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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Atos de sábado decidem destino do impeachment

Sem ruas cheias e com políticos arredios, a possibilidade de afastamento diminui

[todos sabem, inclusive e especialmente a turma da mídia militante, que NÃO TEM IMPEACHMENT para o presidente Bolsonaro e pelas razões mais simples:
- faltam os crimes de responsabilidade;
- falta povo nas ruas pedindo a saída do presidente; e,
- falta o voto de no  mínimo de 342 deputados para que um pedido de impeachment,  eventualmente encaminhado por Arthur Lira aos deputados para análise, se transforme em processo.
A insistência no tema deve-se a que acusar Bolsonaro - ainda que com acusações ridículas - e difundir esperanças vazias da saída do capitão rende holofotes e a maior parte da turma da mídia militante tem que cumprir pauta.]

As manifestações anti-Bolsonaro marcadas para o próximo sábado, 2, decidem o destino do projeto de impeachment do presidente. A tendência hoje é que o evento tenha centenas de milhares de pessoas, mas fique restrito aos eleitores de PT e PSOL, repetindo o ocorreu nos maiores atos ao longo da pandemia. Só que para destravar o impeachment de Bolsonaro, é preciso muito mais.

Bolsonaro mentiu desenfreadamente no discurso na ONU, na semana passada, mas disse uma verdade ao chamar de histórico as manifestações de Sete de Setembro, que juntaram centenas de milhares de pessoas em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e outras capitais. Foram as primeiras marchas golpistas desde os anos 1960 e demonstraram que o presidente tem uma capacidade de mobilização que o protege. Para fazer o Congresso enfrentar a fúria bolsonarista e abrir um processo de impeachment, seria necessário que os atos deste sábado fossem na casa dos milhões de pessoas. Não é o que parece que vai acontecer.

Líder nas pesquisas [nas pesquisas da Fakedata e de um instrituto que criaram agora para concorrer com a Datafake.] , Luiz Inácio Lula da Silva tende a não comparecer alegando cuidados com a Covid. Temendo vaias dos petistas, os pré-candidatos tucanos João Doria e Eduardo Leite também querem um pretexto para não ir. Por enquanto, só Ciro Gomes está confirmado. [Ciro Gomes talvez finja que vai aparecer; afinal, ele é corajoso (ou covarde?) o bastante para colocar um irmão para levar tiro no lugar dele - aconteceu durante o motim da PM do Ceará.]

O governo Bolsonaro é rejeitado por três de cada cinco brasileiro e a maioria absoluta quer o seu afastamento. [quer? como sabem disso? aliás, como tem 3/5 de rejeição e enche as ruas; já o ladrão petista tem, segundo a mídia militante 8/5 de aprovação e evita as ruas - alegando medo da Covid.] O número de pedidos pedindo a abertura de um processo de responsabilidade protocolados na presidência da Câmara já está perto de 200. A CPI da Covid deve se encerrar com um novo pedido, responsabilizando Bolsonaro diretamente pela morte de 100 mil brasileiros pelo atraso na encomenda de vacinas e incentivo ao uso de remédios charlatães, como a cloroquina. Mas isso não basta para forçar o presidente da Câmara, Arthur Lira, a colocar o processo para andar. É preciso povo na rua e acordo nos bastidores. [não tentem acusar Arthur Lira por não colocar os pedidos de impeachment em apreciação; ele sabe que não passam - houvesse a menor chance de um pedido se transformar em processo o deputado Maia, vulgo Botafogo, teria colocado em votação quando presidia a Câmara.]

Além do medo natural de contaminação pelo coronavírus, os protestos têm falhado pela falta de um mínimo de coordenação nas oposições. Ninguém confia em ninguém. Faltando só um ano para a eleição, os candidatos acham mais simples enfraquecer Bolsonaro e derrotá-lo nas urnas do que se juntar e bancar uma substituição que será complicada e de confrontos nas ruas. Se houvesse um impeachment, o sucessor seria o vice Hamilton Mourão. 
Ninguém o conhece ou sabe quais seriam suas ambições se assumisse a cadeira presidencial. 
Faria uma transição pacífica ou se prepararia para ser ele mesmo o candidato herdeiro do bolsonarismo? 
Na dúvida, ninguém arrisca. [o general  Mourão jamais trairia Bolsonaro - os militares consideram a lealdade algo inegociável 'minha honra é lealdade' - ocorrendo o impedimento de Bolsonaro, certamente o capitão apoiaria seu vice.]

Mas além do enigma Mourão, os partidos querem um Bolsonaro fraco. Com o presidente neste nível de rejeição, Lula teria vitória garantida no segundo turno. [repórteres, até os competentes, tem o direito de sonhar = é de graça e melhor quando o sonho combina com a pauta.] Para a oposição de direita, a única chance de vitória seria que os eleitores de Bolsonaro o abandonassem em troca de outro candidato que jure ser tão antipetista quanto ele. Por isso, como observou o colunista Bruno Boghossian, da Folha, João Doria e Eduardo Leite iniciaram suas campanhas com ataques ao PT. [atacar o PT é tarefa fácil, afinal aquele que dizem ser a principal liderança do 'perda total' é, comprovadamente,  o maior ladrão do Brasil.] Para Lula, Doria e Leite o impeachment cria mais incertezas do que vantagens. Neste domingo (26/09), o presidente completou 1.000 dias no cargo. Sem milhões de eleitores nas ruas e com os políticos arredios, Bolsonaro garante os 460 dias restantes do seu mandato. [que terminará engatando já no primeiro dia do segundo mandato.]

 Thomas Traumann - Blog em  VEJA

 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pena de morte será cumprida. Indonésia, acertadamente, ignora Dilma por uma semana e por fim nega pedido de clemência

Em conversa com Dilma, presidente indonésio nega clemência a brasileiro

Marco Archer Cardoso Moreira deve ser executado à meia-noite de domingo no país asiático. Ele foi condenado por tráfico internacional de cocaína em 2004

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, negou o pedido de clemência feito por Dilma Rousseff em favor do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, que foi condenado à morte e deve ser executado no país asiático. Dilma conversou com o líder indonésio por telefone nesta sexta-feira e pediu que a decisão fosse revista. Mas o presidente alegou que o processo respeitou as leis do país e que não há razão para cancelar a aplicação da pena.

Com a recusa, Marco Archer  condenado por tráfico de drogas – deve ser mesmo executado por um pelotão de fuzilamento à 0h de domingo no horário local, 15 horas do sábado no horário de Brasília.
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte na Indonésia (Reprodução/Facebook /VEJA) 

Segundo o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio TOP TOP Garcia, o presidente indonésio não aceitou rever a pena de outro brasileiro, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também sentenciado à pena de morte por tráfico de drogas. "Não houve sensibilidade por parte do governo da Indonésia para o pedido de clemência do governo brasileiro não só para Marcos Archer como também para Rodrigo Muxfeldt", afirmou Garcia.

Marco Aurélio TOP TOP Garcia disse que episódio deve ter influência sobre as relações diplomáticas entre Brasil e Indonésia: "A presidente lamentou profundamente essa posição do governo indonésio e chamou atenção para o fato de que essa decisão cria uma sombra nas relações dos dois países", disse ele. Garcia disse que conversou com o chanceler Mauro Vieira nesta sexta e que todas as alternativas de retaliação estão sendo estudadas. [comentário estúpido do babaca do TOP TOP. A vida de um traficante não vale nada e será assim que o assunto será considerado e encerrado.]
 
Marco Archer foi condenado à pena de morte em 2004, depois de ser preso com 13 quilos de cocaína. Todos os recursos judiciais apresentados pela defesa do brasileiro foram negados. Nos últimos anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou duas cartas ao governo da Indonésia pedindo clemência; Dilma Rousseff mandou outras quatro. As autoridades do país asiático nunca demonstraram a intenção de rever a pena aplicada.

Tolerância zero O atual governante do país, Joko Widodo, assumiu a presidência em outubro e implantou uma política de tolerância zero para traficantes, prometendo executar os condenados por esse tipo de crime. Ele tem apoio da população, amplamente favorável à pena de morte. "Mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes", relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia, sobre as execuções. 

A postura do governante indonésio foi criticada pela Anistia Internacional (AI). “Só 10% dos países recorrem a execuções e a tendência é decrescente desde o fim da II Guerra Mundial. É inaceitável que o governo da Indonésia manipule a vida de dois brasileiros para fins de propaganda de sua política de segurança pública”, disse Atila Roque, diretor-executivo da AI.

“Mereço mais uma chance”, diz brasileiro condenado na Indonésia

Amigo diz que brasileiro 'sempre teve um otimismo muito grande, até exagerado'. A execução está marcada para este sábado [todo bandido sempre alega inocência ou que merece mais uma chance.]
"Estou ciente de que cometi um erro gravíssimo, mas mereço mais uma chance, porque todo mundo erra”. Com essas palavras, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira fez um pedido por sua vida, dias antes da data marcada para sua execução por fuzilamento na Indonésia. 

Na gravação, o brasileiro condenado à pena de morte em 2004 depois de ser preso com 13 quilos de cocaína demonstra arrependimento e diz estar passando por um momento difícil. “É um momento muito difícil pra mim. Estou sofrendo. Peço às autoridades que zelem pelo meu caso”.

Ele afirma que tem o desejo de ensinar os jovens a não cometerem o mesmo erro que ele ao se envolver com drogas. “Meu sonho é sair daqui, voltar para o Brasil e expor meu problema para os jovens que estão pensando em se envolver com drogas (...) Quero voltar para o meu país, pedir perdão a toda a minha nação e ensinar para os jovens que a droga só leva a dois caminhos: ou a prisão ou à morte”.

O brasileiro afirma manter as esperanças de que “sua estrela vai brilhar mais uma vez”. “Vou lutar até o fim. Porque a minha vida não pode acabar dessa maneira dramática, eu sendo fuzilado aqui na indonésia”.

'Otimismo muito grande' – O depoimento, gravado na terça-feira, foi publicado na internet pelo cineasta Marcos Prado, que está fazendo um documentário sobre a história. Em entrevista ao site de VEJA, o cineasta contou que o brasileiro "tinha muita esperança em conseguir o perdão". “Ele sempre teve um otimismo muito grande, até exagerado, costumava dizer que tinha sete vidas e que ia sobreviver a mais essa, assim como nas vezes anteriores em que esteve à beira da morte nos acidentes que sofreu voando de asa delta”.

A execução de Moreira está marcada para a tarde deste sábado, pelo horário de Brasília. Nesta sexta, o Itamaraty informou que o presidente indonésio, Joko Widodo, negou um pedido de clemência feito por Dilma Rousseff.

Widodo assumiu a presidência em outubro e implantou uma política de tolerância zero para traficantes, prometendo executar os condenados por esse tipo de crime. Ele tem apoio da população, amplamente favorável à pena de morte.
 
 Fonte: Revista Veja