Congresso mantém veto ao reajuste de servidores do Judiciário
Votação era a mais polêmica e derrubada poderia causar rombo de R$ 36,2 bilhões
Chegou a ser considerada como viável a derrubada do veto, mas, a partir do momento em que um ministro de terceira, Nelson Barbosa, rasgou a Constituição e cortou orçamento do Poder Judiciário e as excelências nada reclamaram, foi oficializado no Brasil o fim da independência entre os Poderes
Em uma vitória apertada do Palácio do Planalto, o Congresso
manteve, na noite desta terça-feira, por uma diferença de apenas seis
votos, o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do
Poder Judiciário. A proposta concedia um aumento médio de 56% à
categoria, chegando em alguns casos a 78,56%. A derrubada deste veto
causaria um rombo de R$ 36,2 bilhões aos cofres públicos em quatro anos,
segundo o Ministério do Planejamento. A área econômica trabalhou
ativamente para manter o veto que faz parte da chamada pauta-bomba.
A sessão do Congresso tinha na pauta 13 vetos, mas esse era o mais polêmico e que mais preocupava o governo. A manutenção do veto é uma das poucas vitórias da presidente Dilma Rousseff no Congresso este ano. Após a manutenção do veto ao reajuste a servidores do Judiciário, a oposição conseguiu interromper a análise dos demais vetos que estavam na pauta e a sessão foi encerrada, por falta de quórum. Havia 216 deputados presentes, quando o quórum mínimo era de 257. Ficou marcada para a manhã desta quarta-feira nova sessão do Congresso para finalizar as votações. Será analisado ainda o veto da presidente Dilma Rousseff à extensão do reajuste do salário-mínimo a todos os benefícios do INSS, ou seja, a todos os aposentados e pensionistas. A derrubada deste veto causaria um rombo de R$ 9 bilhões, segundo estimativas do Planejamento.
Fonte: O Globo