discussão sobre a
entrada na OTAN. Ou seja, Putin é responsável pela invasão, mas …. e cabe um monte de
coisa nessa adversativa, cujo final é jogar a culpa nos EUA, na União
Europeia e em Zelensky.
Um festival de equívocos. Começa que a Rússia não é a sucessora da
União Soviética. Esta tinha uma doutrina, partilhada por partidos
comunistas de muitos países. Deu errado, é verdade, mas o regime
funcionou por quase 50 anos.
A Rússia de hoje é o que?Uma ditadura, como na era soviética, mas
sem nenhuma doutrina a não ser a reverência a Putin e o assalto ao
Estado promovido por ele e seus aliados. Putin fala nos valores da
Grande Rússia, em oposição aos “valores decadentes” do Ocidente.
Os valores do Ocidente são a democracia, a liberdade individual, a
liberdade de imprensa e o capitalismo com predominância do empreendedor
privado. E não estão decadentes, como se viu com a formidável reação
ocidental à invasão e às barbaridades praticadas por Putin. [foram proferidos excelentes discursos, repletos de promessas, o ex-comediante que preside a Ucrânia discursou em uns cem parlamentos e ucranianos continuam morrendo, sem perspectivas da guerra cessar - pelo menos, enquanto Zelensky presidir a Ucrânia - e a guerra ucraniana tem tudo para se somar a outras que ocorrem pelo mundo há vários anos e pouco chamam atenção.]
A população da Ucrânia praticou esses valores com a eleição de
Zelensky e a decisão, também tomada no voto, de entrar na União Europeia
e na OTAN. Exatamente como fizeram outros países do Leste. Não foi a
aliança militar que avançou sobre o Leste. Os países que escaparam da
órbita soviética tomaram decisões soberanas de se juntarem ao lado
ocidental.
Reparem: a OTAN não deu um tiro sequer quando da queda do muro de Berlim. E não fez qualquer ameaça aos países ex-soviéticos.
Essas nações fizeram aquele movimento por dois motivos principais.
Primeiro, partilhar do progresso e do desenvolvimento econômico e social
da União Europeia. Segundo, obter a proteção da OTAN justamente contra
as ameaças do imperialismo russo.
Como se vê agora, tinham toda razão. A Ucrânia deu azar. Levou tempo
para se livrar de uma ditadura, de modo que o governo democrático de
Zelensky não teve prazo para consolidar a aliança com o Ocidente. Putin
antecipou a invasão.
Hoje, quem está ao lado de Putin? Ditadores já estabelecidos no poder e aspirantes a ditador, como o presidente Bolsonaro.
E por que a esquerda, se não apoia Putin, é tão tolerante com ele, a
ponto de achar que a vítima, a Ucrânia, também é responsável pela
guerra? Trata-se de uma posição infantil anti-EUA e anti-Europa
ocidental, como se ainda fosse tempo da guerra fria.
Cobram de Zelensky que abra mão da União Europeia e da OTAN – ou seja que derrube decisões tomadas pela população.
Cobram de Zelensky uma abertura às negociações. Mas quem não negocia é
Putin, cuja exigência é transformar a Ucrânia em um satélite russo. A
resistência das tropas e da população ucranianas mostra bem que essa não
é uma opção.
Não se sabe como terminará a guerra. A Rússia limitou suas operações e
a Ucrânia, ao contrário, reforçou sua capacidade de resistência com
armas recebidas de países da OTAN. Já não se considera impossível que as
tropas ucranianas ponham as russas em retirada.[sic]
De todo modo, não se trata de uma disputa entre capitalismo e socialismo. Nem se trata, por exemplo, de uma guerra por petróleo.
São valores que estão em jogo. Ditaduras de um lado, democracias de outro. [resta óbvio que o articulista considera que a Rússia está do lado das ditaduras - por ser, segundo seu entendimento, Putin um ditador; só lamentamos que Biden - certamente na visão do ilustre Sardenberg, um democrata - tenha como único objetivo a instalação de uma ditadura mundial, que terá além da nociva esquerda tudo que não presta no mundo atual e a destruição dos VALORES que os conservadores cultuam há séculos.
Putin, com todos os seus defeitos, é mais conservador que Biden.]
Carlos Alberto Sardenberg, jornalista
Coluna publicada em O Globo - Economia 7 de maio de 2022
Sempre que se fala em comunismo, surge alguém com a dúvida:“Comunismo
ainda existe?”. Afinal, caiu o muro de Berlim, a União Soviética
entregou os pontos após sete décadas de improdutividade e fome, partidos
comunistas fecharam mundo afora enquanto outros mudaram de nome, a
democracia vicejou no leste europeu, a China adotou um capitalismo
selvagem(sob os olhos do Estado, claro) e os raros países ainda
comunistas são geopoliticamente irrelevantes.
Então,
acabou?Claro que não, comunismo é ideologia e movimento político. Você
pode identificá-lo de várias formas, em muitas situações. O comunismo:
qualifica
todos os seus adversários como fascistas, a exemplo do que fazem os
antifas, sempre saudados com efusão por seus militantes na mídia quando
aparecem em alguma avenida ou praça, entre fogueiras, rolos de fumaça e
estragos que lembram os rastros dos cavalos de Átila;
assina
lista de presença em solenidades de formatura que refletem o engajamento
de ampla maioria do ambiente acadêmico nacional;
subscreve
apoios e adesões de supostos intelectuais e artistas, mundo afora,
sempre e onde quer que seus camaradas ou países comunistas enfrentem
dificuldades;
infiltra-se
nos órgãos de representação existentes, ou cria os próprios, sob um
sorrateiro e enganador guarda-chuva “democrático”;
impõe seu index librorum prohibitorum sempre que alguma biblioteca ou bibliografia fique sob sua influência;
diz quem entra ou não entra em qualquer cancela ou portaria do setor público que comande;
adota um conceito sobre natureza humana e direitos do homem que só se aplica aos próprios companheiros ou camaradas;
fragiliza quanto pode a instituição familiar para que elanão se sobreponha à influência dos comunistas;
tem ojeriza ao cristianismo e suas naturais expressões na cultura e nas posições políticas dos cidadãos.
O leitor
destas linhas, pessoa com discernimento, saberá que descrevo situações
reais e cotidianas em todo o Ocidente e que eventuais variações, aqui ou
ali, são minúcias circunstanciais. Se ponderar melhor, verá que ele,
seus adeptos e seus efeitos estão nítidos por toda parte. Basta ter
olhos de ver. Você o verá em cores: em verde-político, significando
veneração pagã à natureza onde o ser humano é mal visto e em vermelho
(que diz representar o martírio da classe operária),mas significa uma
história de genocídios com mais de cem milhões de vítimas. Nunca o verá
em verde e amarelo.
O comunismo
do século XXI largou de mão o Marx metido a economista. Por sua
utilidade na retórica direcionada à conquista do poder e subsequente
imposição de silêncio à divergência, acolheu os filósofos influenciados
por Marx. Segundo Olavo de Carvalho, nunca foram outros os objetivos dos
comunistas em seu trânsito pela História.
Percival
Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia é apenas mais uma página na longa história de guerras escrita pela humanidade
Uigures durante um protesto contra a China perto do consulado chinês em Istambul, na Turquia, em 15 de dezembro de 2019 | Foto: Shutterstock
A invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe novamente à superfície os horrores da intolerância, da opressão e do autoritarismo. Inflamados pela retórica do presidente Vladimir Putin, os soldados russos tomaram de assalto diversas cidades ucranianas. E deixaram rastros de destruição por onde passaram. Infraestruturas, bases militares e áreas residenciais foram reduzidas a pó — literalmente. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de mil civis morreram desde o início dos ataques, em 24 de fevereiro. Pelo menos 4 milhões de ucranianos se refugiaram em outros países.
Esse cenário dantesco serviu de combustível para a imprensa, que decidiu acompanhar o conflito intensamente. Imagens aterradoras estampam as páginas de jornais e revistas, enquanto analistas políticos comparecem a programas de televisão para comentar os desdobramentos do confronto. Muitos tiveram a sensação de que essa era a primeira guerra de grande magnitude surgida em décadas.
Em virtude da cobertura da imprensa, a crise no Leste Europeu atingiu níveis extraordinários de importância. Mas a verdade é que, desde que a história passou a ser registrada, o mundo nunca teve sequer um dia de paz. Os holofotes, contudo, nem sempre estiveram em cena.
O terror chinês O massacre contra os uigures, povo muçulmano estabelecido na região autônoma de Xinjiang, localizada no noroeste da China, é um exemplo de tragédia humanitária que passa ao largo dos líderes ocidentais e dos conglomerados econômicos. Há dez anos, a minoria islâmica é alvo sistemático do terror praticado pelo Partido Comunista. Liderada pelo presidente Xi Jinping, a ditadura chinesa enviou milhões de uigures para campos de concentração.A justificativa: suposto combate ao terrorismo.
Em entrevista à CNN, um ex-detetive chinês disse ter testemunhado diversas vezes o uso de métodos de tortura nesses locais, como eletrocussões e afogamentos. O ex-oficial, identificado apenas como “Jiang” por temer retaliações de Pequim, revelou que os responsáveis pelas prisões têm de cumprir cotas de números de uigures a serem detidos. “Se quiséssemos que as pessoas confessassem algum crime, usávamos um bastão elétrico com duas pontas afiadas no topo”, explicou. “Amarrávamos dois fios elétricos nas pontas e os fixávamos nos órgãos genitais dos detentos.”
A brutalidade nos campos de concentração provocou desespero na população de Xinjiang, que não consegue procurar abrigo em outros países porque a ditadura chinesa usa recursos tecnológicos para vigiá-la. Em parceria com a Huawei, uma das maiores empresas da Ásia, o Partido Comunista elaborou um sistema de monitoramento que envolve a gravação de voz, o rastreamento, a reeducação ideológica e o reconhecimento facial de seus alvos. Nos últimos dez anos, aqueles que violaram a legislação e tentaram cruzar a fronteira para o Vietnã, o Cazaquistão, o Tajiquistão e o Camboja foram deportados para a China. O paradeiro desses cidadãos é desconhecido.
De acordo com a For The Martyrs, organização sem fins lucrativos que atua em defesa das liberdades religiosas, aproximadamente 2 milhões de uigures estão presos em campos de concentração. Isso representa 10% da população de minoria muçulmana.
A despeito desse massacre, a China realizou os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. Noruega, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Holanda, Áustria, Suíça, França, Canadá, Itália, Coreia do Sul, Finlândia, Eslovênia, Austrália, Bélgica, Polônia e Estônia — países que impuseram sanções à Rússia depois da invasão da Ucrânia — participaram do evento sem nenhuma objeção.[absurdo é que a mídia formada pelavelha imprensa e a TV Funerária, a serviço da causa esquerdista progressista, produzem narrativas falsas;
Vejamos: vendo os principais telejornais jornais da Rede Funerária ou lendo as manchetes da velha imprensa = o tal 'consórcio' que adequa os fatos à narrativa desejada = fica a impressão que a Rússia perdeu a guerra, e que logo os jornalistas e analistas mostrarão soldados ucranianos desfilando na Praça Vermelha e tanques disparando contra os muros do Kremlin. Não será surpresa, pelo que narram, que Putin discurse suplicando pela abertura de corredores humanitários ligando Moscou aos aliados "de palanque" da Ucrânia.
Só que ao mesmo tempo acusam a Rússia de matar civis ucranianos - um exército em fuga matando civis?
Outro absurdo é quando declaram que países da União Europeia vão boicotar o petróleo e gás russo - boicotar como? são eles, os candidatos a boicotadores, que precisam do gás e petróleo russo.
Por favor, apresentem os FATOS = a VERDADE.]
Turbulências permanentes No Oriente Médio, há conflitos ainda mais antigos, com raízes históricas profundas. Árabes e israelenses, por exemplo, disputam há mais de um século a região da Palestina, localizada entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Desde 1860, a turbulência prevalece no cotidiano de ambos os povos, a despeito dos raros períodos de estabilidade. A fundação do Estado de Israel, em 1948; a Guerra do Suez, em 1956; a Guerra dos Seis Dias, em 1967; e a Guerra do Yom Kippur, em 1973, são alguns dos eventos históricos que contribuíram para o crescente aumento de tensão na Ásia Ocidental.
A mais recente escalada de violência ocorreu no ano passado, em Sheikh Jarrah, bairro árabe localizado em Jerusalém Oriental. “Isso ocorreu em 12 de maio, data em que Israel celebrava a reunificação de Jerusalém”, explicou o cientista político André Lajst, diretor-executivo do StandWithUs Brasil. “O Hamas usou como pretexto as manifestações que estavam ocorrendo na cidade para disparar seus foguetes. Mas também houve uma questão judicial em Sheikh Jarrah: duas famílias palestinas refugiadas poderiam ser despejadas das casas onde moram, cujos proprietários são judeus. Esses acontecimentos motivaram protestos e geraram ondas de violência em Jerusalém.”
Desde o início do confronto, os fundamentalistas islâmicos lançaram 3.700 foguetes contra o território israelense, assassinando 12 pessoas e ferindo 333.
Os ataques de Israel, por sua vez, mataram 232 palestinos e feriram outros 1.530.
Depois de 11 dias de enfrentamento, o governo de Israel e as lideranças do Hamas anunciaram um cessar-fogo mútuo e simultâneo, colocando um ponto final às hostilidades — até a página 2.
Guerra ao Terror Em 29 de agosto de 2021, um dia antes de concluírem a retirada das tropas do Afeganistão,os Estados Unidos enviaram um drone à capital do país, Cabul, com o objetivo de alvejar um terrorista do Estado Islâmico. O ataque, no entanto, também resultou na morte de civis, que engrossaram a estimativa de 900 mil óbitos decorrentes da Guerra ao Terror.[foi a primeira demonstração do Biden do quanto ele é incompetente como estrategista = ordenou a retirada do Afeganistão começando pelos militares, deixando os civis para o final.] O) capítulo, iniciado pelo ex-presidente George. W. Bush e concluído pelo presidente Joe Biden, encerraria parcialmente a história da incursão militar norte-americana nos países asiáticos, que ocorreu em resposta aos atentados de 11 de setembro. “A guerra tem sido longa, complexa e sem sucesso. E continua em mais de 80 países”, disse Catherine Lutz, professora na Universidade Brown (EUA) e co-diretora do projeto Costs of War, que avalia as consequências desse conflito.
Para Antonio Gelis Filho, professor de geopolítica empresarial na Fundação Getulio Vargas (FGV), os Estados Unidos decidiram declarar uma “Paz Quente” ao resto do mundo, imaginando-se capaz de intervir militarmente em países com culturas distintas. “O Ocidente tentou impor um modo de vida progressista ao resto do mundo, gerando resistências”, explicou. “Enquanto isso, transferia a fonte última de sua harmonia social e progresso — empregos industriais de alta remuneração — para o Oriente. É preciso restabelecer as bases reais de seu progresso antes que seja tarde demais.”
Além da Europa O conflito entre a Rússia e a Ucrânia é apenas mais um capítulo da história da humanidade, construída durante milênios em meio à repressão e à violência. O genocídio contra os uigures, o confronto árabe-israelense e a incursão militar norte-americana nos países asiáticos ocorreram ao mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico e tecnológico possibilitou a diminuição da fome no mundo, das taxas de analfabetismo e da pobreza — e, ao mesmo tempo, o acesso à informação e ao conhecimento. O avanço civilizacional, no entanto, jamais impediu a eclosão de guerras.
No mesmo momento em que Moscou e Kiev buscam soluções para o embate no Leste Europeu, outros cinco conflitos irrompem ao redor do mundo.No Iêmen, por exemplo, a catástrofe humanitária já dura 11 anos.Os números são chocantes: 223 mil mortos e 2 milhões de crianças em desnutrição aguda.
Também longe dos holofotes diplomáticos internacionais,a crise na Etiópia, iniciada em 2020, não parece arrefecer. Estima-se que 9 milhões de etíopes precisam de algum tipo de ajuda humanitária, segundo a ONU. Há ainda relatos de crimes de guerra ocorrendo no país, como chacinas contra civis e estupros em massa.
Em Mianmar, as tensões políticas e étnicas ocorrem há anos. De acordo com a organização não governamental (ONG) Rescue Committee, os conflitos que se espalharam pelo país desde a ascensão dos militares foram a causa da migração de 220 mil pessoas. Cerca de 14 milhões de habitantes (25% da população) precisam de ajuda humanitária. Desde o início da guerra, 10 mil civis morreram.
O Haiti vive uma espiral de violência desde julho de 2021, quando o então presidente, Jovenel Moïse, foi assassinado. Baleado 12 vezes na testa e no torso, seu olho esquerdo foi arrancado e os ossos do braço e do tornozelo, quebrados.De lá para cá, diversas gangues surgiram no país e passaram a semear o caos. No ano passado, mais de 800 pessoas foram sequestradas por esses grupos criminosos.
Protestos iniciados em 2011 contra o ditador da Síria, Bashar al-Assad, mergulharam o país em uma guerra civil de grande escala. O conflito, ainda em vigência, resultou na morte de 380 mil pessoas e na destruição de diversas cidades. Outros 200 mil cidadãos estão desaparecidos. Pelo menos 11 milhões de sírios, o equivalente à metade da população do país antes da guerra, tiveram de deixar suas casas.
O impacto da propaganda
Dentre todas essas catástrofes humanitárias, a imprensa escolheu prestar atenção ao conflito no Leste Europeu. Segundo Bruna Frascolla, doutora em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), isso ocorreu em razão da propaganda midiática pró-Ucrânia que circula nos países ocidentais. “Há dois meses, se você parasse alguém em Copacabana e perguntasse quem é o presidente da Ucrânia, ninguém iria saber”, observou. “Hoje, meio mundo não só sabe, como tem certeza de que é um santo. Basta dizer que apoia Zelensky para ter certeza de que é bom, e quem não aderir ao coro é um abominável putinista.”
Bruna diz ainda que intelectuais e jornalistas são responsáveis pela maneira como a propaganda pró-Kiev foi disseminada no Ocidente. “O povo letrado em geral vive assim: encontra um slogan para repetir e pertencer ao clube dos bons, o que por tabela constitui a existência de um time dos maus — sem espaço para neutralidade”, afirmou. “Como os jornalistas pertencem a esse grupo e aderem a slogans limpinhos e cheirosos, repetem acriticamente tudo aquilo que diz a Organização do Tratado do Atlântico Norte. O resultado é que empurram a propaganda sem se preocupar com a informação.”
Guerra e paz Como observa Felipe van Deursen no livro 3 Mil Anos de Guerra, a história da humanidade é a história das guerras. Dos Tempos Bíblicos à Idade Moderna, diferentes povos batalharam entre si para impor seus costumes e valores. E deixaram rastros de sangue e destruição pelo caminho.
A despeito das atrocidades, contudo, a humanidade desenvolveu um conjunto de valores que ofereceu relativa estabilidade e harmonia entre os povos. Se no passado os conflitos tinham proporções globais, como observado nas duas Grandes Guerras Mundiais e na Guerra Fria, no presente as tragédias humanitárias estão restritas a pequenas regiões, livrando a maior parte da população do sofrimento.
Mas ainda assim haverá guerras. Essa é a história da humanidade.