Guilherme Fiuza
Uma breve retrospectiva da experiência de fazer parte de um veículo independente
— Dois anos sem usar a pandemia para apavorar o leitor;
— Dois anos sem fingir que lockdown é medida de bloqueio sanitário;
— Dois anos sem tratar Renan Calheiros como porta-voz da ética e da vida;
— Dois anos sem fechar os olhos para os crimes de Lula;
— Dois anos sem deixar de mostrar que o STF faz política contra o governo;
— Dois anos sem tratar o aventureiro Alexandre de Moraes como justiceiro;
— Dois anos sem fingir que Barroso combate o fascismo no Brasil;
— Dois anos sem fingir que o populismo devastador da Argentina é exemplo de democracia;
— Dois anos sem tentar dia sim e outro também derrubar o ministro Paulo Guedes;
— Dois anos sem esconder as obras do ministro Tarcísio;
— Dois anos sem deixar de criticar responsavelmente o governo federal, como na sucessão de ministros da Saúde e nas diretrizes erráticas sobre vacinação de adolescentes;
— Dois anos sem participar da censura hedionda sobre a discussão de tratamentos imediatos para covid;
— Dois anos sem cair na demagogia mascarada de João Doria e sua propaganda fantasiada de ciência;
— Dois anos sem fingir que a China não é uma ditadura brutal;
— Dois anos sem esconder a responsabilidade da ditadura chinesa na disseminação da covid;
— Dois anos sem entrar na feira demagógica de suposta proteção a raças e sexos;
— Dois anos sem deixar de apontar linchamentos fantasiados de resistência humanitária;
— Dois anos sem deixar de denunciar “cancelamentos” boçais como o do jogador de vôlei Maurício Souza;
— Dois anos sem confundir crítica ou repúdio com assassinato de reputação;
— Dois anos sem torcer contra o país para emplacar profecias macabras;
— Dois anos sem incensar presidenciáveis de ocasião para atacar a agenda de reformas;
— Dois anos sem apontar Bolsonaro como autor do apocalipse amazônico;
— Dois anos sem sucumbir a “checagens” que buscam o monopólio da verdade;
— Dois anos sem se enganar com palanque disfarçado de CPI;
— Dois anos sem chamar urubu de meu louro na banda podre do Congresso;
— Dois anos sem tratar manifestação popular como ato antidemocrático;
— Dois anos sem tratar redes sociais como gabinete do ódio;
— Dois anos sem fingir que o gabinete do amor é o dos que assaltaram o país;
— Dois anos sem fingir que não viu Gilmar Mendes elogiar o advogado de Lula até as lágrimas em plena sessão do STF;
— Dois anos sem tentar fabricar crise para atrair leitores;
— Dois anos defendendo a liberdade num mundo que passou a vendê-la baratinho.
Leia também “Lula & Alckmin na intimidade”
Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste
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