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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Governo tenta atrasar CPMI pela última vez

Bloco governista no Senado ainda não oficializou os nomes que vão compor a comissão

 

A base governista no Congresso está tentando atrasar a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro pela última vez. O bloco Resistência Democrática — alinhado ao governo no Senado –, ainda não oficializou os nomes que vão compor a comissão.

Desse modo, o bloco atrasa a instauração do colegiado no Congresso. Os dois demais blocos já indicaram integrantes da CPMI — tirando o Democracia que ainda não oficializou, mas já possui um rascunho dos nomes. Nos bastidores, o governo indica que vai postergar as indicações a fim de atrasar o colegiado ao máximo.

É possível indicar os nomes desde a sexta-feira 5, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), oficiou os líderes partidários solicitando os nomes dos parlamentares. Ao todo, serão 16 senadores, 16 deputados e o mesmo número de suplentes.

Oeste procura desde a segunda-feira 8 a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), líder do Resistência Democrática, para descobrir quem seriam os indicados do bloco. A parlamentar ainda não deu nenhuma previsão.

Na Câmara, a CPMI enfrenta uma situação parecida com o “superbloco” do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O líder do “blocão”, Felipe Carreras (PSB-PE), disse a Oeste que vai aguardar o retorno de Lira ao Brasil para oficializar os nomes. O presidente da Câmara deve chegar ao Brasil nesta quinta-feira, 11.

Até abril deste ano, o governo era contra a CPMI, inclusive, represando emendas parlamentares para que os deputados retirassem os nomes do requerimento. A ação resultou no recuo de nove deputados.

O discurso dos petistas mudou depois CNN Brasil divulgou imagens que mostram a presença do então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Marco Edson Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto, enquanto vândalos depredavam o local. Depois de uma reunião repentina convocada pelo presidente Lula, Dias pediu exoneração do cargo.

O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI do 8 de janeiro quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu prédios públicos.

Redação - Revista Oeste


domingo, 26 de abril de 2020

‘Grupo paralelo’ discute destino de Bolsonaro e cenário pós-Moro






A estratégia do grupo para manter influência política passa pela manutenção do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara dos Deputados. [se o deputado Maia for candidato nas próximas eleições estaremos diante de um total e completo desrespeito as Leis - é desrespeitando as leis, democraticamente aprovadas, que se faz a tal "resistência democrática"?] Antagonista de Bolsonaro na condução de políticas públicas relacionadas à pandemia, Maia tem feito consultas a ministros do Supremo sobre a viabilidade de se candidatar, mais uma vez, à chefia da Câmara, ainda que as regras internas da Casa não lhe permitam. O mandato do democrata como presidente termina em fevereiro do ano que vem, mas ele já começou costuras para levar à votação uma mudança interna no regimento que permita afastar a restrição atual. A medida inevitavelmente desaguaria em questionamentos no STF – daí a razão das sondagens prévias à Corte.

Nas metáforas presidenciais, Rodrigo Maia é um general sem tropa, mas que tem hoje em seu entorno um consórcio de partidos que circunstancialmente compartilham dos mesmos interesses, opostos aos de Bolsonaro. A “resistência democrática” acredita que, mesmo se Maia não conseguir se segurar na Presidência da Câmara em 2021, Jair Bolsonaro erra ao apostar suas fichas em políticos do chamado Centrão, que tem representantes como Arthur Lira, denunciado na Lava-Jato, Valdemar Costa Neto, pilhado no mensalão, e Roberto Jeferson, pivô do maior escândalo político do país pré-petrolão. “Qualquer deputado do Centrão aperta o botão do impeachment. Não precisa ser o Rodrigo”, disse a VEJA um dos integrantes do grupo.

Além da virtual permanência de Rodrigo Maia como presidente da Câmara, o grupo tem feito projeções de caos político para o presidente quando se avolumarem ainda mais as vítimas fatais do novo coronavírus e de desalento econômico quando estados e municípios, com caixas sobrecarregados para socorrer a área da saúde, não conseguirem honrar as despesas mais comezinhas, como salários de servidores e custos de funcionamento de hospitais. [é essa situação caótica, que pode acontecer, que deveria motivar uma união de esforços não para tirar o presidente da República e sim para ajudar o Brasil a se recuperar o mais rapidamente da crise sanitária e econômica causada por fatores totalmente independentes da vontade do presidente Bolsonaro.
Esta 'resistência democrática' se apresenta como contra Bolsonaro,  mas está sendo e com êxito adepta do TODOS CONTRA O BRASIL.
Senhores, vocês estão conspirando contra o BRASIL, contra nossa Pátria - talvez não seja de vocês - e isto é crime, é imoral.
Até a China, modelo de desenvolvimento e crescimento, teve queda importante no PIB do primeiro trimestre.
Tem tudo, a reportagem mostra claramente, que vocês são um grupo ilegal - se reúnem armados?
Nomes não foram mencionados.]

A avaliação corrente é a de que Bolsonaro antecipa para agora o embate com governadores e prefeitos em questões relacionadas ao coronavírus porque ainda detém cerca um terço de suporte do eleitorado. O patamar, ainda que inviável para se levar adiante um processo de impeachment, garante a ele certo combustível para queimar no embate político-partidário antes de a crise provocada pela pandemia se tornar ainda mais aguda. A partir do próximo ano, com a economia em frangalhos e o país afundado em uma recessão de 5%, segundo cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI), a “resistência democrática” acredita que não seria mais possível para o presidente transferir responsabilidades para governadores como Witzel e Dória, favoráveis ao isolamento social e adversários de Bolsonaro na condução da crise provocada pelo coronavírus. “Como se diz na minha terra, tem uma hora que o problema é federal”, afirmou a VEJA um ministro que faz parte da tal “resistência democrática”.

VEJA - Política


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Valentina de Botas: ‘O lulopetismo viu que apenas roubando como nunca poderia ficar no poder para sempre’



A relação que a memória tem com o tempo e com a realidade é isto: uma relação. O caráter simbólico da memória desmancha o tempo e processa a realidade. Ou não haveria as artes, as paixões, a História, a Literatura, o próprio homem. Nem as madeleines de Proust. Consoladora criação para nossos corações, humanizados em desejos solenemente desdenhados pelo tempo jamais cúmplice.

Também a memória, esta sim, nossa cúmplice, permanece com os nexos dela que tecem sentidos incólumes à erosão do tempo. Ela diz quem somos, quem é nossa gente, como e onde é nossa pátria. Pode ser a rua onde crescemos, a nossa língua ou qualquer outra, digamos, experiência na qual esbarremos com nós mesmos e nos reconheçamos.

E pode ser a resistência democrática como vimos fazendo, na qual nos reconhecemos mesmo sem nos conhecer. A identidade de um país e de um indivíduo não existe sem a memória. E esta coluna é guardiã da memória do país que sonhamos e podemos ser nos textos luminosos dela e nos comentários que suscitaram e que, somados ao restante da resistência democrática, já conversavam com o futuro que é hoje.

Combatemos as trapaças do lulopetismo que desfaziam a memória e forjavam uma cínica e monolítica versão da história e do presente, outro integrante do arsenal de vigarices para emparedar o estado de direito democrático. Eis que é sob ele que o lulopetismo agoniza; o antídoto contra esse bando não é intervenção militar ou o atropelo das instituições, mas justamente o apelo a elas, pois esta sordidez de 13 anos não é inerente à democracia.

Comprova isso o próprio lulopetismo que, depois de alcançar o poder pela via democrática, viu que apenas roubando como nunca poderia ficar no poder para sempre. Não era política de esquerda nem de direita, mas somente roubalheira e incompetência a substância do petismo que, concebido por um jeca oportunista, não tem ideologia além a de garantir o perene exercício do poder para se arrumar na vida.

Há uma práxis lulista sim, mas não um pensamento; este é arrendado segundo a conveniência. À afirmação segundo a qual o que está dominado é o bando, alguém dirá ah, mas o jeca está solto, Dilma continua presidente, o Estado aparelhado e tal. São realidades que se superpõem, não se negam nem se complementam, mas enfrentam-se até que a decência vença.

Diluir esse embate essencial – e contínuo na defesa e aprimoramento da democracia – no limite brumoso entre entoar semanalmente que a casa caiu ou conclamar à resignação porque tudo estaria dominado é dispensar-se de tatear as nuances da realidade nas lonjuras do alarmismo e do conformismo. Se tenho certeza de que o país que presta vencerá?

Ora, temos sido vencedores em manter o embate no qual preservamos a memória do país que queremos ser. É memória que impregna o futuro. Que, como toda certeza, não pode ser cicatrizada, mas manter-se ferida primordial e sangrante para que, nos cuidados com ela, sustentemos o combate que não nos deixa esquecer: não somos dominados.

Fonte: Valentina de Botas – VEJA – Coluna Augusto Nunes