Está lançada nova
campanha de legalização do aborto no Brasil. O pretexto, devidamente anabolizado por forte carga
de sentimentalismo, está sendo trabalhado nos espaços da mídia. A descriminalização do aborto em meio à
epidemia de zika é a bola da vez. A largada foi
dada por uma assessora da Organização das Nações Unidas (ONU).
No
Brasil, como sempre, grupos favoráveis
ao aborto já começam ensaiar um roteiro bem conhecido: contornar o Congresso e levar a questão do
aborto de bebês com microcefalia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A rejeição ao aborto no
Brasil é fantástica. As pesquisas estão aí. E são
inequívocas. A legalização do aborto é uma agressão à sociedade. Mas a ideologia não está nem aí
com o sentimento da maioria. Democracia só vale se estiver alinhada com o
pensamento único de uma militância autoritária.
No tocante ao inegável sofrimento vivido pela gestante, reproduzo um depoimento emblemático. Trata-se da carta de uma mãe que, não obstante a dor provocada pela morte do feto anencéfalo, justificou sua decisão de levar a gravidez até o fim. Estávamos em plena campanha de legalização do aborto de anencéfalos. Sua carta, publicada no jornal O Globo, foi um contundente recado aos governantes.
No tocante ao inegável sofrimento vivido pela gestante, reproduzo um depoimento emblemático. Trata-se da carta de uma mãe que, não obstante a dor provocada pela morte do feto anencéfalo, justificou sua decisão de levar a gravidez até o fim. Estávamos em plena campanha de legalização do aborto de anencéfalos. Sua carta, publicada no jornal O Globo, foi um contundente recado aos governantes.
“Fui mãe de uma criança com
anencefalia e posso afirmar que durante nove meses de gestação convivi com um
ser vivo, que se mexia, que reagia aos estímulos externos como qualquer criança
no útero. Afirmo também que não existe dano à integridade moral e psicológica
da mãe. O problema é que estamos vivendo numa sociedade hedonista e queremos
extirpar tudo o que nos cause o mínimo incômodo.” (..) “Se estamos autorizando a morte dos que não conseguirão fazer história de
vida, cedo ou tarde autorizaremos a antecipação
do fim da vida dos que não conseguem se lembrar da sua história, como os
portadores do mal de Alzheimer”, escreveu
Ana Lúcia dos Santos Alonso Guimarães. Trata-se de uma carta impressionante e premonitória.
Quanto ao
chamado “consenso por interesse”, é
útil recordar que fruto dele foi a legislação que durante séculos definiu que
uma raça ou um povo são legalmente infra-humanos e que, portanto, podem ser
espoliados de direitos e tratados como “coisas”,
também para benéficas experiências científicas: o caso do apartheid dos negros
na África do Sul e dos judeus aviltados e trucidados pela soberania “democrática” nazista. O aborto é um crime
e uma agressão.