Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador regimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador regimento. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Parlamentares recorrem à Justiça para anular redução da maioridade penal


O mandado de segurança assinado pelos parlamentares pede uma posição da Justiça sobre os atos praticados por Cunha que, na opinião do grupo, ferem um parágrafo do Artigo 60 da Constituição Federal
Mais de cem parlamentares de 13 partidos assinaram documento que será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda hoje (9) questionando a condução de votações polêmicas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e para tentar anular o resultado da votação da redução da maioridade penal, aprovada pelo plenário da Câmara no último dia 2.

Na madrugada do dia 1° de julho, a Câmara rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, com 303 votos a favor, 184 contrários e três abstenções. Na sequência, após acordo com líderes que defendem a redução, Cunha decidiu colocar em votação uma nova proposta com o mesmo teor (?), que foi aprovada na madrugada do dia seguinte. O mandado de segurança assinado pelos parlamentares foi concluído na manhã de hoje e pede uma posição da Justiça sobre os atos praticados por Cunha que, na opinião do grupo, ferem um parágrafo do Artigo 60 da Constituição Federal. A lei proíbe a análise de uma matéria de proposta de emenda à Constituição, no mesmo ano em que já tenha sido rejeitada.   

Defensores do resultado em plenário afirmam que a legislação trata do conteúdo do texto, o que permitiria que qualquer alteração de redação pudesse ser colocada novamente em votação. Segundo eles, o que foi aprovado foi uma emenda ao texto original já que o parecer rejeitado era um substitutivo à matéria. “A matéria é a mesma e por isto não pode ser repetida”, rebateu o vice-líder do PMDB, deputado Darcísio Perondi (RS), que é um dos signatários do mandado. [Darcísio Perondi! Quem é esse parlamentar? Quando haverá nova oportunidade de seu nome ser veiculado em jornal de circulação nacional?]  "Estamos entrando no Supremo para que dê liminar suspendendo a validade desta votação em nome da dignidade, em nome do presente e do futuro do Brasil. Não é sobre mérito, mas sobre a decisão regimental do presidente [Cunha] de colocar em votação a mesma matéria na mesma legislatura”, garantiu.

Perondi lembrou que a proposta ainda precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara para depois ainda ser analisada pelos senadores. “Vamos tentar ganhar no segundo turno e depois tem o Senado que tem função revisora e, em última instância, tem a Adin [Ação Direta de Inconstitucionalidade] no Supremo”, explicou.  Eduardo Cunha continua seguro de que a votação seguiu o regimento e não feriu a Constituição. A diferença entre o substitutivo do deputado Laerte Bessa (PR-DF) e da emenda aprovada limitou-se aos tipos de crimes previstos. Na proposta vitoriosa, que surgiu como uma emenda aglutinativaque reúne o conteúdo de outras emendas ou com texto de proposição principal que deu origem ao assunto –, foram retirados o tráfico de drogas e o roubo qualificado.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Advogado defender bandido, tudo bem - massa, OAB, entidade de classe, defender bandido é curva fora do ponto

OAB pretende ir ao STF se PEC da maioridade avançar no Congresso


Presidente da entidade considera inconstitucional manobra de levar à votação uma PEC mais branda sobre o tema 24 h após derrota

[atenção: a OAB é a Entidade de classe dos advogados e tem como meta primeira defender os interesses dos nobres causídicos;

ela defender a impunidade para os bandidos 'di menor', considerar inconstitucional determinada matéria, não significa estar certa.

Ao contrário, a OAB teve algumas vitórias mas também sofreu derrotas memoráveis, sendo uma delas, por sinal em decisão justa e brilhante do STF, foi o reconhecimento de que a Lei de Anistia abrange todos - não existe anistia apenas para um dos lados.]

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pretende ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a proposta de emenda constitucional (PEC) que reduz a maioridade penal, se o projeto for aprovado passar em segundo turno na Câmara e também no Senado. O presidente da entidade, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, considera inconstitucional a manobra utilizada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de levar à votação uma PEC mais branda sobre o tema 24 horas depois de a primeira proposta sobre o assunto ter sido derrotada.   "Temos de ter a clareza que a alteração tópica da redação de uma PEC não é suficiente para retirar um fato: a matéria foi rejeitada em um dia e aprovada no dia seguinte. É justamente esse fenômeno que a Constituição proíbe", afirmou o presidente da OAB, em nota. Ele destaca que a constituição proíbe a utilização de nova votação para matéria já rejeitada no mesmo ano legislativo. "Trata-se do devido processo legislativo. Existe para que maiorias ocasionais não sufoquem as minorias", completou, sem fazer referência direta ao presidente da Câmara dos Deputados. [Cunha seguiu o Regimento Interno da Câmara - em vigor há vários anos.
Assim, o Regimento pode até ser acusado de conter inconstitucionalidade e ser modificado. Mas, enquanto isso não ocorrer, a decisão do presidente da Câmara está correta e legal, inclusive o RI da Câmara não está sendo contestado.]

Coêlho já se posicionou contra a redução da maioridade penal, por entender que a mudança na idade de punição fere cláusula pétrea de Constituição, que não pode ser alterada. "Tanto pelo seu conteúdo, quanto pela forma de sua aprovação, a PEC não resiste a um exame de constitucionalidade", completou o presidente da entidade.


A entidade defende que o mais adequado é aumentar o tempo de internação atual de menores infratores, além de investir em outras medidas como a obrigatoriedade de frequência escolar e pernoite em casa e de aumentar a punição de maiores que utilizam menores de idade para cometimento de crimes. "A OAB reitera sua histórica posição sobre o tema, considerando um equívoco colocar mais alunos nas universidades do crime, que são os presídios do País", completou.


Na madrugada desta quinta-feira, 2, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, em casos de crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A votação da proposta mais branda 24 horas depois da rejeição de projeto sobre maioridade, inicialmente, foi apelidada pelos deputados governistas de "pedalada regimental".


Magistrados
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) considerou "grave" e inconstitucional o procedimento adotado por Cunha. Por meio de nota, a associação apontou que a medida adotada pela Câmara "fere o regimento legislativo e representa inconstitucionalidade formal à proposta". 

 
Além da questão procedimental, a AMB alega que a redução da maioridade penal fere cláusula pétrea da Constituição, que proíbe deliberação sobre matéria que tente reduzir direitos ou garantias individuais. "Esse é mais um retrocesso para a democracia brasileira. Buscar a redução da maioridade penal como solução para diminuição da violência juvenil, sem o profundo e importante debate, trará intangíveis danos à sociedade", entende a entidade de juízes.


Fonte: Agência Estado