Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Uma breve retrospectiva da experiência de fazer parte de um veículo independente
A Revista Oeste está fazendo
aniversário. Dois anos de existência independente sem pagar o pedágio
panfletário que caracteriza o “consórcio”de manchetes siamesas —
antigamente chamado de grande imprensa.
Aqui vai uma breve retrospectiva
da experiência de fazer parte desse veículo livre criado por Augusto
Nunes e José Roberto Guzzo:
— Dois anos sem usar a pandemia para apavorar o leitor;
— Dois anos sem fingir que lockdown é medida de bloqueio sanitário;
— Dois anos sem tratar Renan Calheiros como porta-voz da ética e da vida;
— Dois anos sem fechar os olhos para os crimes de Lula;
— Dois anos sem deixar de mostrar que o STF faz política contra o governo;
— Dois anos sem tratar o aventureiro Alexandre de Moraes como justiceiro;
— Dois anos sem fingir que Barroso combate o fascismo no Brasil;
— Dois anos sem fingir que o populismo devastador da Argentina é exemplo de democracia;
— Dois anos sem tentar dia sim e outro também derrubar o ministro Paulo Guedes;
— Dois anos sem esconder as obras do ministro Tarcísio;
— Dois anos sem deixar de criticar responsavelmente o governo
federal, como na sucessão de ministros da Saúde e nas diretrizes
erráticas sobre vacinação de adolescentes;
— Dois anos sem participar da censura hedionda sobre a discussão de tratamentos imediatos para covid;
— Dois anos sem cair na demagogia mascarada de João Doria e sua propaganda fantasiada de ciência;
— Dois anos sem fingir que a China não é uma ditadura brutal;
— Dois anos sem esconder a responsabilidade da ditadura chinesa na disseminação da covid;
— Dois anos sem entrar na feira demagógica de suposta proteção a raças e sexos;
— Dois anos sem deixar de apontar linchamentos fantasiados de resistência humanitária;
— Dois anos sem deixar de denunciar “cancelamentos” boçais como o do jogador de vôlei Maurício Souza;
— Dois anos sem confundir crítica ou repúdio com assassinato de reputação;
— Dois anos sem torcer contra o país para emplacar profecias macabras;
— Dois anos sem incensar presidenciáveis de ocasião para atacar a agenda de reformas;
— Dois anos sem apontar Bolsonaro como autor do apocalipse amazônico;
— Dois anos sem sucumbir a “checagens”que buscam o monopólio da verdade;
— Dois anos sem se enganar com palanque disfarçado de CPI;
— Dois anos sem chamar urubu de meu louro na banda podre do Congresso;
— Dois anos sem tratar manifestação popular como ato antidemocrático;
— Dois anos sem tratar redes sociais como gabinete do ódio;
— Dois anos sem fingir que o gabinete do amor é o dos que assaltaram o país;
— Dois anos sem fingir que não viu Gilmar Mendes elogiar o advogado de Lula até as lágrimas em plena sessão do STF;
— Dois anos sem tentar fabricar crise para atrair leitores;
— Dois anos defendendo a liberdade num mundo que passou a vendê-la baratinho.
A introdução dos cães, sobretudo pelas mãos dos
jesuítas, inaugurou um novo tempo de sono e vida mais tranquila para os
índios
Diferentes tipos de raças - Foto: Shutterstock
Bom pra cachorro! Expressão popular brasileira
Durante séculos, o sono dos indígenas foi leve e
conturbado. Animais selvagens, predadores, grupos inimigos e ameaças de
todo o tipo os impediam de dormir profundamente. Era preciso estar
vigilante. Suas noites só começaram a ser tranquilas com a chegada de
uma nova tecnologia: os cachorros europeus. Sua capacidade excepcional
de detectar intrusos e ameaças pelo ruído e pelo olfato, de latir e dar
sinais nas proximidades das aldeias e de até atacar invasores
transformou o sono e as noites nas redes e nas tabas.
Talvez não tenham sido facões, machados ou anzóis, as tecnologias
portuguesas mais amplamente desejadas e adotadas pelos indígenas
brasileiros. Foram os cães, mais úteis do que o impenetrável e
irreprodutível metal dos europeus. Cães primitivos existiam na América do Norte. Eles acompanharam as
migrações das diversas levas de humanas pelo Estreito de Bering, como
atestam registros arqueológicos. Sua chegada à América do Sul foi mais
tardia (entre 5000 e 2500 a.C.). E ficaram restritos a áreas agrícolas
dos Andes, com alguma rara presença na Pampa.
As raças pré-colombianas desapareceram rapidamente com a chegada dos
cães europeus. Até hoje não há uma explicação científica satisfatória
sobre seu desaparecimento brusco e sua substituição por cães europeus.
Uma coisa é certa: os cães europeus também conquistaram a América.
No Brasil, era diferente. Os índios não possuíam cachorros e não há
vestígio de cães domésticos até a chegada dos portugueses. No século 16,
a expansão territorial dos tupis ainda não estava consolidada, após a
extinção de sambaquieiros e de outros povos no rastro de seu avanço. As
guerras entre tribos eram marcadas pela antropofagia. Mulheres e
crianças eram vítimas: fáceis de capturar, imobilizar e transportar,
mais indefesas do que os guerreiros. Buscar água ou brincar longe das
aldeias era um risco enorme. A vida real das mulheres e das crianças
indígenas era talvez distante da mítica visão paradisíaca apresentada
por alguns.
A introdução dos cães, sobretudo pelas mãos dos jesuítas, inaugurou
um novo tempo de sono e vida mais tranquila para os índios. Em caso de
aproximação de guerreiros inimigos, de dia ou de noite, os cachorros
davam sinal e até atacavam potenciais agressores. O cão foi integrado
nas tribos como o primeiro mamífero doméstico. E o mais extraordinário
deles: capaz de seguir os passos do dono, obedecer a ordens e cumprir
tarefas. Nessa intimidade é comum, ainda hoje, as índias amamentarem
cães em seus seios ou prepará-los assados como alimento.
Os índios descobriram sua eficiência cinegética, caçando sozinho ou
em matilha. O cão mudou as técnicas de caça, e até ritos de captura da
onça, antes atraída para armadilhas no solo, como indicam relatos
jesuíticos. Sua capacidade de farejar, perseguir e acuar as onças no
alto das árvores era uma novidade. Nunca mais o índio se sentiu num mato
sem cachorro.
O número de pets cresce em média 2% ao ano, acima da taxa de crescimento da população
O cão (Canisfamiliaris) é um mamífero carnívoro da família dos canídeos. Para a ciência, o cachorro descende de populações do lobo eurasiático (Canislupus).
Todo cão, independente da raça, é descendente longínquo de lobos
selvagens e primo dos coiotes. Mesmo o mais miniaturizado, como os
carregados por senhoras em suas bolsas, é descendente de um lobo. E,
pela etimologia, o Canis infiltrou-se em canícula, canalha, cinismo…
Os cães são naturalmente prolíficos. Cada ninhada tem em média de
seis a oito filhotes. Cios são frequentes. Fêmeas aceitam muitos machos.
Às vezes, a ninhada tem filhos de vários pais. O intervalo entre partos
é pequeno e permite duas crias por ano. O sucesso reprodutivo dos cães
garantiu sua expansão entre as tribos. Chegaram às aldeias remotas, cujo
contato com brancos só ocorreria séculos mais tarde. E prossegue a
seleção canina. A Confederação Brasileira de Cinofilia lidera é a cinofilia nacional, com mais de 150 mil animais registrados
No Brasil, entre os principais animais de companhia estão os cães.
São 56 milhões, a segunda maior população canina do mundo. Em segundo
lugar, estão 41 milhões de aves canoras e ornamentais. Gatos somam 24
milhões e têm o maior crescimento: mais de 3% ao ano. A população de
peixes ornamentais é da ordem de 19 milhões, e os pequenos mamíferos,
répteis e outros animais totalizam 2,5%.
Se em sua casa tem cachorro, gato, peixinho no aquário ou passarinho
numa gaiola, você integra o segmento do agronegócio dos animais de
companhia. O chamado setor pet do agronegócio está relacionado
ao desenvolvimento das atividades de criação, produção, comercialização e
cuidados para mais de 145 milhões de animais de estimação existentes no
Brasil.
Os animais de estimação são criados para o convívio com humanos por
razões principalmente afetivas. Eles têm como destinações principais:
companhia, lazer, terapia, auxílio a portadores de necessidades
especiais, esportes, segurança, torneios, exposições, conservação,
socorrismo e trabalhos especiais. O número de pets cresce em média 2% ao ano, acima da taxa de crescimento da população.
Graças às bases industriais do agronegócio brasileiro, à organicidade
crescente de suas diferentes atividades produtivas e à reciclagem de
seus produtos e resíduos, a maioria dos animais pode receber o que há de
melhor em nutrição, medicina veterinária, alojamento, canis,
transporte, identificação, treinamento e bem-estar animal. Por obra do
agronegócio, sobretudo para os cães, a vida anda boa pra cachorro.
O agronegócio pet registrou um bom crescimento em 2021. O lockdown e o isolamento social impostos recentemente levaram os tutores de animais a uma maior proximidade com seus pets e
a demandar mais alimentos completos e balanceados, cujo consumo cresceu
8% em 2021. Até alimentos vegetarianos para cães são produzidos para
respeitar convicções de seus donos. Segundo o Instituto Pet Brasil
(IPB), em 2020, o conjunto do mercado pet registrou crescimento
de 13,5%, com faturamento de R$ 40 bilhões. Em 2021, o crescimento foi
de 22% e o faturamento ultrapassou R$ 50 bilhões.
Simplificadamente, três áreas compõem esse mercado: alimentação animal (pet food) representa 73% do faturamento; produtos veterinários (pet vet) alcançam 19%; cuidados e bem-estar animal (pet care) somam 8%. Pequenos e médios pet shops
são o principal canal de acesso aos produtos e representam quase metade
das vendas do setor (48%); seguidos por clínicas e hospitais
veterinários (17,9%); lojas agropecuárias (10,2%); varejo alimentar
(8,9%); pet shops de grande porte (7,4%); e-commerce (5,4%); e outros, como clubes de serviço, lojas de conveniência e hotelaria (2,2%). Em 2020, as empresas do setor pet ultrapassaram 272 mil estabelecimentos, segundo a Abinpet. Todo o setor se aproxima a 0,4% do PIB brasileiro.
Os cães deixam cada vez mais o quintal para viver dentro das casas.
Até em razão da verticalização nas cidades e da vida em apartamentos.
Animais de estimação são considerados parte da família. Muitos casais
sem filhos ou pessoas idosas, cuja expectativa de vida aumenta, buscam a
companhia de um pet. Ao reduzir a solidão, os pets
assumem outras dimensões na vida das pessoas. Cães participam de
tratamentos terapêuticos, acompanham o humano em sua existência e, em
muitas culturas, guiam na morte, como psicopompos (Anúbis, Cérbero,
Xoloti…). Presentes na vida de santos, os cães inspiram a vida espiritual.
Por milênios, em sua interdependência crescente, cães e humanos
compartilharam comidas, doenças, ócio, trabalho, inimigos e ameaças.
Filhotes foram trazidos para dentro das cabanas e das cavernas. E o
simétrico foi sonhado: lobos amamentando humanos, desde a fundação de
Roma até Mogli, o menino-lobo. Sem falar em lobisomem, Lassie ou Rin Tin
Tin. E a fecunda parceria prossegue no campo e na cidade. No
agronegócio brasileiro, a caravana passa e os cães vão junto. Felizes e
bem tratados.