Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador submarino ARA San Juan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador submarino ARA San Juan. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de novembro de 2018

Resgate de submarino poderia colocar em risco outras vidas, diz juíza responsável por investigação



Apesar da pressão por parte dos familiares de algumas das vítimas do o submarino ARA San Juan, encontrado na madrugada de sábado (17) depois de um ano desaparecido no oceano Atlântico, a juíza Marta Yáñez --responsável pela --responsável pela investigação sobre o incidente-- informou em entrevista ao UOL que as possibilidades de resgate da embarcação são mínimas e poderiam colocar em 'risco outras vidas e a integridade das provas'.

Ainda assim, segundo a magistrada, a decisão será determinada mediante perícias. "Certamente depois de algumas perícias nós determinaremos se é necessário e é possível fazer o resgate do submarino", declarou Yáñez, que é uma das peças-chaves para determinar se o San Juan vai ou não ser resgatado dos 907 metros nos quais se encontra submerso. "Do ponto de vista humano, que é uma das peças-chaves para determinar se o San Juan vai ou não ser resgatado dos 907 metros nos quais se encontra submerso. "Do ponto de vista humano, parece que o resgate ajudará os familiares a encontrar um pouco de paz", disse a juíza, que também destacou as vantagens do procedimento para as investigações. Segunda elas, as imagens da embarcação poderiam trazer um maior grau de certeza e aproximar os investigadores das causas da tragédia.

Para ela, no entanto, o aval do resgate não depende única e exclusivamente do judiciário. De acordo com Yáñez, a decisão será tomada a partir da recomendação de peritos especializados no assunto. "Teríamos que verificar se isso é realmente  factível do ponto de vista técnico, ou seja, se a embarcação pode ser resgatada nas condições em que está sem que coloque em risco outras vidas ou a integridade do que encontremos para conservar as provas", ponderou a magistrada ao destacar a complexidade de retirar do fundo do mar o submarino de 2.500 toneladas. Viabilidade que, segundo ela, também precisa ser estudada do ponto de vista econômico e determinado pelo poder político. "Falar de tempo, hoje, seria muito imprudente", respondeu a magistrada ao ser questionada sobre quanto tempo poderia demorar a decisão sobre a retirada ou não do submarino do fundo do mar.

Argentina diz não ter tecnologia para resgate


"Não temos equipamento para descer a essa profundidade, nem temos tecnologia para extrair um submarino dessas características", disse a jornalistas o ministro da defesa argentino Oscar Aguad. Segundo o capitão Gabriel Attis, chefe da base naval de Mar del Plata, a embarcação foi encontrada no leito marino com o casco inteiro, mas "totalmente deformado, colapsado e implodido", e sem "aberturas". Parte das hélices estão enterradas, e há pedaços espalhados por um raio de 70 metros. Autoridades confirmaram ainda que a embarcação sofreu uma implosão duas horas depois do seu último contato. A implosão ocorre quando o submarino ultrapassa o seu limite de profundidade --no caso do ARA San Juan, era de cerca de 300 metros. No caso de uma implosão, as chances de sobrevivência são praticamente nulas. 


 

sábado, 17 de novembro de 2018

Submarino argentino desaparecido com 44 tripulantes é encontrado

ARA San Juan sumiu há um ano, a 450 km da costa do país


Os destroços do submarino ARA San Juan , que desapareceu com 44 tripulantes a bordo há um ano , foram finalmente encontrados, informou, neste sábado, a Marinha Argentina. De acordo com uma publicação do órgão no Twitter, a embarcação foi identificada pela empresa americana Ocean Infinity, responsável pelas buscas. Na sexta-feira, um novo sinal que poderia ser do submarino desaparecido fez com que as buscas fossem retomadas. 

A Marinha já havia compartilhado, nesta sexta-feira, uma foto do fundo do mar, sugerindo que um objeto de 60 metros de comprimento poderia ser o submarino perdido.



Segundo o jornal argentino "Clarín", as primeiras informações, confirmadas quase que imediatamente pela Marinha e pelo governo do país, indicaram que os restos do submarino, que estaria "achatado na proa", foram localizados no mesmo lugar onde foi registrada, há um ano, a falha hidroacústica, informada na época por organizações internacionais.Antes de confirmar as informações à imprensa, por volta da meia-noite, a Marinha entrou em contato com os familiares e a juíza Marta Yáñez, que acompanha o caso, para informá-los sobre a descoberta.
 
Na época, a Marinha interrompeu a missão de resgate duas semanas após o desaparecimento do submarino. Agora, as autoridades anunciaram que a embarcação havia sido encontrada numa região de cânions (espécie de rios submarinos), 800 metros abaixo da superfície do Oceano Atlântico e a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde se tinha montado o centro de operações durante a busca. 


O sumiço do submarino completou um ano nesta quinta-feira, sem respostas para a agonia das famílias que ainda acampam perto da base naval de Mar del Plata à espera de notícias. A estação perdeu o contato com o submarino ARA San Juan em 15 de novembro de 2017, quando a embarcação navegava pelo Golfo São Jorge, a 450 quilômetros da costa. Havia zarpado de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, de volta a Mar del Plata. As buscas começaram 48 horas depois. Treze países colaboraram com a operação, dificultada pelo mar revolto. A maioria se retirou antes do fim de 2017, diante da ausência de resultados. 

A pressão das famílias, que arrecadaram recursos e acamparam 52 dias na Praça de Maio, em frente à sede da Presidência, em Buenos Aires, impulsionou a contratação de uma empresa americana para retomar o rastreio. A companhia Ocean Infinity prometia só receber pelo trabalho caso encontrasse o submarino. Zarpou rumo ao desafio em 7 de setembro, com quatro parentes de vítimas a bordo, mas não obteve resultado. Nesta semana, anunciou que havia suspendido a operação até fevereiro.Uma explosão submarina foi registrada três horas depois da última comunicação dos tripulantes. Na ocasião, o capitão do submarino havia reportado a superação de uma falha no sistema de baterias, causado pelo ingresso de água no snorkel da embarcação. 

Lançado na Alemanha em 1983 e incorporado às forças argentinas dois anos depois, o San Juan era um dos três submarinos do país. Seu processo de reparação havia sido concluído em 2014. O governo admitiu que a embarcação realizava operações de espionagem.  
 
ANÁLISE: Frota militar antiga e sem dinheiro na Argentina
Saiba quem são os tripulantes do submarino desaparecido

O Globo 
 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

José Nêumanne: Cada um por si e pasmem todos!

Polícia Federal e Ministério Público brigam por poder e Supremo se divide em 11


Algo grave aconteceu sem que se tenha prestado atenção aos assuntos nem sua gravidade. Um dos temas tem que ver com foro de prerrogativa de função para, no mínimo, 55 mil “otoridades”, que não respondem por eventuais delitos à primeira, mas à última instância. Outro é a guerra surda entre dois órgãos do Estado que disputam a preferência do público pagante para premiar sua eficiência no combate a crimes de corruptos de alto coturno em todos os podres Poderes da República com a primazia na negociação para atenuar penas de colaboradores da Justiça.

Na semana passada, o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter sua decisão de encaminhar para a primeira instância uma série de recursos apresentados por investigados do chamado “quadrilhão do PMDB da Câmara”, que afetam diretamente a vida, a ficha e o histórico processual de três altíssimas autoridades do Executivo: o presidente Michel Temer, o secretário-geral da Presidência com status de ministro, Wellington Moreira Franco, e o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, fez um apelo ao relator da investigação pedida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot para que voltasse atrás de sua decisão de encaminhar para a primeira instância (leia-se o juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba) os investigáveis sem foro do processo protagonizado pelo trio palaciano. A alegação em uníssono dos advogados de Temer, Moreira e Padilha era a de que, com a investigação parada por, no mínimo, um ano, enquanto durarem seus mandatos impeditórios, o presidente e os dois asseclas do palácio não poderiam acompanhar as investigações. Fachin não atendeu ao apelo, mas sua decisão ficou na dependência dos votos dos colegas. As questões de fundo – o privilégio de foro em si e a tolerância excessiva do Supremo – não estão sendo sequer levadas em conta.

No STF ninguém abre mão de seus interesses e, portanto, cada um vota por si e danem-se a Pátria e a Justiça. Quanto mais cada ministro da mais alta instância dirige seu olhar interessado apenas para o próprio umbigo, mais cada um deles libera em geral os outros dez colegas para agirem como bem entenderem. Os processos contra Gilmar “deixa que eu solto” Mendes explodiram no submarino argentino no Atlântico Sul. E as suspeitas sobre a delação excessivamente premiada de Joesley “deixa que eu pago” Batista, decidida pelo relator Fachin, habitante das neves do Kilimanjaro, o blindam como se fosse um anjo do Altíssimo fora do alcance de toda malícia. Quanto mais os ministros do STF se vestem de morcegos, mais são tratados como se fossem vestais. E quem garante?

Trava-se, então, uma guerra pelo controle das delações premiadas entre o Ministério Público Federal (MPF) e o Departamento de Polícia Federal (DPF). Uma guerrilha externa sabota as delações premiadas com as bombas retóricas de escritórios grã-finos de advocacia do País contra a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. Em defesa dos propinodutos de grandes fornecedores de obras e serviços de empresas ao Estado, trafica-se na Câmara dos Deputados um projeto de autoria do suplente do PT fluminense w.d, que recebeu recentemente a adesão do “soldado” Carlos Marun (da tropa que choca de Temer e Cunha), que deixou a relatoria da CPMI da JBS para assumir a Secretaria de Governo (leia-se coordenação das relações “institucionais” entre Planalto e as cumbucas do Congresso). Fartamente divulgado no começo de dezembro, o relatório de Marun, que, afinal, teve seu alcance reduzido e merece sumir nas cinzas da própria CPMI em questão e das CPIs, em geral, acata as propostas à Procuradoria-Geral da República de obrigar por força de lei, que eventuais delatados sejam devidamente avisados assim que o forem. E, por último, mas não por menor importância, que presos não poderão mais delatar. É a união da fome de Temer e Eduardo Cunha, que mandam em Marun, com a vontade de comer de Lula, de quem Damus faz as mais profundas vontades, algumas que nem o ex-presidente petista tem coragem de enunciar.

A delação premiada é um instrumento de investigação que juízes e policiais americanos e italianos, entre outros, usam para destravar investigações, das organizações criminosas, que normalmente param na metade por falta de informações sobre as intimidades destas. O DPF e o MPF vêm travando desde antes do início da Operação Lava Jato, há mais de três anos e meio, uma guerra surda por poder e fama. Os policiais federais não aceitam o que eles classificam de soberba e exibicionismo dos procuradores, enquanto estes não descansam enquanto não puserem os “tiras” em seus devidos lugares, ou seja, bem longe deles. As delações premiadas e, muito mais do que elas, as investigações em si teriam muito a ganhar se essas corporações se dispusessem a trabalhar em plena cooperação, como dispõe a lei e como convém à sociedade, que lhes paga os salários. Estes, aliás, não são propriamente modestos, e são engordados à sorrelfa por outros privilégios, como as aposentadorias especiais de marajás e outros “penduricalhos” assemelhados aos dos juízes, sob cujo comando deveriam trabalhar como associados, não adversários.

O MPF acionou o STF argumentando que policiais não podem negociar redução de penas. Estão cobertos de razão. Perdem-na, entretanto, quando eles próprios também se arvoram a definir em penas atenuadas prêmios para as delações que negociam para atingir o interesse comum de identificar e processar delinquentes de colarinho branco. Estes são difíceis de serem devassados sem a ajuda de quem a lei identifica como “colaboradores”, não delatores. Policiais devem fazer diligências, buscar provas, pedir perícias a técnicos. Aos procuradores públicos cabe participar de tais investigações para denunciar eventuais delitos em nome do Estado, ou seja, da sociedade. Não é função de policial nem de promotor fixar penas. Por consequência lógica, também não teriam como negociá-las. Na bagunça jurídica brasileira eles brigam por uma prerrogativa dos juízes. Policiais são definidos como agentes e procuradores, como partes. Não podem, portanto, julgar, apenar nem indultar.

E os juízes o que fazem? Escusam-se de impedir a confusão, dirimindo tais dúvidas com celeridade, rigor e clareza. Na semana passada, sob a presidência da procuradora de ofício Cármen Lúcia, sete ministros do Supremo se reuniram, mas a jurisprudência, de capital importância para o destino de réus e da sociedade, foi adiada sine die, e de forma imprudente. Já com 6 votos a 1, pois Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Celso de Mello se manifestaram contra o relator Marco Aurélio Mello e a favor de a Polícia Federal fechar delações, o processo não foi concluído. Primeiramente porque, como só acontece em decisões recentes no órgão máximo do Judiciário, cada um deles prolatou um voto extremamente pessoal  sem procurar nada que se aproximasse de algum consenso lógico, prático e racional. Foi encontrada uma saída salomônica: esperar os votos de dois ausentes. Ricardo Lewandowski está em licença de saúde por causa de uma queda que sofreu em casa, mas. Deus do céu, é um voto em 11! E Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está nos Estados Unidos, a 15 dias das férias, celebrando um convênio (pasmem todos!) com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para que esse inútil e inócuo organismo internacional fiscalize as eleições gerais de 2018 no Brasil.

O novo diretor da PF, Fernandopor qué no te callas” Segóvia, ocupa todo o seu tempo em defender privilégios corporativos. Raquel Dodge, a procuradora-geral, também adotou o lema “Mateus, primeiro os meus”, ao suceder ao desastrado Rodrigo Janot. Enquanto isso, a suprema inoperância, sob inspiração de Marco Aurélio, aceita por Cármen Lúcia, suspendeu uma solução relevante sobre delações premiadas para garantir a guatemaltecos, equatorianos, salvadorenhos e outros andinos e centro-americanos o privilégio de ajudar os brasileiros a contar de forma fidedigna votos que elegerão presidente, Congresso, governadores de Estados e Assembleias. Com esses imensos egos em conflitos, o Brasil não sobe aos picos dos Andes nem contempla os vulcões da América Central: afunda nas profundezas do pélago onde se desintegrou o submarino ARA San Juan.


Blog do Nêumanne


sábado, 25 de novembro de 2017

Drama do submarino escancara crise militar na Argentina




Em meio a críticas, Macri estaria analisando trocar cúpula das Forças Armadas
 

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi pessoalmente na tarde de sexta-feira à sede do Ministério da Defesa, localizada a poucos metros da Casa Rosada, para informar-se sobre a situação do submarino ARA San Juan — desaparecido desde quarta-feira da semana passada. O gesto do chefe de Estado evidenciou a profunda crise militar desencadeada pelo que já se considera a maior tragédia da Marinha argentina dos últimos 35 anos. Em meio ao desespero e à ira dos familiares dos 44 tripulantes, Macri mostra-se profundamente irritado com a atuação das autoridades militares e, no país, especula-se sobre mudanças na cúpula das Forças Armadas até o final do ano. Na opinião de especialistas, o submarino é apenas a ponta do iceberg, e trocar cabeças não resolverá um problema que se arrasta há décadas: a indefinição sobre qual deve ser o papel das Forças Armadas, hoje abandonadas, com cada vez menos recursos e sem rumo. [a situação de indefinição sobre o papel das FF AA na Argentina deve servir de alerta aos comandantes militares das três Forças do Brasil: 
nossas Forças Armadas caminham de forma acelerada para um desprestígio generalizado, ofensivo e se algo não for feito - e cabe aos comandantes militares conduzirem um processo de recuperação das FF AA, tanto  em termos de prestígio, quanto de salários e especialmente de  modernização com um reequipamento ostensivo, firme e rápido (falando em reequipamento, os aviões Gripen ainda virão para a FAB? ou está tudo parado? a situação da Marinha de Guerra, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira será bem pior do que a da Argentina. 
Todo cuidado é pouco com os efeitos altamente prejudiciais da política antimilitar praticada pelo Brasil desde o primeiro governo FHC, intensificada durante os desgovernos Lula e Dilma, que agora sob Temer está em banho-maria (colocar algo em banho-maria o que já está estagnado, se autodestruindo é péssimo).]


Ao sair do Ministério da Defesa, o presidente evitou críticas à Marinha e tentou acalmar as famílias dos tripulantes, que já falam em pedir justiça:  — Não temos de nos aventurar em buscar culpados. [há precipitação dos que querem atribuir responsabilidade pela tragédia aos militares argentinos; 
apesar de raro o incidente com o submarino ARA San Juan está entre os riscos; basta lembrar o havido com o submarino russo Kursk - matéria no POST anterior.]

No entanto, longe dos holofotes, o governo já abriu 40 investigações internas para determinar o que aconteceu com o submarino. Negligência e ocultação de informação estão entre as hipóteses.  — Macri está zangado com a situação. Sempre nos sentimos um pouco impotentes com uma situação como esta, onde ninguém sabe o que aconteceu — declarou o senador Federico Pinedo, líder da aliança governista Mudemos no Parlamento e terceiro na linha de sucessão presidencial.


Pinedo questionou “a política antimilitar dos governos kirchneristas” e defendeu a necessidade de repensar a missão das Forças Armadas.  — A política deve ocupar-se de pensar para que servem as Forças Armadas no século XXI e deve equipá-las para essa missão, que devemos definir — assegurou o senador, um dos congressistas mais próximos do presidente.



Visivelmente abalado pela crise, Macri comprometeu-se a continuar procurando o submarino, com a ajuda de 12 países, entre eles Estados Unidos, Brasil, Espanha e Rússia, última a unir-se às operações de busca. Até sexta-feira, as informações técnicas divulgadas pela Marinha continuavam sendo as mesmas do dia anterior: a confirmação de uma explosão na região em que o San Juan está sendo procurado, muito próxima do local onde estava quando comunicou-se pela última vez com terra. Mas, pela primeira vez, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, admitiu que a explosão confirmada no dia anterior teria sido no San Juan.  — Inferimos que poderia ser do submarino — afirmou. — Não temos indícios de um ataque.


O que causou a explosão continua sendo um grande mistério, assim como o que fazia o submarino. A informação oficial menciona trabalhos de monitoramento de barcos pesqueiros, mas a juíza que está investigando o caso assegurou que “são segredos de Estado”. A equipe de promotores encarregada do caso solicitou sexta-feira informações sobre as reformas realizadas durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015).

Paralelamente, setores da oposição estão pedindo ao ministro da Defesa, Oscar Aguad, que vá ao Congresso dar explicações. — No Parlamento, temos de fazer todos os esforços necessários para que este caso não seja catalogado como uma tragédia derivada de um acidente, são fatos de extrema gravidade — disse a deputada opositora Araceli Ferreyra. 


 ‘Questão-chave é o papel das Forças Armadas’

Macri é um político que sempre se manteve distante do mundo militar, como fez a grande maioria dos dirigentes argentinos após a redemocratização do país, em 1983. A crise, já instalada, será portanto um delicado desafio para o chefe de Estado, que em dezembro completará dois anos de mandato. Na opinião de Sabina Frederic, professora da Universidade de Quilmes e antropóloga do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), “a questão-chave neste momento é que não está claro qual é o papel das Forças Armadas na Argentina”. Segundo ela, nos últimos 30 anos, sua principal atividade foi participar de missões de paz, uma delas no Haiti. Para a especialista, “o caso mostrou como funciona e sempre funcionou a Marinha argentina: como uma organização coesa e absolutamente fechada”.

— Não demoraram para avisar Macri por razões políticas, demoraram porque a Marinha é assim, hermética, e neste caso foi negligente — assegurou Sabina, que participou de uma recente reforma do plano de estudos dos militares argentinos. — A Marinha foi o setor mais complicado porque ela funciona de uma maneira diferente, sempre foi assim. Na ditadura, por exemplo, exigiu-se que todos os seus integrantes participassem da repressão. [por acaso essa especialista considera defender a Pátria de terroristas, comunistas e outros 'istas' um crime? 
Se pensa assim está enganada; 
combater os inimigos da Pátria, no Brasil, na Argentina ou em qualquer outro país, SEMPRE FOI, CONTINUA SENDO e SEMPRE SERÁ uma SUPREMA HONRA - pensar diferente é ALTA TRAIÇÃO À PÁTRIA.]



Não será fácil para Macri redefinir as Forças Armadas num panorama prolongado de ajuste no Estado. Em 2018, o presidente seria obrigado a aplicar novos cortes, o que tornaria complicado atender a demandas internas de investimento.  — Nos últimos anos, os militares foram notícia pelos julgamentos de lesa-humanidade. A limpeza é grande, mas a grande questão é o que virá depois dessa limpeza — concluiu Sabina. [essa especialista falou bobagem no parágrafo anterior e mais ainda neste.]

O Globo